Ainda líder, a despeito dos dois tropeços que impediram que abrisse uma vantagem considerável sobre o segundo colocado (ou colíder, como insistem em dizer rapazes e moças com pose de especialistas, que falam de futebol na TV por assinatura), o Galo sabe muito bem a importância das próximas rodadas do Brasileirão. Enfrentará dois adversários que estão fora da disputa, mas contra quem não pontuou no primeiro turno (o Botafogo, do Rio de Janeiro, e o Paranaense). Também enfrentará dois concorrentes na disputa pelo título (Internacional e São Paulo). Se vencer essas quatro partidas, fará 12 pontos que, reforçados por aquele conquistado do domingo passado, contra o Ceará, somarão 13. E 13, como até o pirulito da Praça 7 está cansado de saber, é Galo!
A luta pelo título será árdua para qualquer um que se sagre campeão — e eu mantenho minha fé na conquista atleticana. O jogo em Fortaleza, contou com aqueles ingredientes com os quais o atleticano já deveria estar habituado, mas que continuam sendo uma fonte inesgotável de indignação. Depois das cenas de parcialidade explícita mostradas na partida contra o Corinthians e do protesto do Galo contra a pouca vergonha que é a arbitragem brasileira, a CBF escalou para o jogo de domingo aquele que é considerado o melhor árbitro do seu quadro. Alguém que tem autoridade para puxar a sardinha o lado que lhe interessar sem que ninguém tenha, depois, a coragem de chamá-lo de Wright (que, na minha opinião, é a pior ofensa que um ser humano pode ouvir na vida). E ele fez direitinho aquilo que dele se esperava.
O que se viu, mais uma vez, foi um daqueles momentos que o Atlético terá sempre que superar caso queira ganhar um título nacional. Tão certeiro quanto prever que choverá em Belo Horizonte no verão ou que o nevoeiro baixará sobre Londres no inverno europeu é dizer que os juízes da CBF serão reforços poderosos às pretensões dos times que disputam o título com o Galo (que tudo indica, e mesmo com os tropeços que ambos andam dando, devem ser mais uma vez o Flamengaço Classificadaço e o sempre fagueiro São Paulo).
Pois bem: para o rapaz que apitou o jogo de domingo, a regra é clara: cotovelada acidental que atinja um jogador adversário é punida com expulsão; cotovela intencional que atinja um atacante do Galo, nem falta é. Bola pra frente. Mais importante e saudável do que comentar esse tipo de situação, que se tornou rotina na vida atleticana, é falar daquilo que diz respeito exclusivamente a nós.
Em meio a um resultado que foi pior do que esperávamos mas que acabou sendo melhor do que poderia ter sido chamo atenção, especialmente, para a atuação do goleiro Rafael. Escalado depois que o diagnóstico de Covid-19 impediu que o titular Éverson e o ídolo Victor estivessem em campo, Rafael não fez uma partida espetacular, da mesma forma que não pode ser crucificado pelos dois gols bobos que o time levou.
O primeiro gol, no limite da má vontade, pode até ser considerado uma falha dele — visto que a bola poderia ter sido interceptada. Muito mais difícil do que aquele lance foi o chute a queima roupa que Rafael defendeu no momento em que o time da casa vencia por 2 a 1. Se a bola entrasse, a derrota teria sido inevitável. Ali, no entanto, ele fez uma defesa espetacular. Amanhã, contra o Botafogo do Rio de Janeiro, ele terá mais uma vez a oportunidade de provar a superioridade que atleticanos de respeito, como meu amigo Iraq Rodrigues, atribuem a ele na disputa da vaga com Éverson (que mais uma vez ficará de fora).
A resposta que dou sobre minha preferência nessa disputa é a mesma que eu e toda a massa dávamos em determinado momento dos anos 1980, quando alguém discutia sobre o batedor oficial de faltas do Galo: Eder ou Nelinho? “Qualquer um”, dizíamos. Tanto Éverson quanto Rafael têm condições de ocupar a vaga de titular, muito embora um e outro tenham um longo caminho a percorrer antes de ganharem definitivamente a confiança e o coração da torcida. Isso, todos sabemos é para poucos.
