Feministas uma ova! Só querem palanque

Onde estão os grupos feministas quando se trata de peitar as músicas e os bailes funks? Ou são covardes ou meros embusteiros

Vestida ou pelada, sei…

 

Erika Kokay, deputada petista, como não poderia deixar de ser, é autora de um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados que prevê a proibição de publicidade que exponha ou estimule a agressão ou violência sexual contra as mulheres. O desrespeito às regras pode levar à multa que varia de R$ 5 mil a R$ 200 mil, além de suspensão da propaganda e advertência.

Segundo a valente: “O papel da publicidade se mostra por vezes contraproducente ao perpetuar o machismo em nossa sociedade, atuando na direção contrária à igualdade de gênero”. E continua: “É rotineiro o emprego da imagem feminina na publicidade como objeto prontamente disponível para a satisfação dos desejos masculinos”. É sério isso, dona Erika? Então vamos falar a sério:

A senhora certamente já ouviu falar dos bailes funks Brasil afora. Certamente também já deve ter ouvido, nem que de passagem, algumas singelas músicas que bombam nas rádios. A senhora sabe, né? “Me pau te ama. Passa a boceta na minha pica. Empina a bundinha. Quica, rebola e para. A porra da sua boceta é minha…” E vou parar por aqui, pois há coisa ainda muito pior, acreditem!

Pois é, né, dona Kokay? A senhora deve considerar esta porcaria poesia pura! Em prosa, verso e ritmo. Nada demais, obviamente, já que trata-se tão somente de uma expressão da cultura dos morros, originalmente cariocas, que se espalhou por todo o Brasil e por todas as classes sociais. Aliás, o mundo foi brindado com esta maravilha durante a abertura da Olimpíada.

Por que a senhora não se enche de coragem e, ao invés de torrar o saco do setor produtivo, que emprega e paga impostos, não vai enfrentar o sexismo, o machismo, a misoginia, a pedofilia e a putaria generalizada divulgados nestas “músicas”? Vá lá, deputada! Vá enfrentar os pretos, pobres e marginalizados da sociedade capitalista opressora. Quero te ver peitar a tal CUF (Central Única das Favelas).

Vá lá, no mercado multimilionário dos dj’s, mc’s e rappers da vida, que embalam as festinhas onde meninas de doze ou treze anos, vestidas como meretrizes de rua, esfregam suas bundas nos sacos dos rapazes sem camisas e com bonés virados, e regulamente-o. Proponha regras e multas. E cobre impostos também, já que tudo é absolutamente informalizado, de dançarinas ao comércio de bebidas e drogas.

Aproveite e vá também nos bares e boates das periferias das grandes cidades e multe-os por vender bebidas a menores de idade. Ou vá a qualquer loja de conveniência de posto de gasolina. Mas não, né, dona Deputada? Isso seria suicídio político. Mexer no pão e circo da tigrada ninguém se atreve! Bacana é peitar as multinacionais selvagens, é enfrentar a zelite.

Que geração maravilhosa estamos criando

Como sempre, a esquerda reveste-se de salvadora do mundo, de defensora de categorias, apenas para invadir a vida privada e o setor produtivo da sociedade. Essa gente só mira nas famílias de classe média ou ricas, nas grandes empresas e no grande comércio. Erika está cagando e andando para as mulheres! Apenas quer seu espaço na mídia como defensora de uma porcaria qualquer. É disto que vive esta classe de políticos de esquerda.

Não! Não gosto desta porcaria de funk. Acho absurdo o que cantam nestas “músicas”. Mas defenderei até a morte o direito de quem produz e gosta desta merda toda. Não acho que cabe ao Estado proibir ou regulamentar coisa alguma. Cabe aos pais permitir ou não que os filhos pequenos ouçam. Assim como não cabe a uma populistazinha barata se meter em propaganda de televisão.

Acreditem, mas tem gente querendo banir a magnífica obra de Monteiro Lobato por causa das “expressões de cunho racistas” encontradas nos seus livros. É sério! Os patrulheiros ideológicos imaginam que em 2017 podem analisar e julgar a literatura de 1930. Mas a canalha que implica com o Tio Barnabé chamando o Saci de “negrinho abusado” é a mesma que aplaude isso aqui:

Peguei no seu cabelo, você diz que ficou louca/Falei no ouvidinho, vou beijar na sua boca/Você piscou pra mim dizendo “estou acompanhada”/E o cara do seu lado olhando sem entender nada/Era ele virar e você me olhava pra gente combinar/Vai no banheiro pra gente se beijar/Bem lá no escurinho pra ninguém desconfiar/Cara de santa mas não me engana não/É hoje que eu te pego e você não escapa não.

