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Ninguém falou que seria fácil!

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Por José Roberto

Quando o Atleticano se deparou com a tabela do Brasileirão e viu a sequência de jogos que teríamos em nossos domínios antes da pausa para o Mundial da Fifa, tratou logo de se animar. Seriam sete jogos para sacramentar a primeira posição e ainda ter tranquilidade para se fazer os ajustes necessários no período da mini intertemporada.

Acontece que naquela velha máxima de que o futebol é uma caixinha de surpresas, toda projeção cai por terra quando não se tem muita confiança, ou não se acredita, de que ela é possível de acontecer. Houve resultados em que entregamos pontos considerados ganhos ao adversário. Hoje era para o Galo estar liderando o Campeonato (o único que nos sobrou no ano, diga-se!) com certa folga e com as “esporas” nas costas. Não fossem os vacilos, e até mesmo certa displicência, principalmente nos jogos em que dominávamos as ações em campo, os placares pareciam estar sob controle, e de repente não se sabe o porque daquele apagão básico. O que era para ser uma mostra de competência, acaba se tornado uma frustração.

Esses pontos doados – e a forma como foram doados – aos adversários, não voltam mais. Num campeonato em que a regularidade é sua marca principal, isso é inadmissível. Não estou colocando em dúvida que nosso time não tenha qualidade – ele tem e já provou isso. O que se tem a questionar são estas oscilações infantis, individuais e até mesmo coletivas, que acabam se tornando garantia de entrega em qualquer momento do jogo. Em um Clube que projeta para si algo maior, deveria ser um sinal de alerta e melhor trabalhado para que não ocorra mais. Isso também faz parte da evolução constante em busca da regularidade necessária que a competição requer.

O Galo precisa urgentemente aprender a jogar com pontos corridos. Quando isto acontecer, talvez tenhamos encontrado o equilíbrio necessário para saber como disputá-lo e também como ganhá-lo. Chegaremos lá, tenho convicção disso!

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Regularidade e concentração é o que andou faltando ao Galo nestas onze partidas iniciais do Brasileirão. Em alguns momentos, faltou também uma liderança mais presente, não só dentro de campo, como também em nossa casamata. Alguém para se posicionar e chamar na “chincha” o vacilão que, faltando poucos minutos para o encerramento do jogo, quer sair driblando, quando o certo seria meter uma agulha na rechonchuda, isolando-a para fora do estádio. Ou então, chamar a atenção de um defensor, mostrando a ele que às vezes é melhor trocar um gol do adversário por um cartão, não importando a cor dele.

Alertar ao nosso goleiro que suas reposições de bola podem melhorar, e que aqueles chutões por ele aplicados são improdutivos e sem objetividade alguma. Deve haver na Cidade do Galo vídeos de como o Taffarel e o Veloso, em suas reposições de bola, faziam verdadeiros lançamentos com as mãos. Muitas das vezes eram o início de contra-ataques mortais que levavam ao gol, ou então, grande perigo à meta adversária. Nunca é tarde para se aprender.

Enfim! Para alcançar as vitórias, sacrifícios, regularidade e concentração máxima são necessários, mas a liderança forte é que dá a sustentação a todo o processo. Sem ela, não há conjunto que resista. Às vezes, é melhor conquistar um ponto do que perder três de forma bisonha.

Aquela “gordurinha” que imaginávamos acumular estando na liderança não veio, mas permite ao Galo seguir na vice-liderança do campeonato mais difícil do mundo. Que ela seja mantida na partida frente ao Ceará, logo mais, às 21h45, na Catedral do Horto. Para isso, é preciso que o Galo vença o lanterna do Brasileirão.

Nosso adversário, há oito anos não nos vence em BH. A última vez foi em 2010, pela última rodada do campeonato antes da pausa para o Mundial da África do Sul. Foi também a despedida do Mineirão raiz, o qual passaria pela reforma para o Mundial dos 7 x 1. Trinta e poucos mil Alvinegros presenciaram o Ceará, com um gol irregular no segundo tempo, vencer o Galo pelo placar de 1 x 0 (a única vitória do Vozão em solo mineiro). De 1973 a 2011, foram oito jogos entre os clubes em terras mineiras, com quatro vitórias do Galo, três empates e uma derrota.

Em 2011, Galo e Ceará voltariam a se enfrentar pelo Brasileirão, agora na Arena do Jacaré, e o resultado foi um empate de (1 x 1), sendo que o gol do Galo foi marcado por Carlos César. A arbitragem estará a cargo de um trio paulista, inclusive, aquelas duas jarras que ficam postadas atrás do gol. Vinícius Furlan será o dono da “latinha”. Portanto, irmãos Alvinegros, torçamos para que o Galo faça um jogo seguro, de preferência sem nos provocar aquelas arritmias que só nós sabemos o que é senti-las. Afinal, ninguém falou que seria fácil! Saudações.

