O vento alegre que me trouxe de volta

Eduardo de Ávila Meu domingo foi muito especial, mesmo sem ter visto rua. Moro sozinho num apartamento de fundo, condição que me inibiu – condenou mesmo – em boa parte desse isolamento a conviver com toda essa limitação. Tem algum tempo que já venho me aventurando no trabalho e num dos meus programas preferidos: cafeterias. Sinto ainda muita falta das salas de cinema, arquibancada de … Continuar lendo O vento alegre que me trouxe de volta

Alta do confinamento à revelia

Eduardo de Ávila Num ato de resistir à acomodação inerente a qualquer ser vivo, comecei – bravamente – a oferecer reação ao momento de isolamento. Fui e me mantive fiel às recomendações da ciência e medicina até a última semana. Calma! Não extrapolei, até porque minha hipocondria me ajuda a segurar. Ocorre que, desde 15 de março, obediente e oscilando entre momentos de compreensão e … Continuar lendo Alta do confinamento à revelia

Pressa pra quê?

Guilherme Scarpelliniscarpellini.gui@gmail.com Um segundo antes de o sinal pular do amarelo para o vermelho, o homem acelerou. Quase deu com um motoqueiro que, não menos impaciente, já arrancava do outro lado. Foi quando ouvi uma voz mansa se arrastar. Delongou-se no caminho entre a boca do interlocutor e os meus ouvidos, mas chegou, íntegra: — Ter pressa pra quê? Então o autor da questão apareceu … Continuar lendo Pressa pra quê?

Minha permanente adolescência

Eduardo de Ávila Nesses mais de 150 dias de isolamento social, onde cada um de nós pôde experimentar os mais diferentes sentimentos, estou preparado para viver minha plena melhor idade até que o Criador me chame de volta ao seu convívio. Semanalmente, neste espaço, e diariamente, no blog de futebol, me esforcei por estar ligado na vida lá fora. Concomitante, ainda estive atento ao meu … Continuar lendo Minha permanente adolescência

A normalidade invisível

Eduardo de Ávila Assim como a pandemia, nosso futuro é imprevisível. Primeiro, não podemos arriscar quando vamos sair desse confinamento. Se é que vamos. A todo o momento, invariavelmente algumas vezes ao longo do dia, somos bombardeados com informações que muito mais apavoram do que trazem tranquilidade. Dei conta, ainda que parcialmente, de sair dessa idiotice nacional que transformou o momento em disputa ideológica. Palanque … Continuar lendo A normalidade invisível

A camisa social

Guilherme Scarpelliniscarpellini.gui@gmail.com Depois de uma temporada neste meu cantinho de mundo mais justo e igualitário, onde as roupas velhas são respeitadas, a barba tem direito de crescer e os pés estão livres dos maus-tratos dos meus sapatos apertados, deu-se a hora de encarar a vida perversa como ela é. Eu precisei vestir uma camisa social. Antes de vestir, porém, precisei desenvolver um foguete espacial usando … Continuar lendo A camisa social

Loterias e o sonho da fortuna

Eduardo de Ávila Qual brasileiro nunca fez uma fezinha nessa enorme quantidade de jogos de azar, legalizados ou não, que aguçam nosso desejo de conseguir – na sorte – a definitiva independência financeira. Pouquíssimos insistem em afirmar que “nunca fiz uma aposta em loteria”, o que carrega minha suspeita em não estar sendo sincero. Eu jogo sim, nunca neguei, mas aprendi a ter minha cota … Continuar lendo Loterias e o sonho da fortuna

Coisas da vida cotidiana - Fonte: Arquivo Pessoal

Coisas da vida cotidiana

Daniela Piroli Cabralcontato@danielapiroli.com.br Outro dia, uma amiga me disse que estava com a sensação muito forte de que a cidade “estava descansando”. E eu concordei. O mundo está se desintoxicando dos excessos, pensei. As manifestações da mãe natureza evidenciam isso. E as vibrações do nosso lado de dentro também. As conversas com as pacientes e amigas que são mães vêm unânimes: a rotina em casa … Continuar lendo Coisas da vida cotidiana

A intuição é o meu melhor remédio

Eduardo de Ávila Ainda, como todos, convivendo com esse momento único e estranho de nossas vidas, sigo minha intuição. Nos primeiros tempos lia, ouvia, e assistia muita coisa. Depois, percebendo que aquilo me sugeria sentir todos os sintomas, abandonei essa idiotice de procurar o que não é meu desejo. Assim, entre sobressaltos, venho sobrevivendo. Fiz um exame que foi negativo, mas não me acho imune … Continuar lendo A intuição é o meu melhor remédio

Turbulências da pandemia

Eduardo de Ávila Estou vivendo hoje meu exato 129º dia de isolamento. Em 15 de março – quanto me confinei por auto deliberação –, acreditava ficar algo em torno de 30 noites necessárias para fugir desse medo em contrair esse maldito e desconhecido vírus. Com o tempo, fui me conformando com seguidos adiamentos. Imaginei mais uma ou duas semanas e já estou na exata 19ª … Continuar lendo Turbulências da pandemia