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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Reflexões sobre o Brasileirão

300x250 - Desconto CelularFaltando 12 rodadas para o final do Campeonato Brasileiro, os dois grupos – G4 e Z4 – vão se consolidando. Evidentemente, como não poderia deixar de ser, o blogueiro e o leitor Atleticano ainda acreditam no título, em que pese os vacilos do time em campo. Nossa missão é defender o Galo e acreditar sempre. Entretanto, isso não impede uma avaliação realista da situação da tabela.

Na parte de cima, os quatro primeiros são candidatos ao título e, consequentemente, estão encaminhados para assegurar as vagas brasileiras para a Copa Libertadores de 2017. Devem, sim, todos os concorrentes se preocuparem com o fato de o Corinthians estar na quinta colocação. Não pelo futebol que a equipe vem apresentando, mas pelo histórico de favorecimentos ao time paulista. Depois dele vem Fluminense, Atlético do Paraná e Ponte Preta, todos eles com campanha irregular e que dificilmente ameaçarão a parte de cima.

Quanto ao título, nós Atleticanos confiamos numa boa sequência daqui até a última rodada. Afinal, são 12 jogos e 36 pontos em disputa. Nossa diferença de cinco e quatro para líder e vice-líder, pode, sim, ser queimada – rodada a rodada – desde que time e treinador sejam mais ousados e vibrantes. Durante todo o dia de ontem, por onde passei, o assunto era o mesmo. O segundo tempo do Galo, não só no clássico, mas durante todo o campeonato, deixou a desejar

Soube até, por leitores, que o comentarista Leo Figueiredo – amigo e companheiro da Rádio Itatiaia – se ocupou em fazer uma radiografia da situação. Pelo que apurou, o Galo seria líder isolado e distante do segundo colocado, considerando os placares de primeiro tempo. Se fosse levado a efeito apenas a segunda etapa de cada jogo, cairia para a 15ª colocação. Fica claro que a coisa vem sendo tratada de maneira errada. Não sei se pelo treinador, com as alterações, ou pela preparação física.

De qualquer maneira, esse balanço é sinalizador de que ainda temos tempo para rever a situação. Para reagir e buscar o pódio bastam duas coisas: escalar e fazer alterações corretas a cada partida e – como em alguns raros momentos do ano – jogar com garra, raça e amor, características do Galo ao longo de seus 108 anos de história. No clássico, em alguns momentos, houve garra, bem como na partida com o Sport. Como exemplo, cito a jogada de Otero no gol marcado por Júnior Urso. O venezuelano só não pode bater escanteio.

lance do gol no clássico -18-09-16
Fotos: Bruno Cantini/Atlético

Já na parte de baixo, dois times estão condenados a voltarem para a série B. Lamentavelmente, apesar da vitória de ontem, o América Mineiro. Além dele, o Santa Cruz. As outras duas vagas estão entre os times que tem 30 pontos ou menos. São cinco equipes, sendo que três delas escapam e duas farão companhia aos dois virtualmente rebaixados. Entre as cinco, arriscaria dizer que as maiores possibilidades estão para Internacional e Vitória. Se isso acontecer, descem três entre os quatro que subiram ano passado.

O Internacional, dirigido pelo Celso Roth – de péssima lembrança para os times mineiros – pelo que apresentou ontem no Independência frente ao América, dificilmente conseguirá escapar do descenso. Minas Gerais, como outros estados, não merecia ter apenas três clubes na série A, mas quatro ou cinco. O desorganizado futebol carioca, sempre beneficiado pela CBF, depois de anos com três (em 2014 seriam dois, mas foi salvo por manobra), voltará a ter quatro em 2017. Mas o Coelho faz por merecer. O título mineiro fez mal aos seus dirigentes.

Como não temos nada com isso e “aqui é SÓ Galo”, vamos pra cima deles. Vamos Galo, ganhar o Brasileiro. Coloca goleiro e zagueiros no chão e a bola “lá dentro”, como diria Willy Gonzer e agora seu cover Eduardo Madeira.

16 thoughts to “Reflexões sobre o Brasileirão”

  1. ” Caso os resultados sejam insatisfatórios no fim do ano, aí sim cabe a cobrança e mudança no comando, mas agora é hora de jogar junto, como sempre fizemos!!”
    Frase emblemática de nosso parceiro , porém aguardar o fracasso no final do ano é o que se tem feito a mais de 40 anos.
    Diretores, comissão técnica e jogadores não são deuses, tem de ser cobrados todos os dias, da mesma forma que somos cobrados por resultados em nosso trabalho diário.

