Fachada do bar Stonewall Inn em 2008 (Foto: Johannes Jordan/Wikimedia Commons)

DIVERSIDADE, LGBT+, DIREITOS, DEMOCRACIA

Fachada do bar Stonewall Inn em 2008 (Foto: Johannes Jordan/Wikimedia Commons)
Fachada do bar Stonewall Inn em 2008 (Foto: Johannes Jordan/Wikimedia Commons)
Sandra Belchiolina
sandra@arteyvida.com.br

Dia 28 de junho é um marco para o movimento LGBT+. Foi nesse dia, no ano de 1969, que houve a Revolta de Stonewall. 

O bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village na ilha de Manhattan em New York, era frequentado por gays nessa época. A homosexualidade era crime nos Estados Unidos da América até então. 

Conta-se que a máfia italiana viu nesse público um bom negócio e reformou o bar que os acolhia. A polícia sempre realizava batidas no espaço usando da violência.

No dia histórico para o movimento LGBT+, ela chegou quando o bar estava lotado e como sempre reprimindo brutalmente. Houve resistência e luta e com adesão de pessoas do bairro, uma nova posição social. O Greenwich Village já era um bairro underground. A rebelião continuou por mais seis dias.

Um ano após esse fato histórico, em 1970 e comemorando aniversário do motim, inicia-se a Parada do Orgulho Gay. Realizada primeiro em New York, Los Angeles, São Francisco e Chicago.

Em 2016 o Presidente Barack Obama oficializou o Bar Stonewall Inn como monumento nacional, mantendo a memória do lugar. Nesse ano de pandemia, seriam comemorados os 50 anos da Parada. Contudo, elas foram canceladas no mundo com exceção de Twain, ilha que há dois meses não apresenta casos de infecção pelo COVID-19.

Mesmo as restrições de aglomerações não impediram que a data fosse lembrada e manifestações diversas aconteceram pelo mundo. Em New York o movimento juntou-se ao Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) marcando suas presenças. No Brasil, o prédio do Congresso iluminou-se pela primeira vez com as cores do arco íris (símbolo do movimento) projetando as palavras: Democracia – Diversidade – Direitos – LGBT.

Congresso Homenagem LGBT+ / Folha de São Paulo

Também festejei a data, pois considero que devemos avançar diante desse real assustador que o mundo vive – da pandemia, mas também de violência às pessoas vulneráveis.

Participei do lançamento on-line da segunda edição do livro “As Homossexualidades na Psicanálise”, organizado por Antonio Quinet e Marco Antônio Coutinho Jorge. O lançamento foi um sucesso, com intervenções muito significativas realizadas pelos autores e organizadores. Ele tem designer artístico e simbólico – a capa é um armário que se abre e aparecem fotos de casais homossexuais dentro, algumas bem antigas. 

Desde os tempos de Freud, a psicanálise respeita a diversidade e as escolhas amorosas dos seres humanos. Assim, está integrada na luta pelos direitos iguais que nos permitem viver numa democracia. 

Referência:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rebeli%C3%A3o_de_Stonewall

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