Nos tratam como bebês.

Tarcísio Caixeta, do PCdoB — como sempre um partido de esquerda — acha que eu e você não sabemos cuidar da nossa saúde.

O Brasil cansa. Na verdade, a esquerda cansa; aborrece mesmo. Não há uma mísera lei que interfira na individualidade do cidadão, que avance sobre a garantia fundamental, que invada a seara do privado, que não seja de autoria ou tenha o apoio de um partido de esquerda. Aliás, esquerda apenas ideológica, pois falou em bufunfa e lá correm eles, os vermelhos, tais como formigas atrás de doce. Ontem mesmo, li que o partido comunista (comunista, rá rá rá) declarou seu apoio ao Alexandre Kalil. Sim, amigos, ao Kalil. “Ao empresário sonegador, ao empresário que abusa dos trabalhadores, ao empresário que visa lucros, ao inimigo do proletariado.” (Alexandre, você não é nada disto, não, ok? Só estou parafraseando o discurso imbecil desta gente). Pois bem.

Hoje entra em vigor, em BH, uma lei aprovada pela Câmara dos Vereadores — que Graças a Deus foi reformada em mais de 50% –, que proíbe até mesmo aqueles saquinhos minúsculos de sal, à mesa dos bares e restaurantes. Já haviam proibido saleiros, mas não deram-se por satisfeitos. Agora, meu amigo, quer um salzinho na batata frita? Peça ao garçom, que irá até o balcão, que pedirá a alguém e então lhe trará de volta. Sua batata esfriou, a produtividade do estabelecimento desabou, o atendimento ficou mais demorado? Danem-se nós todos! Vossas senhorias os vereadores querem assim. Acabou!

Alô, Gabriel Azevedo!!! Foi para combater este tipo de coisa que lhe dei meu voto, viu? Foi para que você e seus colegas cuidem de temas verdadeiramente importantes e coletivos. Para que fiscalizem com afinco a prefeitura, que estejam à serviço da população, o que é diferente de querer ser “babá” da população. Essa gente quer cuidar do sal que ingerimos, quer cuidar das palmadas que damos, quer cuidar do foie gras que degustamos, mas não querem cuidar da rua esburacada, da calçada mal iluminada, das contas do prefeito.

Haja saco!

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6 thoughts to “Nos tratam como bebês.”

  1. PT, PC do B, PHS, PMDB, PSDB… são fazem parte de uma (mesma) sopa de letrinhas. Esses partidos não representam a população, nenhum desses partidos representam uma ideologia. Não existe “Vermelhos vs. Azuis”, “Coxinhas vs. Petralhas”, isso é uma criação da mídia, uma futebolização da política.
    No Brasil, nenhum político está interessado no povo, nenhum político se sente um servidor público, e nem sabem o que isso significa. Todos esses “comem da mesma carne do churrasco”.
    Ingênuo é quem acredita que há diferença entre partidos. Existem os oportunistas que surfam nas ondas certas e ganham eleições levantando bandeiras que não são suas. Ou os que surfam nas ondas certas para ganharem viewers em suas páginas.
    Esquerda, esquerda de verdade, na sua essência, não existe no Brasil. Mas é irresponsável denegrir uma visão sócio-política sem conhece-la.
    Acho importante que em uma sociedade as pessoas tenham opiniões e visões distintas. Debates saudáveis só nos fazem crescer. Mas para que isso aconteça não podemos ter apenas “opiniões” vazias, raciocínio torto, ou achar que nossa realidade é a única que importa ou, pior, a única que existe.
    Convido você senhor Ricardo, e também aos seus leitores que leiam Karl Marx, Friedrich Engels e Leon Trótski. Mas façam uma leitura livre de amarras e depois reflitam sobre as teorias e ideologias socialistas de verdade.

  2. Engraçado, entre essa e tantas outras é só ver ver os filmes americanos. Quando você entra em um restaurante qualquer, a primeira coisa que a garçonete loura e peituda faz é levar um copo com água e gelo. Se a negada está usando sal, pimenta ou quetechupe, os caras estão se lichando. Aqui, há leis demais, entraves demais. Ao invés de fazer com o pequeno empresário, no caso o dono de bar ou restaurante cuide da cerveja gelada, do tira gosto e outras tantas coisas, tem de ficar se ocupando desses detalhes fúteis. Um abraço.

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