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Psicólogo graduado pela Universidade FUMEC, Pós-graduado em Psicologia Médica pelo departamento de Psiquiatria e Neurologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Mestre em Educação, Cultura e Sociedade pela UEMG, tendo desenvolvido dissertação na área de Violência Contra a Mulher.

Voltei com meu ex-marido e minha vida está um inferno

coracao_partido“Boa noite Dr. Douglas Amorim. Tenho 23 anos e há 04 meses me reconciliei com o pai da minha filha. Estávamos separados há 01 ano e 11 meses. Neste intervalo, ele acabou casando no papel com outra mulher e viveu com ela apenas 06 meses. Deram entrada no divórcio e ele começou a vir atrás de mim pedindo perdão, porque tinha se arrependido do que tinha feito. Ele me humilhou muito, mesmo enquanto estávamos separados. Decidi voltar, apesar de não sentir mais o mesmo e porque também fui muito pressionada pelas pessoas mais próximas. Essa pressão se dava porque ele era o pai da minha filha e todos acreditaram que ele havia mudado. Voltei mais pela nossa filha, uma vez que ela não tinha tanta convivência com o pai e eu também estava morando com os meus pais. Ele tinha comportamentos que eu não gostava. Combinamos de fazermos as coisas diferentes, porém, ele não cumpriu. Mente muito,  se está chateado com alguma coisa eu pergunte, com o intuito de ajudar, ele não desabafa, fica fechado e só conta pra outras pessoas. Além disso, é estúpido comigo e com a filha, que tem apenas 03 anos. Não sabe falar com ela e quer colocar culpa disso nos pais, porque não teve carinho quando criança. Eu falo que nossa filha não pediu pra vir ao mundo e que temos de tratá-la bem. Parece que não adianta nada. Já não sei mais o que fazer. O que me machuca, também, é que criei expectativas demais. Ele disse que me amava e eu, claro, acreditei. Hoje ficamos como dois estranhos dentro de casa. Por vezes, ficamos de três a quatro dias sem conversar. Só é carinhoso comigo quando é pra fazer sexo. Quando começo a pensar nisso tudo, fico me perguntando: onde está o amor? Carinho, não vejo, atenção, também não, e amor, muito menos. Se tiver, é uma forma muito estranha de amar. Quero entendê-lo, mas, está muito difícil. Não há colaboração por parte dele, pois nunca gostou de conversar. Nossa relação se dá por meio de brigas ou de um ignorar o outro. Por favor, Dr. Douglas, me dê uma orientação. Desde já agradeço”.

 

Envie sua dúvida para perguntaUAI@gmail.com  Não identificamos os autores das perguntas

 

Resposta:

Querida leitora, você estava separada há praticamente dois anos e resolver voltar com seu marido. Não creio que seja um erro tentar dar uma segunda chance para um relacionamento. No entanto, penso que alguns aspectos precisam ser observados. Foi mencionado que, quando resolveu retomar o casamento, não havia mais o mesmo amor de outrora. Isso é bastante comum de acontecer, principalmente se a separação ocorreu de forma traumática, tendo sido permeada por falta de respeito, humilhações e outras formas de agressão. No entanto, penso que, havendo afeto e mudanças de conduta, este afeto pode vir a ser “regado” diariamente e voltar a ser um grande amor. Até aí, tudo bem. Entretanto, você citou mais dois aspectos que me deixaram preocupado. O primeiro deles é ter voltado também por pressão de outras pessoas. Quem seriam exatamente elas? Qual a autoridade que elas teriam para te pressionar a retomar um casamento?

