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O que parece fácil, às vezes te engana! Parte 2

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Por José Roberto

Poderia ser apenas mais um ano de fila, ou um pouco melhor do que foi 2011. Porém, em se tratando de Galo e tendo inúmeros exemplos, 2012 parecia ser um ano em que nada seria demais, ou ainda, mais do mesmo! No ano anterior, terminamos o Campeonato na décima quinta colocação, com 45 pontos ganhos, e a duas posições da zona da confusão. Ao Atleticano, restava torcer para que ao final da temporada pelo menos estivesse garantida a permanência na Séria A.

Motivos e exemplos para esta desconfiança não faltavam, aliás, até sobravam. Afinal, o que começa errado, termina errado, diria o velho sábio! Era nítida a necessidade de qualificação do elenco (passados seis anos, as necessidades são as mesmas, incrível!). Coincidência, que nada! Só mais uma das pedras que acompanham o Galo desde 1908, ora machucando o “dedin mindin”, ora o calcanhar, mas estão sempre lá. Que coisa, hein?!

Diferente do que foi no ano anterior, o Galo de 2012 custou a dar encaixe. No Mineiro e na Copa do Brasil, ficou clara a instabilidade que o time passou até conseguir o encaixe perfeito, isso já quase próximo ao início do Brasileirão. Na Copa do Brasil, fomos eliminados (adivinhe por quem?) pelo Goiás – 2 x 0 no Serra Dourada e 1 x 2 no Independência. Como gol fora de casa era critério de desempate, o “fumo goiano” passou para a próxima fase da competição.

O primeiro turno do Galo no Brasileirão 2012 foi algo mágico. Foram quatorze vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, para o São Paulo, fora de casa. Como mandantes, tivemos um aproveitamento de 85,18% e fora de casa o aproveitamento foi de 54,44%. Coisa de maluco e de time campeão, não fosse…

Sigamos! Dos quatro empates no primeiro turno, dois foram contra times que não aspiravam grandes coisas na competição. Bahia, em nossa casa (1 x 1), e Atlético Goianiense, fora (1 x 1). Os outros dois foram FluminenC (0 x 0), em jogo fora de casa, e Pirangi (2 x 2), com mando da freguesia.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

No returno, o que era uma campanha de campeão, parece ter ficado para trás, ou o complexo de vira-latas se apossou da mente dos caras, a magia ficou para trás e com ela os resultados decaíram. As vitórias caíram pela metade, apenas sete. Os empates também seguiram pelo mesmo caminho, foram oito. E aquela única derrota sofrida, se transformou em cinco no returno. O Galo liderou o Campeonato da sétima rodada até a vigésima primeira. Quando empatamos com o Bahia (que nos tirou quatro pontos na maciota), tínhamos feito quarenta e cinco pontos. Isso, na vigésima segunda rodada, sendo que fechamos a última rodada com setenta e dois pontos – cinco a menos que o primeiro colocado. Tivemos, portanto, uma média geral de 63,2% de aproveitamento.

O que deixa a cabeça do Atleticano fervilhando, é constatar que não são as pedras seculares que aporrinham a vida do Galo, senão o próprio Galo. Dois empates contra o Bahia, menos quatro pontos; um empate com a Portuguesa na vigésima sétima rodada, menos dois pontos; só nesta brincadeira, foram seis pontos jogados no lixo por um time que no primeiro turno passou o trator por cima da maioria dos de camisa feiona, sem a menor cerimônia. Poderia nem sair campeão, mas a pressão sobre o time escolhido pela CBF como sendo o seu queridinho do ano seria monstra e uma hora os caras iriam derrapar, como já havia acontecido ao longo da competição.

Futebol é psicológico, cabeça boa, vontade e foco, essa é a mais absoluta verdade. Se houver algo mínimo de dúvida em relação ao seu objetivo, você não consegue o foco necessário para buscá-lo. No returno, o Galo jogou apenas para o gasto, talvez nem isso, e esse fator foi determinante para que o sonho mais antigo do Atleticano ficasse mais uma vez em um mero “foi por um triz”. Pombas! Como assim? Precisamos acordar e ir atrás dos novos – e também dos antigos sonhos -, e, principalmente, acreditar que eles, os antigos sonhos, são possíveis! Saudações. 

José Roberto

View Comments

  • 2012 foi roubadaço.

    NenC assaltou a Ponte Preta e o Náutico. Foi esse jogo com a Ponte que o Luan se destacou.
    Isso de o Galo perder o campeonato para time pequeno é balela. O NenC também ia perder.
    Todos os times disputam o campeonato. NenC perdeu para Ponte Preta e Náutico na bola.

    NenC fez gol de falta empurrando a barreira contra o Vasco sendo que contra o Galo o árbitro marcou falta na barreira.

