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Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem

Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012

As pífias atuações do time atleticano nos últimos jogos estão levando a massa atleticana a imaginar mil e uma razões para entender e justificar o teatro de horrores que o Atlético vem apresentando dentro de campo. Muitos, inclusive, já atribuem ao sobrenatural e às mandingas dos tradicionais rivais, a raiz de um futebol medíocre, sem inspiração, sem organização tática  e coletiva. Vamos “limpar” o clube logo, advertem eles.

Misticismos à parte, confesso que está cada vez mais difícil formular uma tese racional que possa explicar o que de fato está acontecendo no Atlético, tamanhas são as variáveis que, a meu ver, estão se conjugando e fazendo com que o time esteja se desmanchando emocionalmente e se mostrando totalmente incapaz de produzir qualquer construção coletiva. A frase que melhor poderia descrever o time atleticano hoje é “seja com a bola, seja sem ela, um bando de baratas tontas correndo de um lado para o outro sem sentido e sem saber o que fazer”. Raros são os momentos de lucidez e cada vez mais esporádicas são as jogadas fruto de organização.

Jogo sim, outro também, a equipe principal do Atlético não tem mostrado nada do ponto de vista tático, coletivo, organizacional, se resumindo a um amontoado de jogadores perdidos e atarantados, cujos semblantes mostram um incômodo cada vez mais explícito e sufocante. O Atlético parece se desmanchar quando assunto é futebol. Como um todo a gestão do futebol atleticano vem se revelando um desastre. E, como tudo o que acontece dentro de campo é reflexo e consequência direta do que ocorre fora das quatro linhas, até o mais incauto dos observadores percebe que muita coisa está errada intramuros da Cidade do Galo.

A exemplo do time profissional as equipes Sub 20 e Sub 17 também estão protagonizando atuações pífias. Times mal treinados, sem personalidade e exibindo de um complexo de vira latas gigantesco. Cada jogo é um time diferente. Seja em razão de dispensas temerárias e mal explicadas, seja em razão de ausências nunca esclarecidas, a cada jogo é escalado um onze diferente.

O promissor volante Iago, por exemplo, teve o seu contrato rescindido com o clube e teria sido devolvido ao seu clube de origem. Inexplicavelmente, o Atlético não exerceu o seu direito de compra dos direitos do jogador que, durante o tempo em que permaneceu no clube por empréstimo, comprovou seu alto potencial, tendo, inclusive, sido titular absoluto do Sub 20 na temporada passada, se sagrado campeão brasileiro da categoria e jogado naquele time alternativo de Lucas Gonçalves.

A última noticia da base, que não é lá muito diferente, indica que a jovem promessa venezuelana Carmona, aquele garoto que fez campanha para arrumar um passaporte e viabilizar sua vinda para o Atlético, tal era a sua vontade de jogar no Glorioso, já saiu do clube antes mesmo de estrear, segundo o Galo, em razões de problemas contratuais com o seu antigo clube, explicação estranha e pouco convincente.

Os meninos da base estão sendo atirados às feras e o Atlético vai se tornando apenas um mero participante das competições que disputa. Mal trabalhados e pessimamente orientados os garotos da base atleticana, apesar do inegável potencial que possuem, correm riscos de sofrer cortes decisivos em suas carreiras.

Mas, parece que as bruxas estão mesmo soltas pelos lados da cidade do Galo. O atacante Hulk se envolveu em um acidente com um motociclista em frente a um shopping de Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, no fim da manhã desta última terça-feira, dia 29. Nada grave, porém. Apenas, as especulações midiáticas de sempre.

Uma pesquisa de ocasião que pulula nas redes sociais quer saber se hoje, em razão das péssimas atuações do Atlético, a torcida majoritariamente estaria ou não a favor da continuidade do trabalho de Cuca. E, dentre as opções oferecidas, pergunta se trocar o treinador nesse momento seria mesmo a solução mais interessante e profícua. Sinceramente, não saberia responder de plano a esta questão.

Não, não sou daqueles que morrem abraçados a treinadores e a projetos. Cada caso é um caso. Muitas vezes, antes de se definir o perfil do treinador e contrata-lo, é preciso arrumar a casa primeiro. Outras vezes, para se arrumar a casa é preciso antes interromper o trabalho e demitir o treinador do momento. Em que caso o Atlético de hoje se enquadra? A resposta não é simples. E busca-la é hoje, sem duvida, o maior desafio do comando atleticano. 

