Por que escrevo?

Silvia Ribeiro Por que escrevo? Escrevo pra falar de sonhos Mas não me esqueço dos pesadelos Escrevo pra espantar as tristezas Embora o lápis tenha visitado as minhas alegrias Escrevo pra contar das partidas E isso pode sangrar o papel Mas também sei dizer das chegadas E essas me trazem risadas Escrevo pra suportar a saudade E no final elas embalam as minhas lembranças Escrevo … Continuar lendo Por que escrevo?

Lobo lo-bo-lo-bo-lo

Daniela Mata Machado ‘Bora aproveitar que é Dia da Criança para lembrar um livro infantil de que eu gosto muito. É uma obra de Chico Buarque chamada Chapeuzinho Amarelo. Conta de uma menina que morria de medo do lobo, mas um dia entendeu que lobo, dito assim bem rápido, acabava virando bolo e não metia mais medo em ninguém. Não sei escrever com a poesia do … Continuar lendo Lobo lo-bo-lo-bo-lo

Tempos estranhos e sombrios

Eduardo de Ávila Nem na idade média, ou até mesmo antes dela, ao que me lembro dos livros de história, identifico tanta barbárie como estamos vivendo no Brasil contemporâneo. Fruto da intolerância e despreparo para viver numa democracia e respeitar os divergentes. Se aplica em todos os níveis. Na família, vizinhança, ambiente de trabalho e segue para questões mais delicadas de interesse econômico e social. … Continuar lendo Tempos estranhos e sombrios

A felicidade é no caminho

Marcela C. Piancastelli O próximo emprego, a próxima viagem, o próximo amor, a próxima compra, o primeiro filho, trocar de carro, vícios de destino. Quanto boicotamos e adiamos nossa felicidade rotineira pensando que ela está no destino e não na trajetória? não é sobre a colheita futura, è a semente que plantamos hoje. * Curta: Facebook / Instagram Continuar lendo A felicidade é no caminho

Textos curtos da meia noite

Márcio Magno Passos Torcedores O pai é torcedor e fica o dia inteiro na rede social provocando os amigos, chamando os adversários de marias ou frangas, cai no mais profundo abismo do preconceito para ridicularizar e denegrir as pessoas. Tudo por causa de um time de futebol. Aí, o filho que também torce pelo mesmo time passa na sala, pede o carro emprestado e sai … Continuar lendo Textos curtos da meia noite

Prudência

Peter Rossi Um grande amigo, em meio a algumas taças de um belo vinho tinto me apresentou uma música que, de fato, não conhecia. Não que não me lembrasse, nunca tinha ouvido antes. O nome: Prudência. Pelo tom melódico e ouvindo atentamente a letra pensei se tratar de mais uma obra prima do inesquecível Cartola. Pesquisando depois, não consegui confirmar a autoria. Com certeza, pela … Continuar lendo Prudência

Onde habitam os fantasmas

Guilherme Scarpellini Alguém precisa fazer o trabalho sujo, e Sebastião o fazia de mau humor. Limpar os banheiros da rodoviária certamente não é o tipo de serviço que você faz sorrindo. Com pouca saúde, quase nada de instrução e menos ainda de dinheiro, foi o que sobrou para Sebastião. Não bastasse ter de pôr a mão na merda, o maldito lugar era ainda mal-assombrado, pelo … Continuar lendo Onde habitam os fantasmas

Mil genitores

Taís Civitarese Recentemente, li “O filho de mil homens” do escritor português Valter Hugo Mãe. A obra me tocou profundamente ao contar a história de Camilo e de todos os entrelaçamentos humanos que trouxeram significado a sua vida. Desde então, venho me divertindo com o exercício de identificar os mil “procriadores” que assim se colocam para nós ao longo da caminhada. As pessoas que, numa … Continuar lendo Mil genitores

Poesia em dias difíceis

Raniere Sabará Quando se sentir em um mundo tão distante Capaz de não relembrar a árvore mais bonita que o seu ser se tornou Lembre-se de todas as manhãs, num infinito azul Como este, que te deram algum motivo para viver. Nem antes, nem após. Somente nesse presente tão particular, que você pode chamar de seu. Faça como essa página em branco: Ao ser pintada … Continuar lendo Poesia em dias difíceis

Cajuquinhas

Sandra Belchiolina de Castro sandrabcastro@gmail.com Algumas lembranças são doces e têm uma áurea nostálgica. Nas minhas melhores estão meu avô Cajuquinha e seu grupo de amigos sentados batendo papo na Praça do Cruzeiro em Lagoa da Prata/MG. Entre eles o Tio João, assim o chamava, mas que era tio do meu pai. Vô era desses homens antigos que nunca expressava se com más palavras. Essas … Continuar lendo Cajuquinhas