Já disse mais de uma vez que, na minha opinião, Renato, titular do time de 1971, divide com Victor a condição de maior goleiro da história do Atlético. Com 1m84, Renato da Cunha Vale tinha ótima estatura para as exigências da época. (Para efeito de comparação, Félix, titular da Seleção Brasileira na Copa de 1970, tinha 1m76 e Leão, titular na Copa seguinte, em 1974, tinha 1m82) Com alta capacidade de concentração, um senso de colocação invejável e ótima elasticidade, Renato não apenas era capaz de defesas espetaculares, daquelas que transformam goleiros em heróis, como não era dado a tomar os gols bobos que comprometem o prestígio de qualquer atleta da posição. Não me lembro de tê-lo visto engolir um único frango enquanto vestiu a camisa do Atlético.
Do alto de seu 1m94, Victor Leandro Bagy dispensa apresentações. Ainda estão vivas na lembrança de qualquer torcedor as imagens que lhe renderam a canonização afetiva da torcida. A defesa com a perna esquerda, no pênalti batido por Riascos no último minuto da partida contra o Tijuana, do México, pelas quartas de final da Libertadores de 2013, abriu caminho para a conquista daquele título e lhe garantiu lugar definitivo no altar que a massa construiu para seus maiores ídolos.
Aquela foi, sem dúvida, uma defesa espetacular. Tão espetacular quanto a que Renato fez na tarde de 12 de dezembro de 1971, nos minutos finais da vitória de 1 a 0 sobre o São Paulo, pela fase final do primeiro campeonato brasileiro digno deste nome. Se aquela bola tivesse passado, o Galo não teria se sagrado campeão na semana seguinte.
Grandes goleiros são os que decidem jogos decisivos. Todas as chances, tanto num lance quanto no outro, estavam a favor dos atacantes. Felizmente Renato e Victor fizeram mais do que se exige de um goleiro e garantiram os resultados fundamentais para o Galo. Se o chute de Riascos, contra o Tijuana, ou a bomba desferida por Gérson, naquele jogo contra o São Paulo, tivessem ido para o fundo das redes, ninguém os culparia. Em compensação, nenhum dos dois teria entrado para a história da maneira que entraram.
A defesa de Victor é mais recente. Foi registrada pela TV e está à disposição de qualquer um que queira rever o lance na internet. Tratava-se de uma penalidade máxima, lance que dá a quem chuta vinte vezes mais chances de sucesso do que a quem tenta defender. E Victor defendeu de forma espetacular. Já a defesa de Renato, parece ter se perdido na memória (estamos no encalço de imagens daquele jogo. Quem souber onde encontra-las, por favor, ajude).
Trata-se, porém de um desses episódios que, passando da boca de um atleticano para os ouvidos de outro, ajudam a explicar do que é feita a garra desse time imortal. Com a mesma certeza do velho Timbira do poema de Gonçalves Dias, eu digo: “Meninos, eu vi!” Estava no Mineirão e testemunhei com meus próprios olhos aquele momento marcante. Tão marcante que decidir iniciar o texto de Raça e Amor, o livro sobre o Atlético publicado em 2003, com uma descrição imprecisa do lance.
Minha memória, anos depois, foi refrescada pelo testemunho do próprio Renato. Foi assim: o Atlético tinha feito seu gol, numa falta sofrida por Spencer e magistralmente cobrada pelo capitão Oldair, quando o jogo já se aproximava do final. Depois disso, o São Paulo foi todo para o ataque, tentando recuperar o prejuízo.
O Galo recuou um pouco e o adversário, claro, se valeu disso. Em determinado momento, uma bola cruzada da esquerda sobrou livre para Gerson e o gol de empate pareceu inevitável. As 75 mil pessoas presentes ao estádio se calaram à espera da tragédia que certamente custaria o título. Desmarcado, o meia recebeu a bola limpa entre a marca do pênalti e a linha da pequena área. Entre ele e o gol, apenas Renato.
