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Carma, sina ou desimportância política?

Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012

Um tema polêmico e, de certo modo indigesto, tem sido explorado neste espaço pelo seu titular, Eduardo de Ávila. Falo da relação dolorosa do Atlético com o extracampo. 

“A rodada deste fim de semana foi particularmente perversa e fatídica para o Atlético graças à arbitragem brasileira”. Essa frase tem sido, ao longo dos anos, repetida exaustivas vezes nas rodas atleticanas e até mesmo por alguns formadores de opinião que, por vezes, saem corajosamente do script da mídia convencional.

Aproveito a paralisação das atividades do time principal do Atlético para fazer uma reflexão sobre esse assunto e defender a importância do Atlético buscar inaugurar um novo modelo de relação com os poderes que regem o futebol, resgatando o respeito perdido.

Jogo após jogo, independentemente das atuações do time e dos resultados, o torcedor atleticano, há décadas, vem sendo convidado a conviver com arbitragens geralmente nocivas aos interesses do clube e que, ao longo da história, contribuíram decisivamente para que o Atlético colhesse revezes dolorosos. Títulos perdidos e vitórias frustradas compõem um repertório de um teatro de horrores que nenhum atleticano consegue esquecer.

As atuações ruins que por vezes acontecem e os erros tão comuns aos comandos atleticanos ao longo dos tempos, frutos de gestões equivocadas do futebol e politicamente frágeis, se de um lado explicam, de outro, não justificam a recorrente má vontade dos apitadores para com o Atlético e os constantes e repetidos erros de arbitragem contra o alvinegro das Gerais. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

É muito comum ver segmentos da imprensa e da própria torcida negarem o direito do clube e da própria massa de reclamar das más arbitragens, sob o argumento de que o time jogou mal e, por isso, falar do apito seria apenas uma estratégia para desviar o foco das razões que levaram a desempenhos tão ruins.

Por isso, é fundamental identificar, separar, combater e não dar eco às críticas, sejam de jogadores, de treinadores, de dirigentes ou de quem quer que seja, que visem unicamente usar as arbitragens ruins como cortina dos erros, das escolhas equivocadas, das omissões e das falhas de gestão que por ventura aconteçam.

Não menos importante, também, é se indignar, protestar, exigir reação política robusta do clube, porquanto os prejuízos que a sua história registra em consequência de arbitragens claramente facciosas e de decisões polêmicas de tribunais esportivos, que custaram, inclusive, títulos importantes, recomendam ao Atlético repensar a sua relação com os poderes que regem o futebol brasileiro e perquirir as razões de sua histórica e crescente desimportância política.

Mas não é só isso. Não bastasse esse carma que insiste em obsidiar a vida do Atlético, o clube não pode e nem deve ficar alheio ao que acontece à sua volta e nem deixar de perceber que o futebol, como tudo na vida, evolui e é afetado tanto pelas inovações tecnológicas quanto pelas convulsões econômicas e políticas que estão sacudindo o país. E é desnecessário explicar porque o Glorioso pode também ser impactado nocivamente por tudo isso, caso não esteja preparado e estruturado para enfrentar as demandas decorrentes desses novos tempos.

Nos últimos anos, por exemplo, mais um ator veio se incorporar ao sistema que comanda e controla o futebol brasileiro, o VAR. Avanço tecnológico? Apenas uma nova ferramenta? Ou apenas mais um negócio no mundo do futebol?

O VAR (Video Assistant Referee ou Arbitro Assistente de Vídeo) é indiscutivelmente tudo isso.  E, como tal, poderá influir e modificar o futebol tanto para o bem, quanto para o mal.

Hoje o VAR não é uma imposição da FIFA, ou seja, a utilização a dessa tecnologia é opcional. Entretanto, havendo opção por utilizar, algumas regras devem ser respeitadas para não prejudicar o andamento da partida:

  • O árbitro principal é quem toma a decisão final;
  • O VAR só deve ser acionado em situações que podem definir o resultado da partida. Entre eles, lances de  em gols, pênaltis e faltas passíveis de expulsão.

Atualmente, duas empresas estrangeiras dominam a tecnologia do VAR e polarizam o mercado dos equipamentos destinados à sua utilização. Mas, uma terceira empresa, de origem japonesa, já ameaça revolucionar esse sistema e dominar o mercado, anunciando uma tecnologia revolucionária em relação à existente e, por exemplo, utilizada aqui no Brasil.

