O Atlético mais uma vez vive momentos de tensão, de muito mi mim mi e de muitas cobranças. Coisas do Atlético, diriam todos aqueles que minimamente conhecem a história desse alvinegro maluco e incandescente por natureza. Dizem que todo time do povo é assim: convulsivo, turbulento e paradoxal. Donos de torcidas passionais, bipolares, irracionais e apaixonadas ao extremo, tudo o que se fala deles é noticia, adquire uma dimensão absurda e gera consequências muitas vezes desastrosas e incontroláveis. Não atoa, clubes como o Atlético são os que mais geram audiência em programas esportivos, vendem jornais e deixam os seus críticos em evidência.
Ao me deparar com mais uma overdose de informações, verossímeis ou não, contraditórias ou não, lógicas ou não, comprovadas ou não, verdadeiras ou não, lembrei-me da Torre de Babel, considerada por muitos um mito bíblico. Esse mito, encontrado no livro Gênesis da Bíblia cristã, narra a construção de uma torre que alcançaria os céus. Deus teria causado confusão na humanidade estabelecendo diferentes idiomas, o que impediu que a torre fosse construída. E é exatamente essa babel de notícias e “notícias” sobre o Atlético e seus dirigentes, incluindo os 4R’s, que vem gerando uma terrível perturbação intramuros do clube e muita angustia e descontentamento no seio de sua massa torcedora, o que pode levar o Glorioso a um caminho sem volta.
Muitas vezes o clube parece falar diferentes idiomas. Não há projeto e nem existe gestão ou trabalho que conseguem resistir a um clima de intranquilidade e de antimarketing como este que está engolindo o Atlético e arrastando a sua torcida por um avassalador redemoinho de sentimentos frustrantes e negativos. E, se de um lado, é absolutamente criticável a postura de vários “formadores” de opinião que apenas tratam este noticiário tosco e panfletário de forma midiática, visando unicamente usufruir os louros da audiência e derivados dela, por outro a inabilidade dos próceres atleticanos no trato desta questão também assusta e merece ser analisada e avaliada rigorosamente.
A partir do momento em que me proponho a comandar um clube de futebol torno-me uma figura publica com todas as suas consequências, ônus e bônus. E, ser vidraça, é uma delas. Se tudo vai bem, colho elogios e afagos, Se a maionese que administro começa a desandar não posso esperar outra coisa que não sejam pedras e mais pedras. Gerir um clube como o Atlético, em um universo, além de competitivo ao extremo, normalmente bastante hostil, é uma tarefa complexa e que exige do gestor, além de um profundo conhecimento do mundo da bola, habilidades que nenhum outro segmento do mundo corporativo e empresarial requer.
A ingerência de agentes externos na vida intestina dos clubes não tem par em nenhuma empresa ou órgão público. O sistema futebol, entidades, patrocinadores, parceiros, investidores, o mercado da bola, os agentes e empresários, as mídias convencional e alternativa, as emissoras detentoras dos direitos de transmissão televisiva e as torcidas formam um conjunto de agentes externos que albergam interesses geralmente conflitantes, perversos e coercitivos sobre os clubes.
Os chamados clubes grandes, gigantes do futebol, têm outro problema bastante agudizado nos tempos atuais: o atleta de ponta, estelar, que é ao mesmo tempo empregado e artista, estrela e que traz em torno de si interesses familiares e de um staff pesado. Perder o vestiário é muito fácil. Mantê-lo e administrá-lo, porém, não é tarefa para neófitos.
O grande Marcos Boaventura nos ensina que o futebol é o mais individual dos esportes coletivos e que o dinheiro e, muito menos a fama, imunizam contra a depressão, os maus momentos e nem, por exemplo, da síndrome de Burnout, como é conhecida a Síndrome do Esgotamento Profissional, distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Em meio a esse turbilhão de Informações e “informações”, de cobranças e de opiniões que estão sacudindo o clube existem fatos incontroversos e questões que estão clamando por medidas e respostas concretas. O time caiu assustadoramente de rendimento e isso tem causas e exige explicações e soluções.