O chute saiu tão forte que, do lugar em que me encontrava e mesmo com tanta gente nas arquibancadas, pude ouvir o ruído seco do pé do jogador batendo contra a pelota. Depois, não vi nem ouvi mais nada. Só os gritos da massa. As pessoas se levantaram e comemoraram a defesa como se fosse um gol. E era para comemorar mesmo.
Às terças-feiras, os textos do escritor Ricardo Galuppo estarão disponíveis às 06:30 e 13:13h. Sendo o segundo o complemento do matutino.
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Se o Galo tiver outros dois zagueiros o ideal é que o Igor Rabelo jogue como terceiro zagueiro â frente dos outros dois. Jogando assim ele tem mais visão do jogo e tempo de reação, sabendo que tem retaguarda. Até nas bolas altas ele melhora sua atuação, pois, tem mais espaço para impulsionar seu salto.
O ideal mesmo é que o Galo tenha bons zagueiros, xerifes de área.
Momento estranho esse do Galo. Brigando desde o começo do campeonato lá na ponta e mesmo quando oscila continua lá na frente, e o povo discutindo se joga a toalha, se pega a toalha, se acredita, se não acredita. No domingo passado, após aquela ótima defesa do Rafael, teve atleticano temendo levar goleada e clamando por fazer 45 pontos logo... Vai entender esse torcedor... Gente de pouca fé!
Eu acredito no título. Porque o Galo é o time da superação. Quando a coisa fica fácil, desanda. Bom mesmo é ter que virar dois a zero de gente queridaça, de gente que dança antes da hora... Bom mesmo é levar um pênalti aos 47 do segundo tempo só para poder canonizar o santo goleiro. Vai entender esse time...
O atlético e o atleticano é, antes de tudo, um forte, já dizia Euclides da Cunha errando apenas o sujeito da frase... Bom, a maioria né? Aquele povo que aos 45 minutos do segundo tempo, precisando fazer dois gols para se classificar, em pleno Beira Rio, cala a torcida adversária ao grito do "Eu Acredito" e depois vai ao aeroporto buscar o time injustamente derrotado por aquelas coisas da vida. Como jogou Valdívia esse dia... Pois é...
Mas eu acredito também porque temos um norte. Temos um caminho. E temos um comandante a nos guiar. Compreendo muito aqueles que pediam Abelão, Felipão, Marcelo Oliveira entre outros, e que agora torcem o nariz para o Sampaoli. Absolutamente coerente essa posição e coerência é tudo nessa vida.
Após o título do campeonato mineiro Sampaoli falou: "Espero que isso seja um pontapé pra que essa instituição lembre a todo o tempo que tem que ganhar coisas. É responsabilidade dos jogadores, do corpo técnico, diretoria. Por esse caminho temos que ir."
Não sentou em cima de um título, mas reforçou que a instituição precisa lembrar o tempo todo que tem que ganhar coisas. Esse é o espírito! E para isso não basta ter vontade apenas. Precisa ter um caminho e acreditar nele. Após a derrota para o botafogo falou: "Perdemos o jogo, mas não se perdeu a ideia".
E esse é o ponto para decifrar Sampaoli. Ele tem uma ideia e é convicto dela. Não vai abrir mão dela qualquer que seja a pressão. Então para os indecisos que na época do Rodrigo Santana pediam o "galo doido" de volta e agora querem um time "que dê a bola para o adversário", pode esquecer. O time que Sampaoli busca é dominante, não dominado. É intenso, não cadenciado. Joga para cima, joga para frente. É o Galo doido que muitos queriam, eu incluso Compensa eventuais erros na defesa com grande presença no ataque. O difícil é quando o ataque também erra além da conta... Mas se é 'Galo doido' não é um Galo aloprado. Sabe reconhecer adversários poderosos e jogar certo contra eles. Foi assim com o flamengo que tem elenco superior ao do Galo e que também busca ser dominante com posse de bola durante o jogo. O time não jogou retrancado. Não conseguiu se impor e teve de se adaptar, sendo cirúrgico nos momentos que teve para matar a partida.
