Farinha do mesmíssimo saco.

Propaganda eleitoral deveria chamar-se “palhaçada eleitoral”. Seria ao menos mais honesto.

Dá pra alguém dizer algo útil?

A estupidez da propaganda eleitoral é algo incrível. Por todo o Brasil, a cada míseros dois anos, somos obrigados a assistir  e a ouvir um interminável festival de bizarrices as mais diversas. Não bastassem os próprios candidatos, ainda somos bombardeados por panfletos, jingles e uma poluição visual sem limites. Mas o pior mesmo surge com o segundo turno dos pleitos. Caraca!, aí a treta descamba para o insuportável. Os dois postulantes partem para a briga de rua e torram os nossos sacos (já cheios!) com mentiras, ofensas, mistificações e um blá-blá-blá irritante que não interessa nem a eles mesmos, de tão ridículo que é.

A cada intervalo, no rádio ou na TV, lá vem a babaquice toda. Pior. Como a grana acabou para essa gente, nem babaquice nova há! É o dia inteiro a mesma maldita propaganda, parecendo disco de vinil arranhado. Haja pinico pra tanta merda, viu? E aqui em BH, então, está de dar dó: Alexandre Kalil não sabe abrir a boca senão para desancar os políticos, a política e repetir, como um papagaio acéfalo, “gente, chega da velha política”.  E o que você está fazendo é novo, Alexandre? Descer a borduna no concorrente por ter apoiado o atual prefeito, Márcio Lacerda, quando você mesmo também o fez lá atrás? Crucificar o sujeito por ter alianças partidárias, mas ter você próprio as suas com o PT, Rede, PCdoB e parte do PMDB? Para com isso, pô!

João Leite, por sua vez, divide-se em tentar manter-se educado, gentil e calmo como é, e dar o troco na pancadaria. Daí fica parecendo biruta de aeroporto! Ora aparece quase rezando, ora acusando o oponente de caloteiro ou oportunista. Coisa de doido. É muito chato. Até tirar fotografia pendurado em caminhão de lixo ele já tirou. É muita falta de senso, meu Deus. Se bem que Kalil anda até tirando foto abraçado a cruzeirense. Bobeia e já-já ele beija o escudo do Cruzeiro também. Mas o que mais enoja nesta coisa toda é que tão logo termine a disputa eleitoral, não passa um ano, e todo mundo já é amiguinho de novo. Jantam juntos, negociam juntos e — quase sempre! — aliam-se em prol de algum candidato.

Ou alguém duvida que Alexandre Kalil, em 2018, não apoiará o Aécio Neves caso seja ele o candidato a presidência?

Leia aqui!

22 thoughts to “Farinha do mesmíssimo saco.”

    1. Não é uma “matéria”. É uma opinião. A minha! E sim, pode. Mesmo se fosse a minha intenção, o que não foi, eu poderia. Abrs.

  1. Eu, mero eleitor, crente que toda essa celeuma de deposição de presidente, por um momento acreditei que estávamos crescendo e tomando consciência de nossa obrigação de lutar por um país melhor e exercendo nosso papel de eleitores que despertaram e resolveram lutar por uma pátria melhor, cobrando de seus eleitos…, que nada! Puro engano. As eleições a seguir aos fatos históricos ocorridos, mostram que nossa ignorância, não mudou em nada. Eu pensei que teríamos um nível de campanha altíssimo, com debates profundos e focados…. neca de pitibiriba! Continuamos no mais do mesmo. ou pior, porque todo mundo quer entrar e não tem conteúdo, vazios de idéias e ideais , vazios de propostas, vazios de perspectivas e simplesmente cheios de vontade somente de poder. Estou, como eleitor que pesquisa e busca o melhor para minha cidade, meu estado e meu país, estou desistindo, sério! E sei da responsabilidade que este meu pensamento traz consigo. Repito! Estou desistindo! Mas, para o que não tem remédio, remediado está. Vamos remando, talvez um dia a gente consiga realmente fazer deste país gigante, um lugar decente, com pessoas lutando sempre para a melhoria do bem comum, não lutando para conquistar poder para o seu próprio bem. Talvez (como já disse anteriormente em outro comentário) as nossas gerações futuras, bem futuras, consigam fazer deste chão um lugar decente, de gente decente.

  2. Caro Ricardo, gosto muito dos seus textos, mas esse aí deu pra perceber claramente o seu sangue azul de Maria… kkkkkkkkkkkkkk. É preciso deixar a paixão de lado e separar o futebol da política, meu caro! Abraço!

    1. Luiz, se você imaginasse o tamanho da loucura que acaba de dizer, ficaria desconsertado. Se eu misturasse futebol e política, defenderia Alexandre Kalil para o lugar do Obama!! Abração.

      1. Eu como America/ Brasileira, moradora na Florida Atleticana tambem de paixao, Acho ate que o Kalil seria melhor que Obama, e so vir morar aqui , estou expressando unica e exclusivamente a minha opniao.

  3. 1º – E olha que não são mais aqueles intermináveis 60 minutos, duas vezes por dia, 7 dias por semana por dois meses (se não me falha a memória). Já pensou? E;
    2º – Bestas são os que ainda vão nos tapas por causa de política (vale também para futebol e outros assuntos mais), pois como você bem colocou no título: “São farinha do mesmíssimo saco”.

  4. Depois dos protestos de 2013, aumentou a quantidade de políticos que querem acabar com a “velha politica”, esse modismo virou a nova falácia da vez…Farinha do mesmíssimo saco. Fato.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *