Existem muitas maneiras de se admirar o que aconteceu no início da noite de terça-feira passada na loja oficial do Galo, no Shopping Estação, em Venda Nova — e que a essa altura do campeonato já correu de boca em boca e conquistou corações atleticanos ao redor de todo o mundo. E todas elas trazem lições importantes. A primeira, como vem sendo fartamente noticiado nos últimos dias, é a que valoriza o gesto generoso do “xerife” Junior Alonso.
Pelo relato do gerente da loja, Renan Gravini, o que aconteceu foi o seguinte: Alonso entrou na loja com a esposa, Montse Alcaraz, e o casal de filhos, Milan Samir e Morena. As crianças queriam comprar artigos relacionados com o clube que o pai defende. Morena escolheu um galinho. E Milan Samir, uma camisa oficial, listrada, igual à que o pai veste para defender o Galo em campo. Número 3, é claro. Em determinado momento, enquanto proporcionava aos filhos o que queriam, Alonso reparou um rapaz que contava moedas espalhadas pelo chão da loja.
Era um atleticano de aparência humilde, que trabalha como guardador de carros nas imediações do shopping e vestia uma camisa antiga, de goleiro. Usaria as moedas que contava, caso fossem suficientes, para comprar um par de chinelos e uma camisa de uma coleção antiga do Galo — porém mais moderna do que aquela que vestia. De goleiro, ou seja, de Victor. Num gesto de generosidade que merece todos os aplausos, ele assumiu a conta e pagou pelos artigos que o rapaz não sabia se teria o suficiente para comprar.
Me comovo sempre que penso nessa história — mas o que mais me impressionou nem foi a generosidade de Alonso. O que chamou minha atenção foi a rapidez com que ele viu a cena, entendeu o que estava se passando e tomou uma decisão a respeito. Não é raro, sobretudo nos tempos atuais, nos vermos diante de situações em que, com um gesto simples e de valor relativamente baixo, fazemos a diferença na vida de alguém. Na maioria das vezes, não tomamos a atitude. Alonso não. Ao ver o rapaz contando moedas para comprar uma camisa de uma coleção antiga (e, portanto, mais barata do que o modelo atual), ele agiu e, pelo que fez, o outro será eternamente reconhecido.
Se dependesse de Alonso, o assunto teria morrido ali mesmo. O gesto só se tornou público porque Renan Gravini fez o que qualquer ser humano faria depois de presenciar uma cena como aquela: descreveu o que viu para um grupo de amigos em suas redes sociais. Dali a pouco, o rapaz mandou outra mensagem para o mesmo grupo, pedindo que os amigos não passassem a história adiante. Tarde demais. Em poucos minutos a história já havia se espalhado e Alonso, que já era aplaudido pelo que tem feito dentro de campo, passou a ser admirado por ter feito a diferença na vida do guardador de carros. Na mesma hora, tornou-se ídolo da torcida numa dimensão que talvez ele mesmo ainda não tenha se dado conta.
O gesto espontâneo do “xerife ” — como Alonso foi chamado pelo rapaz presenteado — foi notícia no Brasil inteiro. Foi, também, registrado por jornais de seu país, o Paraguai, da Argentina, onde ele jogava antes de vir para o Galo, e de muitos outros lugares. Ele não estava em busca de reconhecimento e muito menos de autopromoção — e é justamente isso que aumenta o valor do que ele fez. De agora em diante, em qualquer lugar do mundo onde houver um atleticano, ele tem um admirador — e essa admiração não se reduzirá com o tempo. Agora já era, acabou: Alonso é 100% massa! 100% Galo! 100% nosso!
Existe, no entanto, um outro lado desse enredo que ficou meio ofuscado pela grandeza do gesto. E esse lado, pelo menos para mim, também serve de lição a muita gente. O que terá levado um rapaz de origem humilde a usar o pouco dinheiro que tinha para comprar uma camisa do Galo justo num momento em que há tanto “especialista” por aí descendo o malho no time? Isso mesmo. Contar moedas para comprar uma camisa seria mais compreensível três ou quatro semanas atrás, quando o time reinava absoluto e recebia elogios mesmo dos que dariam tudo para vê-lo por baixo. Mas a situação mudou de uma hora para outra, não é mesmo?