    NenC e Flamerda jogaram. O Flamerda fez gol mas o árbitro deu pênalti. O Flamerda perdeu o pênalti. Ou seja, o árbitro favoreceu o infrator.

    Só aí já foram 12 pontos roubados do NenC.

    R10 foi punido fora de campo sendo que o árbitro já tinha avaliado o lance no jogo. A FIFA proíbe punir algo que o árbitro já julgou. Quem julgou tinha até camisa do Flamerda.

    Adiaram o jogo com o Flamerda quando o Flamerda estava uma baba.

    O jogo com o Flamerda foi outra roubalheira. O Réver foi expulso por revidar uma agressão. A agressão foi com a bola já batida de um escanteio. Logo, era pênalti para o Galo.

  • José Roberto, infelizmente esse tipo de coisa tem nos acompanhado ao longo dos anos. Veja bem, em 1971 fomos campeões. Em 1977/80/99/2012/15, vice e pasme 1983/85/86/91/96/2001 terceiros colocados quando éramos favoritos para ganhar o campeonato pois jogamos todos os mata-matas com equipes inferiores à nossa. Concordo com você, temos que focar com bastante concentração nos jogos para não ficarmos reclamando de pontos perdidos ao final do campeonato. Um abraço!!!!1

  • ....Boa noite!
    Galera , fiquei sabendo que Roger Guedes fica no Galo até o final do ano....já está praticamente tudo certo.....fonte fidedigna....

  • Não me falem em CUCA em 2012. No mês de agosto o GALO disputaria ( não me lembro ) cerca de 24 pontos e o TIME estava voando. ELE disse em entrevista que 10 pontos estaria de bom tamanho.Busquem o noticiário da época e vejam quantos pontos fizemos naquele mês. Seus comandados atenderam seu desejo e conseguiram só QUATRO MÍSEROS PONTINHOS. Assim, nós perdemos aquele campeonato.

  • Eu não queria a contratação de Denílson. Preferiria apostar em Alerrandro, dar rodagem pra ele e, quem sabe faturar uma boa grana num futuro próximo!?

    Mas já que foi contratado, vamos dar força pra Denílson e que TL coloque o cara pra jogar e vermos se foi ou não um bom negócio.

    Acaba logo, copa ruimmmmm!!!!!!!!
    Saudades do meu Galooooooooooooooooo!!!

  • Nos campeonatos de pontos corridos esse foi o time do Galo mais arrumado para ser campeão.
    Com certeza uma hora voltaremos a ganhar o Brasileiro. O importante é manter-se brigando lá no topo da tabela. Não podemos é voltar a ficar brigando lá embaixo. Em 71 não éramos favoritos e ganhamos.
    Com todas as dificuldades que passamos nas décadas de 90 e 2000 em alguns anos, pela nossa grandeza fizemos boas campanhas.
    Temos que ficar na bica, que uma hora o Galo canta alto- " Agora chegou a vez vou cantar, o Galo Mineiro em primeiro lugar...".

  • Vejo muita gente metendo o pau na contratação do Denilson.
    Na minha opinião ele não vem como solução e sim como uma opção de um jogador jovem e promissor que foi vendido para Europa muito cedo.
    O investimento de 300 mil euros é baixo, veio com salários baixo também, veio para ser reserva do Ricardo Oliveira pois o Alerrandro tá muito verde.
    Enfim nos moldes que foi feito aprovo totalmente essa contratação e seja bem vindo Denilson e prove seu valor no campo fazendo muitos gols para a massa.
    Saudações!!

  • Podem dizer o que quiserem, mas no finalzinho do primeiro turno de 2012 já houve uma desaceleração, no Twitter eu pedia o Levir Culpi, pois sabia que o Cuca não estava mais comandando o time e deu no que deu, degringolou ladeira abaixo. Temos um histórico triste contra times do segundo e terceiro escalão, perdemos pontos inacreditáveis e não é de hoje. Contra os grandes perder e vencer é normal, mas tem que passar o trator em cima dos outros.

  • Oi Eduardo e Amigos, boa tarde!
    Caro José Roberto, vamos olhar para frente. Cutucar em feridas já cicatrizadas só doi ainda mais.
    Dizem que se aprende é com os erros, mas no Galo esse ditado não se aplica.
    Não existe um planejamento focado para o time ser campeão. Existem sempre apostas. Quando se aposta, as chances de ganhar ou perder são as mesmas.
    Acabamos de fazer outra aposta: Denilson. Quem sabe se ele vira um Roger Guedes?
    Vamos torcer para que isso aconteça.

  • Mais uma análise perfeita da repetida história do Galo. Será por causa das pernas finas que o Galo tropeça tanto? Ou será a espora muito grande que acerta a própria canela? Vai saber, né?

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