José Roberto

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  • Boa tarde José Robero, xará e amigalos!!
    Concordo em gênero, número e grau que o GALO precisa aprender a jogar campeonato de pontos corridos. É inadmissível uma defesa acostumar a tomar tantos gols como a nossa!!!!!!!!!!! São 49 ou 50 gols levados no lombo em todo Brasileirão!!!!!!!!!!!! Quando o ataque regula, como agora, a defesa falha de maneira bisonha. Se a defesa tomar jeito e o ataque continuar regulando teremos sim chances reais de conquista!!!!!!!!!!! PELO AMOR DE DEUS PATRIC!!!!!!!!!! OUTRA PATRICADA HOJE NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Pelo amor de Deus!! Eu quero jogo no mineirão!
    Não é possivel se apequenar, jogar contra Flamengo, Fluminense no Indepa é coisa de complexo de vira-lata. Deixar de colocar 50 mil pessoas no meneirão num domingo a tarde, onde chegamos antes, bebemos nossa cerveja, comemos feijão tropeiro, em fim, tarde prazeirosa, ah, no mineirão podemos levar a família, como podem ver, o mineirão é nossa cara. Diretoria incompetente, queremos o nosso galo no mineirão. Vocês estão apequenando a nossa torcida.

  • Boa tarde Eduardo e massa. Grande texto José Roberto. Hoje vencer.vencer. Não penso outro resultado se não for a Vitória. Vai ser mais um jogo difícil cuidado com os contra ataque do Ceará. Sobre a defesa do galo é uma peneira. Victor até hoje não sabe sair jogando e debaixo do gol comete falhas ridículas. Cazares está com uma anemia brava banco de reservas urgente. Patrick o entregador. Fábio Santos e Gabriel outros que está falhando demais. Se mudares estes 5 jogadores podemos sonhar. Galo 2x0.Vai galooooooooooo.

  • Concordo com o Domingos Sávio e com o blogueiro: o Vitor nunca sai nas bolas altas em nossa área, apesar de sua estatura, e sua saída de bola com aqueles malditos chutões nos mata de tanto sofrer. CADÊ O TREINADOR DE GOLEIROS? E O TREINADOR NÃO VÊ ISSO QUE TODOS SABEM?

  • Boa tarde José Roberto!
    Concordo que temos que aprender a jogar o campeonato de pontos corridos. Já estivemos perto, 2012 e 2015. Tem que ajustar alguns detalhes. Esse ano demos algumas bobeiras, principalmente por ser início de trabalho de uma nova direção. Estamos na disputa e podemos chegar lá.
    Agora essa história de 47 anos sem brasileiro, quem é Atleticano não deve superestimar esse fato. Só coloca mais peso no grupo. Isso é argumento de Maria. Tem clube que não conseguiu ser campeão quando o Brasileirão tinha outro patamar, decadas de 70 e 80, quando os craques ficavam no Brasil. O asqueroso azul mesmo não conseguiu esse feito.
    O Galo tem uma história secular, com equipes que dominaram sua época, o Trio Maldito, Kafunga, Zé Dumont, Ubaldo , Reinaldo. Nenhum adversário baliza a grandeza de nosso clube e sim nossa paixão ímpar. Essa hora chegará e comemoraremos como só quem é Galo sabe.
    Abraços e Parabéns por mais um belo texto.

    • Só para exemplificar aquele jogo contra o Urubu não poderia ter perdido. Contra adversário direto não pode dar 3 pontos. O time foi todo para cima e se desguarneceu, tomando um castigo.
      Como disse o Paulo Silva, não pode perder pontos para adversários que são menos qualificados.
      Eu sei que nossa torcida empurra a equipe para o ataque, mas o elenco tem que saber lidar com esse fator e ser frio para buscar o melhor resultado para o campeonato.

    • O Palmeiras esta vendendo o Fernando para o Shaktar por 24 milhões de reais. O Al Wheda do Carrile acaba de contratar o Fernandão, ex Palmeiras. O Keno está para sair para a Arábia Saudita por 10 milhões de Euros. O Palmeiras não está precisando de dinheiro no momento. E os clubes interessados estão fazendo novas opções. Apesar de ter 25%, 6 milhões de dólares dificilmente compra outro atacante como o Guedes, ainda mais como está jogando hoje. É mais vantagem para o Palmeiras esperar e pegar o jogador o ano que vem com moral e já amaciado pelo Galo. Acho que se resolver o problema do salário, tem chance dele ficar. Só não pode aceitar é trocar de volta com o MR agora depois da copa. kkkkkk

  • Aproveitando a chegada por aqui.
    Conforme consta na TV GALO, na última sexta-feira o GALO assinou uma parceria com a SAP, conhecida empresa alemã, para implantação da plataforma Business One de gestão empresarial.
    O próximo passo é evoluir para o "SAP Sports One", software de Gestão Esportiva Profissional, o mesmo utilizado pela Federação Alemã de Futebol.
    São passos importantes para a profissionalização do nosso amado GALO.
    Nesse caso, ponto para a tão controversa gestão atual do clube.