O empate contra o Sport, no final de semana anterior, numa partida em que o Atlético tinha tudo para vencer, caiu como um jato de água gelada no ânimo de alguns atleticanos. Por mais que tenha sido chutada a gol durante uma partida que o Atlético dominou do primeiro ao último apito do juiz, a bola se recusou a entrar nas redes. E o Galo, que pouco os dias antes era colocado no lugar mais alto do pedestal, foi rebaixado à condição de time previsível, contra o qual os adversários aprenderam a jogar e que não tem fôlego para ganhar o título que parecia dele.
Foi em meio a um mundaréu de críticas ao trabalho de Jorge Sampaoli e à atuação dos jogadores, sobretudo os do ataque, que aquele rapaz, de roupas e modos humildes, entrou na loja em busca de uma camisa que parecia acima de suas possibilidades e, ao fazer isso, expôs o tamanho de seu sonho. Para ele, não tinha a menor importância o fato de a camisa ser antiga; bastava ser do Galo. Não vou fazer conjecturas sobre a vida sofrida e difícil que ele certamente leva. Afirmo, apenas com base na descrição feita por quem presenciou a cena que, para ele, comprar uma camisa do ídolo Victor era o que de mais importante ele podia fazer naquele momento. Para ele, podia faltar tudo. Mas não faltava fé no Galo.
A história desse atleticano anônimo é igual à de dezenas de outros. Relato especialmente uma que me foi contada pelo amigo Edmar Campos. No ano de 1966, um momento difícil da trajetória alvinegra, Edmar, ainda criança, deixava o Mineirão em companhia de seu pai, Nelson Campos, e do então presidente do clube, Eduardo Magalhães Pinto, depois de uma derrota para esse mesmo adversário que, nos dias de hoje, faz o que pode para não ir parar na terceira divisão do campeonato brasileiro. Estavam, como não poderia deixar de ser, chateados com o resultado adverso no momento em que foram abordados por um atleticano humilde — que também deixava o estádio, provavelmente saindo da Geral.
O homem se aproximou e se dirigiu ao presidente num tom sofrido, mas ao mesmo tempo respeitoso: “Doutor Eduardo”, disse, “o senhor é rico, dono de banco e presidente do Atlético. Tem tudo que alguém pode querer. Eu, não. Eu só tenho o Galo! Pelo amor de Deus! Faça esse time ganhar. Não deixe o Galo perder mais!”.
É desse tipo de atitude que é forjado o espírito atleticano. Ninguém consegue explicar de onde vem a força que torna a torcida tão devotada ao Atlético. Ninguém sabe dizer qual é o alimento dessa paixão que, ao invés de fazer o torcedor ter faniquitos, sair dando chilique e quebrando o estádio no dia da queda indesejada para a segunda divisão, faz com que ele cante o hino e reafirme seu amor ao clube.
Não, senhor. Ninguém está dizendo que o atleticano, sobretudo aquele que nada tem além do Galo, é um ser conformado. Que ele se contenta com resultados ruins e não exige vitórias superlativas nem títulos importantes. Também não tem ninguém aqui interessado em fechar os olhos para a queda de produção do time treinado por Jorge Sampaoli no momento em que outros concorrentes ao título parecem estar se acertando. Não é disso que se trata!
O que está sendo dito, com todas as letras, é que o atleticano, o verdadeiro atleticano, sempre acredita. Nenhuma outra torcida teria resistido (e crescido) depois de um período tão extenso sem conquistas importantes, como aquele que se encerrou em 2013. O atleticano raiz, aquele que ama o time a despeito do que dizem os rapazes que comentam futebol na TV, é assim mesmo: um momento ruim ou um resultado adverso não bastam para demovê-lo de sua crença. Portanto, e para responder à pergunta sobre as razões que levaram o rapaz ao Shopping naquele momento, afirmo: ele estava lá para mostrar o tamanho de seu sonho. E estava disposto a ir até o limite de suas possibilidades para conseguir realizá-lo.
Ok! Não sou cego, pretendo não ser ingênuo e me vejo obrigado a reconhecer que nossas convicções, por mais sólidas que sejam, às vezes são abalados pelo que assistimos em campo. Um gol perdido, uma bola mal recuada que dá chance ao adversário, um erro de cobertura que abre caminho para um contra ataque veloz… tudo isso às vezes nos deixa estupefatos.
