Não há mesmo limites para essa Suprema Corte

Inacreditável! STF cria uma nova instância recursal dentro do próprio STF e garante mais alguns anos para os corruptos alcançarem à impunidade

O Sistema é foda!

Dias Toffolli sempre fora favorável à prisão após condenação em segunda instância. Bastou seu ex-chefe e eterno padrinho político, o ex-presidente e atual presidiário Lula, se encalacrar com a justiça e o ministro mudou de opinião.

Gilmar Mendes nunca fora favorável à prisão após condenação em segunda instância. Bastou figurões petistas caírem nas mãos da Lava Jato e o ministro também mudou de opinião. Contudo, tão logo seus amigos Aécio Neves e Michel Temer caíram nas garras da lei, Mendes pensou melhor e voltou atrás.

Não bastassem as instâncias inferiores (primeira e segunda) e o STJ, o Supremo insiste em chamar para si a última palavra em matéria penal. Como sabemos, o Brasil é o único país do mundo a manter esta situação vexatória de impunidade. Mas como sempre nos é possível cavar mais fundo o fim do poço, os inomináveis ministros resolveram criar mais uma instância dentro do próprio tribunal. Sim, agora é possível recorrer ao STF de uma decisão do… STF. Mas só vale para quem possui Foro Privilegiado, é claro.

Confuso, senhores? Não, não é. É absolutamente claro! Conforme nos ensinou o personagem Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elite, o Sistema é foda.

Vejam, amigos, que estamos a falar do Poder que deveria ser salvaguarda das nossas angústias. Se o nosso Executivo cheira a esgoto e o Legislativo a enxofre, quem mais, senão os Supremos Togados, a restaurar a salubridade do ar que respiramos? Os militares? A sociedade civil em uma revolução tupiniquim? Deus? Como não há boa morte, não há boa ditadura, mas reza um ditado que “a pior ditadura é a do Judiciário”. Se nunca entendi isso antes, começo a entender agora.

Juízes recebem salário disfarçado de auxílio-moradia. Burlam a lei e a Receita Federal. Notem o sujeito da ação: juízes. Mas quem os julga? O STF. E uma vez constituída maioria para dar fim ao tal auxílio, o que faz o Ministro Fux? Retira o julgamento de pauta e chama as partes (magistrados e governo) para um acordo. Como assim??

Não entenderam? Eu explico: você ganha uma ação contra alguém que está lhe cobrando dinheiro indevidamente. Ótimo, né? Mas na hora de sentenciar, o juiz lhe chama para fazer um acordo com quem perdeu. Mas que acordo, ora bolas? Você ganhou, não tem acordo. Pois é. Fux acha o contrário? Nada. Apenas achou uma forma de manter o benefício, ou pelo menos postergar ainda mais a perda. Só que, no caso real, quem paga a conta somos nós. Coisa de 6 bilhões de reais, desde 2014, quando vem fingindo julgar.

Quem nomeia os Ministros? Aqueles que cheiram a esgoto indicam e os que cheiram a enxofre aprovam. E quem elege os fedorentos? Aqueles que ou são da mesma laia ou que sequer sabem do que se trata uma eleição (a absoluta maioria dos eleitores, aliás). E quem poderia mudar este ciclo perverso interminável? Cidadãos decentes dispostos a participar do jogo. E onde estão estes cidadãos decentes? Impedidos de entrar na treta por conta da estrutura política-eleitoral do país. Mas quem monta esta estrutura? Os próprios fedorentos. E quem é mesmo que a mantém assim intocada? Vossas Excelências, os Capas Pretas.

Vou repetir: o sistema é foda!

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6 thoughts to “Não há mesmo limites para essa Suprema Corte”

  1. Olá Distinto, o STF deveria ser uma das instituições mais importantes e respeitáveis da República, desafortunadamente não o é. Funciona como um palco onde pavões engalanados cuidam de suas plumagens e inflam o ego até os anos de Saturno, e ao invés de zelar pelos Princípios mais caros da nação brasileira, cuidam mesmo é de seus interesses pessoais mais imediatos, sempre na base da farinha pouca meu pirão primeiro temperado com o mote do forte com o fraco e fraco com o forte.
    Naquele ambiente os poucos juízes ali dignos desse nome, por sua sobriedade e serenidade sejam justamente Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski, número que não desnatura a distorção verificada, pois, dois entre onze é exceção de sempre.

  2. Um país que, nas últimas décadas, foi presidido por gente do naipe de um Sarney, Collor, Lula, Dilma, Temer etc.
    Uma país que tem como ministros da suprema corte, o STF, gente do naipe de um Dias Tofolli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Lewandowski e Celso de Mello.
    Um país que tem no Senado gente do naipe de uma Gleisi Hoffmann, Lindbergh, Renan, Requião, Collor, Aécio, Jucá, Eunício, Paim, Grazziotin, Perrella, Fátima “Égórpi” Bezerra, J.Barbalho (ufa!).
    QUE PAÍS É ESTE? OU MELHOR, QUE POVO É ESTE???
    Que tipo de povo é esse cujos maiores mandatários são tão medíocres? Se eles são a nata, a elite, quem somos nós, o povo? Se esse tipo de gente é o que temos de melhor, então nós devemos ser um dos povos mais atrasados do Planeta!!!

    1. sério? você também acha que conceito de assassino, estuprador, ladrão, traficante, corrupto, agressor, invasor, etc é amplo?

      1. Eu acho que você não fez a distinção entre um adjetivo, decente, e substantivos, assassino, ladrão, estrupador, etc. A diferença entre as classes gramaticais é razoável, embora as possibilidades de se substantivar adjetivos, e o inverso, sejam possíveis.

  3. VEJAM ISTO: NO SITE DA VEJA/AUGUSTO NUNES

    “Por Branca Nunes

    Nesta quinta-feira, por volta das 11h30, enquanto o painel da Câmara marcava a presença de 355 deputados, apenas quatro ocupavam cadeiras do plenário. Os 351 restantes registraram presença para não perder parte da bolada que recebem no fim do mês — em “sessões extraordinárias”, como a de hoje, faltas acarretam descontos no salário.

    A reportagem que registrou o fato, veiculada na BandNews FM, flagrou outra cena esdrúxula. Pilhado com o carro estacionado em local proibido, o motorista de um dos parlamentares ausentes-presentes nem se preocupou em inventar uma desculpa: “É rapidinho”, disse quando lhe pediram que retirasse o veículo. “O deputado só foi correndo até o plenário bater o ponto, mas já volta”.

    Ou os parlamentares assumem de vez que o único dia útil no Congresso é quarta-feira — quando não precedidas de feriados, claro — ou contratam um bedel para tomar conta da turma que se acha muito esperta. A segunda opção costuma dar certo em escolas para crianças.”

    E Glesi, Lindberg, Dilma etc continuam a vadiar pelo Brasil e mundo afora às custas do dinheiro suado tomado daqueles que carregam este país nas costas!!!

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