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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Nos bares da vida na cidade do Galo

Caríssimas leitoras e caros leitores deste “Canto do Galo”, dentro do propósito de que “aqui é SÓ Galo” – e a exemplo de recentes publicações sobre consulados de torcedores pelo mundo afora – inicio hoje a divulgação de informações sobre bares onde se reúnem Atleticanos nos dias de jogos. Farei isso alternando com notícias sobre consulados e até histórias interessantes acerca do nosso time do coração.

Em minha primeira incursão sobre os locais tradicionais de concentração para acompanhar o time do Galo, começo com o tradicional Bar do Salomão, que fica no coração da Serra e a poucos metros da minha casa. Quando mudei para esse lugar, no já distante ano de 1994, logo percebi que havia encontrado a confraria para resenhas diárias e local para ver os jogos que o Galo realiza fora de Belo Horizonte, uma vez que as partidas aqui eu vou a todas.

Fundado em 1945, o local tradicional e parada obrigatória para a “massa” completa 71 anos de ininterrupto funcionamento. Plagiando um local similar da minha adolescência em Araxá, o Bar do Bené, costumo dizer que o Bar do Salomão é onde “o velho conta a vida, o jovem canta a vida e o dono ganha a dita”. A diferença é que lá em Araxá os assuntos eram genéricos e aqui só se fala de Galo.

salomão 13

Existe até uma regra no Salomão, pela qual só é permitida a entrada de até dois não-atleticanos por vez. Caso chegue um terceiro, esse terá de aguardar liberar vaga para seu ingresso no estabelecimento. E a regra é rigorosamente seguida e fiscalizada pela fiel clientela.

Num ambiente familiar, o local tem suas paredes tomadas por quadros, faixas e pôsteres do Clube Atlético Mineiro. Eu mesmo, com orgulho, tenho três entre essa coleção. Tem camisa que usei no passado, crônica e foto onde apareço com minha filha ainda pequena na arquibancada de um jogo do Galo.

Além da cerveja gelada (embora eu não beba), os quitutes, que nos primeiros tempos eram feitos para mãe do Salomão e hoje são preprados sob o comando do Salomão Filho e sua irmã Karla, são apreciados pela freguesia.

salomão - S&K

No passado, o Bar do Salomão já atendeu Juscelino Kubitscheck – então governador de Minas Gerais –, Telê Santana, Roberto Drummond e ex-jogadores que até hoje ainda costumam passar pelo bar, como Reinaldo, Marcelo, Mancini, Marques e Dadá Maravilha. Outros Atleticanos ilustres também são figurinhas conhecidas dos fregueses, como Fred Melo Paiva, Eduardo Costa (o jornalista) e Mário Henrique Caixa.

Salomão, o pai, pouco antes de seu falecimento foi homenageado pelo Galo na gestão de Ricardo Guimarães, que, mesmo sendo ex-presidente, é um grande investidor nas conquistas do nosso time.

Além do Galo, dois registros merecem destaque no Bar do Salomão. Toda segunda-feira e toda quinta-feira (exceto quando tem jogo do Galo, daí é antecipado para quarta-feira), tem roda de chorinho. Centenas de pessoas se aglomeram no cruzamento da Rua do Ouro com Palmira nesses dias. Por diversas vezes, o bar participou do Festival Comida di Buteco.

Em todos os jogos do Galo aquela esquina fica inundada de Atleticanos, para acompanhar a transmissão dos jogos do Clube Atlético Mineiro. Foi ali que acompanhei quase todas as partidas fora de Belo Horizonte pela Copa Libertadores de 2013, exceto os jogos aos quais compareci. Existe até uma camiseta do bar com o tema “Galo Doido”, que a Torcida usa para acompanhar aos jogos.

Por fim, permitam-me, outra vez, utilizar um jargão do mesmo bar lá de Araxá, mencionado no início desta nossa prosa de hoje. “Indo ao Bar do Salomão, não deixe de visitar BH”.

