Olá, Esperança!

Daniela Mata Machado De domingo para cá, tenho a sensação de não conseguir pensar em muitas coisas. Ou talvez eu já possa pensar em coisas mais prosaicas ou menos graves. De algum modo, estou sorrindo mais. Acho, inclusive, que havia me esquecido de como sorrir e andava mesmo irritada com arroubos de felicidade em tempos de muita tristeza. Sim, eu sei que a maioria das … Continuar lendo Olá, Esperança!

Presentes que me dou: Os Gatos (6)

Eles são três: duas meninas lindas, louras, elegantes, calmas e carinhosas! Uma é a Kekel (Rachel), a outra é Rutão (Ruth). Além das duas tenho um tigrinho, o Shime – que significa gato, em tibetano. Incrivelmente sapeca, levado, bagunceiro, briguento, mas carinhoso também. Eles são muito companheiros e, em tempos de “tempo de sobra” me ajudam a ocupar os espaços vazios. Me divertem e às … Continuar lendo Presentes que me dou: Os Gatos (6)

A personificação do mal

Luciana Sampaio Moreira Assistindo outro dia a um desses vídeos da internet, com um belo rottweiler que mostrava os dentes e rosnava para sua tutora durante uma brincadeira, o locutor que comentava a cena deixa claro que, a qualquer momento, o animal poderá sair do controle e fazer um estrago. Pois é! Nesse domingo, 23 de outubro, a uma semana do segundo turno das eleições … Continuar lendo A personificação do mal

Amores de internet

Rosangela Maluf Pobre Marly! Fazia muito tempo que, em todas as quintas-feiras, íamos as três, no mesmo horário, fazer as unhas no salão da Lena. Era um hábito antigo. Manicures & nós: já éramos mais que amigas, confidentes, conselheiras e humoristas. Entre cafezinhos e gargalhadas, nos divertíamos muito. Era uma forma de nos encontrarmos uma vez por semana, longe do trabalho, dos maridos e dos … Continuar lendo Amores de internet

O mar e Mariana

Peter Rossi Sílvio e Mariana se conheceram ainda meninos. Um encantamento de olhares. Prometeram estar sempre juntos, viver um com o outro e aquilo que a vida não lhes desse, tratariam de imaginar. Se não visse o luar, desenhariam a lua mais linda no papelão e pregariam em frente à janela. Os dias de sol eram vistos em riscos de giz sobre o passeio. Combinaram … Continuar lendo O mar e Mariana

Pequeno retalho social

Taís Civitarese Lenice foi fazer as unhas no salão. Lá, encontrou Renata, a manicure. Renata estava de mudança. Eram seus últimos dias no emprego. Seu marido tinha sido transferido para o Canadá e iriam tentar a vida naquele novo país. Lenice e Renata começaram a conversar. Por coincidência, Lenice também já morou no Canadá anos atrás. Disse a Renata: – Se o Lula ganhar, voltarei … Continuar lendo Pequeno retalho social

O abismo da democracia ao nosso lado: redes

Raniere Sabará Quando muito criança, de um lado, sempre ouvia: “A tecnologia vai mudar o mundo”. Do outro, só havia cochichos, resmungos. Era um abismo de assunto sem vez. Diziam sempre que “política, religião e futebol não se discute”. De fato, não se discutiu. Alienou. Corrompeu o obvio. Após a devastação de um sistema ditatorial que aniquilou nossa existência, resistência, esperava-se que, enquanto seres políticos, … Continuar lendo O abismo da democracia ao nosso lado: redes

Certa manhã…

Sandra Belchiolinasandra@arteyvida.com.br Certa manhã, Maria acordou e como sempre se acomodou envolta dos seus três travesseiros que embalam seu sono – um para cabeça, outro para o aconchego do peito e outro entre as pernas conforme orientações posturais e para o bel prazer. Como sempre, rola para o lado e deixa seus pensamentos fluírem, hora para afetos, hora memorando a agenda do dia. Naquela manhã … Continuar lendo Certa manhã…

Uma tal simpatia 

Silvia Ribeiro Sempre bati de frente com uma velha conhecida minha, uma tal de “simpatia”. Sabe aquelas pessoas que fazem o estilo chefes de excursão? Essa não sou eu. Ser popular não é o meu forte. Até por uma questão de timidez que embora não seja tão circense exerce um certo domínio sobre mim, mas isso não é sinônimo de mal educada ou chata, que … Continuar lendo Uma tal simpatia 

O resto da dor

Daniela Piroli Cabralcontato@danielapiroli.com.br (Texto original publicado em 07/04/2021) De todas as dores sentidas no coração, há sempre um resto que fica. A dor do coração sempre deixa uma sobra, um vestígio de que por ali esteve. É aquele fiozinho de sofrimento que resiste a passar, fica condensado, cristalizado, pulsando, ora no estômago, ora na fantasia, e que nos exige dignidade e inteireza. O resto da … Continuar lendo O resto da dor