  • Sem querer tirar uma de Mãe Diná, tenho a premonição de que amanhã, quinta, o GALO adiará os planos de um estádio para investir num jogador.
    Espero somente que o investimento realmente se pague ainda nesse exercício e que possa render juros e correção na próxima janela européia.
    Na sexta veremos se as minhas fontes são boas ou não.

    • Toninho, será a permanência do Roger Guedes? Ou é outro jogador chegando? Conta logo o fato e omite a fonte!

    • Respeitosamente, Toninho, e caso meu entendimento não esteja errado, não há relação entre o dinheiro do estádio e "outros dinheiros" dentro do Atlético. Relembrando, o Conselho aprovou, para a construção da Arena MRV, recursos com as seguintes origens: terreno doado pelo Sr Menin, salvo engano pessoa física; naming right pago pela MRV pela dar nome ao estádio"; venda de 50% do Diamond Mall; venda de cadeiras cativas para o torcedor. Logo, essa desculpa não cola. Abraços!

  • Bom dia Eduardo e Galo da Mata! Bom dia Nação Atleticana!

    Hoje é dia do Galo despachar o vovô, manter o bom histórico e se consolidar na vice liderança. Para isso, foco total do minuto 0 ao 90. O Ceará com certeza vai jogar na retranca, não podemos nos dar ao luxo de perder gols, muito menos tomar gols bobos. Se repetirmos a atuação do segundo tempo contra o flormerdenCe, sairemos com uma vitória segura e três pontos na bagagem.

    Meu time ideal pra hoje: Victor; Emerson, Bremer, Juninho e Fábio Santos; Adilson, Blanco, Elias e Tomás Andrade; Roger Guedes e Pastor. Luan e Cazares ficam como opção para o segundo tempo. Hoje vai dar Galo, no mínimo 2 a 0!

    Saudações Atleticanas!

  • Boa Tarde aos Verdadeiros Atleticanos, que venham os 3 pontos logo mais e a vice liderança garantida é trabalhar nesse mês de pausa no Brasileiro e voltar com tudo, porque a volta é só o Grêmio em Porto Alegre. Com relação as questões administrativas a serem decididas vejo agora o 7C e o Gallo tendo algum reconhecimento nas suas ações daqueles que achincalhavam e jogavam pedras. Os caras estão lá apenas 6 meses e queriam decisões rápidas e que se resolvessem todos os problemas principalmente os de ordem financeira num passe de mágica, lógico que não, como torcedor só vê a emoção ao invés da razão, só digo uma coisa não é fácil administrar um clube e seus 8.000.000 de fanáticos, número maior até do que a população de muitos países pelo mundo afora. Acho que o Guedes fica uma vez que o Palmeiras tem uma porcentagem muito pequena no seus direitos, o GALO teria 10% como vitrine e é muito melhor mante-lo e aproveita-lo ano que vem como reforço ao invés de contratar outro do seu nível por um valor muito maior e se o valor oferecido foi mesmo de U$ 6.000.000 muito pouco e se esperar e ele continuar a comer a bola no fim do ano vem proposta da Europa e em Euros. Para aqueles que endeusam o MR e acham que a Diretoria fixou seu passe muito barato, rezem pra pagarem os E$ 2.000.000 porque lá o estão chamando de Avenida MR, a maioria dos gols sofridos pelo Palmeiras saem pelo seu lado. E quanto ao post , sinceramente não me lembro de quando o GALO teve uma defesa sólida nesses meus anos de GALO, talvez em 77 mas faltou o sangue de campeão. Em 80 todos viram os gols do flamerda foram falhas individuais e defensivas, principalmente o último do Nunes um chute entre a trave e João Leite e ainda chamando o Silvestre pra dançar. E na era dos pontos corridos todos sabem sempre uma das defesas mais vazadas, num campeonato de pontos corridos isso é suicídio. Mesmo quando foi campeão nesses últimos anos, sempre tomando muitos gols, as viradas aconteceram graças a Torcida e a capacidade técnica do Time. Continuo com meu pensamento pelas dificuldades iniciais da nova Diretoria se vier a vaga na Liberta é lucro, se arrumar a defesa tornando-a consistente e sólida da pra sonhar muito além. Saudações Alvinegras aos Verdadeiros Atleticanos.

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