Bota-fora ou briga de comadres

Alexandre Kalil já teria passado o trator em Marcelo Aro. Resta saber o motivo: Se para mandar no PHS, ele próprio, ou apenas ser quem prometeu ser

kalil
O trator arrancou com tudo

Mais de uma pessoa presente à comemoração da vitória, domingo à noite, em frente ao comitê de campanha de Alexandre Kalil, me relatou a mesma história: Marcelo Aro teria sido impedido de subir no carro de som e discursar. Pior! Parece que foi retirado do local por seguranças, aos gritos de “tirem este menino de perto de mim”. Foi verdade? Sei lá, pois eu não estava presente; mas como disse, mais de uma pessoa me contou a mesma coisa. Sendo verdade, cabem algumas considerações:

⇒ Alexandre pode estar sendo Alexandre: Isto pode ser bom ou ruim. Ninguém administra nada ou governa nada sozinho. O isolamento não ajuda. Agora, se Kalil está se afastando daqueles que considera “maus”, ótimo. Mas que aproxime-se dos bons. O que não pode é manter o discurso que político não presta, que não é político, etc. Salvo se sua intenção for tornar-se um autocrata nos moldes de um tiranete qualquer.

⇒ Alexandre está brigando por poder: Bem, se for, nada demais, né? É do jogo. Marcelo é o Presidente do PHS em Minas Gerais. Kalil pode estar querendo ocupar não o seu cargo, mas o seu poder. Daí, nada a comentar. Que matem-se uns aos outros.

⇒ Alexandre começou a cumprir suas promessas: Aí, leitor amigo, seria digno de elogios. Kalil passou a campanha dizendo que iria colocar os velhos políticos pra fora, que não teriam lugar na sua administração. Bem, Marcelo Aro, apesar de muito novo, é um velho político; um velhaco (leia aqui). Se AK31 já tascou-lhe uma voadora na jugular… Parabéns, Alexandre! Seu placar negativo comigo já começou a diminuir. Uma dessas por dia, e ao final do seu mandato você me deverá só um pouquinho, hehe.

Quem me acompanha sabe que votei e torci por João Leite. Repito: Por João Leite! Tô me lixando pra partido, coligações, etc. Gosto do “mão de alface” e pronto. Ele é um sujeito espetacular e gostaria que vencesse. Mas Alexandre Kalil reúne todas as condições para cumprir um excelente mandato. Me manifestei várias vezes neste sentido (aqui, aqui e aqui). Minha restrição a ele é de ordem moral. Na minha concepção, dever impostos, dever trabalhadores, dever fornecedores é aceitável e perfeitamente compatível com o mundo empresarial. Mas não aceito que um gestor público carregue estas pendências. Se eu fosse conselheiro do Atlético votaria em Kalil para presidente. O Galo é uma instituição “privada”. Para mim, cargo público exige 150% de probidade pessoal.

Finalizo com mais uma informação e uma questão: Kalil poderá deixar o PHS e buscar um novo partido. Seria o PV, de Mário Henrique Caixa, ou o Rede, do vice-prefeito? De qualquer forma, mesmo que não seja qualquer um destes dois, esta situação só reforça a falência do atual modelo partidário brasileiro, e a urgente necessidade de uma ampla reforma político-eleitoral, inclusive eliminando esta excrecência que é a obrigatoriedade de filiação partidária.

Leia mais, aqui.

11 thoughts to “Bota-fora ou briga de comadres”

  1. O bom vai se revelar em breve, Dilma também não era política, era gerentona, era “autêntica” como o Kalil, já vimos no que deu.

    Já já vão chamar o seu vice de golpista!

    1. Maravilhoso comentário, Gustavo.
      Aconteceu com o Kalil, uma espécie de voto protesto, numa roupagem análoga ao efeito Tiririca.
      No que diz respeito à seu vice, Lama é pouco.

    1. Estou tentando acessar o link e não abre, Jackson. Gostaria de ler, sim. Mas como escrevi, a história me foi relatada por três pessoas diferentes, e eu não estava lá. Abrs

  2. Gostaria de saber qual seria a opinião, hoje, do Pároco da Igreja Nossa Senhora Rainha, do Belvedere, em BH, sobre este rapaz, Marcelo Aro, que lá, na paróquia, teria iniciado sua trajetória…

  3. Como se não bastasse o país(Brasil) estar uma bosta por causa de má administração, agora corremos o risco do senhor “aerso” vim fuder aqui tbm. Se segura kaliu e nós belorizontinos.