  2. Caro Eduardo. Confesso a vc que sou Cruzeirense. Mas, admiro a sua competência em escrever. Claro que torcemos por times rivais, mas, nunca seremos inimigos. Na minha família tem torcedores dos dois times e todos nos amamos. Gostei quando vc escreveu que MG merecia 4 a 5 times no Brasileirão. Eu também acho. Parabéns pelo texto.

    1. ObriGalo (desculpe a brincadeira), caro CHenrique. Se todos entendessem, como você, o mundo seria mais feliz. Claro que rola um sarro, mas alguns infelizes são incapazes de ter a leitura e discernimento que você fez. Mando pra lixeira e um ou outro para monitoramento.

    2. Eu também te parabenizo por sua educação , doçura e humildade, grande Carlos Henrique . Seja mais irreverentes ou recatados, o espírito esportivo obrigatoriamente tem que ter a essência de gente como você . Um grande abraço e que Deus abençoe ricamente a você e a toda a sua família .

  3. Realmente, MO é fraquinho. Não sei como ganhou 2 anos seguidos…E chega de Independência! O Galo é time para o Mineirão, sempre foi. Ganhamos nossos maiores títulos lá, jogamos melhor lá, é do tamanho da nossa grandeza. O Indepa – obrigado – foi válido em outras circunstâncias, com um presidente carismático, um só craque, ídolo maior da nossa história, atuações memoráveis e convincentes. Assim foi criado o Caldeirão, o Caiu no Horto… Acabou a magia. A vida é dinâmica. E a torcida vai sim ao Mineirão. Não está tão frequente em ambos estádios porque não confia, ou melhor desconfia…

    1. Não sabe, reveja os jogos do pirangi e note a vontade dos jogadores, desde o 1o minuto do 1o jogo até o último do último para conseguir o título.

      O problema é o Marcelo ou o elenco também poderia mostrar mais brio?

  4. Parabéns Eduardo. Como sempre uma excelente análise dos fatos. Também lamento pelo provável rebaixamento do América e espero pelo título brasileiro, não em casa, mas da arquibancada do Independência.

  5. Tem luta sim! Num cabô não, Xará!. Mas a hora da arrancada é agora ou nunca! Não tem desculpas se não atropelar o Inter, até o ameriquinha venceu! E nenhuma tb se não seguir lutando até o fim do campeonato. O MO é atleticano, gente boa, mas fraquinho, mas podemos chegar apesar dele. Será mais um obstáculo a ser superado, nunca foi fácil pra gente mesmo! Vãobora!

  6. Tem muita gente criticando duramente Marcelo Oliveira, entretanto, eu discordo! Penso que ele vem mostrando qualidade no trabalho, salvo algumas alterações infelizes em jogos isolados.
    O Galo está no G4, mas parece que é Z4, visto a enxurrada de cornetadas.
    Precisamos parar com essa história de criticar sempre o técnico, afinal de contas ele não faz gol, não dá passes e nem defende a meta do time. Seu papel é, antes de tudo, saber gerir um grupo de pessoas absolutamente diferentes e administrar a fogueira de vaidades que existe no futebol. Obviamente, também precisa saber treinar e armar taticamente a equipe. O resto é com os jogadores. Eles é que fazem o espetáculo acontecer.
    Não adianta mandar o treinador para a PQP se o Junior Urso perde a chance de matar o jogo naquele lance cara a cara com o goleiro, se Fred mais parece um cone em campo e não consegue dominar uma bola, ou se Pratto está jogando mais deitado do que em pé. Isso não é responsabilidade do Marcelo, mas sim dos próprios atletas.
    Quando o zagueiro entrega uma bola absurda, como Edcarlos e Tiago cansaram de fazer, qual a culpa do técnico?
    Quando Victor falha e toma um gol defensável o treinador também não pode ser culpado.

    Marcelo teve alguns erros sim, é inegável, mas não podemos nos esquecer das inúmeras e surpreendentes lesões e improvisações de jogadores. Ele não pediu a contratação de ninguém, não participou da montagem deste elenco e não esteve na pré-temporada. O que fez foi aceitar o desafio de treinar novamente seu clube do coração, inclusive recusando um convite do nosso rival dias antes. Ou seja, omisso ele não é. Muito menos marqueteiro e amiguinho de jornalista puxa-saco.