Este lado negocial e mercadológico do VAR mostra que essa ferramenta que já está mudando definitivamente a arbitragem e o próprio futebol, veio para ficar. É isso é tão importante que já há disputa sobre a paternidade do sistema.

Segundo o jornal Marca, por exemplo, o espanhol Francisco López afirma que criou o sistema de arbitragem em vídeo em 1999. López diz que ele apresentou a ideia no Ministério da Educação e Cultura com o seguinte título: “O futebol no século XXI (Tecnologia de futuro para as equipas de arbitragem)“.

O VAR, que pode gerar um alto custo moral e forte prejuízo competitivo para os clubes, como sua má utilização vem mostrando, gera também um custo financeiro significativo, o que obriga os clubes a contraírem mais obrigações, mais contas a pagar.

A introdução dessa ferramenta no sistema futebol por óbvio, não é coisa simples, vez que muda paradigmas, provoca choque cultural e afeta, em maior ou menor escala, a relação sistêmica entre seus vários atores, incluindo aqui os próprios clubes, vez que a força político-econômica dos mais poderosos poderia, pelo menos em tese, ficar mitigada. E é esse risco que pode colocar em xeque a ferramenta já que isso não interessa a muita gente “boa”.

Os efeitos negativos do VAR sobre as arbitragens, mais que previsíveis e que acontecem mais que o desejável, são sub-produto natural de um experimento mal feito, executado por mãos mal treinadas e, aparentemente, nada blindado e sujeito a pressões de toda natureza.

Por tudo isso, as críticas ao VAR, à arbitragem brasileira e às entidades que comandam o futebol no país, são mais que esperadas. Ao Atlético, porém, cabe ir além do campo das críticas, das palavras soltas ao vento e dos jogos de cena inúteis. Além de se mostrar antenado em relação tudo  isso, já passou da hora do clube entender a importância de resgatar sua importância política e fazer-se respeitar.

Enfim, nada é mais polêmico e também mais folclórico que as arbitragens ao longo da história do futebol nesse Brasilzão de meu Deus, como dizia a velha e saudosa Zulmira que nunca entendeu de futebol, torcia para o Atlético e se benzia sempre que repetia que o homem de preto era coisa do “coisa ruim”. Nos tempos de Zulmira os árbitros se vestiam de preto e só de preto.

E aí, Atlético? Que tal exorcizar de vez esses demônios de sua vida?

Blogueiro

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  • Boa Tarde,

    Infelizmente o que veio para ser uma evolução e deixar de lado os erros da arbitragem, ao se defrontar com o jeitinho brasileiro dos árbitros, passou a ser instrumento na mão dos maus intencionados.
    Nestas últimas rodadas vimos marcações e não marcações escandalosas.
    Existe quase que uma regra entre arbitro de VAR, se chama tem que aceitar que errou em campo, e mudar a marcação.
    Isto ficou bem claro no pênalti marcado a favor do Fluminense contra o Galo, o árbitro não marcou a falta mesmo estando de frente para o lance.
    E se perceberem bem naquele jogo, o árbitro em questão é um dos que fica nitidamente incomodado quando o VAR interfere nas suas marcações, tanto é que acabou o jogo rapidamente antes que o mesmo voltasse a marcar novamente pênalti para o Fluminense, alguém aqui duvida que isso aconteceria, foi claro que ele apitou para encerrar o lance e assim desligar o tal do VAR.
    Sendo bem utilizado julgo de estrema valia para o futebol, veja o caso do futebol feminino, com VAR seriamos campeões.
    Existe sim uma necessidade de haver regras mais claras para a utilização desse instrumento, futebol é um esporte de contato.
    Creio que seria também uma boa atribuição para o VAR determinar o tempo de acréscimo dos jogos, vejo juízes com critérios diferentes.
    Assisto jogos diariamente, de todas as séries e de toda parte do mundo, e tirando o jogo ontem da Argentina, os jogos com menor tempo de acréscimo que vi nos últimos tempos foi os do Galo, interessantemente quando o Galo estava empatando.
    Veremos os acréscimos em jogos que estivermos ganhando.
    Apesar de tudo creio que estamos melhor servidos com o VAR.

