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Psicólogo graduado pela Universidade FUMEC, Pós-graduado em Psicologia Médica pelo departamento de Psiquiatria e Neurologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Mestre em Educação, Cultura e Sociedade pela UEMG, tendo desenvolvido dissertação na área de Violência Contra a Mulher.

Minha mãe é controladora, superprotetora e manipuladora. Sinto-me presa.

”Olá, dr. Douglas, parabéns pelo seu lindo trabalho e obrigada por oferecer esta oportunidade de desabafar e receber a ajuda de um profissional tão capacitado como você. Meu problema é o seguinte: sou filha única de uma mãe extremamente controladora, superprotetora e manipuladora. Sou adulta, tenho quase 30 anos, uma boa formação acadêmica e uma vida profissional bem-sucedida. Mas, apesar de tudo isso, tenho a mesma liberdade de uma criança de 2 anos de idade. Vivo como se estivesse em uma prisão domiciliar, uma eremita dentro da cidade grande. Saio apenas para trabalhar, sempre acompanhada por ela, que vigia meus passos 24h por dia. Liga e manda mensagens compulsivamente, atrapalhando meu trabalho, numa necessidade doentia de saber o que estou fazendo ou falando, controlando o que devo fazer o tempo inteiro. Sou como sua propriedade, assim como meu celular e minhas redes sociais: ela apaga meus contatos, bloqueia pessoas, fala com as pessoas como se fosse eu, não permite que eu entre em contato com ninguém. Isola-me do mundo.  Não posso ter amigos, pois para ela ninguém presta e não posso sequer cogitar em namorar ou casar, pois ela odeia basicamente dois tipos de pessoas: homens e mulheres que gostam de homens. Nunca namorei, pois vivo isolada e, afinal de contas, qual rapaz teria coragem de entrar em um relacionamento a três? Geralmente, as mães agem assim quando foram frustradas no casamento, e com a minha não é diferente. Ela é casada há muitos anos, mas vive um casamento de “fachada”, como duas pessoas indiferentes que dividem o mesmo teto, unidas por uma certidão de casamento. Graças a Deus cresci em um ambiente de paz, pois eles não brigam, mas nunca vi amor ou cumplicidade entre os dois. Minha relação com meu pai também é indiferente, pois, apesar de vivermos todos juntos, não posso ser amiga do “inimigo” dela. Ela me criou para ser sua melhor amiga, companheira inseparável, para depositar em mim (e também receber de mim) todo amor que não recebeu do mundo e de sua família. Ela quer que eu tenha aquilo que ela não pôde ter e realize os sonhos que não pôde realizar. Apesar de dominadora e líder, ela nunca foi agressiva ou violenta. É uma mãe amorosa, divertida, move o mundo para me ajudar quando preciso (e também quando não preciso). Reconheço que tudo o que sou e conquistei devo muito a ela e, por conta disso, sinto que tenho uma dívida de gratidão. Qualquer manifestação de autonomia da minha parte é vista como rebeldia e ela trata de suprimir através da sua hábil manipulação. A oralidade é sua arma e ela a utiliza para mentiras (com uma frequência assustadora), chantagem, culpa, medo, etc. Conversas com ela não são diálogos, são monólogos. Sinto-me presa, como uma marionete, sem ter saída, e muitas vezes deprimida por isso. Tento ocupar minha mente com outras atividades além do trabalho, como forma de esquecer que vivo presa, e tentar ser feliz. Tudo que ela faz é justificado pelo seu amor incondicional. Ela diz que tem a obrigação de me cuidar e fará isso enquanto tiver vida. Ou seja, ela não tem intenção de mudar e provavelmente, no futuro, serei uma senhorinha de 50 anos sozinha e manipulada pela mãe. Cansei de tentar falar a ela o que sinto. Aprendi a discordar das suas opiniões distorcidas e absurdas em silêncio, pois minha saúde mental vale mais. Não tenho forças psicológicas para ir contra seu poder supremo. Com ela estou sempre pisando em ovos, pois qualquer palavra pode ser entendida como uma ofensa ou indireta. Tenho medo de decepcioná-la, de desobedecê-la e tomar decisões erradas, medo de ser ingrata com uma pessoa que “ama demais” e que dedicou sua vida a mim. Tenho medo também de desobedecê-la e me casar e acabar colocando em minha vida uma pessoa controladora como ela, e assim perdurar meu sofrimento. Preciso de sua ajuda, já que  não posso ir a um psicólogo pois, como eu disse, sou controlada o tempo inteiro. Agradeço imensamente pela sua paciência em ler este longo texto e peço que Deus lhe abençoe por você utilizar de sua sabedoria e conhecimento para ajudar pessoas como eu! Um abraço!”

 

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Um abraço do

Douglas Amorim

Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade

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Consultório: (31)3234-3244

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2 thoughts to “Minha mãe é controladora, superprotetora e manipuladora. Sinto-me presa.”

  1. O mais doentio é que ela não pensa que não vai estar pra sempre aqui e que os filhos precisam seguir a vida a minha mãe é super controladora mas como somos 3 filhos isso ficou dividido ela tem a consciência que não vai estar aqui pra sempre então lidou bem com os nossos casamentos mais mesmo assim continua sendo invasiva e se eu der brecha ela vai querer mandar na minha casa e na forma que eu educo minha filha então coloco limites.

  2. Nossa bem parecido com tudo que minha mãe fez, no caso dela por pavor de algo ruim me acontecer, sufocante demais, muitas vezes eu quis morrer. Eu saía ela ligava gritando mandando voltar, ela é doente, sou filha única e meu pai morreu, então eu ficava preocupada com ela e logo nem saía mais, acabei ficando sem amigos por causa dela afinal quem quer sair com alguém que tem que voltar às 22 pq mamãe definiu. Por fim arrumei um namorado na internet afinal n podia sair, engravidei, casei e ela tá satisfeita pq cuidando de um bb não vou sair nem ter tempo pra nada mais , o casamento não tá bom e se me separar ela vai querer voltar morar comigo, e não vou mais aceitar, pq agora chega! Aproveite que pode ser livre e se mude enquanto é jovem, vá viajar , viver sua vida! Tenho 38 anos.

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