Ou isso aqui:

Eu preciso te ter/Meu fechamento é você, mozão/Eu não preciso mais beber/E nem fumar maconha/Que a sua presença me deu onda/O seu sorriso me dá onda/Você sentando, mozão, me deu onda/Que vontade de fuder, garota/Eu gosto de você, fazer o quê?/Meu pau te ama/Que vontade de fuder, garota/Eu gosto de você, fazer o quê/Meu pau te ama, é/Meu pau te ama/Meu pau te ama, é/Meu pau te ama

Então, tá! Ficamos assim. Fora, Monteiro Lobato. Viva, MC Livinho!!

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50 thoughts to “Feministas uma ova! Só querem palanque”

  1. Prezado Ricardo; “É rotineiro o emprego da imagem feminina na publicidade como objeto prontamente disponível para a satisfação dos desejos masculinos”. Isto dá o que pensar não é mesmo? O que será que, de fato, motiva esta petista? Preocupação com o comportamento da macharia, ou será que há tão só e somente uma tentativa de desviar a atenção da opinião pública, para bem longe dos crimes cometidos pelas agremiações de esquerda no Brasil? Infelizmente uma grande parcela da galera brasileira, não se dá conta da grande mentira que se chama POLÍTICA DE ESQUERDA. Então, se abre espaço para que parlamentares destas agremiações tentem este tipo de jogada. Quanto ao funk e suas letras, dizer o que? É, nada mais nada menos, que a evidência maior da “qualidade” do estágio atual da educação no Brasil. Durante todo tempo de permanência do pt no poder, incentivou-se a “cultura” patrocinando capoeira, bate tambor, artesanato de gosto duvidoso, e, o… funk. Aos esquerdistas uma pergunta: o que fizeram pelo país a não ser destruí-lo? Pelo andar da carruagem, o governo atual – tão questionado – está colocando a economia do país nos trilhos outra vez. Afinal, temos um economista comandando a pasta e não aventureiros incompetentes. Queda da inflação e do dólar, são os bons prenúncios do momento. Mas, será que veremos em futuro próximo, todo o esforço jogado fora? Tudo é possível no país, considerando o nosso grau de cultura.

    .

  2. Caro Ricardo, o último parágrafo do texto, onde você expõe trecho dessa nojeira (jamais chamarei a isso de música) é simplesmente deprimente. Rotular isso de cultura é um achincalhe à verdadeira CULTURA. Quanto ao resto do seu artigo, nada a dizer. Concordo plenamente com tudo o que foi dito. Esse é o País condenado ao fracasso sempre.

      1. Entender você é realmente muito difícil. Em meu comentário, nunca quis dizer que você chama o “funk” de cultura. Você, sim, o interpretou de uma forma distorcida. Agora entendo porque há tanta contestação aos comentários aqui postados.

      1. Se ter grande, enorme, gigantesca audiência lhe faz sentir-se melhor (melhor que os outros talvez) que ótimo pra você.

        Se estou contribuindo para inflar seu ego fico feliz também.

        Um abraço

      1. Então o objetivo é esse: ofender um posicionamento justo e legiotigratuitamente pra conseguir cliques. Parabens cara! Mas isso aí até o Alexandre Frota faz.

  3. Prezado Ricardo,
    Seu artigo revela a inversão de valores que estamos vivenciado. Proibir as obras de Monteiro Lobato, musicas como “olha a cabeleira do Zeze, será que ele é?”, “nega do cabelo duro” ente outras, que fazem parte da cultura e do folclore carnavalesco e aplaudir as letras que você, corajosamente, transcreveu é um contra-senso. Sou a favor da liberdade da imprensa e de toda manifestação de cultura, mas, ouso em discordar em determinado ponto; A censura politica não há de existir, sob pena de retrocedermos ao tempo da ditadura, mas a moral tem que ser vista com certos limites. Determinadas musicas, como a que vc postou não pode ser tocada em rádios em quaisquer horas, assim como não deve passar filmes pornos na sessão da tarde. Um grande abraço e parabéns pelo artigo.

  4. E ainda tem blocos de carnaval em BH que estão discutindo se retiram ou não as marchinhas que consideram homofóbica, machista, sexista.
    Fora Lamartine Babo. Viva MC Livinho!