Mas, como disse recentemente o amigo Paulo Peixoto, num grupo de whatsapp, nesta “Era Sampaoli, tudo é muito novo e ainda incompreensível”. No mesmo comentário, Paulinho afirma que “o mundo hoje tem pressa, muita pressa (pra quê?). Esse mal mundial joga contra qualquer trabalho, especialmente os que estão se iniciando. Torcedor já é impaciente por natureza, mas se colocar pressão demais pode jogar contra”.
Perfeito! Já existe muita gente jogando contra para que os próprios atleticanos passem a alimentar a onda de desconfiança em relação ao time. A toda hora, alguém põe em dúvida a capacidade de reação do Atlético num momento em que os favoritos de sempre estão vencendo seus jogos. Os palpites veem de todos os lados e tem muito atleticano se deixando influenciar por eles.
Sobretudo quando partem de profissionais da TV por assinatura, capazes de comentários que não seriam mais parciais se fossem produzidos pela assessoria de imprensa do Flamengaço Classificadaço. Sem querer tirar o mérito de ninguém nem fechar os olhos para a força dos adversários, eu prefiro me mirar no exemplo do guardador de carros do Shopping Estação e dar a meu sonho a mesma dimensão do dele. Percalços sempre existirão, mas o trabalho vem sendo feito. E bem feito.
Um outro ponto dessa história continua me intrigando. Por que Alonso, num momento de folga, resolveu visitar justamente uma loja do Galo? Certamente não estava ali por ele, mas pela família. Mecânico de motos na adolescência, o rapaz passou numa peneira e tornou-se jogador do Cerro Porteño, do Paraguai, quando tinha 16 anos. Hoje com 27, depois de jogar na Europa, onde defendeu o Lille, na França, e no Celta de Vigo, na Espanha, é titular absoluto da seleção paraguaia — escola conhecida por formar zagueiros de excelência. Estava no Boca Juniors, da Argentina, quando o Galo adquiriu seus direitos econômicos por 3 milhões de euros, já durante a pandemia do coronavírus.
Compenetrado no trabalho, ele foi descrito pelo funcionário da loja do Galo como alguém que “sorri mais fora do que dentro de campo”. É também um homem de família. O início da pandemia e das medidas sanitárias impostas pela Argentina — que impediu a entrada de estrangeiros no país — coincidiu com um momento em que estava distante da esposa e dos filhos. Isso abalou o ânimo de Alonso e deu início à situação de desconforto que culminou com a transferência dele para o Galo.
Em sua história centenária, o Atlético teve dezenas de zagueiros que, por razões distintas, tornaram-se ídolos da massa. Florindo e Quim foram Campeões dos Campeões, em 1937. O grande Murilo, que também usava a camisa 3, e seu parceiro, Ramos, marcaram época na retaguarda de algumas das melhores formações do Atlético, no final dos anos 1940. Afonso Silva, o Bandejão, formou com Oswaldo a zaga na vitoriosa excursão à Europa, em 1950, que fez do Galo o único Campeão do Gelo da história do futebol mundial.
Ao retornar da viagem, Afonso ganhou definitivamente o coração de meninos que brincavam nas cercanias do estádio de Lourdes ao presenteá-los com miniaturas de automóveis que ele trouxe da fábrica da Volkwagen, que visitou com a delegação. Um gesto simples e desinteressado, que, assim como o de Alonso, marcou o coração de uma geração inteira.
Chamado de “xerife” pelo rapaz a quem presenteou com a camisa de Victor, Alonso terá esse apelido praticamente incorporado a seu nome daqui para frente. Não será o primeiro. Houve, antes dele, o xerife Wander, que também não sorria em campo e impedia que engraçadinhos fizessem arruaças na área do time. A presença de Wander na área, evitou que a situação, que não era favorável ao Galo na segunda metade dos anos 1960, se tornasse ainda pior.
