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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Títulos mundiais na galeria Atleticana

Confirmando a afirmação do blog no meio da semana, realmente quando o assunto é Galo o interesse supera qualquer outro clube, notadamente de Minas Gerais. Dissemos isso em função do acidente de trânsito envolvendo jogador do Galo e até relembramos episódio similar com o ex-presidente Kalil. Pois bem, ontem, despretensiosamente, o blog relembrou as conquistas do Galo, em 1992 e 1997, quando foi campeão da Conmebol. O acesso superou em muito os números dos últimos dias e, pela apuração, atraiu muitos não-Atleticanos.

Chega a ser até curioso. Interessante, ainda, que entre os leitores Atleticanos foram relembradas curiosidades acerca de nossa invejável história. Vejamos: o leitor Geraldo Maciel Mendes, com muita propriedade, relembrou o título “campeões do gelo”, seguido pelo assíduo Clóvis Gomes. A bem da verdade, aquela excursão vitoriosa do Galo e que marcou a presença – pela primeira vez – de um time brasileiro na Europa foi o “embrião” do Campeonato Mundial de Clubes. Como também, nos anos 30, quando o Galo – sempre de vanguarda – conquistou o primeiro torneio entre times de vários estados nacionais.

Some-se a esses fatos, as conquistas daqueles torneios de verão europeu dos anos 70/80, como Conde de Fenosa, Vigo, Costa do Sol, Bilbao, Berna, Amsterdã, Paris, Cádiz, Ramon de Carranza, entre tantos. Sempre o Galo ia lá e trazia o troféu. Copa Centenário de BH. Todos eles, sem exceção, com os principais times europeus e a massa “cantava de Galo”. Este ano mesmo, a Flórida Cup, nos Estados Unidos, também vencida pelo Galo.

Já até sei, hoje será o blog outra vez invadido por quem não tem o que contar e que se sente incomodado por que “aqui é SÓ Galo”. Ora, com todo respeito, será que pensam que vou usar meu precioso tempo para comentar sobre equipes menores. Leiam e releiam o que está no alto da página. “Defender, comentar e resenhar sofre a paixão do Atleticano”. Afinal, como diria o amigo Valdoveu, “o Galo na nossa vida é uma coisa tão boa, que nem precisa ganhar, basta existir”. Ganhando como a história comprova, então!

florida cup
Foto e imagem: UAI/EM

A propósito, sobre a Flórida Cup, acho que uma nova participação merece ser debatida. E que o Torcedor também seja ouvido. Afinal, mesmo considerando que o comandante foi o infeliz do Aguirre, aquele torneio – salvo melhor juízo – contribuiu em muito para as diversas baixas médicas durante a temporada.

Uma consideração final ainda sobre as participações do Galo em competições internacionais. Se fôssemos, como querem os invejosos não-Atleticanos, desconsiderar todas as conquistas mencionadas e das quais não abrimos mão, teríamos para um eventual embate algo para apimentar. Fizemos apenas dois jogos em mundiais com a chancela da FIFA, é verdade. Neles marcamos quatro gols e voltamos para casa em terceiro lugar, onde estavam sete clubes. Tem gente que jogou três vezes e nunca sequer comemorou um único gol em mundial e voltou para casa sempre na última colocação. Afinal, eram apenas dois clubes envolvidos naquela ocasião.

8 thoughts to “Títulos mundiais na galeria Atleticana”

  1. Concordo com voce em deus comentários. Afinal de cintas os nossos adversários ganham torneios de cuspe a distância e corren atrás de reconhecimento. A Copa Conmebol inclusive é p embriao da atual Copa Sul-Americana. A famosa excursao do Galo a Europa vencendo os mais tradicionais clubes do velho mundo merece maior destaque. Em 1958 o Galo venceu o Santos de Pelé por 5 x 2 e ninguem fala. Precisamos valorizar o que é nosso.Galoooooo.

  2. O primeiro time a excursionar na Europa, primeiro time campeão nacional entre os Estados, primeiro campeão copa commebol, primeiro time a reverter placares na libertadoras em 2×0. GALO MINHA SEGUNDA PAIXÃO, primeiro minha família, afinal não sou fanático, sou GALÁTICO. Saudações Alvinegras.

