Não inventaram nada tão essencial

Cada uma à sua maneira, fazendo o possível e impossível para verem os filhos saudáveis, seguros e felizes

Parabéns, mães da minha vida

Quem está com mais de 40, certamente conhece a banda inglesa Pink Floyd. Quem ainda não entrou nos “enta” e não conhece, não perca mais um mísero segundo e comece já a devorar toda sua obra, especialmente o álbum ‘The Wall’, também disponível em filme.

Sou judeu. Dizem que mães judias e italianas são diferentes. Bobagem. Independentemente da etnia, cor e credo, mães são, para os filhos, diferentes, especiais. As melhores mães do mundo! Mas é certo, aí sim, até mesmo por uma questão histórica — e após cultural — que as Yiddishe Momme (mães judias) são super protetoras “um pouco” além do normal.

Lenda ou não, o fato é que um filho judeu sabe bem o que é se equilibrar entre o céu e o inferno. Sabe o que é ter de apresentar a primeira namorada e o que é ser acalentado, quando ela, a tal namorada, nos dá um “pé na bunda”. Sabe o que é tentar fazer regime diante da insistência para “mais um pouquinho só, eu fiz com tanto carinho”. Sabe o que é sair de casa com a sensação de ser a pior pessoa do mundo, mas voltar tendo a certeza que lá encontra-se a melhor pessoa do mundo.

Ouço agora, enquanto escrevo — e recomendo a todos que ouçam sempre — a música ‘Mother’, do Pink Floyd. Fala sobre uma mãe super protetora, viúva, com uma criança para cuidar em meio à uma guerra mundial.  Roger Waters, o compositor e cantor,  praticamente se autobiografa na letra e expõe algo tão comum a tantos de nós, ainda que com 50 anos nas costas: o sentimento de um filho precisando do colo materno. Nós homens, quando bem casados (e sou um!), ainda temos a sorte de quase poder substituir um (colo) por outro. Já as mulheres, ficam com uma dupla missão: ser mãe dos filhos e… dos maridos!

Neste dia das mães, eu que ainda tenho a minha ao meu lado, queria dizer à todas as outras que não há amor no mundo que lhes pague por tudo o que fizeram e fazem — sempre farão, não importa onde ou de onde — por seus filhos, simplesmente porque não existe nada próximo ao amor de vocês. Mesmo com todos os defeitos, traumas, medos, inseguranças e quaisquer outras encrencas e manias que vêm junto no pacote, nada é mais perfeito nesta vida. Nada é mais vital.

Parabéns pelo seu dia, mamães. Tenho certeza que, mesmo com todo preço que pagam, se lhes fossem permitida uma nova vida, pediriam a Papai do Céu para voltar como… Mães.

A minha pediria!

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10 thoughts to “Não inventaram nada tão essencial”

  1. Olá Inundado, agora em fase melopiegas; Marisa Letícia, como bilhões de outras mulheres é mãe e, por isso também merece respeito e distinção. Fica o registro.

    1. Pô mané,você tinha que apelar, né sô. Grande marisa letícia (minusculas mesmo). Além de nome de acampamento de vagabundos,que não trabalham e ninguém sabe de que vivem,teve o ” mérito” de conseguir parir limpadores de bosta de elefantes de zoológico e conseguir transforma-los em milionários.Realmente ela é uma “fenomena”.

  2. Dois pontos:
    1) não se esqueça do Fred Mercury no Queen;
    2) só mesmo um dia das mães para você relegar( nem que temporariamente) a virulência habitual.
    E parabéns a família.

  3. Quanto ao Pink Floyd gosto mas me lembra ‘yoga’, me deixa um pouco ‘sonolento’ mas tenho ‘tudo’ deles, até os bootlegs, treinos (raríssimos) e fora de catálogo. Também acho ‘The wall’ o melhor e tenho vários discos em 4 canais e o DSOTM em 5.1!
    Meu filho já comprou ingressos pro Roger Waters em outubro em SP, eu vou!
    MAS gosto mesmo é de Beatles, Rolling Stones, Metallica, King Crimson, J.Hendrix fazendo paralelos com mães ‘italianas’ que têm mais paixão e raça.
    Comparo Pink Floyd com uma tia ‘legal’. (kkkkk)

    Quanto às mães, fica impossível qualifica-las por estarem além de minha competência ou capacidade de definição pois de minha mãe só recebi e nunca consegui retribuir.
    Eu penso que a mãe é a ‘deusa’ dos filhos!
    ‘Nossas’ mães são assim!
    Beijão pras mães de TODOS! 🙂

    1. Concordo com tudo, exceto que yoga causa sono. O que causa sono é o cansaço, que o corpo carrega sem perceber ou sem dar atenção. A (ou O, para os que preferem) yoga apenas “dá ouvidos” ao pleito do corpo por descanso. Do mesmo modo, a acupuntura faria a pessoa cansada dormir. A verdadeira yoga, se estamos falando da Hatha, é dinâmico para o corpo e a mente, embora não seja ginástica. A versão original é muito diferente da yoga adaptada que se espalhou pelo Brasil desde os anos 50, que é mais como uma yoga para idosos, lenta e simples. A yoga foi introduziufa no Brasil nos anos 50 por pessoas de meia idade e que consumiam muita carne e leite bovino. Esses alimentos vão retirando do corpo a flexibilidade, ao longo dos anos. Por isso os introdutores não conseguiam mais executas certas posturas de yoga e facilitaram tudo. Uso yoga no feminino, não no sentido de yoga (união), mas no sentido de técnica. Ricardo foi muito feliz na descrição da mãe judia. E certamente sabe que em Israel os judeus não ingerem carne d leite bovino na mesma refeição. As famílias de melhor condição econômica e tradição mais pura chegam a ter duas cozinhas, uma para lidar com laticínios e outra para a carne, e os talheres são específicos. O talher usado no preparo e consumo de carne jamais será usado com laticínios. Muito além de uma regra de teor religioso, é uma regra de saúde. Não precisa ser lavada a extremos, pois hoje lidamos com detergentes. Mas ela revela um cuidado que se perdeu: carne bovina, uma ou duas vezes por semana, no max.; laticínios, jamais consumidos com carne. Hambúrguer está fora, assim como está fora de Israel a maior taxa de câncer do mundo, que pertence aos Estados Unidos.

  4. Ricardo, é sempre bom lembrar do rock inglês e ele significa muito para os que o conhecem, e especialmente para mim, que vivi no exterior entre 1978 e 1981 e tive o prazer de ver muitas dessas bandas citadas, ainda em atividade na época, ao vivo. Vi King Crimson na turnê Discipline, entre muitas outras. Salvo engano, a música “Mother” descreve a mãe de Syd Barret, e não de Waters. Roger Waters foi autobiográfico, em The Wall, mas na a parte relacionada ao exército e à guerra. Ele cresceu sem conhecer o pai, o tenente Eric Fletcher Walters, que morreu na Segunda Guerra, e sem saber o que aconteceu com ele, e isso afetou o músico muito negativamente. Só em 2014, ele veio a saber que o pai morrerá em uma aterrissagem. A obra The Wall refere-se quase toda a Syd Barret, que, filho único e músico brilhante, foi criado por uma mãe superprotetora e terminou louco pelo abuso de LSD. Cada incidente na vida do personagem vai colocando um tijolo na parede. Obra-prima brilhante! Ponto alto da música pop e rock, hoje seriamente comprometida pelo sistema financeiro internacional.

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