Ao lado dele, havia um outro zagueiro, de seleção, chamado Djalma Dias. Camisa 3 como Alonso, ele mereceu de Roberto Drummond o elogio de ser um “craque-estrela”. Numa comparação com o “craque-vagalume”, que acendia, apagava e tinha pilha fraca, Roberto escreveu no número 4 da revista Mineirão (um semanário sobre o futebol mineiro que teve vida breve no ano de 1969) que o brilho de Djalma Dias nunca se apagava: “pode estar brigado com o dono do time, pode estar curtindo uma regra três, pode estar de rubéola ou seja lá o que for, ainda assim, continua aceso”.
Há outros na lista. Ao ouvir o nome de Vantuir Galdino, o atleticano deveria se levantar em sinal de respeito. Ele foi um dos quatro jogadores que estiveram em campo em todas as 27 partidas do campeonato de 1971. Os outros foram Renato — que, na minha opinião, divide com Victor a condição de maior goleiro da história alvinegra —, Vanderlei e do artilheiro Dario. Ao lado de Vantuir, revezaram-se outros dois nomes superlativos: Normandes, que esteve em campo nove vezes naquela jornada, e Grapete, que disputou as outras 18 partidas e, no ano seguinte, foi vítima de uma injustiça imperdoável.
Zagueiro firme, mas extremante leal, no Atlético desde 1962, Grapete estava a meses de ganhar o troféu Belfort Duarte, dado a zagueiros que passavam dez anos sem serem expulsos (e conquistado pelo grande Murilo Silva, anos antes). Até que recebeu o cartão vermelho do juiz que apitou o jogo contra o Olímpia, do Paraguai, no Defensores del Chaco. Detalhe: Grapete sequer cometeu a falta que justificou a punição.
Teve Luizinho, Olivera, Cláudio Caçapa, Galván e dezenas de outros que honraram a camisa alvinegra até chegar a vez de Rever e Leonardo Silva. Foi Léo, que merece uma estátua do CT, que vingou a injustiça cometida com Grapete ao marcar contra o mesmo Olímpia, numa cabeçada inexplicável pelas leis da física, o gol que pavimentou a conquista da Libertadores de 2013. O que não falta na trajetória do Galo, como se vê, são zagueiros capazes de dar à torcida a sensação de segurança indispensável a um time que parte para o ataque sabendo que, na retaguarda, há alguém disposto a fazer o que estiver a seu alcance manter a casa em ordem.
Desde que chegou, a pedido de Sampaoli, Alonso demonstrou ter as credenciais necessárias para ocupar um lugar de honra na galeria de zagueiros que marcaram época com a camisa alvinegra. O gesto em relação ao rapaz do Shopping Estação deu a ele, sem que tivesse perseguido essa condição, uma posição de honra na galeria de ídolos. Ali, Alonso estabeleceu com a massa um laço que ninguém será capaz de desatar. Ou melhor: ao receber o abraço do rapaz a quem presentou de forma tão generosa, ele recebeu o abraço de toda a massa. Um abraço apertado, e acolhedor que ninguém será capaz de esquecer.
Não podia imaginar que viveria um primeiro dia da semana, pós derrota, sentindo um grande…
Quem diria! Confesso que, depois do terceiro gol alinhado a entrada do Kardec, não desliguei…
O Galo relacionou 31 jogadores em condições de jogo para hoje no Maracanã. São todos…
Num momento tão especial, finalista de duas importantes Copas, temos uma oportunidade de escrever páginas…
Assim como na canção da banda Blitz, o Atleticano está a dois passos (duas taças)…
Definido adversário para a final da Libertadores e imediatamente entrando na preparação para a primeira…
View Comments
...aí Cazares deu um chapéu a lá Reinaldo em seu marcador e deu uma assistência a lá Cazares pra o atacante do curintia marcar o gol...
PARABÉNS GALLUPO. TEXTO PERFEITO .
AS COISAS DO GALO EMOCIONA A TODOS NÓS ATLETICANOS.
ÂNGELO , atualizando ...