Por outro lado, a situação financeira do clube, conforme vem sendo alardeado pelo próprio Atlético se tornou delicada a tal ponto, que vem obrigando o clube, segundo seus gestores, a se desfazer de seu patrimônio mais valioso, a negociar jogadores e a constituir a sua SAF ainda neste ano de 2022, contrariando as previsões e o discurso anterior, tem trazido à tona vários questionamentos, alguns procedentes outros não. E com a Arena não é diferente. E, como o clube vive uma crise eterna de credibilidade, não há como criticar determinadas cobranças. Aqui, lembro que recentemente a comunicação institucional do clube foi largamente ridicularizada.
Destaco aqui um dos questionamentos mais recorrentes nas redes sociais atleticanas: como fazer um bom negócio, seja alienando um patrimônio físico como o shopping, seja vendendo jogadores, seja constituindo uma SAF, atraindo bons e interessantes investidores, publicizando esse clima de insolvência e de má gestão do futebol? Como vender bem se desvalorizo os meus ativos?
Nesse clima de ruina, de bancarrota, de insolvência e de crise interna insolúvel induvidosamente alimentada pelo próprio clube e potencializada por gregos e troianos, não há como o Atlético fugir desta ciranda maluca. Ou é céu ou é terra arrasada. E o clube, como sempre, tentando se equilibrar no fio da navalha.
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"O Atletico irá mudar de patamar,vamos ter um grande ganho esportivo, nós imaginavamos que seria na inauguração mas, nessa questão financeira os primeiros anos vão ser duros, sim" Thiago Maia- Dir.financeiro do campo do GALO.
Antes era austeridade pq não tinha o vil metal,agora é austeridade pq...não tem o vil metal para quitar o estádio. Onde falta transparência a credibilidade fica com uma enorme interrogação em qualquer narrativa futura; daí, não adianta se é céu,ou terra arrasada,a nebulosidade engole os dois. Trocando em miúdos: eiiiitttaaaa...o que tem de caô neste angú nem Kafunga conseguiria explicar. Vamos ao jogo!
Saudações Atleticanas
Boa tarde!
Parabéns, Max. Texto irretocável!
Nunca quis a tal arena MRV, festejada por tantos! Não por que, agora, o nosso glorioso CAM está tão endividado, mas por acreditar, sempre, que "estádio próprio" nunca foi sinônimo de sucesso e títulos, principalmente no Brasil!! Se assim o fosse, times como Avaí, Atlético GO, Bragantino, Guarani-SP ( e tantos outros menos expressivos) seriam multicampeões e abastados financeiramente!! Isso sem considerar que o estado de MG possui um dos maiores e melhores estádios do Brasil, para utilização de apenas 02 times! O galo até poderia "construir seu próprio estádio", mas se tivesse "grana sobrando" para um investimento deste porte! Sds.
Eduardo,sempre leio a sua coluna e também os comentários,e pela primeira vez vou comentar! O que eu percebi que está acontecendo,desde o ano passado,é que a imprença (principalmente a de Minas gerais) torce muito contra o Galo.A Globo Minas fez aquela palhaçada do penalti,O Tempo só traz notícias ruins do Galo , e o Super Esportes (deem uma olhada nas manchetes de hoje) só traz desgraça do Galo e enaltece as Marias,fora o otario do jaeci carvalho.Parece,que o Galo tá na serie B e as Marias são as atuais campeãs de tudo! Nós torcedores temos que ficar atentos a isso,não nos deixemos enganar!
Boa tarde!
Assisti entrevista de um secretário do governo de MG com Betinho do Fala Galo. O secretário quer nos convencer que a construção do estádio do Galo e ida do Ronaldo choramingar pitangas com o governo, não tem nada haver com a intenção de quebra do contrato com a Minas Arena e um nova concessão do Mineirão por volta de 400 milhões. Diz que será uma licitação pública, para inglês ver cara pálida. Que se o Galo quiser pode entrar na licitação. Tá, depois que o clube constrói seu estádio, se endivida e aí vai entrar numa licitação para gestar outro estádio. Mais uma vergonha desses governantes, se derem uma nova concessão pela bagatela de 400 milhões. E o restante que a Minas Arena recebeu da reforma do estádio, que a época foi cerca de 1 bilhão, e o valor do estádio em si. Será mais uma imoralidade, como foi a entrega do Independência ao América pelo governo do Newton Cardoso, mais o gasto de 150 milhões para reforma no governo do Aécio. Fala que o governo não tem que administrar estádio, mas só agora descobriram isso. Nunca se preocuparam em quebrar o contrato com a Minas Arena só depois que o Galo está quase terminando seu estádio. Conversa para boi dormir, oportunistas que querem entregar de bandeja o Mineirão para um certo falido da série b.