Em segundo lugar, a pressão delas se dava pelo fato de vocês terem uma filha e por elas acreditarem que ele tinha mudado. Muita calma com isso, ora. Quem teria de constatar se ele mudou mesmo ou não, seria você. E, além do mais, a existência de um filho é algo importante, mas, não faz disso uma garantia êxito no relacionamento, muito menos uma obrigatoriedade de se permanecer casado. Portanto, a sua volta teve uma combinação de diminuição de afeto, atrelado às mágoas que você acumulou tendo sido humilhada, passando por pressão de pessoas que estavam ao seu redor e pelo fato de terem uma filha em comum. Esses ingredientes, honestamente, não sinalizariam, no meu humilde modo de entender, a possibilidade de sucesso neste retorno. Por outro lado, você disse que conversaram e que houve, por parte dele, promessas de mudanças nas condutas do dia a dia. Sendo assim, sua escolha foi decidir apostar na mudança dele e te tentar recuperar seu casamento.

Acontece que, nada do que prometeu, foi cumprido. De acordo com seu relato, ele continuou a mentir e não confia em você para compartilhar seus problemas e angústias, preferindo fazê-lo com outras pessoas. Além disso, tem atitudes estúpidas com você e com a filha, que tem apenas três anos de idade. Sinceramente, é muito fácil falar que não se relaciona bem com a filha porque não teve carinho por parte dos pais, durante a infância. Pode até ser verdade, mas, isso não pode ser justificativa para maltratar ou ignorar um filho. Ah, já ia mês esquecendo… Um dos motivos da sua volta foi, também, o de fazer com que pai e filha pudessem conviver, uma vez que você tinha ido morar com seus pais. Eu te pergunto: será que uma convivência, de tão baixa qualidade, seria algo realmente saudável e significativo para ela? Sugiro que reflita bastante sobre isso.

Dicas pra você: penso que, o que estava ao seu alcance, foi feito. Depois da separação, decidiu dar uma chance, mediante perdão, diálogo e propostas de mudança. Infelizmente, essas mudanças não se sustentaram e ficaram apenas no discurso. Atualmente, vocês ficam dias mal se falando ou então, brigando. Carinho, atenção e cumplicidade não existem, a não ser na hora que ele deseja transar. Muito conveniente, não? Não existe colaboração por parte dele e, na hora em que você o convida para conversar e tentar melhorar as coisas, ele se mostra reticente. Desta forma fica, realmente, muito difícil tentar reconstruir uma relação. O fato de você ter dado uma segunda oportunidade apresenta 50% de chance de dar certo e 50% de chance de dar errado. De acordo com tudo o que mencionou, está dando errado. O simples fato de ter me enviado este e-mail comprova o que estou dizendo. Você é uma mulher jovem e tem toda a vida pela frente. Pense se vale a pena continuar a viver com um homem que, ao que tudo indica, não está muito interessado em mudar de verdade. Ficou só na promessa. Se esse é seu ideal de vida e o tipo de homem que deseja ao seu lado, tudo bem. Se não for, sugiro que repense a continuidade da relação, pois, casamento, não é pra ser um inferno diário que, parece ser o que você tem vivido. Reflita com honestidade e siga um caminho coerente na vida. Boa sorte!

Um abraço do

Douglas Amorim

Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade

Consultório: (31)3234-3244

www.douglasamorim.com.br

Instagram:@douglasamorimpsicologo

Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim

 

4 thoughts to “Voltei com meu ex-marido e minha vida está um inferno”

  1. iga para você mesmo o nome do único rapaz ou moça com quem você gostaria de estar (três vezes)… Pense em algo que queira realizar na próxima semana e repita para você mesmo (seis vezes). Se você tem um desejo, repita-o para você mesmo (Venha cá ANJO DE LUZ eu te INVOCO para que Desenterre fgm de onde estiver ou com quem estiver e faça ele ME telefonar ainda hoje, Apaixonado e Arrependido, desenterre tudo que esta impedindo que FGM venha para MIM l, afaste todas aquelas que tem contribuído para o nosso afastamento e que ele FGM não pense mai……s nas outras… mas somente em MIM. Que ele ME telefone e ME AME. Agradeço por este seu misterioso poder que sempre dá certo. Amém…). Publique esta simpatia por três vezes. Só mesmo esta simpatia, quero compartilhar com você a minha alegria e mostrar que se para mim deu certo para você também dará basta copiar e colar por três vezes em forum diferentes esta simpatia abaixo e logo em 48hs você terá uma linda surpresa, beijos Ainda esta noite de madrugada o TEU amor dará conta de que TE ama, algo assim acontecerá entre 1 e 4 horas da manhã esteja preparada para o maior choque de sua vida! Se romper esta corrente terá má sorte no amor. Deus vai lhe abençoará e a sua vida não será a mesma