Sempre bom ter compartilhado memórias e fatos
incontestáveis da magia que o futebol representa
Principalmente numa época em que tudo relacionado
a esse esporte tem a politicamente correta maneira do
torcedor "fazer a sua parte"
Não queira mandar o técnico para a pqp numa partida
e na seguinte carregá-lo nos ombros até a Praça 7
Se o fizer será miseravelmente acusado de bipolaridade
Não se atreva a dizer que no futebol a criatividade na
parte tática é um dom que muito pouco técnico pode se
gabar de tê-lo
Se o fizer será impiedosamente execrado
Desde o WM , Airton Moreira , Rinus Michels e o nosso
Barbatana têm esse pendor ; quem viu seus times em
campo sabe sobre o que estou falando
Nem a maravilhosa e irretocável Seleção '70 teve em
campo tanta quebra de modelos tradicionais de jogo
como os times treinados pelos citados personagens
O que ela nos apresentou foi um time com magistrais e
geniais jogadores a executarem com simplicidade suas
funções em campo
E sobre a relação do torcedor com seu time de coração
a coisa anda patética .
Todo mundo "regulando" a emoção do outro .
Como diz o ditado , "cada qual com seu cada qual" .
Com suas preferências , seus saberes , suas escolhas .
Bom dia Eduardo, Ricardo Galuppo e Atleticanos! em primeiro lugar parabéns pelo texto e ao Alonso pela sua atitude digna de aplausos.
Após uma semana bem down com os últimos resultados do time , o texto do bloq me animou a me manifestar: Qual o tamanho do mau sonho com o futebol? O meu sonho é ver o Atlético como uma potencia mundial do futebol, o protagonista dos campeonatos que disputar e conquistando títulos, sendo o mais ansioso a conquista do brasileirão , algo que ainda não tive a oportunidade de vivenciar. Talvez seja por essa ansiedade absurda em ver o Atlético campeão brasileiro que algumas vezes me bate um desanimo profundo diante de sequencia ruins do time.
A respeito do jato de agua gelada, confesso que essas ultimas partidas do time afundou as expectativas, mais pela forma de como os resultados aconteceram do que propriamente pelo capacidade dos elenco atual. As derrotas para times teoricamente mais fracos e empates em casa com dois adversários que qualquer torcedor almeja vitória certa foram os jatos de agua fria sim. Mas o sentimento de decepção de jogar a toalha não significa o abandono do time e de apoio. Joguei a toalha quanto à crença de ser campeão este ano, mas creio em uma boa campanha do time.
Em raríssimas vezes fiz criticas dirigidas diretamente aos jogadores, pois tenho zelo e respeito pelo profissional e ser humano, em que pese suas falhas e desempenho dentro de campo quando a fase não é boa - o Mestre Eduardo pode comprovar isto. Também não é saudável tecer criticas sobre os jogadores que procuram se empenhar, pois o efeito pode ser ainda mais maléfico e minar a confiança dele para dar a volta por cima.
Voltando aos sonhos quanto ao Atlético espero que as coisas rumem para que o projeto do Roberto Caldeira intitulado renova Galo seja em breve implementado, pois com ele a esperança de engrandecer e tornar o ATLÉTICO uma potência terá enorme probabilidade de acontecer. enquanto isso não acontece eu e grande os torcedores em geral esperam que:
a) haja uma administração equilibrada e eficiente no clube ;
b) haja a modernização institucional, passando pela elaboração e aprovação de um novo estatuto, baseado nos contornos de governança corporativa profissional, compliance, transparência e representatividade do torcedor Atleticano;
c) haja a equalização financeira do clube e implantação programas de ampliação de receitas para redução gradativa e rápida de suas dívidas;
d) a estruturação de capacitação qualitativas das divisões de base;
e) a formação de um elenco bastante qualificado;
f) conquista de títulos, principalmente do brasileirão.
Reconheço que o time do Atlético ainda está em formação, que não está fácil conseguir bons jogadores para suprir deficiências da equipe e que os recursos financeiros são escassos, fatos este que ainda colocam o Atlético em posição de inferioridade em relação ao time preto de vermelho da CBFLA e talvez do palmeiras. mas realmente não creio estar abaixo do demais times do futebol brasileiro da atualidade, o que o Atlético a chegar com uma excelente colocação neste campeonato, desde que a má fase seja superada, não percamos jogos e pontos para times inferires, elimine -se as falhas táticas e individuais e a equipe tome a consciência de poder vencer fora de Minas e aniquilar o espírito vira lata que tem perseguido o time há alguns anos quando fora na casa do adversário. Que comece em cima do palmeiras nesta segunda. Saudações Atleticanas.
