Me ofereço como cobaia para qualquer cientista sério que se disponha estudar a cabeça do atleticano. E indico mais uns quatro ou cinco amigos que, mais do que eu, fazem de nós um tipo único e um tanto exótico de torcedor. Nosso termostato emocional é regulado para trabalhar acima dos cem graus — e, mesmo diante de situações que exigem cabeça fria, sempre aparece gente disposta a jogar lenha na fogueira e deixar o clima efervescente. É o caso, por exemplo, do que vinha acontecendo nos dias que antecederam aos 4 a 0, fora o olé, sobre o Flamengaço Classificadaço, no último domingo.
Parte da massa, naquele momento, preferia ignorar a evolução e os acertos do time comandado por Jorge Sampaoli e mantinha a cabeça em brasa em razão de certas decisões do treinador. Principalmente às que diziam respeito a duas posições fundamentais em qualquer time do mundo. Na opinião de alguns de nós (gente cujo amor ao Galo não deve ser posto em dúvida, mas que sempre abre a boca nem que seja só para não perder o hábito de cornetar), entre todas as mexidas feitas pelo argentino na escalação do time, a insistência em manter Everson no gol seria uma injustiça. Essa é a primeira posição sob crítica permanente.
Na opinião de gente que merece meu respeito, Rafael, que vinha jogando antes, seria muito melhor “com as mãos” e, por isso, merecia ser mantido como titular. Para esses atleticanos, a adequação ao esquema tático e a confiança de Sampaoli não seriam motivos suficientes para garantir a presença de Everson sob a meta do alvinegro: ele tinha que operar milagres nas traves. Nada contra Rafael, mas esta é uma discussão na qual não me meto: Sampaoli entende mais de futebol do que eu e não me sinto em condições de debater com ele sobre o assunto. Bola para frente.
A outra posição sob questionamento fica na extremidade do time. Na opinião dos críticos de plantão, a ausência de um centroavante de ofício seria uma deficiência tática imperdoável do clube de Sampaoli. O Galo precisaria, por esse ponto de vista, de alguém capaz de transformar em gols as dezenas de oportunidades que vêm sendo criadas, mas nem sempre aproveitadas. Pois bem. A vitória acachapante no último domingo deixou a torcida em estado de graça e, pelo menos até o próximo sábado, os corneteiros darão uma trégua e deixarão o Careca trabalhar em paz.
Mas, como lembrou o amigo Paulo Peixoto, numa frase que aproveitei para dar título a este texto, “nem tanto ao céu, nem tanto à terra. No domingo passado, para alguns, não valia nada esse time do Sampaoli, agora vale muito.” Ele se referia à mudança de ânimo da torcida, que foi ao inferno depois da derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, na segunda-feira anterior, e voltou ao Paraíso depois dos 4 a 0 de domingo. O certo, conforme observou Paulinho, é que “esse é um time em formação. Vai errar e acertar muito ainda”. De qualquer forma, e demonstrando a segurança que faltou nos confrontos anteriores, o Galo fez tudo certo contra o Flamengaço Classificadaço.
O time fez, inclusive, o que não vinha fazendo em jogos anteriores: se fechou e se defendeu quando isso foi necessário. E, na hora que o adversário criou coragem e foi para frente, Everson estava lá para demonstrar que, além de jogar com os pés, é também um craque com as mãos. Com as defesas milagrosas cobradas dos grandes goleiros, ele ajudou a construir um resultado que, se tivesse que ser diferente, seria para tornar a goleada ainda mais retumbante.
Seja como for, é bom preparar o coração porque o campeonato está apenas na metade e a cabeça do atleticano vai esquentar muito até a reta final. Oscilações de desempenho — como as quatro partidas sem vitórias que antecederam o jogo de domingo — embora não sejam desejáveis e aumentem a aflição — são comuns em torneios de longa duração, como é o Brasileirão. Mas, quando acontecem, é muito bom poder contar com um goleiro e um centroavante capazes de fazer a diferença. Esses pontos são críticos não só no Galo treinado por Sampaoli, mas como foi dito há pouco, em qualquer time do mundo.
Mesmo na campanha de 1971, que deu ao Atlético seu primeiro título de campeão brasileiro, houve um momento em que o timaço treinado por Telê Santana oscilou e deu a impressão de que não teria forças para levantar a taça. Sim. Quem conhece aquele campeonato apenas pela imagem do cruzamento preciso de Humberto Ramos e da cabeçada letal de Dario na final contra o Botafogo do Rio de Janeiro, talvez não saiba que houve uma hora em que o título pareceu tão distante que ninguém mencionava o Galo entre os favoritos.