  3. Caríssimo Eduardo, primeiro parabéns pela iniciativa. E depois queria informar que somente um atleticano para poder criar coisas maravilhosas como o seu blog. Afinal temos material para grandes histórias e narrações. Sou profundo apaixonado, já fui membro e até criador de grupos atleticanos por onde viajei pelo país e hoje tenho boas relações com alguns conselheiros do clube. Quero destacar aqui o primeiro título nacional do GALO no primeiro campeonato nacional da história do futebol brasileiro: 1937, o primeiro torneio nacional oficial que trouxe os melhores representantes (campeões estaduais) de vários estados do país, fora do RJ e SP. O Galo foi campeão e o Fluminense o vice. Quero salientar aqui as difíceis condições das estradas naquela época e os jogos eram ida e volta! Dai, ser um clube visitante exigia enorme esforço físico e quase um desafio viajar, pois chegava esgotado na cidade e para os jogos e por isso mesmo o segundo torneio oficial só voltou a ser organizado a partir de 1951. Estou levantando dados históricos para meu terceiro livro, o segundo de ficção e o primeiro ligado ao futebol e que vai contar também a história de Belo Horizonte, do Galo e do futebol brasileiro. E a base da história é o time do Galo, de 1926, onde jogou meu avô, Cardozinho e fez do Galo o time mais popular de BH e MG . Aquele ano foi o início da virada atleticana em MG. Ele jogou com o trio maldito, o mais famoso da época que goleou depois o Palestra Itália por 9 x 2 em 1929. O craque do time foi convocado para a primeira seleção brasileira em 1930, mas como jogava futebol escondido da família, pois estudava medicina na UFMG decidiu não ir pra seleção. Tenho fotos para comprovar e as doei para a enciclopédia do Galo. A CBF deveria reconhecer, como já fez com os títulos da copa do Brasil. Este campeonato tem imensa importância histórica para o futebol brasileiro. Já somos bicampeões nacionais desde 1971. E nossa história é recheada de glórias e desafios pouco igualados pela concorrência nacional, muito menos em MG, que só teve relevância a partir da década de 60.

    1. Caro MCardoso, sua colocação foi perfeita! Salientou bem o que era a Taça Brasil: uma copa. Em todo o mundo, o carácter eliminatório representa uma copa, e o de pontuação- mesmo que envolva fases- um campeonato. Prova disto é q qd a CBF decidiu por criar oficialmente o Campeonato Brasileiro de Futebol, em 1971, não houve mata- mata, mas sim fases em que quem fizesse mais pontos seguia a diante- e no caso última, o triangular, fosse o campeão. O de 1937 foi de pontos corridos também. Na revista Os Grandes Clubes Brasileiros q trata do CAM, há dois depoimentos, um do Kafunga e outro do Guará, tratando o Galo com já detentor de um título nacional- o de 1937. Haja visto que apesar do ano de sua publicação ser o de 1971, o Galo chancelaria seu segundo campeonato nacional no final do ano. Essa questão do título de 1937 não se trata de clubismo, mas de um fato histórico, principalmente pelo contexto. Década de 1930 era uma época do nacionalismo promovido pelo Getúlio, e em 37 houve a ” a queima das bandeiras estaduais”. Ou seja, o torneio dos Campeão dos Campeões foi realizado exatamente neste contexto de nacionalismo.

  4. Amigo Eduardo, seu blog prima pela verdade, temos que ser justos o primeiro campeão dos campeões foi o Paulistano de São Paulo, nós fomos o segundo, mas somos bi, pois fomos campeões contra o Fluminense e depois se não me falha a memória contra o América do Rio. Abraços.

    1. Você está enganado. O do Paulistano a que você se refere, ocorreu numa época onde o futebol ainda era amador. Muitos clubes, como o Cruzeiro e o São Paulo, ainda não existiam. No de 1937 o futebol já era profissional e todos os grandes clubes já existiam. Além disso, no do Paulistano, a apenas times do Eixo foi facultado a participação, ou seja, era um interestadual. Situação diferente de um torneio nacional, que envolve três ou mais estados. Abs

    2. caro Eduardo e amigo Carlos, parabéns ao Paulistano então. Mas voce comprou que somos bi. E se em nosso hino somos campeões do gelo, apesar disto ser motivo de chacota para nossos rivais, devemos nos orgulhar das excursões em terras européias outrora. quando a este torneio nos EUA sou radicalmente contra porque essa pré-temporada foi muito mal feita e estamos pagando por tantas baixas. Vamos tentar este título apesar do time não ter se encontrado e estar vivendo às custas do talento individual do menino Robinho.

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