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Ejaculação precoce: tenho vergonha de procurar ajuda

“Olá, Dr. Douglas Amorim. Tenho 34 anos, sou casado há 02 e somos felizes no casamento. Acontece que, recentemente, perdi meu pai para o câncer. Desde então, sinto muita ansiedade que, consequentemente, interfere na esfera sexual. Antes eu não tinha nenhum problema nesta área. Entretanto, passei a apresentar ejaculação precoce, desde o acontecido. Isso é uma coisa que me deixa mal, fico com raiva de mim e sinto muita vergonha, também. Minha esposa disse que estou passando por uma fase e que isso vai passar. Quando ela diz isso, aí é que fico com vergonha mesmo. Vi em alguns sites que isso tudo é psicológico, porém, fico com vergonha de procurar ajuda e não sei mais o que fazer. Sinto-me cada vez mais para baixo”.

 

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Resposta:

Querido leitor, antes de mais nada, é preciso que você entenda de uma vez por todas, algo muito importante. O corpo e a mente do ser humano, são absolutamente interligados e, quando um não vai bem, a possibilidade de repercussão no outro, praticamente certa. Muitas pessoas, até hoje, não conseguem compreender que podemos ficar doentes emocionalmente. Só que, pelo fato de não enxergarmos a doença, fica difícil acreditar que ela exista. Um fígado doente, um braço quebrado, uma pneumonia, são muito fáceis de serem detectáveis e óbvios de se verificar. Agora, quando falamos em depressão, ansiedade, pânico etc., aí a coisa parece que fica mais difícil de ser aceita, porque não as enxergamos. Saiba que um determinado acontecimento, pode sim, desencadear uma reação emocional que causa sintomas físicos.

Ao que tudo indica, a perda do seu pai foi algo extremamente doloroso, que desencadeou ansiedade e, por consequência, ejaculação precoce. De fato, homens que apresentam este tipo e quadro são, geralmente, bastante ansiosos e podem ter a vida sexual prejudicada, caso não procurem tratamento. O que está mais me chamando a atenção no seu relato, não é nem o fato de você ter desenvolvido ejaculação precoce após uma perda traumática. As pessoas reagem de formas variadas perante determinadas situações e podem, também, desenvolver reações físicas, variadas. Umas terão gastrite, outros colite. Alguns indivíduos terão dermatite, dor de cabeça constante ou problemas de sono. Muitas pessoas podem ter problemas como dermatite, disfunção erétil ou ejaculação precoce. Portanto, como pode perceber, nosso psicológico pode adoecer nosso físico.

Querido leitor, em qual século você está vivendo? Vergonha de procurar ajuda? Vergonha e raiva de si mesmo, quando sua esposa tenta lhe dar conforto e carinho? Você não está vivendo na época das cavernas, ora. Se temos um problema de saúde, independentemente da área que for, precisamos procurar auxílio. Ou será que você prefere prolongar seu sofrimento? Quer dizer que, se fosse um braço quebrado, você iria ao ortopedista. Se fosse dor de dente iria ao dentista. Na área sexual não pode procurar ajuda? Faça-me o favor. Estamos no século XXI e existe um “arsenal” de possibilidades para lidar com questões como essa, para voltar a ter a vida pacificada. Penso que, inicialmente, podemos pensar em três profissionais que podem ser procurados para lhe ajudar. São eles, o psicólogo, o urologista e, se houver necessidade, o psiquiatra.

Dicas pra você: inicialmente, eu recomendaria procurar um bom psicólogo para que pudesse tratar com você, a questão da perda do seu pai. Pelo jeito, isso te abalou muito e acabou produzindo repercussões em seu corpo. Como você mesmo disse, se a ansiedade começou a se apresentar de forma mais incisiva, o segundo passo seria procurar um bom urologista. Os médicos dessa especialidade estão muito acostumados a tratar este tipo de quadro. Para sintomas como os que está apresentando, usualmente, receita-se algum medicamento da classe dos antidepressivos, que ajudam tanto na questão da ansiedade, quanto no retardamento da ejaculação. Durante a utilização da medicação, seguramente você não apresentará ejaculação precoce. Paralelamente ao isso, seria interessante fazer consultas regulares com o psicólogo, para te ajudar a superar a perda e recolocar as coisas da vida no seu devido lugar. Por isso, penso que seu tratamento, inicialmente, deva ser psicólogo + urologista. Depois de certo tempo, você já terá organizado melhor sua mente e poderá, gradativamente, retirar a medicação, sempre supervisionado pelo médico. Daí em diante, as coisas voltam ao normal. Eu lhe pergunto: vai escolher o quê? Procurar ajuda o quanto antes, pra melhorar o mais rápido possível, ou ficar sentindo vergonha, raiva e angústia? Pense nisso e boa sorte!

Um abraço do

Douglas Amorim

Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade

Consultório: (31)3234-3244

www.douglasamorim.com.br

Instagram:@douglasamorimpsicologo

Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim

Douglas Amorim

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  • Eu tenho o problema já fui ao médico mais ele me disse que isto está diretamente ligado ao meu psicológico,

  • Eu tenho o problema já fui ao médico mais ele me disse que isto está diretamente ligado ao meu psicológico, o que faço?

  • Caro leitor, todos nós precisamos de ajuda e, infelizmente, as pessoas ainda associam ir ao psicólogo com doença ou problema. É justamente o contrário. Ir ao psicólogo é sinal de saúde, de lucidez. Sinal de que você está comprometido com você, com seu bem estar e com sua vida. Se cuidar é uma escolha pessoal e ela não deve ser feita só quando estamos mal e com problemas. Afinal, se não nos cuidarmos, quem poderia fazer isso por nós? Abraços e boa sorte!

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