Inverno

Taís Civitarese Olho para a árvore desfolhada em frente à minha casa. Ela está viva, porém não parece. Olhando de perto, carrega minúsculos brotos de folhas embrionárias. Mas seus galhos estão cinza e ainda vai demorar algum tempo para estarem frondosos. É como me sinto. Nas profundezas de algo brando e quieto, meus sentimentos fermentam. Sob uma aparência pouco chamativa, pensamentos se complexam. É como … Continuar lendo Inverno

Alagoas de encantos mil

Sandra Belchiolina de Castro sandrabcastro@gmail.com “Eu quero ver o pôr do sol Lindo como ele só E gente pra ver e viajar No seu mar de raio.” Assim canta Djavan, músico/poeta alagoano. Alagoas onde o mar é de águas cristalinas de cor verde esmeralda, possui boa gastronomia, rico artesanato e cultura. Maceió está com sua orla marítima vibrante e cheia de novidades. As praias de … Continuar lendo Alagoas de encantos mil

Um bom contador de histórias

Silvia Ribeiro Eu não poderia deixar de te dizer que eu sinto muito orgulho de você. Da sua bravura, do seu jeito simplório de receber, e até dos seus enganos. Confesso que as vezes fico olhando as suas dores e vejo que algumas feridas ainda sangram, então eu penso: dessa vez ele vai fraquejar. Te pego em noites insones molhando o travesseiro, fazendo as suas … Continuar lendo Um bom contador de histórias

Textos curtos da meia noite

Márcio Magno Passos Papo de mãe é outra coisa Colegas de escola, as meninas curtiam a adolescência dos 13 anos com tudo a que tinham direito. Com a ajuda do feriado de Corpus Christi, emendaram o final de semana e, enfim, combinaram marcar presença no desejado rodízio de pizza. Tudo combinado e acertado, lá foram seis garotas, belas e faceiras. Chegaram à pizzaria mais cedo, … Continuar lendo Textos curtos da meia noite

Presentes que me dou: O Despertar (1)

Mais um domingo de céu azul e sol brilhante. Mais um dia de isolamento social, de permanência em casa com muito medo da virose que, a cada dia, faz milhares de vítimas. Sem poder abraçar ninguém com medo de nos infectarmos. Beijar então, nem pensar. Procuramos ao máximo distanciar-nos uns dos outros, nos resguardando e resguardando o próximo também.  A pandemia tem feito de nós … Continuar lendo Presentes que me dou: O Despertar (1)

Qual o seu nome?

Peter Rossi Não que eu seja um saudosista (na verdade sou, inveterado), mas a proximidade do local de trabalho com um dos mais tradicionais restaurantes de Belo Horizonte acabou por me influenciar na escolha. Já conhecia o lugar, vez ou outra lá ia. Mas agora, basta atravessar a rua, com o computador debaixo do braço e devorar os melhores momentos do dia. Uma cerveja gelada … Continuar lendo Qual o seu nome?

Foto: Pixabay - Não

Não

No meio do caminho, havia um ‘não’. Havia um ‘não’ bem no meio do caminho. Topei com ele. E agora? Quis chutá-lo, empurrá-lo, excluí-lo. O que fazer com esse ‘não’ tão imponente, que interrompia meus planos e desafiava a minha vontade? Qual era a desse ‘não’ atrevido que ousou perturbar minha certeza e debochar das minhas convicções? Mexi com ele. Insisti. O ‘não’ era pesado … Continuar lendo Não

A volta para casa

Raniere Sabará Era às 17:30 de uma tarde ventosa. As nuvens contornavam o céu como se fosse chover. Buzinas, alertas e sons. Na calçada do ponto, com o ouvido miúdo aos sons, não reajo mais a escuta entre a frequência relativa do caos urbano. Me concentro para esvairir no vento. Meu corpo, por um momento, pretende estar inaudível. Paraliso-me para acalmar as batidas eufóricas do … Continuar lendo A volta para casa

A retomada do turismo

Sandra Belchiolina de Castro sandrabcastro@gmail.com É uma alegria escrever apreciando a paisagem da praia alagoana de Paripueira e observar a indústria do turismo funcionando e sendo retomada após sua paralisação. Estou aqui com mais de oitenta agentes de viagens de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, a convite da Viagens Promo, operadora turística que completou quatro anos de mercado. Ela possui voos … Continuar lendo A retomada do turismo

Relíquias afetivas

Silvia Ribeiro Somos colecionadores de relíquias afetivas. Nos interessamos por cada memória que emergem das nossas lembranças, como a Deusa das Águas banhando emoções que de maneira arruaceira torna as nossas dores efêmeras. Pétalas de flores postas de lado na página de um livro de cabeceira e que carregam consigo a textura do passado apenas para atestar a façanha daquele momento, ainda que sem o … Continuar lendo Relíquias afetivas