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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Ponderações de um leitor ao treinador do Galo

“De médico e louco todo mundo tem um pouco” é o título de uma comédia americana, do início dos anos 90, com o nome original de “The dream team”, cuja tradução literal seria “A equipe do sonho”. O leitor, certamente, ao deparar com uma abertura de texto assim pode achar que o blogueiro pirou. Nem estou me referindo à enfermaria do Galo e sua grande taxa de ocupação. Tampouco querendo me valer de meus dotes de médico e de louco para tirar de lá Luan, Pratto, Donizete, Carioca, Datolo e Carlos Eduardo.

Quero, sim, é dar asas à minha e também à imaginação dos caros leitores sobre exatamente qual seria o nosso time ideal. De dirigente e de treinador, todo torcedor também tem um pouco. É comum, especialmente entre os torcedores que enviam comentários, e aí incluo as postagens do blog, a divergência sobre contratações e, especialmente, a escalação da equipe. Uns entendem que determinado jogador é imprescindível e outros já acham o mesmo atleta um peso em campo. Convivemos com essa discrepância em todas as rodas que discutimos sobre o futuro do Galo na competição.

torcida galo jogo com o américa - 26-06-16

Não existe – e é bom que não haja mesmo – unanimidade. Se assim fosse, as discussões sobre futebol seriam sem sal. Leio e releio todas as ponderações feitas pelo leitor/Torcedor/Atleticano aqui neste nosso espaço. Sempre procuro dar a maior visibilidade a todos, com a intenção clara e explícita de entender que isso colabora com o nosso desejo de vitórias e avançar nas competições. Divirjo de algumas, concordo com muitas, mas o espaço é assegurado a todos.

Pois bem, dito isso, passo à apreciação do Torcedor e até mesmo de quem comanda o time considerações, a meu ver muito bem fundamentadas, feitas por um ilustre Atleticano que manifestou ao blog sua aflição. Antes, porém, aviso que vou preservar o nome do leitor e amigo comum – meu e de toda a cúpula Atleticana –, bem como lançar o desafio para que o leitor opine sobre o assunto.

Diz o leitor acreditar e confiar na conquista do título brasileiro de 2016, mas que, para tanto, não podemos mais perder pontos fora de Belo Horizonte. Elogiando Marcelo Oliveira, que, ao seu entender, é um profissional muito sério, ponderado e que sabe ouvir, o leitor observa, no entanto, que o treinador, por ser adepto do futebol ofensivo, deixou escapar pontos nas primeiras partidas do campeonato.

Os principais focos das críticas do notável Atleticano são em relação às alterações feitas durante as partidas do Galo. Segundo ele, no caso do jogo contra o Sport – vencendo por dois gols de diferença -, as substituições ofensivas trouxeram o adversário para o nosso campo e facilitou o empate em Recife. Era hora de resguardar, em sua avaliação.

Dátolo jogo com Corinthians - 22-06-16
Fotos: Atlético/Bruno Cantini

O mesmo, segundo ele, aconteceu na partida frente ao Corinthians. O jogo seguia apertado, apesar dos dois gols de vantagem, e o treinador colocou um jogador que parecia correr de calça jeans molhada, referindo-se ao Datolo. “Ele é lento”, reclamou o leitor. E ainda arrematou com uma pergunta: “O treinador pretendia ganhar de sete?”

Finalmente, já comentando sobre nossa última vitória em cima do Botafogo, o amigo queixou-se sobre a substituição do Robinho. Entendeu ele que, da maneira que foi feita, por pouco não levou o Torcedor a vaiar o jogador, que não vinha bem no jogo, mas que, com sua presença, incomoda e segura a defesa adversária. O resultado foram os dois gols, da mesma maneira que já acontecera no jogo com os gambás. Ou seja, chamou o adversário para nosso campo defensivo.

Comentou ainda que, embora tenhamos o segundo melhor ataque – graças aos cinco gols de quinta –, tomamos 19 gols até a décima-segunda rodada.

Reitero daqui a confiança, tanto do Torcedor que me enviou essas anotações quanto do blogueiro, no trabalho do treinador Marcelo Oliveira.

E você, caro leitor, o que acha?

Em tempo: Hoje, a partir das 21h, estarei no programa “Meio de Campo”, da Rede Minas, falando daquilo que mais gostamos. GAAALOOO!