Na ideia de Sampaoli (e da maioria dos treinadores de grandes clubes da Europa) o goleiro precisa jogar com os pés. Se o objetivo é ser dominante, ter um jogador a mais pode fazer a diferença. Então essa não é uma boa notícia para o Rafael e para o seu fã clube. A menos que ele comece a treinar na linha e evolua enormemente com os pés, o seu destino é mesmo ser banco do Éverson.
Particularmente, acho que são dois bons goleiros. Talvez o Rafael seja mesmo ligeiramente superior no quesito defesa. Mas não é nenhuma diferença abissal. Não vi até agora o Éverson comprometer em nada. E como todo ser humano, ele vai falhar uma hora. Portanto, se há pouca ou nenhuma diferença entre os dois com as mãos, a diferença com os pés é gritante. Pode não fazer diferença para o time do Abel, do Felipão, do Marcelo de Oliveira. Mas para o time do Sampaoli, faz. E se ele é que é o treinador, por coerência, apoio a sua escolha.
Agora a grande questão é que o time perdeu aquela intensidade do começo. O que aconteceu? Os gols do Ceará, por exemplo, decorreram da nossa frouxidão em apertar para retomar a bola. Entraram em nossa defesa como quiseram. Acho que tem gente aí fazendo corpo mole. Se tiver jogadores, como parte da torcida, querendo derrubar o treinador, e se alguém achou que o episódio da festinha do gerente era o momento ideal para "balançar o barquinho" a pronta resposta da diretoria, dos mecenas e do futuro presidente, discutindo a renovação do contrato do argentino, foi um balde de água fria nessa turma.
Se Sampaoli fosse o Zagalo, dava uma banana para os corneteiros e diria: "vocês vão ter que me engolir". kkkkkkkkkk.
Victor, sem dúvida, o maior e mais relevante goleiro de nossa história. Os melhores, que vi, Velloso e Carlos (Gallo), esse último, jogou pouco tempo pelo Galo (entre 1990 e 1991). Velloso não falhava. Nunca gostei do João Leite, sempre achei um goleiro mole, meia boca. Taffarel, apesar de grande goleiro, falhou muito em sua passagem pelo Galo, em momentos decisivos, como a semi final do brasileiro de 96. Pra mim, hj, Rafael titular, Victor reserva, e Everson como terceira opção. SAN
Boa tarde, Massa, Galuppo e Guru!
“O jogo em Fortaleza, contou com aqueles ingredientes com os quais o atleticano já deveria estar habituado, mas que continuam sendo uma fonte inesgotável de indignação” Se me permite Galuppo vou acrescentar: e cornetação.
Incrível como alguns torcedores só conseguem ver defeitos na equipe e não virtudes. Tivemos um apagão durante 10 a 15 minutos durante o último jogo e tomamos dois gosl, mas, e o futebol apresentado no primeiro tempo? E os desfalques? E a explusão? Em resumo para alguns “atleticanos”a grama do vizinho sempre será a mais verdinha.
Agora quanto ao gol, confesso que minha preferência é pelo Rafael por entender que ele é muito mais goleiro que o Everson, mas daí a julgar a culpa pelos maus resultados em suas costas acho que é uma imbecilidade.
Como vc mesmo postou Galuppo, temos que torcer pros dois e joga aquele que melhor encaixa no que o técnico pensa e precisa, mesmo a contragosto de parte da torcida. Entre um e outro? Prefiro os dois.
Bom dia amigos do Galo. Acho que o Ygor Rabello, precisa de treinamento especifico para melhorar seu tempo de reação, pois erra muito o tempo da bola e quando reage o adversário já está na frente. No jogo contra o Ceará, o NOSSO GALO afrouxou a marcação na saída de bola do adversário, deu mais espaço, sinceramente não entendi a mudança de postura do time em campo, será coisa do Zago? Sufoca Galo eles Galo!!!
