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O contagiante apoio da massa

Acompanhei, num misto de satisfação e preocupação, a chegada do Galo ontem (28) no Aeroporto de Confins, voltando do compromisso na Argentina. Satisfação por perceber que o Torcedor não entrou naquela onda de alguns poucos pessimistas quanto ao nosso futuro. Preocupação, pois ainda temos o jogo de volta e precisamos vencer para seguir na competição. Aqui não tem soberba, tem é luta.

Que a presença daquelas centenas de Atleticanos sirva de motivação para os três próximos jogos, que definem vaga na Libertadores e o título mineiro de 2016. Existem alguns ditados populares – desde já confesso que sou afeito a citações – que dizem. “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra” ou “nem oito, nem oitenta”, além de “nem na terra, nem no céu”. Enfim, destaco que nossa situação é ótima, mas ainda falta fazer isso valer em campo.

Aprecio, sempre que possível, ir ao aeroporto acompanhar a chegada dos jogadores. Nem tanto por eles, mas a meu gosto para ver a Torcida Atleticana. Já disse aqui sobre minha opção pelo Galo, na primeira postagem do blog. Filho de pai flamenguista e com um irmão do outro lado da lagoa, tive a sorte de um cunhado me contar sobre o que era ser Torcedor do Clube Atlético Mineiro. Daí, na primeira vez que pisei no Mineirão, pra ver Galo e Flamengo, magoei meu pai ao conhecer essa magia contagiante.

Ver a “massa”, seja no estádio ou comemorando nas ruas da cidade, é algo que emociona a quem passa por perto. Ontem mesmo, de certa distancia fiquei acompanhando o movimento dos Torcedores e a reação de quem transitava pelo aeroporto. É contagiante. Vi senhora dançando ao som do hino, pessoas filmando e esquecendo malas no trajeto, um senhor que fez o Fael – nosso valoroso representante do “Alterosa Esportes” – e Lobo Mauro chorarem. Depois que eles contarem o que aconteceu, posso liberar o fato aqui no blog.

Enfim, valeu a pena ter me arrastado no final da tarde para ir até Confins e – mais uma vez – participar desse momento Atleticano. Os jogadores, claro, cansados mas atenciosos com os Torcedores, terão agora um período curto para recuperar as energias e pegar já o América pela final do Mineiro.

Fotos: Fael Lima

A injeção de ânimo da “massa” é fundamental à motivação dos atletas. Domingo, com promoção e distribuição de ingressos pelo mandante, sonhando em ter maioria de público no Independência, o Galo tem tudo para abrir vantagem na decisão. Quem foi ao jogo do Coelho ontem, tem desconto para a decisão. Quem fizer isso ou aquilo, terá direito a entrada no Independência. A diretoria americana está rebolando pra tentar passar dos 2 mil torcedores que vão quando o time tem melhor desempenho. Aguardemos!

PS: A criança que nasceu naquele dia em que o Wanderley fez um gol num clássico em determinado goleiro que estava de costas, completa nove anos de idade na data de hoje.

Blogueiro

View Comments

  • Que história e que lição de vida - e Atleticanismo - esta do Sr. Paulo Afonso hein Dudu ? Puts velho!Ao ler a crônica do grande Fael não tem como não se emocionar .Prazer, meu nome é Atleticano .Que texto abençoado cara , que história ... GALOOOOOOOOOOOÔ

    • Verdade. A emoção do Fael e do Lobo Mauro também foi digna. Não contei o caso aqui em respeito aos dois amigos, afinal foram eles que presenciaram o senhor Paulo.

  • Eduardo. 6 anos? A goleada sobre o time do outro lado la. Com o FabiodeCostas foi em 2007. São 9 anos.

    • ObriGalo! Sei que são nove, não entendi de onde surgiu seis. Falta de revisão. Já havia corrigido, valeu o registro, atento leitor.

      • Parece que foi ontem. Campeão em 2007, treinado por Levir Culpi, o Galo enfiou 4x0, gols de Éder Luiz, Danilinho, Marquinhos e Vanderlei, que fez o quarto em maria de costas.

        • Perfeito. Uma breve observação, o terceiro foi de Marcinho cobrando penalidade. O gol do Danilinho foi sensacional, praticamente "chapelou" o goleiro que no momento ainda não era "de costas".

  • Bom dia, Eduardo. Bom dia, Canto do Galo!
    Claro que estou todos os dias aqui lendo o Blog, me inteirando do nosso Assunto: o Clube Atlético Mineiro. Sou atleticano desde 1967 e, apesar de quase me interessar apenas pelo nosso Galo, posso dizer que sou razoavelmente informado a respeito de futebol... Diante deste fato não pude me coibir de expressar meu espanto pelo que você afirmou no final do texto...
    Que história é esta de goleiro tomando gol de costas? Isto não existe, um goleiro não fica de costas durante um jogo nunca. Deve ser imaginação sua, meu caro... Apesar de você fornecer até mesmo a data do acontecido, eu me reservo ainda o direito de não acreditar... Isto não pode ter sucedido. Não com um goleiro.
    Saudações!

  • Salve,salve Canto do Galo ! [...] 'e Galo é o nome da torcida (GA-LO), bíssilabo cantável e entoável como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espírito do animal. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou. “Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa” (Telê Santana).[...] - trecho de uma homenagem do falecido Armando Nogueira ao CAM - Que sigamos sendo diferentes aos olhos dos outros, mas principalmente aos nossos .Que o grito de GALOOOOÔ não seja abafado por meia dúzia de 6 criados pela vó empinando papagaio em frente ao ventilador e que ainda não entenderam:_ nossa Bandeira cheira a tudo neste mundo,menos a naftalina,pois,nunca conhece o fundo do baú,sempre trêmula ao vento e contra o vento . PRÁ CIMA DELES GALOOOOOOOÔ ....

  • Muito bacana ! Boa iniciativa aí dos irmãos alvinegros! Massa e time juntos ! Parabéns a todos!
    Agora um outro assunto Eduardo. Estava pensando aqui na queda de rendimento do Cazares . SErá que não tem a ver com o terremoto que aconteceu em seu país?

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