9 thoughts to “Ponderações de um leitor ao treinador do Galo”

  1. Concordo com o Iraq Rodrigues. `Por não saber sair do gol, o Victor nos tirou da Libertadores, juntamente com o Léo Silva. Esse tem que parar e, quanto ao goleiro, tem que treinar saídas em bolas altas cruzadas na área. Para que serve treinador de goleiros? O Marcelo foi um meio campista excepcional, mas é fraco como treinador: não sabe substituir, não demonstra garra nem gana para vencer, quando ao lado do campo. É muito frio e atleticano gosta de raça!

  2. Discordo da opinião do leitor,o Galo no início do campeonato perdeu jogos fáceis quando se propôs a jogar com 3 volantes,seja no início da partida ou no decorrer dela,dessa forma ele chamava o adversário pro seu campo.

  3. Com todos disponíveis, coisa praticamente impossível em um campeonato tão desgastante, meus 11 preferido são:
    Vitor, Rocha, Leo Silva, Erazo e Douglas Santos, Donizete e Carioca, Cazares, Luan, Prato e Fred.
    Robinho no banco mas podendo ser o 13 jogador
    Essa é a minha escalação, mas torço e torço muito para os 11 que o Marcelo colocar e acredito no título SIM!

  4. O blogueiro é minha testemunha que eu nunca fui fã de Marcelo Oliveira, exceto quando era jogador do Galo e eterno injustiçado pelo Barbatana. Isto dito, Deixo claro que, uma vez confirmada a sua contratação com treinador do glorioso, impus-me o dever moral de torcer pelo seu sucesso, que significa o sucesso do Galo. Sua fixação pelo futebol ofensivo deveria ser revista, um a vez que não é vergonha abrir mão de alguns conceitos, haja vista algumas substituições malfadadas feitas por ele. Nossa defesa é uma avenida sem o Leandro Donizeti. Já falei outras vezes que o Leonardo Silva tem um crédito imenso pelos serviços prestados, mas acho que está na hora de pendurar as chuteiras ou ir emprestar sua técnica a outros times, mormente da série B, onde ainda poderia prestar excelentes serviços por mais um ou dois anos. Ele é impetuoso, técnico e bom cabeceador. Mas o corpo não aguante mais suas impulsões nem sua impulsividade ao jogar-se ao ataque. Não consegue acompanhar num mano a mano, nenhum atacante razoável mas com boas pernas. Erazo, nunca foi um grande zagueiro, é só ver suas passagens por Botafogo e Grêmio. Do Ronaldo, puco se pode dizer por que jogou pouco. Espero que possa ser um jogador para clocar o Léo Silva no banco ou na barca… Quanto aos coment´rios sobre Dátolo, só tenho uma coisa a dizer: é craque. Se tem defeitos, mostrem-me quem não os tem. Defeitos podem ser corrigidos,Alguém disse que el é lento ? Concordo, mas quem tem de correr é a bola. É cira do Boca e merece minha confiança. Clayton está se tornando, por mais que seja duro admitir, um Danilinho ou Luan, na ajuda ao Marcos Rocha. Yago, Hiuri, Carlos Eduardo, Tiago (faltam-me alguns nomes) deveriam ser colocados na barca e enviados ao mar do sargaços da segundona via empréstimos ou venda.
    VOlto ao Marcelo Oliveira, A DEFESA ESTÁ MUITO RUIM. Precisa trabalhar mais em cima dela. E permitam-ma os adoradores od Victor, mas ele já está deixando a desejar, principalmente nas saídas de bola, neste quesito é muito fraco. O volante Eduardo, não fede nem cheira. Duvido que haja alguém que esteja lendo aqui confie seu ouro a ele. Devia ir tentar evoluir em um time de menos “envergadura”, para que possa, se revelar, se tiver algo a revelar. Finalizando, um lembrete para a diretoria. O melhor mercado de jogadores é a base. Já tivemos grandes jogadores revelados na base. Nossas revelações ? Carlos ? Eduardo ? Uilson ? O último grande já se foi, Jemerson. E Frickson Erazo nunca será um Jemerson. Contusões existem onde se pratica atividade física…mas, sem exageros… alguma coisa acontece na preparação física dos nosso atletas…. Se estou só dizendo coisas óbvias, desculpem-me, mas é minha opinião e foi-me pedida. Sadações atleticanas e dá-lhe Galo, carajo.