P.S. Pela mídia acompanho o trabalho do competente Doutor Lásaro Cândido à frente do jurídico do NOSSO GALO e fico aqui pensando, porque ele não foi candidato a presidência do NOSSO GALO?
Oi Eduardo, Galuppo e Amigos, bom dia!
Para mim, estamos bem servidos de goleiros. É só jogar a moeda para o ar.
Os gols sofridos atribuo mais às falhas coletivas do setor defensivo, além das entregas da rapadura (Guga e Mariano).
O alerta deve ser ligado para o time como um todo.
Dos últimos dez jogos, o Galo venceu somente três. Podíamos estar com uma boa gordura.
As cobranças por parte da diretoria devem ser generalizadas e para ontem.
Não vamos dar uma de flanelinha.
Saudações Alvinegras,
Galoroberto, meu garoto, eu também era fã do Ortiz (cheguei a comprar um cuecão pra jogar de goleiro), mas ele e Revétria não eram compatriotas. O primeiro era argentino; o segundo, uruguaio. Abraços!
Valeu, Teobaldo!
Obrigado pela correção! Confesso que até hoje achava que Revétria era argentino...rsrs.
Bom dia, Galuppo!
Grandes goleiros que eu tenho bem guardados na minhas boas lembranças.
Renato, Careca, Ortiz (confesso que foi meu ídolo, talvez pela forma espalhafatosa de se vestir, pra época. Roupas coloridas, bermuda, faixa na cabeça, além de se aventurar na linha, saber jogar com os pés, ser cobrador de pênalti...pena que o título mineiro praticamente ganho em cima das Marias, devido ao timaço que tinha o Galo, foi perdido em falhas de Ortiz diante do carrasco Revétria, seu compatriota, fazendo com que nosso goleiro fosse mandado embora sem se tornar ídolo da Massa), João Leite, baita pegador de pênalti, Tafarell e por fim são Victor.
Quanto ao nosso ou aos nossos goleiros atuais, a vaga de ídolo ainda está em aberto.
Acrescentaria, ainda, se me permite, Galo Roberto Teixeira, o saudoso Marcial, campeão brasileiro de seleções por minas gerais em 1963 e o Mazurkies, goleiro da seleção uruguaia. Aliás, o Atlético sempre foi bem servido de goleiros. Ficaram fora da lista excepcionais goleiros como Veloso, Carlos, Veludo e outros mais.
Abraço.
Concordo plenamente, caro ANGELOML! Me esqueci do grande goleiro uruguaio.
Abraços!
SAN!
bom dia! Até que enfim bom senso sobre essa questão dos goleiros! Rafael tomou gol bobos e fez defesas excelentes! Everson fez boas defesas e algumas vezes sentimos falta de um milagreiro!
Milagreiro, só houve um: São Victor do horto! Mas seu tempo passou! O resto é picuinha!
A lembrar , e a trazer para a nova geração de
comentaristas de prancheta e de bancos das
faculdades , peço licença para acrescentar ao
texto do GALUPPO as palavras do Spencer ,
outro personagem fantástico naquele jogo :
ele próprio comentava, no banco, que o time
do São Paulo batia muito ;
que era preciso aguentar as porradas ali no
meio , "chamando" faltas ;
não deu outra, entrou no lugar do Beto para
fazer exatamente isso , segurar a bola .
E sofreu a falta que nos deu a vitória .
Futebol se ganha assim .
No entendimento do jogo , na malícia .
E não com gritos desvairados .
No primeiro turno, após a terceira rodada o Galo tinha nove pontos. No segundo turno, apenas sete.
Como se vê o Galo está perdendo para si mesmo. Basta vencer o desagradável Botafogo para superar essa sina. Digo sina porque é um estigma atleticano desperdiçar as oportunidades que tem de se superar e impor o seu valor. Vamos Galo, depois desse só faltam quinze jogos para ser campeão.