Presentes que me dou: A música (3) - Pixabay

Presentes que me dou: A música (3)

Rosangela Maluf O dia é longo. Ainda bem, assim poderei fazer tudo que quero. Hoje é segunda-feira, dia de dar uma ajeitada na casa. A faxineira que antes vinha duas vezes por semana (no apartamento enorme), agora vem de quinze em quinze dias (no apartamento pequenino). Nos outros dias me organizo para deixar tudo do jeito que eu gosto, muito arrumado, muito limpo, muito cheiroso: … Continuar lendo Presentes que me dou: A música (3)

Na Folha de Inhame

Rosangela Maluf Não me lembro de ter feito outras vezes, uma viagem sozinha com o meu pai. Quero dizer, só ele e eu. Todas as minhas fotos e lembranças são da família inteira reunida. Em férias, a bordo da Rural Willys, cor de café com leite, éramos então cinco pessoas, pois os gêmeos só chegariam algum tempo depois. Papai, mamãe, meus dois irmãos e eu.  … Continuar lendo Na Folha de Inhame

Presentes que me dou: O café (2)

Rosangela Maluf O prédio inteiro está em silêncio. Aos domingos tudo é ainda mais calmo. A ausência de vozes, a quietude. Nenhum carro sai da garagem. Não há gritos de crianças indo para o clube, nem mães clamando “cuidado”. O domingo é de sol, mas estamos todos pagando o preço do isolamento social imposto pela pandemia. Quietos em casa, estamos todos. Cuidando de nós e … Continuar lendo Presentes que me dou: O café (2)

Presentes que me dou: Meditação (7)

A manhã radiante enche de luz o escritório onde instalo meu pequeno altar. O sol brilha forte. O céu, sem nuvens, é de um azul absurdamente intenso. Me preparo para a primeira meditação do dia. Momentos só meus, de entrega, de receptividade. De confiança ilimitada e da certeza de que sairei um pouco melhor e um pouco mais forte após esta prática. É assim, todas as … Continuar lendo Presentes que me dou: Meditação (7)

Presentes que me dou: O Despertar (1)

Mais um domingo de céu azul e sol brilhante. Mais um dia de isolamento social, de permanência em casa com muito medo da virose que, a cada dia, faz milhares de vítimas. Sem poder abraçar ninguém com medo de nos infectarmos. Beijar então, nem pensar. Procuramos ao máximo distanciar-nos uns dos outros, nos resguardando e resguardando o próximo também.  A pandemia tem feito de nós … Continuar lendo Presentes que me dou: O Despertar (1)

Foto: Reprodução/Tarot de Marseille Jodorowsky/Camoin - Foto:

Presentes que me dou: As Cartas do Tarot (8)

Rosangela Maluf Já nem me lembro de quanto tempo faz desde que comecei a me interessar pelo tarô! Morava no Rio, trabalhava no Consulado da França e, em uma tarde, fazendo uma horinha depois do almoço, uma das meninas apareceu com uma caixinha toda colorida, repleta de cartas. Nos mostrou aquilo como se fosse um segredo, algo proibido. Enrolado em um lenço de seda para … Continuar lendo Presentes que me dou: As Cartas do Tarot (8)

Presentes que me dou: Os Vinhos rosé (9) - Foto: Pixabay

Presentes que me dou: Os Vinhos rosé (9)

Nunca fui muito chegada às bebidas alcoólicas. Na adolescência tomava Cuba Libre ou Hi-Fi bem devagar, pra não ter que repetir a dose diante da turma. Nos finais de ano ou em datas de comemoração importante, uma taça de champagne, ainda que muito distante de qualquer parentesco com a legítima bebida francesa. Nos almoços em casa, nos domingos de verão, um copo, às vezes dois, … Continuar lendo Presentes que me dou: Os Vinhos rosé (9)

Presentes que me dou: A Feira Livre (4)

Rosangela Maluf No bairro onde moro, tudo de mais importante e necessário fica a menos de três quarteirões do meu prédio. Sendo assim, com todo o cuidado que a situação exige de nós, faço “de um tudo”, sem o menor receio, sem absolutamente nenhuma neurose e com toda segurança. Não me privo de sair diariamente para resolver uma coisinha ou outra que não pode esperar! … Continuar lendo Presentes que me dou: A Feira Livre (4)

Sobre a vida…

Rosangela Maluf Fazia mais de quinze minutos que eu esperava o ônibus, no ponto da rua Tamoios, ali bem pertinho da Igreja São José.  Não me sentia cansada, mas impaciente e um pouco irritada, pois toda ida ao Centro (depois da tentativa de assalto) me deixa ansiosa. Agora, antes de sair, eu tomo o extremo cuidado de tirar todo e qualquer adereço dourado, mesmo que … Continuar lendo Sobre a vida…

Os Sinais

Aqueles momentos ternos e carinhosos foram, pouco a pouco, sendo substituídos por uma pressa injustificada. Era um hábito dos dois se deixarem ficar abraçados, sem nada dizer, apenas esperando um pouco mais. Na cama, juntos. Afinal, o dia apenas começava. Ele passou então a se levantar rapidamente dizendo que havia muito trabalho a ser feito. É bem verdade que o home office era intenso e … Continuar lendo Os Sinais