Num campeonato mais curto do que o atual (foram 27 partidas, em três fases distintas), houve uma sequência desastrosa, em que o time ficou cinco partidas sem vencer. Entre a 11ª e a 15ª rodada da primeira fase, empatou três e perdeu dois jogos. Muita gente, naquela hora, pôs em xeque o trabalho de Telê. Mas o treinador não abriu mão de suas ideias e, no final, mostrou que estava certo. Entre as convicções do mestre estava a insistência no futebol bem jogado, a obsessão por um esquema tático ofensivo e a escolha por nomes de sua confiança para as posições críticas de goleiro e de centroavante.
Dario José dos Santos, o Peito de Aço, o Apolo 11, o Beija-Flor, o atacante que batizava os gols que marcava e criava frases tão precisas quanto suas cabeçadas, tem uma ótima definição para a posição que ocupou durante a carreira. Para Dadá, como ele mesmo se chama, “o futebol tem nove posições e duas profissões, a de goleiro e a de centroavante”. No time de 1971, essas duas “profissões” estavam entregues a dois dos jogadores mais eficientes que já vestiram a camisa do Galo.
Sob o gol, o grande Renato da Cunha Vale que, na minha opinião, disputa com Victor a condição de maior goleiro da história alvinegra. Seguro, sem firulas, com um poder de concentração, um senso de colocação, uma elasticidade poucas vezes vista num único goleiro, Renato é um dos principais responsáveis por aquela conquista. Esteve em campo em todas as 27 partidas, fez defesas decisivas (inclusive uma histórica, na primeira partida da final, contra o São Paulo) e, ao longo do certame, sofreu apenas 22 gols. Nenhum deles por falha que tenha cometido. Aliás, não me lembro de um único gol adversário que possa ser considerado um frango de Renato. Um fenômeno!
Na outra “profissão”, a de centroavante, estava justamente Dario. Assim como Renato, ele disputou as 27 partidas e fez 15 gols. Grosso modo, partida sim, partida não, Dadá marcava. Fez isso na primeira partida, no empate em 1 a 1 contra o América, e na última — a final contra o Botafogo do Rio de Janeiro. E, quando sua presença ameaçadora atraia a atenção dos zagueiros adversários, sempre havia um jogador bem colocado para mandar a bola para as redes do inimigo.
Lembrar dos nomes de Renato e Dario é obrigatório para qualquer atleticano — assim como é fundamental lembrar de Oldair, Romeu, Spencer, Lola e do grande Pedrilho, sempre presente e muitas vezes escalado pelo treinador. Pedrilho participou de nove daqueles 27 jogos, fez gols importantes e não pode ter o nome ignorado entre os arquitetos daquela obra grandiosa. Mas ninguém tem dúvidas de que a presença de Dario no ataque foi fundamental para a conquista. Seu negócio era mandar a bola para dentro das redes. “Não existe gol feio”, disse o artilheiro num dia em que criticaram a falta de firulas em suas finalizações. “Feio é não fazer gol”.
Essa verdade, a de que feio é não fazer gols, atravessa os tempos e continua válida nos dias de hoje. Na semana passada, o atleticano comemorou a chegada de um atacante ágil e veloz que chega com a missão de melhorar a qualidade das finalizações. Recebido com uma festa que teria sido maior se não fosse a pandemia da Covid-19, o chileno Eduardo Vargas esteve no Mineirão no domingo, assistiu à balaiada de um camarote próximo àquele em que estava o técnico Sampaoli, que cumpriu suspensão na rodada.
Vargas assistiu a vitória de seu novo clube e aplaudiu Eduardo Sasha que, talvez estimulado pela chegada de um concorrente, fez dois gols — mesmo número que havia marcado em todo o primeiro turno. (Em tempo: o primeiro gol não foi anotado em nome dele, mas não tem importância. Para mim, foi dele!) omara que Vargas se adapte. E, mesmo sabendo que este é um pedido que não será atendido, é preciso ter calma nas cobranças. Assim como Savarino, Keno, Zaracho, Allan Franco e mesmo de Jair e Nathan, que não jogaram ontem, ele precisará de um tempo para se adaptar. Tempo que, em sua época, Dario teve de sobra, talvez porque ninguém tivesse expectativas sobre ele.
