Idosos já foram jovens

Tenho convivido com essa realidade, diria até que de maneira leve e feliz, mas sinto muita saudade daqueles que foram mais apressados nessa passagem da vida. Meu último domingo foi de uma dolorida nostalgia. Um ano da ausência de uma irmã, mais que querida, era a alegria e referência familiar. Margarida comandava nossas comemorações e reuniões festivas. No final do ano de 2021, queixando de … Continuar lendo Idosos já foram jovens

Quando eu me for

Silvia Ribeiro Quando eu me for não quero levar comigo a sensação devoradora: De ter não ter tido um caso com a vida. De não ter bebido cada letra dos meus livros. De não ter flertado com as minhas luxúrias. De não ter destinado as minhas poesias. De não ter traduzido as minhas carícias, endorfinas, e serotoninas. De não ter gargalhado das minhas dores mais … Continuar lendo Quando eu me for

Amargo - Fonte: Pixabay

Amargo

Daniela Piroli Cabral Meus olhos só querem se fecharSaturados de tanto verO choro saiO espelho quebraEstilhaços Tudo perdeu a graçaQueria que você tivesse morridoQueria eu mesma ter morridoEu tive medo de cairEu tive medo de querer pular Não vou contar essa estóriaNão vou (re)escrever nenhuma históriaJá fui até as estrelas e viajei no universoPrefiro o gosto amargo Onde eu fui parar?Eu ia te matarMas ontem … Continuar lendo Amargo

Oito de Janeiro - Fonte: Pixabay

Oito de Janeiro

Daniela Piroli Cabral contato@danielapiroli.com.br No mapa astral do amor hoje é um dia bom para casar para achar o amor da vida para encontrar príncipes Não obedeci às simpatias Fui possuída desrespeitei a data profanei a nossa música O oito invertido que nos levaria ao infinito nos deu o efêmero instante inevitável conflito não falamos mais a mesma língua Cada um é um universo De … Continuar lendo Oito de Janeiro

A chatice tecnológica

Me lembro, faz algum tempo, trouxe esse mesmo tema para essa prosa semanal no Mirante. Não sou pessoa refratária, mas admito ser jurássico, quando certos avanços (notadamente tecnológicos) passam a me incomodar. Participo de pouquíssimos grupos de relacionamento, sendo que mesmo nesses que sobrevivem, tenho sido mais um distraído voyeur que participante das discussões. Até em grupos de família, onde aparecem os engraçadinhos que adoram … Continuar lendo A chatice tecnológica

Não me chame de amor…

Rosangela Maluf   Como sempre vem acontecendo nos últimos meses, ela acorda de mau humor. Olha o relógio em sua mesinha de cabeceira e vê que ainda é muito cedo: 7h45. Resolve ficar mais um tempo na cama, mas sente-se mal. Quer respirar profundamente. Não consegue sem enorme esforço. Além disso, tem sede, muita sede. Talvez tenha sido o vinho que lhe acompanhara na noite … Continuar lendo Não me chame de amor…

Peladinha nos anos 60/70

Depois de um fim de semana prolongado, com esse feriadão da segundona (que não é divisão de futebol, pois disso eu tenho imunidade depois de quase vinte anos), nada melhor que dividir com o leitor algo mais leve que dos últimos posts aqui neste espaço. No lugar de lembranças amargas, ao longo e até de tempos recentes, vou lá na infância – aproveitando a imagem … Continuar lendo Peladinha nos anos 60/70

Não sinta saudades

  Silvia Ribeiro Quando se lembrar de mim não sinta saudades do que fui. Sinta saudades apenas das razões que te levaram ao meu encontro. Não sinta a minha falta, sou passageira e já passei. Apenas uma sobrevivente que acreditava que a nossa história ainda tinha chão, embora você fizesse questão de desacreditar e panfletar o seu desleixo. Não tente me encontrar em lugares que … Continuar lendo Não sinta saudades