  5. Um erro não justifica o outro, ou um conjunto de equívocos como os que acontecem em bailes funks deve ser considerado mais grave ou mais importante que a utilização da imagem da mulher como vem sendo utilizada em comerciais e propagandas.
    Os problemas são estruturais e não são resolvidos sem ampla discussão e participação da sociedade.
    Qualquer iniciativa para reduzir a opressão sobre as mulheres é um pequeno passo para uma sociedade mais justa e equilibrada.
    Posar de dono da verdade não quer dizer que tenha razão.

    1. Que “opressão da mulher”? Se fala das letras de funk, concordo – agora, o uso da “imagem da mulher” é o mesmo que tem sido feito há milhares de anos, e tem base no ritual reprodutivo da espécie humana. Se pavões fizessem propaganda, você veria maravilhosos rabos de pavão sendo usados para vender cerveja (ou seja lá o que for que eles bebem) – só que seriam de pavões machos, porque na espécie deles não são as fêmeas que se exibem. Claro, se houvesse um pavão petista ele provavelmente proporia alguma lei idiota contra a objetificação dos machos…

  6. Feministas sempre querem benefícios exclusivos!
    Não pensam no bem geral da comunidade ou projetam algo altruísta, só querem para si mesmas. Algumas se vendem facilmente, basta dizer que uma delas é bonita e ficará famosa que a mente raciocina diretamente pra ‘playboy’.
    Se você disser que ela é feia, que o cabelo dela está terrível ou que ela quebrou a unha, dá ataque de pelanca e te processa.
    É ou não é?
    pergunto: O que qualquer mulher inventou ou criou para o bem de todos?
    pense nas coisas mais simples, esqueça as ‘complicadas’ :
    Agulha? pneu? parafuso? pente? sapato? garfo? tijolo? botão de camisa? lápis? chave?
    resposta: Nada!

  7. Sejamos mais céticos: Esta juventude iludida, serão os profissionais que estarão cuidando de nós no futuro, na medicina, no direito, na política, na assistência social, dentre todas as outras áreas. Nada de se surpreender quando nós apresentarmos para um médico, uma radiografia de um osso quebrado e ele mandar operar o estômago ( não nestes termos, mas isso já foi detectado no exame do Conselho de Medicina de São Paulo que aplicou um teste para verificar o conhecimento dos futuros médicos). Quando formos pedir ao advogado para fazer uma petição pedindo uma pensão e ele entrar com pedido de prisão preventiva. Nós estamos vendo isso acontecer, estamos aceitando e pagaremos o preço no futuro, um preço muito alto. Se alguém dúvida, é só esperar pra ver.

    1. André, recebo, sim. Uma quantia bastante relevante, aliás. Inclusive, larguei minhas atividades profissionais para me dedicar apenas ao blog, pois a cada comentário como o seu há um “bônus por performance”. Bom, né? Conto contigo, hein!!

        1. Em primeiro lugar, terá de usar um endereço de e-mail melhor que: “naotenho.com”

          Depois me envie um texto qualquer, de sua própria autoria. Não vale fazer como o Lulinha e copiar na Internet. Se você conseguir escrever direitinho mais que umas dez linhas, eu prometo que publico.

          Topa?

          1. Ricardo,

            você vai publicar o meu texto em sua página? Sério? Se for assim, eu topo! E como você está dando sua palavra, eu acredito!
            Há essa história do Lulinha eu me lembro, copiou tudo da wikipedia!
            Eu coloquei meu e-mail, porém o sistema não pega o e-mail, mas sim o site e site eu não tenho.

            Obrigado novamente e vou pensar no que escrever.

  8. Me explique como que uma coisa exclui a outra?
    O funk pode ser misógeno e ofensivo, assim como o recurso midiático de expor a mulher como objeto. Sabia que dá pra ser contra os dois? Sabia que pode achar os dois ofensivos?

  9. Em momento algum do texto, vi mentiras.
    Parabéns pela ótima explicação.
    Preferem mexer com quem é honesto a meter as caras com pessoas que são “vítimas”.

  10. Disse tudo Ricardo, fiquei sabendo que tem blocos de carnaval em BH querendo boicotar marchinhas antigas, classificando-as de preconceituosas e racistas? Absurdo isso né? Deve ser esquerdopatas ptralhas.

  11. Pensei basicamente a mesma coisa quando li sobre este projeto de lei no blog do Rodrigo Constantino: se querem combater a “objetificação da mulher” e a “cultura do estupro”, olhem primeiro para estas porcarias da “cultura popular” dos manos. Mas concordo plenamente com sua posição: o funk é um lixo, mas defendo o direito de quem faz e de quem gosta de ouvir estas porcarias – porém defendo também pena de morte a beliscão para quem tocar esse lixo em volume suficiente para ser ouvido fora do carro ou dos fones de ouvido

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