  • Bom dia para todos !
    Estamos em outro patamar, isso é fato!
    Entretanto precisamos de fazer mais presença nos bastidores exigindo o VAR seja usado com lisura, trabalhar firme nesse sentido. Durante décadas a fio o carniceiro carioca, o série C ,o bosta ,o bacalhau ,o gambá e o falido tri da B ,trabalharam nos esgotos da cbf fazendo tudo enquanto é falcatrua para seus próprios escusos benefícios.
    Repudio todo e qualquer trabalho da nossa diretoria nessas sujeiras, porém precisamos de gente que exija a lisura e os resultados sejam dentro de campo.
    Esse VAR nas mãos desse larápios da cbf e grobo é brincadeira!

    • /Pensamos da mesma forma amigo Reinaldo , eu não sinto ódio pelos lixos que voce citou , não, não sinto ódio , eu somente torço para que as balas perdidas de lá , acertem estes alvos. Isto é ódio ?

  • Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
    Não sou contra o VAR, desde que operado com imparcialidade, o que no Brasil é impossível! O VAR se bem operado é uma ferramenta que pode amenizar erros, mas sabemos que interesses escusos torna ineficiente dita ferramenta.
    Portanto, o único VAR que interessa ao Galo, é o VARgas.
    Hoje e sempre, Galo!!!

  • O VAR , que foi idealizado e concebido como uma ferramenta poderosa pra coibir e /minimizar erros grotescos de arbitragem , para, em suma ,fazer justiça e respelto ás regras vigentes ,pode, como todo mundo viu, se transformar também em uma arma poderosa de promover injustiça. legitimar roubalheira , como estamos assistindo, perplexos o uso desta ferramenta virtual caindo no colo dos bandidos do eixo. Era tudo que sonhavam , institucionalizar o roubo, a mão grande , a rapinagem a favor dos eternos favorecidos . Interpretação , interpretação pessoal ,contato de jogo, bola na mão, mão na bola, tudo aferido pelos picaretas, escudados pela força tarefa central do apito (apito amigo), que corrobora , passa um verniz e tenta nos fazer engolir, goela abaixo, as "lisuras" das decisões. Podem elaborar teorias, equações , explicações metafísicas para o VAR , na fritada dos ovos , tudo se resumirá na seguinte frase, na seguinte verdade : uma arma que caiu na mão de bandidos

  • Prezado, não vejo nenhum problema na tecnologia, tanto q em outras modalidades em q ela atua e/ou existe funciona perfeitamente e ñ deixa margens p críticas. O problema ñ está na "ferramenta" mas sim naquelas figuras q "na minha época" saiam do estádio após os jogos mal conduzidos "disfarçadas de padre/freira dentro de uma veraneio vascaina_ salve Aborto Elétrico \,,/_ para não levar uns e outros cola brincos e pescotapas daqueles bem merecidos q estão por trás dela. O mais engraçado,a piada da vez, é q os caras q ontem estavam em campo sendo observados por ela,são os mesmos q amanhã estarão na cabine operando_ no sentindo amplo da palavra_ a mesma,ou seja,a ferramenta pode vir a ser confiável, desde q não seja manipulada pelos comédias de sempre. Impossível de acontecer,eles são ruins q dói e a ferramenta fica desmoralizada nas mãos deles,mesmo acertando de vez em quando. Eles não escrevem por linhas tortas,eles entortam a linha... daí??????? Game over!
    Saudações Atleticanas

    • \o/

      Profundo conhecedor do rock nacional... A maioria diz que Veraneio Vascaína é do Capital Inicial.

      Abraço,

      • Assim como "Fátima" e "Que País é Esse", a canção "Veraneio Vacaína" também faz parte da, digamos assim, herança deixada pelo falecido "Aborto Elétrico" que, ao morrer, dividiu-se em dois: Capital Inicial e Legião Urbana. Abraços!

  • Bom dia, Max e Canto do Galo!!!

    Havia uma expectativa, antes da adoção do VAR no futebol, que depois da implantação da arbitragem virtual a justiça chegaria e o jogo enfim seria resolvido dentro das quatro linhas.

    Que nada...

    As artimanhas continuam e o EIXO segue mandando e nadando de braçada...

    A justiça nunca é feita e nos detalhes, como no último Brasileirão (BR20), o Internacional, o "Campeão Moral" daquela competição, teve o título entregue ao mais queridinho por várias interpretações absurdamente injustas e sempre no sentido do "IN DUBIO, PRÓ-EIXO".