  5. No meu time titular entram Luan e Pratto e saem Clayton e Fred, em que pese as boas atuações dos substitutos. Dátolo é bom jogador, foi e ainda será útil mas está sem ritmo, o que faz muita diferença prum jogador como ele. Marcelo ainda precisa encontrar equilíbrio, o time ainda apresenta muitos erros de posicionamento e de marcação que contra times mais fortes pode nos custar pontos. Tomamos muitos gols, nossa defesa é a quarta pior do campeonato. Não acho que Marcelo seja um treinador com muitos conhecimentos táticos, faz mais o estilo da “escola brasileira”, dos motivadores, que mostram foto da família antes de jogo importante, esse tipo de papagaiada que até dá certo devido ao perfil dos atletas. Torço pra que Marcelo vença por isso, ja ganhou pelo yale e pelo palmeiras, quem sabe dá certo aqui, mas achar que ele é grande treinador, que entende demais, que saca de parte tática como ninguém, isso não acho não. SAN

  6. Na minha opinião, precisa trabalhar a famosa “segunda bola”. Podem observar que a maioria das bolas rebatidas, voltam para o pés adversários. Isso quando é no campo de defesa, gera situações perigosas… (vide gols do botafogo). O nososo lado direito era super vulnerável(famosa av. Marcos Rocha), acho que o Marcelo já deu um certo equilíbrio, colocando o Clayton, naquele setor para auxiliar). Precisa acertar essa questão que falei acima.

  7. Quanto ao Marcelo Oliveira, não tenho nada a acrescentar. Muito bom! Quanto ao Dátolo, em face as seguidas contusões, está faltando confiança ao Mesmo. Tem a raça Argentina). As contusões, são herança do péssimo preparador físico que acompanhou o Aguirre (foi demitido do Inter, por deficiência técnica). Quanto aos gols do Botafogo, acho que o problema foi dos “volantes”, em especial do Eduardo, acho fraco. Para apimentar a discussão, gostaria de ver o esquema tático 1-4-2-2-2 (goleiro, 4 zagueiros, 2 volantes, 2 armadores e 2 atacantes).

  8. De Ávila, as observações do noso amigo leitor são válidas e vão ao encontro de que muita gente boa pensa.Mas , eu aredito no Marcelo.
    Embora ,veja pontos falhos sérios a serem corrigidos no Galo, acredito que ele tenha condições de dar equilíbrio ao noso time ( condição imprescindível para quem luta por títulos ) . Eu ainda vejo, dentro do que o amigo relatou, uma difucldade natural neste caso, porque entendo que o nosso elenco tem muito mais opções ofensivas do que defensivas .Mas , ainda assim, acredito que dá ´para encontrar um equilíbrio no time .

  9. – Que o Galo cante bem alto lá em Floripa. Rumo à liderança.
    – O estilo do Marcelo é de jogar no ataque. Foi assim como jogador e é como técnico. Todos sabem que o CAM, ao longo de sua existência, sempre buscou esse estilo de atuação e sua torcida incorporou isso ao seu DNA. Quando assim não faz, surgem as vaias e xingamentos , por um simples recuo de bola. Como todo jogo tem sua parte estratégica, nem sempre o treinador consegue controlar o placar de uma partida, dada as inúmeras nuances que cercam a mesma. Tentar segurar e tomar uma virada é muito comum no futebol. Do meu ponto de vista, três fatores são fundamentais para se vencer um torneio. Primeiro vem a qualidade técnica dos jogadores, em segundo lugar a confiança dos mesmos, a parte psíquica, e em terceiro o entrosamento, o conjunto. Quando esses três fatores se alinham, que nem os astros, tudo dá certo dentro de campo.
    – Não irei achar nem um pouco ruim, se o Galo vencer todas as suas partidas por qualquer que seja o placar. Nem tantos anos tem o MOliveira como técnico. E irá se aprimorar com certeza.
    – Carlos sai do banco e entra para atuar onde sabe. Ali sim, dentro da área. Dois ou três toque e bola no barbante. Um bom reserva.

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