Eduardo, Galuppo ,amigalos, bom domingo. Eu realmente não sei se se sou mais atleticano ou menos atleticano que os outros. Eu sei que torço muito ,vibro com as vitórias, sofro com as derrotas. Isto a vida inteira. Jogando a toalha depois dos reveses e catando em seguida. Sacudindo a poeira, às vezes dando a volta por cima,às vezes nem tanto. Vida que segue, segue o jogo.Me espanta demais , hoje em dia, ver o patrulhamento sobre parte da torcida que fica indignada com apresentações ridiculas e pífias como contra bahia, xport,fortalez, foguinho, etc, times da prateleira de baixo cuja unica função na vida é endurecer contra o querido, amado, idolatrado galão da massa. Nos criticam, nos acusam de fabricar terra arrasada, profetas do caos, etc. Como se não tivessemos direito de cornetar nosso time , que amamos e seguimos , verdadeiros devotos. Como se não tivessemos o direito de ter uma cabeça pensante , como se não tivessemos o direito de enxergar, de ver que time que erra gol debaixo das traves, que chuta em cima do goleiro caído, fazendo seu nome , como se não tivessemos o direito de saber que time que faz isto não vai a lugar algum, ou melhor, vai pro fundo da tabela. Reclamo mesmo, xingo mesmo , tenho todo direito do mundo. Melhora a postura e pontaria que elogio Este palmeiras não ganha de ninguém, aposto que vai crescer contra o galo
Caro Evandro, somos exatamente com você muito bem descreveu. Só quero contestar, até prova em contrário, que vamos atropelar o Palmeiras. Sempre penso que vamos vencer, nem sempre acontece.
Bom dia!
Sem palavras! Apenas lágrimas!
Obrigado, Galuppo!
Obrigado, Eduardo!!
Já havia me encantado pelo futebol do Alonso e por sua cara de mau antes dessa história que foi, sim, muito bonitinha e comovente, até chorei. Só entendi que o rapaz entrou na loja para comprar um chinelo, pois o seu havia quebrado ali perto, a compra da camisa se deu porque estava muito abaixo do preço normal...
Quanto à cornetagem nossa de cada dia, ela sempre existiu. No livro do Philippe, Punho Cerrado - A História do Rei há um texto – esse sim irretocável – do Roberto Drummond, “Anistia Para Reinaldo!”, onde o Mestre suplica para que os Torcedores deixem Reinaldo viver. Em síntese:
“Minas, essa Minas que eu amo, é uma espécie de presídio.
Minas arma seus filhos de um material destinado a mudar o Brasil, seja no futebol, na política, na música, na literatura, seja nas finanças.
Mas Minas sempre pune os seus filhos.
Um jogador como Zico, como exemplo, que joga num clube de massas irmão do Atlético, que é o Flamengo, é res¬peitado na sua individualidade. E mesmo Zico se arma, como um deus, e forma uma barreira para que não se aproximem dele. Vocês dirão: — Zico não vive nos bares e boates…
Eu direi: — Zico vai a muitos bares e boates, acompanhado da mulher e dos amigos, e todos acham natural lá no Rio…
Aqui, já vi pessoas atleticanas e cruzeirenses se aproximarem de Reinaldo e falarem, por exemplo, com ele: — Falcão é muito melhor do que você…
Ou: — Você não pode ser comparado com o Tostão, porque o Tostão jogava bem noventa e nove por cento dos jogos e você joga bem só um por cento…
Minas é uma terra bela, mas cruel: é como certas mulheres, que picam em pedaços o homem que amam (ainda que se despedacem por dentro).
Minas avisa a seus filhos que estão se tornando famosos agredindo-os.
Reinaldo sabe disso: sabe disso na pele e no coração.”
Penso que hoje Roberto pediria “parem de cornetar, deixem Sampaoli trabalhar, deixem o Galo viver!”
Obs.: Nessa mesma crônica Drummond menciona, em um pequeno trecho, a Lúcia Helena Guimarães, uma das Mulheres mais relevantes na vida do Galo. Nós Mulheres somos, segundo a Pluri, 41% do número de Torcedores do CAM, mas no Blog Canto do Galo nem Lúcia, nem Adriana, nem Leni, Tia Celia, Tia Terezinha e outras, nem mesmo Dona Alice Neves “a Mãe do Galo” merecem serem lembradas. A Hilda Furacão mereceu.