    No jogo considerado do Inter, contra o Corinthians, na última rodada no último Brasileirão, teve de tudo, até VAR maluco, contra o Colorado gaúcho, tudo para beneficiar e entregar de bandeja o título ao Flamengo.

    Um show de horrores!!!

    A Diretoria atleticana que se prepare para o pior.

    O que prevalece, dentro das quatro linhas, é a injustiça.

    Esta é a realidade!!!

    Abre o olhoooooo, Diretoriaaaaa!!!

  • Minhas opiniões sobre o VAR:

    1) lances de gol, todos eles, devem ser checados obrigatoriamente pelo VAR;
    2) só deveria ser utilizado diretamente pelos operadores a partir da cabine em caso de agressões, jogadas escandalosas fora dos lances de disputa, dúvidas em saídas de bola, dúvidas se a bola entrou ou não, obviamente lances não vistos pelo árbitro;
    3) somente deveria ser acionado pelos técnicos dos times, funcionando como "desafio", nesse caso cada técnico teria direito a 2 desafios por tempo de jogo e se "errasse" o primeiro desafio, perderia o direito ao segundo; a partir daí, contra aquele time, prevaleceriam as marcações de campo;
    4) em caso de o VAR não esclarecer o lance, prevaleceriam, sempre, as marcações de campo.

  • Bom dia, Massa, Max e Guru,

    Apesar de todas mudanças em todos os setores do clube, passando pela administração, financeira, estrutural e de futebol ocorridas principalmente de duas temporadas para cá, o clube ainda não conseguiu as mudanças em termos de bastidores. E prova disto, é que invariavelmente sucumbimos diante de desmandos, favorecimentos e atitudes tendenciosas da própria CBF, emissora detentora do direito de transmissão, imprensa do eixo, STJD e CONMEBOL.
    Prova disto, é que após o lamentável papelão protagonizado pelo Boca Juniors, o único punido até o momento foi o próprio clube, vítima do acontecimento. E o que dizer das escalações de árbitros em nossos jogos, com juízes da praça de nossos concorrentes?
    Sinceramente não acredito que encontraremos esta pessoa para pôr a pica na mesa lá na CBF ou onde necessário e nosso única ferramenta de combate é o próprio time, que contra tudo e contra todos terá que tirar leite de pedra, diante destas ocorrências extracampo pra ganhar títulos.

  • bom dia Eduardo e massa e Max pereira.sobre o VARlixo nem vou comentar juntando com a cbflixo é farinha do mesmo saco. ontem savarino saiu do jogo contudido é preocupante estas seleções só traz prejuízos para as equipes. a cuca espero eu que acompanhou a ótima equipe do Fortaleza eles tem 5 jogos sem vencer e espero também que treinou a pontaria. o flamerda manda e remanda na cbf. VARlixo.etc e ninguém faz nada. chega segunda feira mas não chega domingo. aff.a otimo final de semana a todos amigalos. vai galooooooooooo.

  • Bom dia !
    Eterna briga do gato e o rato, ou do mocinho e do bandido.
    As pessoas cobram que a direção tome atitudes, mas que atitudes. A verdade é que existe uma quadrilha que domina a CBF e que atende aos seus clientes preferidos.
    Essa história de conquistar respeito com essa gente não existe. Ou você entra no jogo deles, ou seja, se submeta a atos espúrios , ou está fora do jogo. Vá lá exigir respeito, receber um tapinha nas costas e depois continua tudo do mesmo jeito. Gente cínica, dissimulada.
    O Galo tem é que trabalhar forte dentro de campo e vencer os adversários, apesar dos pesares.
    Claro que os meliantes iam se adaptar aos novos tempos, novas tecnologias. Tá cheio de golpes por telefone, Internet. Assim é com o VAR, usam a nova tecnologia para os seus interesses, ou algum inocente achou que ia ser diferente. O sistema é bruto e as cifras dos patrocinadores são enormes.
    O que poderia mudar essa situação seria a união dos clubes fora do eixo para quebrar a espinha dessa quadrilha.

    • Paulo, boa tarde.

      Ainda que seja explicável desacreditar que se possa conquistar o respeito dos podres poderes de futebol, entendo que é possível construir uma trincheira política que possa garantir ao clube um tratamento justo e digno.

      Entrar no jogo não é garantia de nada. E pior, é se mostrar igual ao que condena. E aí, é o fundo do poço moral.

      É um trabalho hercúleo, mas possivel.

      Saudações alvinegras.

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