Fiquei sabendo que os juros para o empréstimo da conclusão do estádio do Galo vai custar o mesmo valor da venda do restante do Shopping, que eles alegavam a necessidade urgente em vender porque pagavam juros demais (pasmem!).
Não há absolutamente mais nada a comentar sobre isso.
Não há trouxa nenhum no mundo que acredite mais na falácia que nos proporcionaram a respeito desse papo todo, que teve inicio lá em 2017.
Deixo aqui apenas minha indignação. É muita sacanagem qie fazem com o torcedor comum. É muita putaria. Dá vontade de não acompanhar mais o futebol.
Não adianta mais : o ROMBO que esses caras fizeram no casco da NAU ATLETICANA foi muito maior que o iceberg que afundou o Titanic .
Esse pessoal NÃO VAI conseguir reverter o desastre .
Não , não é ser pessimista ou azedo, mas é ser realista .
Enquanto a orquestra toca , que lancem os botes na água , para que se salvem as crianças e as mulheres dentro do possível .
E os homens dessa tresloucada viagem que começou com a tal DOAÇÃO que se virem com coletes salva-vidas nesse mar tempestuoso e gélido em que resolveram nos meter .
Hoje foi o que deu pra arranjar , pois do contrário só conseguiria mesmo me expressar com impropérios .
Cara agradeço demais por 2021 foi muito bom, mas 2022 a diretoria tá errando demais.
Já passou da hora de abafar todos os burburinhos vindo a público da explicação para torcida.
E principalmente já passou da hora de DEFINIRMOS UM TÉCNICO para 2023 para fazer um planejamento decente....
OS 4 R E ESSA DIRETORIA PERDERAM COMPLETAMENTE A CREDIBILIDADE PARA CONTINUAR À FRENTE DO C.A.M. ...............
TUDO QUE PROMETERAM NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS , TUDO QUE AFIRMARAM E REAFIRMARAM , SIMPLESMETE ERA ENGANAÇÃO E MENTIRAS...............
ELES DESVALORIZAM O PRÓPRIO PATRIMÔNIO DO GALO , COM FALAS INCONSEQUENTES E DEPOIS ""VENDEM A PREÇO DE BANANA""...........
O CONSELHO PRECISA AGIR E AINDA DÁ TEMPO DE DESFAZER ESSA VENDA DO SHOPPING POR ESSE PREÇO RIDÍCULO .
VEJAM SÓ : O DINHEIRO DO SHOPPING NÃO DÁ PARA PAGAR NEM OS JUROS DO ESTÁDIO..........
É O FIM DA PICADA........
P.Q.P. , ESSA DIRETORIA NÃO PODE VENDER , NEM COMPRAR MAIS NADA , POIS TODOS OS NEGÓCIOS SÃO PÉSSIMOS PARA O GALO.
E AGORA?????? O QUE FAZER ?? PARA TIRAR O CLUBE DESSE ATOLEIRO EM QUE FOI JOGADO POR ESSA TURMA ???
É preciso escrever pouco em comentário para ser bem-entendido e, conseguintemente, aplicado. A escrita longa é do autor do blog.
O Atlético precisa de entender que os corneteiros são seus piores adversários. A realidade é outra e os "cabeças de bagre", como diria Kafunga, inventam virtudes e defeitos para o clube.
Estamos vivendo uma crise de opiniões diferentes, aparecidos políticos e anti-galo.
Vamos aguardar que tudo se resolve. Cuca precisa apenas ter coragem em escalar os melhores.
Só isso.
Prezado Max e atleticanos, nunca pensei que o céu e o inferno estivessem tão próximos. Hoje tá fácil dizer que a Arena MRV e não Arena do Galo, foi uma ação de marketing com profundos e talvez irreparáveis equívocos. Desfazer de um patrimônio com o Diamond, foi um erro muito grave e um verdadeiro tiro no pé. Em quanto isso assistimos, de forma maldosa, um jornalista chamado Jaeci Cruzeirense assumido, chamar o mineirão de Toca III, e induzido que o governo deveria entregá-lo ao time celeste, de forma a privilegiar o SAF do gordo. Que sinuca de bico nos enfiaram. Que incompetência de gestão, que destruição de sonhos atleticanos. Tudo muito lamentável e talvez irreversível. O que o torcedor poderá fazer?