Por essas e outras que certos homens se apaixonam, e nutrem um amor platônico, iludido e não correspondido.
Dá-lhe Lucy!!!
Os da imprensa bairrista rj/sp e uma boa parte da mineira tbm, diga-se, pensam que clubes como o CAM, os do sul, N/Ne não podem ter jogadores e técnicos melhores que os times deles,partem para a fritura ou análises sem conhecimento do trabalho divagando idiotices sem pé nem cabeça. Fazem pressão e comparações ao trabalho do Sampaoli com o único intuito de fritá-lo. O receio deles ñ é voltarem atrás em suas análises pelo bom trabalho feito e sim por terem de morder a língua sem reconhecer q erraram. Com o Stival foi assim, até hj acham q ñ aconteceu, delírios!
PS: GALO UB-20 com a vitória sobre o meleca na tarde de ontem,ocupa a 3ª posição no Br da categoria com 16 pts. Já o Sub -17 tem um treinador ex märïä q sempre apanhou da nossa base qdo estava do outro lado,vem apresentando um futebol horroroso,correndo o risco de ficar pelo caminho_ ñ ganha de ninguém_. Uma pena,pois tem uns moleque q têm muita bola e por serem mal treinados correm o risco de ñ vingar. Um desperdício! A última vitória do cara com nosso Sub -17 vai fazer aniversário,foi em 12/12/19 contra o Futgol, ahhhh...se não fosse o Felipão já no apagar das luzes !!!! O pulso ainda pulsa. Vamuuuuuú GALO!
Saudações Atleticanas.#GALOSempre
Que texto! Show!!! Como você escreve bem, Ricardo Galuppo! Leio sempre e participo às vezes desse nosso espaço. E hoje só gostaria de agradecer pela lembrança de tantos jogadores que honraram e honram a camisa do Galo. Um gesto respeitoso do nosso xerife, e um gesto grandioso do rapaz das moedinhas. O Galo e a sua torcida são incríveis!!! Que você nos brinde sempre com textos assim... Mesmo sem jogo do Galo hoje, já estou feliz por essa crônica. Galo, sempre!
Prezados Ávila, atleticanas e atleticanas!
Meu caro Galuppo!
Parabéns pelo belo texto!
Reverenciar os nossos ídolos do passado e do presente é demonstrar a nossa gratidão pelo seu legado. Você é um mestre na nobre arte de escrever, trazendo-nos lembranças atuais e passadas que cada vez mais elevam o nosso amor pelo galo e que sabemos o quão importantes são.
Permita-me, Gallupo, aproveitar e inserir entre os nossos ídolos que merecem citação especial, o nosso eterno Zé do Monte.
A elegância do Zé do Monte em campo e no trato da bola foi a sua marca registrada!
Uma passagem marcante de Zé do Monte pelo Galo diz respeito a uma rebelião, juntamente com Lucas e Afonso, conseguindo destituir nada mais nada menos do que Yustrich como treinador, porque este o proibira de tomar cerveja e ameaçava Lucas de agressão. Lucas, foi um dos brilhantes atacantes que vi jogar já no fim de carreira.
Embora um grande treinador, Yustrich tinha métodos discutíveis no tratamento de seus jogadores. Zé do Monte, pelo brilhantismo do seu futebol, era sempre assediado por times do eixo Rio-São Paulo. Ficou marcada para todos nós atleticanos, a sua declaração quando surgia notícias de interesse de outros clubes: "MEU FUTEBOL É SÓ PARA O ATLÉTICO". Isto é que é paixão por um time de futebol. Pelo jogador que foi e pelo seu amor ao galo, merece sempre ser reverenciado!
O melhor meio-campista que vi jogar no Atlético Mineiro. Quem não o viu jogar, não sabe o que perdeu!
Com mais este extraordinário texto de cabeceira ofertado pelo pelo Galuppo, desejo a todos, um belíssimo fim de semana esperando a retomada da liderança na próxima segunda-feira!
Hoje e sempre, galo!!!