Cada um no seu quadrado

Sejam quais forem os escolhidos pelo treinador, que estejam – todos – numa noite especial.  Este será o jogo mais importante do ano, até o momento. Passando pelo São Paulo e garantindo vaga, o Galo terá 40 dias para se preparar para as fases seguintes e decisivas da Copa Libertadores. É o que espera todo Atleticano.

Disputando o torneio pela quarta vez consecutiva, fizemos campanhas boas, notadamente na primeira desta sequência. O título de 2013 incomoda alguns poucos. Fazer o quê? Aos inconformados com o declínio de seu time, que vivem proclamando que ganharam isso, ganharam aquilo, mais aquilo outro, e vão gastar energia com secador, sugiro uma ida ao cinema.

Não estou brincando, foi o que sempre fiz nos raros momentos em que a posição se inverteu no passado. Ganhamos e temos alcançado um desempenho satisfatório numa competição que agora engloba as três Américas e 32 clubes. No passado, além de ser apenas da América do Sul o torneio envolvia 16 clubes e os argentinos disputavam com time alternativo. Novos tempos proclamam o sucesso de uns e a decadência de outros.

Se em 2013 chegamos em primeiro, agora já estamos entre os oito melhores da competição. Repito, disputando pela quarta vez consecutiva. E será com este espírito vencedor que vamos todos hoje à Catedral do Horto. Assegurada a vaga, as fases seguintes terão de sair do nosso caldeirão menor e ir para o maior, ou seja, o nosso salão de festas.

Vendo a lista dos jogadores relacionados e ciente que três deverão ser cortados, uma vez que no banco da Copa Libertadores só podem ficar sete atletas, fico daqui definindo quais serão os preteridos e pensando no time que vai começar a partida. Feita a escolha, sinto que ainda teremos uma relação de suplentes acima da média de muitos titulares de times que disputam a série A do Campeonato Brasileiro. Isso me conforta e me dá a certeza da classificação.

Dito isso, que São Victor mostre ao mundo porque foi santificado pela massa Atleticana; que Marcos Rocha esteja nos seus melhores dias e que só abandone a defesa quando a cobertura estiver assegurada; que Léo Silva e Erazo se postem como duas muralhas e impeçam toda tentativa de ataque do adversário; e que Douglas Santos mostre aos que ainda duvidam de seu potencial a razão de suas constantes convocações para a Seleção Brasileira. Até aqui, sem medo de errar, foi fácil definir quem entra em campo.

Já daí pra frente, considerando que o treinador é Aguirre, valem a intuição e – evidentemente – a torcida por aquele em que “eu acredito”. Dito isso, que Eduardo honre o seu nome (afinal xará tem de acreditar no homônimo); Leandro Donizete – o general e leão em campo – proteja a zaga como sabe fazer com perfeição; e Lucas Cândido complete bem o setor com avanços mortais e chutes certeiros como sempre fez; e que, finalmente, Cazares comprove que a massa tem razão em cobrar sua escalação.

Mais à frente, para delírio da massa, que Robinho pedale e deixe adversários para trás rumo ao gol são-paulino; e Pratto confirme ser o matador em quem o Atleticano deposita suas esperanças, colocando a bola na rede adversária.

No mais, caso necessário, quem entrar em alguma eventualidade que cumpra bem o seu papel. Sendo assim, com certeza, voltaremos para casa comemorando outra conquista. Se os jogadores fizerem sua parte, do lado de fora o Atleticano saberá cumprir o seu papel, incentivando o time. Que assim seja!