  4. E depois de tudo isso, sem PT em BH, não há como não continuar ALERTA em relação ao Petismo, infiltrado em tudo e todos os lugares, às vezes de forma dissimulada:

    === «Coração Valente» ===

    Toda a vigilância do Petismo e seus satélites [PCdoB; UJS, PSOL; professores doutores; blogs variados etc. etc. etc.], discursos filmados no Parlamento, e alguns ensaiados, e agora em Curitiba ocupada (escolas) como ANA JÚLIA, presente no YouTube em formato de vídeo, parecem ser um ensaio de uma cena para um filme documentário ideológico.

    Um jogo de cena, um falar para alguma câmara especial pela rua à fora, pelas escolas ocupadas, enfim uma mise-en-scène, bem elaborada e de caso pensado.

    O PT faz uso bastante de mise-en-scène e, mais profundamente, do conceito de AUTO-mise-en-scène (stricto sensu).

    Onde existe uma insistência em um discurso permanente de utilização de frases-clichês, ardil, “Danoninho vale por um bifinho”; a substituição da velha frase-publicitária “Não Vai Ter Golpe” pela atual “Fora Temer”; frases-prontas; chavão; guerrilha virtual; Ersatzbrot; arrogância; patrulhamento ideológico; papo-furado; frase-feita; manipulação de pessoas no dia-a-dia via narrativa; estereótipos publicitários; populismo.

    Picaretagem pensada & elaborada — eis aqui em algumas palavras a essência dos SATÉLITES do PT, e do próprio PT utilizando-se de obnubilação e ilusionismo.

    Resumidamente, pode ser pensado como quando se encena um papel de si mesmo para um dispositivo audio-visual: beirando entre ficção e o documentário. Eis aí, caro deputado e candidato a prefeito, um pouco sobre isso.

    Examine aqui:

    O PT nunca foi ingênuo. Manejam e servem-se de tática de guerrilha. Foi dito naquela época durante o impeachment da ex-presidente Dilma, no Parlamento, que havia mesmo esse filme em processo de elaboração. Um documentário sobre o impeachment…

    É possível que pensaram e prepararam algo sério e bem elaborado para próximas disputas. O Petismo não trabalha mal e nem de maneira naïf.

    O Petimo se Infiltra em todos lugares possíveis.

    Dispõem as coisas com o fim já preconcebido — por em cenas narrativas — e, a todo momento, a hipótese de algum senador-deputado do PT (e satélites), — ou alunos de escolas invadidas –, como fizeram essa semana em Curitiba, utilizar-se de auto mise-en-scène [auto-mise-en-scène = poderoso conceito de documentaristas franceses].

    O PT sempre desejando a eterna propaganda & publicidade. Patrulhamento Ideológico. Nas escolas, nas uni-versidades, nos bótons, no teatro, em blogs, nos ‘artistas’, nos pseudo-intelectuais, nos cartazes nas ruas.

    Utilizaram agora há pouco — e não de maneira espontânea e criativa, mas tudo com cálculo frio e truculento — até o espaço das Olimpíadas para divulgar sua ideologia (o tal de “Fora Temer”), utilizando cartazes e seus militantes aglomerados. Nada natural e espontâneo… Tudo de caso pensado com enorme antecedência.

    Mas é assim mesmo que age o Petê, por anos a fio. Semelhante ao cognome para Dilma, o simulacro «Coração Valente», que foi muito bem vendido e comprado pela população — comprado, mesmo sem dinheiro.

  5. Oi Marcelo aro, sou de uma cidade bem pequena do norte de minas gerais, fui vereadora pela primeira vezes e fiz 355 votos, pra minha cidade fui muito bem votada por que sou uma pessoa simples, sem dinheiro pra investir na campanha e conseguir fazer bastante votos, sou do phs
    e gostaria de te pedir pra min ajudar, aqui nós temos um projeto social que acolhe crianças adolescentes de 06 a 15 anos, esse projeto é do governo federal chama centro de convivência e fortalecimento de vinculo,se você poder min ajudar em relação a isso vou ficar muito feliz e agradecida, temos um terreno só não temos verba pra construir e precisamos de materiais para o projeto , por favor min ajude ,vou ficar muito grata, muito obrigada.

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