  2. Minha sugestão para você é se ele falou que ia mudar, pediu para voltar e não mudou em nada quando vocês voltaram . A solução é separar. Se for o caso entra na justiça para ele dar a pensão para sua filha. Não justifica ele falar que não teve carinho dos pais, se ele não teve os pais presentes, ele tem que fazer diferente da criação que teve. A filha que ele tem, não tem culpa do que ele viveu com os pais, da forma que foi criado. Tem mães solteiras, que educam o filho muito bem, sem ter tido vinculo famíliar. Relação a dois, é para ter carinho, amizade, confiança, companheirismo, ambos estarem felizes, troca e não uma guerra como você mencionou que está sua relação. Você é bonita, independente, procure alguém que te mereça. Converse abertamente com ele e resolve sua vida. O que não dá é você viver no mesmo teto com uma pessoa desta maneira como está. Quando está carente, te procura, para você curar a carência dele, te da carinho. Somos mulheres, temos que nos valorizar. Vai ser Feliz. Boa sorte.

  3. Referente ao que escreveu. Tem pessoas que namoram muito tempo e não ficam casados por muito tempo. Como o Douglas falou, tem pessoas que com 3 meses de namoro, casam e dão. Estou com 44 anos, não casei ate hoje porque não encontrei alguém. Se tivesse encontrado alguém não teria namorado e ficado com vários homens. Namoro uma pessoa bacana que conheci a 9 meses, pretendo casar com ele o mais breve, o que esta impedindo é porque ele mora em outra cidade e moro em BH, trabalho, tenho família aqui. Você tem que olhar se ele é uma boa pessoa, gosta de você, te da atenção, carinho, quer construir uma relação, casar, ter filhos, não usa drogas, bebe ou fuma socialmente, se vocês combinam um pouco, não de ouvidos ao que os outros digam, pensam sobre seu relacionamento. Tem pessoas invejosas querendo nos prejudicar. Isto eu vivi, minha melhor amiga, no início do meu namoro que a forma que o conheci foi virtual, através de um aplicativo de relacionamentos, dizia que não ia dar certo minha relação, que ele não é uma boa pessoa, podia estar mentindo quando fala que está trabalhando nos finais de semana, que sou doida de namorar alguém da forma que foi sendo que nem conheço a família dele. Idade não quer dizer nada, minha irmã, casou com 20 anos, é 11 anos mais nova que meu cunhado, tem 24 anos de casados, três filhos. Tem coisas que eles não combinam. Exemplo, ele tem moto, faz trilha, anda de moto nos finais de semana, ela não gosta muito. Ela, deixa ele fazer o que gosta, porque ela o conheceu desta maneira. Por isto, a relação deles está dando certo. Minha outra irmã que já esta no segundo casamento, com o segundo marido, ela é casada e ela mora na casa dela, ele na cada dele. Falam todos os dias por telefone. Ficam juntos nos finais de semana num sítio em comum dos dois. Não brigam, porque o tempo que tem para conviver, é para curtir um ao outro. Eu não casaria da forma que ela casou, quero viver na mesma casa, acordar junto, dividir tudo. Sou a moda antiga, pretendo casar de noiva, com festa, com tudo o que tenho direito. Se você gosta do seu noivo, case com ele. Vai ser feliz. Boa sorte.

  4. Trilhar duas vezes o mesmo caminho acreditando que chegará noutro lugar é idiotice. Doutra, aceitar pressão de terceiros para tomada de decisão que repercutirá apenas no pressionado, salvo se os pressionadores assumirem o ônus, é coisa de ingênuo.

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