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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Quase outro 9 a 2

Em ritmo de treino, o Galo goleou o Vila Nova por sete a dois. Por pouco repete o maior placar em clássicos mineiros. São quatro os jogos chamados de “clássico” em Minas Gerais. Vejamos. Entre os três da capital, todos os jogos são assim considerados, basta ouvir as chamadas das emissoras de rádio e TV.

Além dessas três possibilidades, o único outro intitulado como o “clássico mais antigo de Minas Gerais”, é Galo e Vila Nova. Portanto, o Galo figura em três alternativas, entre quatro, dos maiores jogos das Gerais.

Portanto, agora temos os dois maiores resultados nestas partidas no estado, 9 a 2 e 7 a 2. No novo Mineirão, somente o Galo e a Seleção da Alemanha marcaram sete gols cada, vitimizando o Vila Nova e a selecinha da CBF.

O jogo começou eletrizante, e aos 45 segundos, já em sua segunda tentativa, o Galo abria o placar. Dali pra frente o que se viu foi o time impondo sua superioridade sobre o bom quadro do Leão do Bonfim, recentemente derrotado também pelo outro lado da lagoa, por 3 a 2, embora tenha ficado duas vezes à frente do placar, e tomado o gol da virada no último instante da partida.

O time de Nova Lima, apesar do bom desempenho na competição, tem problemas que precisam ser resolvidos urgentemente. Sua zaga atual lembra uma dupla de zagueiros dos anos 60/70, formada por Cassetete e Cincinão. Pelos dois nomes dos beques antigos, desnecessário se faz comentar sobre a violência mencionada no passado e no presente.

Seu primeiro volante, salvo melhor juízo de nome Luiz Felipe, se acha um craque e é chato e igualmente violento. Bola que é bom mesmo, não mostrou nada. O Vila na partida que perdeu recentemente para o eventual líder da competição, deve se levar em conta que o treinador chamou a derrota.  Naquela ocasião o jogador que comandava a equipe era Fábio Junior, inexplicavelmente substituído, permitindo a virada no placar.

Sobre o Galo, na partida/treino para o jogo pela Copa Libertadores, o que podemos constatar foi que Uilson – especialmente no primeiro tempo – superou o trauma da partida de estréia. Não teve culpa nos dois gols sofridos, uma vez que o Galo voltou para o segundo tempo com um perceptível apagão, que durou até os dez minutos, quando acordou e reagiu, voltando a dominar a partida.

A experiência com os três volantes, sob a minha avaliação, foi boa e Rafael Carioca não teve a liberdade que cheguei a imaginar. Ficou resguardando a defesa e quem atuou mais próximo aos atacantes foi Junior Urso, que abriu a goleada. Tiago, com todo respeito, ainda não me inspira confiança e cometeu uma falha incrível na primeira etapa, salva pelo Uilson. Acho que seria prudente a contratação de um zagueiro melhor qualificado para a seqüência da Copa Libertadores.

O goleiro, ao lado de Robinho – que marcou três gols (seriam quatro, mas um deles foi creditado “contra” pelo desvio do zagueiro) -, foram os destaques do time Atleticano. Daria um voto de louvor também à entrada do jovem Capixaba, que atuou pela primeira vez entre os profissionais. E ainda Pratto, que além dos dois gols marcados, tem responsabilidade sobre a artilharia do Robinho. Mantém os zagueiros preocupados e o serelepe que “balança e pedala”, consolidou sua condição de artilheiro da competição com apenas metade dos jogos em campo.

Finalmente, não posso deixar de registrar que a estimada amiga Karine Sanna, torcedora símbolo do eventual líder, fez um desafio antes da partida. Marcar seis gols no Vila Nova, que como disse acima, deu muito trabalho ao seu time. Para não ter duvida, foram sete, uma vez que 9 a 2 está patenteada, naquela maior goleada em clássicos mineiros.

11 thoughts to “Quase outro 9 a 2”

    1. É histórico, basta entrar no livro (produto franqueado) do próprio clube derrotado. Além do 9 a 2, a publicação mostra três vezes 6 a 1, além de outros placares sempre dilatados. Na ocasião, o coelho era o segundo de Minas e acabou cedendo lugar ao Yale/Ypiranga.
      O Galo, desde 1908, quando o principal adversário era o Vila Nova, mantém a hegemonia em Minas Gerais.

  1. E a respeito do Clayton? Vai ficar com a vaga do Luan na segunda fase? Infelizmente não estou em Minas, e não posso acompanhar os jogos do galo pra saber como anda o futebol do garoto!

    1. Aguirre está cheio de problemas pra definir o time. Luan ou Clayton é um entre outros, afinal temos mais de 20 titulares. Recebe pra isso mesmo.

  2. Ainda que esteja fazendo muitos gols, o Pratto participa ativamente da maioria dos gols do time. Portanto, é peça imprescindível.

  3. Basile, respeito seu comentario. Mas falar aue o Pratto é fraco? Discordo de vc. O argentino é um excelente jogador. Pode estar num momento ruim em relaçao a gols, mas se movimenta, tem visão de jogo, abre espaços e tem garra, vibração. Sou mais ele do que qualquer outro da série A.

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