18 thoughts to “Nos bares da vida na cidade do Galo”

  1. Bacana demais da conta essa iniciativa Eduardo, parabéns! O Bar do Salomão já é local turístico para qualquer atleticano q for a BH, com certeza é passagem obrigatória, um reduto q já virou lenda. Qdo for a BH quero conhecer. Saudações atleticanas!

  2. Sou morador da Serra e frequento o Bar do Salomão há anos. Realmente um lugar para os Atleticanos fanáticos. Lembro-me de uma ocasião, a final da Libertadores, onde .. …… perderam para o Estudiantes. Éramos 150 atleticanos torcendo para Veron e Cia e no final fizemos uma carnaval na Rua Amapá, com Palmira e Rua do Ouro. Ê Galo!!!!!!!!!

  3. O Bar do Salomão começou com meu querido avô Jorge, seguiu com meu padrinho Salomão e hoje o Solo e a Karla cuidam dele com muito carinho. Lembro quando criança do cheiro das balas que ele vendia é sempre me dava uma quando passava por lá. Sou paulistano, nascido em SP e, assim como meu pai (irmão só Salomão) e mau irmão somos Atelticanos. Meu tio teve muito a ver com essa escolha é vivo meu Galo todos os dias (santa internet que me deu mais acesso às notícias de BH).

  4. Salomão e Karla, gostaria muito de conhecer o bar, sou atleticano fanático. Mas tenho uma pergunta importantíssima. Sou cadeirante, caso eu for aí, serei tratado como tal? Ou seja, o bar tem acessibilidade, minha cadeira de rodas entra no banheiro? Atenciosamente.

    1. Caro Áries, o Bar do Salomão possui rampas nas duas calçadas que dá acesso ao Bar. Você consegue entrar no Bar com facilidade, tendo já recebido cadeirantes. O único problema são os banheiros, pois as portas ainda não estão adaptadas à cadeirantes. Um alerta que nos chamou atenção. Mas tenha a certeza que você será muito bem recebido pela família Salomão e já providenciando um projeto para essa mudança.

  5. Salomão ? conheço e recomendo . Ex exilado e tendo regressado às montanhas de Minas à pouco tempo, arreei meu pangaré em Barbacena . Quem por acaso estiver de passagem por estas bandas tem dois bares Alvinegros da hora,em que todo Atleticano será muito bem vindo.São o Bar do Gordim no Bairro São Pedro, e o Bar do Tirone no Bairro São José -Centro- Espaços de resenhas bacanas, onde só se fala de GALO . Já que Minas não tem mar,vamos para o bar.
    OFF: Semana importante para o GALO . Hora de saber quem será nosso adversário nas oitavas de LA e na URT , Ambos com respeito,sem oba oba !!!! VAMMMUUUU GALOOOOÔ …

  6. Bom dia Eduardo. Eu não o conheço pessoalmente mas acompanho sua coluna. Nas suas andanças pela sede do Galo, eu lhe recomendo na rua Rio Grande do Sul o Espeto na Veia. Mais um reduto de atleticanos. Saudações Atleticanas

  7. Prezado Eduardo, sou Atleticano, sou Galo! Sou de BH e mudei para Montes Claros, já tem 1 ano que estou morando aqui e ainda não encontrei um Bar dos Atleticanos, uma Bar do Galo… Por acaso vc teria informação de um “Bar do Galo” aqui em Montes Claros, ou seja, um “Bar do Salomão” aqui em Moc? Abraços! Aqui é GALO.

  8. Indo ao Bar do Salomão, não deixe de visitar BH… Esta é mais do que ótima!
    Eh, Galo!!!
    Fiquei com uma vontade danada de visitar/conhecer este Bar. Já o conhecia de nome, mas não tanto… Indo a BH, quero muito visitá-lo…
    Saudações Atleticanas aos quatro cantos do Mundo
    Eh, Galo!!!

  9. Visite e conheça o bar Petisqueira do Luciano onde os atleticanos também fazem a festa no jogos do Galo. Bairro Renascença à Rua Itu lá pelo numero 1000.

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