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Resposta:
Querido leitor, obrigado pelos elogios. Eles é que me mostram estar seguindo o caminho certo. Bem, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, procrastinar significa: “transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair”. Em síntese, é o famoso deixar tudo para a última hora. Esta é uma pergunta interessante porque, via de regra, o brasileiro é famoso por deixar pra resolver muitas coisas, já aos 45 minutos do segundo tempo. Obviamente, não estou me referindo a 100% das pessoas. Entretanto, se não fosse algo marcante em nossa cultura, não veríamos, ano após ano, a imprensa noticiando várias situações em que as coisas foram deixadas pra última hora.
Vamos a alguns exemplos reais: quantas vezes, milhões de brasileiros deixaram (e deixam) pra entregar a declaração do imposto de renda, faltando pouco mais de uma hora para o prazo se encerrar, considerando que se tem praticamente dois meses para se fazê-lo? O número é tão alarmante que chega a fazer com que o sistema entre em colapso e muitos não conseguem entregá-la. Todos os anos assistimos pessoas num corre-corre danado, na véspera, ou até mesmo nos dias de Natal, Páscoa, Dia das crianças etc., comprando presentes. Geralmente, nessas situações, pode-se até pagar mais caro, além de se enfrentar filas quilométricas nos caixas e correr o risco de não comprar algo do jeito que se desejava. Ano de eleição, é sempre a mesma coisa: as pessoas têm anos para regularizarem seus títulos de eleitor, mas, deixam pra fazê-lo na véspera. A consequência? Filas que dão a volta no quarteirão.
Além da questão de ordem cultural – que influencia bastante no comportamento das pessoas – há, também, questões de ordem psicológica que são muito singulares. Ou seja, depende da forma como a pessoa sente, pensa, percebe e age. Você percebeu as situações que procrastina? Estudo, tr abalho e compromissos, inclusive, afetivos. Portanto, as coisas que são da ordem da obrigação
são evitadas ao máximo. Acontece, querido leitor, que a vida de todos nós é marcada por uma série de obrigações e responsabilidades, as quais não temos como evitar. Empurrar tudo com a barriga não resolve nada. Aliás, muito pelo contrário. Deixar tudo pra última hora, faz com que tenhamos menos tempo para desenvolver tais atividades. Consequentemente, com menos tempo, mais estresse e menos qualidade no desempenho. Não adianta deixar pra depois, achando que a prova, o trabalho, a ordem do chefe ou a cobrança da namorada irão desaparecer, porque isso, simplesmente, não irá acontecer.Dicas pra você: diante disso, penso que o passo número um é fazer um diálogo honesto consigo mesmo. Nessa conversa, há de acordar que, ficar livre de tarefas e obrigações, é algo que não existe. Uma vez constatado tal fato, é hora de arregaçar as mangas e partir para criar organização e método para fazer as tarefas. Se você tem de estudar cinco matérias para uma prova, por exemplo, organize seu tempo para fazê-lo. No mínimo, leia uma por dia, faltando cinco dias para a avaliação. Deixar pra estudar todas na véspera pode ser um desastre. Percebe que, nessa ilustração, foi criado um método de estudo? Pois bem. Uma vez criado o método, é preciso colocarmos o último ingrediente: a disciplina. Durante esses cinco dias, no horário determinado por você, faça sol ou faça chuva, a matéria será estudada.
Claro que existem coisas mais prazerosas pra se fazer, ora. Entretanto, é preciso tomar consciência de que a vida real, infelizmente, tem muito mais tarefas e obrigações do que deleites. Ignorar isso é se alienar. Por fim, não penso que a questão seja simplesmente trabalhar a força de vontade, como mencionou. É preciso que se escolha fazer diferente para viver melhor. Duvido muito que deixar pra fazer as coisas na última hora, seja bom. Eu, por exemplo, não faço desta forma. Não gosto de deixar com as coisas acumuladas e ficar atormentado sem saber se irei conseguir resolvê-las. Agindo assim, eu tenho o meu sossego. E você, querido leitor, vai escolher o quê?
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
Consultório: (31)3234-3244
www.douglasamorim.com.br
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Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
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