Assim, não é porque o Atlético tem um dos piores ataques no inicio de um campeonato brasileiro em toda a sua historia na competição ou porque o time vem mostrando um desempenho coletivo praticamente nulo, que eu apostaria tranquilamente na troca do comando técnico da equipe. E, tampouco, as dificuldades trazidas pelos sucessivos desfalques, são, a meu ver, suficientes para absolver Cuca de seus erros e cravar a sua continuidade.

O Atlético está disputando três competições simultâneas, a saber: Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão. Três competições diferentes entre si e que, graças às suas peculiaridades, exigem, cada qual, muito e de forma diversa dos clubes. Enquanto o Brasileirão, campeonato de tiro longo, requer elenco equilibrado e prenhe de opções e muita regularidade, os torneios mata-mata de tiro curto, exigem estratégia de decisão a cada duelo de 180 minutos, com inversão de mando a cada 90 minutos. Esse virar contínuo de chave de uma competição para outra não é coisa simples e sem importância como muitos acreditam.

Ah! Diriam muitos, trocar o treinador neste momento é o mesmo que trocar o pneu de um carro em movimento. Como evitar que o veículo capote? Como evitar que haja um desastre? E, cá entre nós, duvido muito que o comando atleticano esteja, em relação ao futebol, à altura do trabalho que o clube necessita nesse momento para recolocar o comboio alvinegro nos trilhos. Com Cuca ou com um novo treinador, o prognostico é ruim. Mas, não vou ficar em cima do muro, como muitos podem estar imaginando.

Que o Atlético, com Cuca ou sem Cuca, tem que arrumar a sua cozinha, não tenho duvida nenhuma. Mas, é possível arrumá-la sem provocar uma descontinuidade devastadora? Ou melhor, se a cozinha do futebol atleticano está um caos, haveria mesmo que se preocupar com descontinuidade de alguma coisa? Ou seja, haveria mesmo algo que se pode chamar de projeto esportivo para ser preservado, melhorado e potencializado? E, se existe um projeto ou, pelo menos, uma ideia de projeto, quais seriam as suas bases, o que já teria sido implantado, o que não está dando certo e o que estaria fazendo ruir o trabalho de Cuca e afetando claramente a base atleticana?

As respostas a estas questões conduzem a um diagnostico imprescindível, a partir do qual o clube poderá traçar com firmeza e qualidade os caminhos que precisa percorrer para voltar a ser competitivo e transparecer em campo de uma vez por todas o gigantismo que, administrativa e financeiramente, o clube indica que está sendo construído. E, somente este diagnóstico pode indicar com precisão se Cuca deve ou não continuar à frente do time. Mas, atenção, o Atlético já está ficando sem tempo e o desastre é iminente.

Particularmente, acredito que Cuca vem cavando a sua própria sepultura e inviabilizando a continuidade de seu trabalho. Depois de um começo turbulento, quando indicava estar no lugar errado e na hora errada, Cuca ganhou uma segunda oportunidade graças a Hulk, e, quando parecia que, finalmente, ele e o elenco haviam se harmonizado e estavam caminhando juntos, o trem alvinegro começou a descarrilhar e o fim dessa jornada parece trágico e inevitável.

Melancólico, tenso e mostrando toda essa destemperança no trato com as pessoas, Cuca contraindica-se para o comando não só do time do Atlético, como de qualquer outra equipe. E, para quem acredita que as coisas não podem piorar, o seu irmão e auxiliar Cuquinha, ao substituí-lo no banco mais uma vez, colocou gasolina no fogo ao reafirmar que aquele futebol insosso de excessivos passes laterais e para trás não é fruto nem de treino e nem tampouco de orientação da comissão técnica e, sim, iniciativa dos jogadores que, embora sejam renomados, não estariam se entregando em campo como deveriam. Declaração explosiva que joga para a torcida, mas que pode fazer com que o treinador e o seu auxiliar percam o vestiário de forma definitiva e irrecuperável.

Sem fazer qualquer caça as bruxas, defendo o fora de qualquer treinador que se desqualifique a permanecer no comando da equipe, seja ele quem for.

O comando atleticano e os investidores já devem ter-se apercebido de que altos investimentos, se desacompanhados de um projeto consistente e sem um gestor qualificado à sua frente, não são garantia de um bom futebol, nem de resultados positivos e, muito menos de títulos.

Ah! E, também não compram vontade de vencer, diriam muitos atleticanos para os quais o que está faltando ao time atleticano é tão somente comprometimento. Mesmo não concordando integralmente com estes quanto à falta de entrega dos jogadores atleticanos, reconheço que o dinheiro não sustenta sozinho nenhuma vontade de vencer e nem é garantia de comprometimento indestrutível.

