“Boa tarde, Dr. Douglas Amorim. Moro em Minas Gerais, sou crente e pratico a masturbação, vendo fotos e assistindo vídeos na internet. Pra vocês, o ato da masturbação é normal, porque não conhecem a palavra de Deus. Aprendi esse ato desde os 15 anos e o pratiquei com frequência, enquanto solteiro. Aos 45, me converti e continuei a praticar normalmente a lascívia. O casamento não é solução. Já fui casado e me masturbava da mesma forma. Peço uma orientação sua. Obrigado e um abraço”.
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Resposta:
Querido leitor, quando vamos abordar um determinado assunto, o fazemos a partir de um referencial que construímos. O meu referencial é o da Psicologia e da saúde emocional. Portanto, infelizmente, não tenho como discutir questões ligadas à crença de cada um, inclusive porque, todas as pessoas são livres para praticar qualquer religião. Pelo menos, temos essa liberdade em nosso país, que é marcado por tantas contradições e intolerâncias. Portanto, a minha resposta para você será a partir do que eu estudo e do trabalho que desenvolvo, e não de questões de ordem religiosa ou espiritual.
A masturbação, na minha humilde opinião, é algo normal, não pelo fato de não conhecer a palavra de Deus. Ela é normal pelo simples fatos de sermos seres humanos. Todo ser humano tem um corpo. E todo corpo humano, com condição cerebral mínima tem uma mente. Pois bem. Nossa mente é uma instância altamente complexa, na qual se entremeiam várias instâncias. Uma delas chama-se sexualidade . Ou seja, todos nós temos desejo, sentimos prazer e identificamos determinadas zonas em nosso corpo, as quais denominamos de erógenas. Isso varia de pessoa para pessoa. Essas áreas, quando estimuladas, produzem sensação de prazer e felicidade, que assim são interpretadas por nosso cérebro. Identificamos, assim, a conexão do nosso corpo com a mente, que, como foi dito, chamamos de sexualidade.
Uma vez que ela se faz presente na vida de todos nós, concluímos que temos duas formas de exercê-la. Com outro parceiro (a), ou de forma solitária. Claro que existem casos de pessoas que têm relações sexuais inadequadas, com animais, por exemplo. Nessa circunstância, aí sim, estaríamos falando de algo que não pode ser considerado normal e que é classificado, inclusive, como transtorno mental, denominado zoofilia. Da mesma forma, podemos falar da pedofilia que, inclusive, é crime. Voltemos ao exercício saudável da nossa sexualidade. Quando é realizada com um parceiro (a) de forma consentida e com práticas que agradam aos dois, tudo está na mais perfeita condição. E quando estamos sozinhos? Essa é a situação que denominamos de masturbação. E o que tem de errado nisso? Nada demais, ora. Desde que não seja excessiva e não traga prejuízos para outros setores da vida do indivíduo, ela significa um momento de autoconhecimento e intimidade consigo mesmo. Isso vale tanto pro homem, quanto pra mulher.
Dicas pra você: no seu relato, foi utilizada a palavra lascívia, para referir-se ao ato de se masturbar. De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, um dos significados de lascívia é luxúria. E, o mesmo dicionário, descreve luxúria como “comportamento desregrado com relação aos prazeres do sexo”. Honestamente, não consigo ver o ato de se masturbar como nada disso. Você também disse que o casamento não é solução. Concordo com você. Primeiro que casamento não tem de ser solução pra nada. Segundo porque, se masturbação não é problema, não há o que ser resolvido. Além do mais, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Homens e mulheres, podem perfeitamente serem casados e terem seus momentos de intimidade com seus próprios corpos. Recomendo que procure ficar em paz com seu próprio corpo e com seus desejos, sendo consciente de que eles fazem parte da existência humana e que, se forem realizados de forma saudável e equilibrada, apenas te farão bem e trarão alegria e bem-estar. Fique em paz!
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
Consultório: (31)3234-3244
www.douglasamorim.com.br
Instagram:@douglasamorimpsicologo
Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
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A minha experiência com masturbacao sempre foi mais em momentos de angústia ou preocupação. O que a Psicologia atribui a descoberta do "membro" na fase de infância, nessa fase para mim era como repulsa ao membro, de tão "frenético" que eu me masturbava! Somente depois da primeira ejaculação eh que o pênis passou a ser "visto por mim" como externar atração pelo gênero (o mesmo ou não)! Até muitas vezes, em namoro ou fluidez sexual com amigo ou colega, havia o chamado 69 ou ele me fazia sexo oral depois da penetracao, tamanha rigidez peniana! Hoje até reflito: relação sexual, saudável, é uma troca e não deve ser autossexual, embora respeite a individualidade de quem opte!