    Estamos em plena disputa de duas competições, com chances reais em ambas. Já vivemos fases muito piores e tivemos um comportamento exemplar, sempre apoiando. Não podemos deixar as conquistas recentes nos transformar em torcedores medíocres, que só sabem cornetar e reclamar. A nossa essência é a paixão incondicional pelo Galo.
    Caso os resultados sejam insatisfatórios no fim do ano, aí sim cabe a cobrança e mudança no comando, mas agora é hora de jogar junto, como sempre fizemos!!

    1. Concordo plenamente Guilherme, veja meu comentário no post passado. É muito mimimi pra mim o anormal foi o corinthinas perder para o Palmeiras como ocorre. No mais resultados dos que brigam lá em cima normais. Agora é a hora.

    2. A torcida na ânsia de conseguir respostas que aliviem suas frustrações sempre tende ao caminho mais curto, fácil de culpar o treinador e assim continuamos a passar a mão no elenco q deixa toda a estrutura do Galo refém de suas vontades e humores.

      Em 2010 e 2011, sofremos com esse comportamentos fomos levados à beira do abismo até q o técnico fosse trocado, depois disso, 2 arrancadas de time campeão, vencendo todos os aspirantes ao título.

      Em 2012, 14 e 15, evoluímos, o time até dá esperança, recebe elogios até da mídia preguiçosa, mas pra depois entregar pontos garantidos em circunstâncias ridículas.

      Enquanto não mostrarem real vontade de jogar, não culpo o Marcelo pela situação. Pra quem não sabe, o técnico do Flamengo é um ninguém e conta no time titular com 2 refugos atleticanos.

      A minha humilde leitura, sem certeza de nada, é q parte do elenco tem se incomodado com o fato de Robinho estar sendo protagonista, artilheiro e apontado como 2o melhor jogador do brasileiro e ser o jogador q não precisa marcar no elenco. Vivemos algo parecido, depois de ganhar a libertas e ver os atacantes não mais correrem pelo Ronaldinho para cobrir a defesa. Buracos, na intermediária defensiva, gols ridículos, jogadores desanimados.

      Que o Marcelo olhe nos olhos dos jogadores e escolha aqueles queriam representar a massa de verdade, NEM QUE SEJA O PATRIC. Pq não há nada mais deprimente que ver o time perder um título jogando como contra o Flu.

      Achei extremamente simbólico q para chamar a torcida depois dos 4×2, tenham circulado o vídeo do Junior Cesar na época da libertadores, cantando com alegria nos corredores do Mineirão, pedindo pra acreditar, pq, desse elenco, provavelmente não teremos demonstrações de confiança e compromisso como naquela época.

      abs, obrigado pelo espaço.

      1. Cara, sério…
        Se esses problemas q vc disse se ele fosse bom treinador poderia resolver.
        Fred tá mal, escala outro jogador.
        O time tem um excelente elenco e o treinador até agora não conseguiu dar um padrão de jogo. Basta olhar os jogos dos concorrentes pra ver q nossa chance são bem pequenas.
        O Galo só está no G4 pela qualidade dos jogadores, um outro dado que me deixa mais preocupado é q toda a vez que o Marcelo teve uma semana cheia pra trabalhar o time acabou jogando muito mal.
        Único problema no elenco ainda são os volantes e zagueiros. Precisamos de zagueiros mais rápidos e volantes melhores.

        1. Só digo que o problema não é só Marcelo, o histórico dos humores do elenco nos últimos anos mostra isso. Com o mesmo técnico Levir, o time jogou um futebol impressionante no 1o turno 2015 e um futebol diferente no 20 turno.

    3. Também concordo contigo, grande Guilherme. Infelizmente , eu sinto que uma parte da torcida atleticana não está com um comportamento condizente com as nossas tradições de uma torcida apaixonada e super participativa .
      Eu vejo que existem pontos errados no tem ,mas é inegável que tem atleticano deixando muito a desejar . Estão agindo de maneira egoísta ,soberba e pretensiosa que mais parece atitude de times de elite de um tempo passado .
      E tomara que essa redução dos valores dos ingressos tragam de volta ao estádio o atleticano tradicional , aquele que cobra quando o time vacila, mas ama o clube incondicionalmente . Pra mim, essa é agrande chance de ainda chegarmos ao título .

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