Baixo investimento também não, provocariam outros tantos. Na verdade não se trata de nem fazer altos investimentos apostando cegamente nestes ou naqueles nomes e, tampouco, confundir pensar com os pés no chão e com responsabilidade com pensar pequeno. Planejar e se organizar é o pulo do gato, no caso do GALO. Administrativa e financeiramente o Atlético tem indicado estar no caminho certo.

No futebol, entretanto, existe um descompasso inescondível e que já está fazendo estragos consideráveis. Nesse cenário demarcado por uma delicada situação financeira que recomenda prudência, contenção de despesas e indica a venda de jogadores, é possível fazer uma boa gestão no futebol. Basta colocar as pessoas certas nos lugares certos.

“Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, diz um dos mais tradicionais provérbios espanhóis. “Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem”, repito em português. E, se elas andam soltas pelos lados atleticanos é porque o Atlético, como sempre, não consegue exorcizar os seus demônios e, quando não se deixa cozinhar em seus caldeirões efervescentes, se deixa queimar nas fogueiras de seus caçadores.

Blogueiro

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  • - Libertadores: classificado em primeiro geral;
    - Copa do Brasil: classificado com sobras;
    - Brasileirão: 10 pontos hoje, podendo chegar a 13 amanhã, contra o Dragão, e ir ao G6;
    - Gremio: 2 pontos;
    - São Paulo: zero vitória.
    O Galo está tão ruim assim?

  • Uma coisa que eu vejo é o seguinte: O presidente e o diretor de futebol são figuras decorativas no Galo, porque quem manda de verdade é o Rubens e o Rafael Menin da MRV que estão pagando tudo no clube, então ninguém tem como bater na mesa e querer colocar ordem em alguma coisa sem pedir benção aos Mecenas e como eles entendem de vender apartamento, não entendem de futebol, fica nessa ausência de comando, desde a época do Sampaoli que nem conversava com o Sette Camara.

    • Boa noite. Agora é a bruxa do Galo. Ao invés de peruca e cauda, agora tem cabelo de boneca e roi unha.

  • "Si las brujas realmente existen"fico a imaginar o tamanho do caldeirāo p comportar um time q não tem jogada, não tem jogo coletivo, q por um momento pixou uma praga maligrina dos super elencos(sic) nos inteligência lá do 2º andar no Lourdes qdo venceu o Estadual e passou fácil pelo fraco grupo da LA. Foi só perder duas das 4 peças q realmente merecem destaque e carregam o time na cacunda p o trabalho ruim feito pelo "téquinicu" Emerson Leão versão 2.1 viesse a tona. Agora os "inteligência" devem estar com cara de paisagem em ver q o caldeirão era furado e para sermos um super elenco falta muito,mas muito mesmo!
    Ontem um dos "inteligência" apareceu de longo e tenebroso inverno,com o mesmo lero lero de sempre e palavras bem "mal" colocadas. Haja brujas,prezado!

  • O Galo deveria de pronto dispensar o Cuquinha. O cara que é "sub" não pode emitir opinião dessa natureza. Cabe ao treinador, e somente a ele.

    A volta do zagueiro Nathan, do Galo, emprestado ao Atlético de Goiás, destaque no campeonato, só comprova o que venho dizendo há tempos. O Galo deixa a meninada ir embora e contrata jogadores de outros times de nível inferior ao de nossos atletas. É só prestar atenção no resultado final da revoada que ora se verifica. Certamente aparecerão outros Nathans, provavelmente sem opções de retorno.

  • ........ ´´ Não creio em Everson, Guga,Igo RRabelo, ALLAN,Perninha, Sacha,Vargas,Keno,Cuca,Cukinha, R. Caetano, hiorran, Nathan,mas que eles existem, existem e estão aí ganhando os seus salários em dia é infernizando a vida do atleticano...... ´´ Excelente . Rindo até agora do comentário do Reinaldo Alves.

  • Boa tarde a todos!
    Não creio em Everson, Guga,Igo RRabelo, ALLAN,Perninha, Sacha,Vargas,Keno,Cuca,Cukinha, R. Caetano, hiorran, Nathan,mas que eles existem, existem e estão aí ganhando os seus salários em dia é infernizando a vida do atleticano .
    Saudações alvinegras.

  • Bom dia! Gosto muito de ler a sua coluna. Infelizmente, está doído assistir o nosso Galo. Com Everson em campo não há placar em branco. Alan é uma lástima. Réver é só recuo de bola pro frangueiro. Precisamos de um goleiro urgentemente, porque com esse aí, não iremos longe novamente.

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