Preparai-vos para o inferno do trânsito de fim de ano

Leandro Couri | UAI/EM

Não bastasse o excessivo número de veículos nas vias públicas, o belo-horizontino – como em outras cidades, metrópoles ou pequenos municípios – tem de conviver com a má educação de motoristas. Durante o período escolar é comum, sobretudo na zona sul (onde a maioria trafega de carro e de nariz em pé), a contravenção de parar em fila dupla. Isso sob o olhar discreto e dissimulado do agente de trânsito.

Aquele mesmo agente que não observa, por toda a cidade, o uso indiscriminado de vagas destinadas a idoso e deficiente sem credencial, mas que não perdoa em situações aparentemente menos agressivas.

Como por exemplo, passar num sinal amarelo. Sim, mas o amarelo é advertência e não impõe ao motorista frear bruscamente. Mas, alguns membros da patrulha de trânsito não têm sequer essa informação e a caneta salta do bolso para o bloquinho de multas.

Pois, a partir de amanhã entramos no mês de dezembro: período de férias, natal e ano novo. As compras e passeio com a criançada, buscando os poucos espaços de lazer na cidade, sugerem – especialmente – os shoppings. Ainda bem que hoje são dezenas, tempos atrás era apenas o BHShopping e depois foram – lentamente – se multiplicando em diversas regiões da cidade. Lá tem praça de alimentação, cinema e, em alguns deles, espaço kids. Carros, sempre, diga-se!

UAI/EM

Nestes locais, os shoppings parecem a mais pura visão em vida do que é um inferno. Para entrar no estacionamento, o motorista leva tempo considerável e – como já vi várias vezes – mesmo depois de passar pela cancela não conseguem vaga no estacionamento. As vagas, como nas vias públicas para idoso e deficiente, ficam ocupadas por verdadeiros (as) “caras de pau”, que fingem inobservância de sua destinação.

Pelas ruas e avenidas, o trânsito fica lento, pois parece que todo mundo sai de casa ao mesmo tempo. Vale dizer mesmo, o tempo todo. É o pior momento de Belo Horizonte para quem usa carro para ir ao trabalho ou até mesmo para outras finalidades. As principais vias de acesso, como Cristiano Machado, Antônio Carlos, Amazonas, Contorno (em ambos os sentidos) ficam intransitáveis, especialmente nos horário de pico. Entrada e saída do trabalho.

Tudo isso deve se somar às condições de momento, como acidentes e chuvas entre outros. Nesse momento, podem ter absoluta certeza, os profissionais que deveriam controlar o tráfego (aqueles mesmos que multam) desaparecem. Aí é aquela luta desgastante de gente avançando a linha demarcatória nos cruzamentos e fechando o trânsito em todos os sentidos. Feliz Dezembro!

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