Isso mesmo: ninguém comemorou a chegada de Dario ao Atlético. Ele foi contratado em 1968, vindo do Campo Grande, um clube secundário do Rio de Janeiro. A impressão inicial foi a de que o diretor Jorge Tavares Ferreira, responsável pela transação, tinha feito o pior negócio da história do Galo. O menino, na época com pouco mais de 20 anos, parecia ruim de doer. Desengonçado, com um controle de bola que deixava a desejar e um estilo um tanto destrambelhado, Dario parecia não ser o que se esperava de um jogador de futebol.
Tanto assim que o paraguaio Fleitas Solish e seu sucessor, Aymoré Moreira, primeiros treinadores de Dario no Galo, jamais deram ao menino uma oportunidade digna desse nome. Ela só veio com a chegada de Dorival Knipel, o Yustrich. Quando o Homão, como era chamado, foi contratado para treinar o Atlético, em 1968, viu aquele rapaz tímido e desenturmado, num dos cantos da Vila Olímpica. E quis saber quem era.
Soube, então, que se tratava de um rapaz de origem extremamente pobre, que aos cinco anos havia presenciado a morte da mãe, numa favela do Rio de Janeiro. Cresceu em um orfanato e, antes de se tornar jogador de futebol, trabalhou na distribuidora de eletricidade Light. Sua função era fincar postes e esticar fios. Um dia, durante o almoço, ouviu no rádio a notícia de um jogador de um dos clubes cariocas que havia renovado o contrato por um valor tão alto que ele, na hora, decidiu mudar de profissão.
Começou, então, a correr os clubes do Rio de Janeiro em busca de uma oportunidade — e viu uma porta após outra se fechar diante dele. Não desistiu. Foi aceito no Campo Grande, onde se ofereceu para jogar em troca de comida e de uma cama para dormir. Marcou alguns gols pelo campeonato estadual e foi isso que chamou a atenção de Jorge Ferreira. Rigoroso, com um estilo truculento de se relacionar com os jogadores, Yustrich tinha lá seu lado sensível e se comoveu com a história do rapaz. Se convenceu de que estava diante de um bloco de mármore em estado bruto. Se conseguisse esculpi-lo, teria um artilheiro de primeira.
O Homão impôs a Dario uma rotina sobre-humana de treinamento. E o rapaz se submeteu a ela com uma determinação que deveria servir de exemplo a muitos jogadores que, nos dias de hoje, cercados por recursos muito mais avançados do que os daquela época, parecem não se empenhar tanto para corrigir suas fragilidades técnicas. Todos os dias, ele chegava à Vila Olímpica às seis da manhã, duas horas antes do que os outros jogadores. E se submetia a uma sequência puxada de exercícios prescritos por Yustrich. Eram chutes, corridas com a bola, cabeçadas e posicionamento. Na maioria das vezes, apenas o roupeiro Walter Lopes, o grande Waltinho, estava lá para acompanhá-lo.
Suado, tomava um banho rápido, trocava de roupas e tomava uma vitamina com leite, banana e biscoito maria, que Waltinho preparava no liquidificador. E voltava para o campo com os demais jogadores para mais quatro horas de treino. Aos poucos, Yustrich começou a escalá-lo em partidas menos importantes, contra clubes do interior. E os gols logo começaram a aparecer.
Dario foi aproveitando as oportunidades que recebia, fazendo seus gols e desenvolvendo as três características que garantiram o sucesso de uma carreira na qual os especialistas, no início, não apostavam um níquel. A primeira, uma impulsão extraordinária: era capaz de subir mais alto do que qualquer beque adversário. A segunda, um senso de colocação fora do comum: a bola parecia procurar por ele dentro da área. A terceira, uma capacidade de conclusão acima da média: Dario era incapaz de aplicar uma caneta num adversário, mas bastava encontrar uma brecha por onde a bola pudesse passar para arrematá-la e mandá-la para o gol.
Lembro dessa história por uma única razão: a sorte de Dario, que encontrou quem resistisse às críticas feitas a ele, foi também a sorte do Galo. Dadá teve a sorte de se deparar, no momento decisivo de sua carreira, com dois treinadores que, contrariando as opiniões dos cornetas, insistiram em moldá-lo para que conseguisse um rendimento superior ao que todos esperavam. A despeito da diferença quilométrica de estilo que os separavam, Yustrich e Telê Santana tinham uma semelhança fundamental. Assim como Jorge Sampaoli, eram firmes em suas convicções e, em nome dessa firmeza, entendiam que futebol é um jogo de equipe.
O escritor Roberto Drummond, que não gostava da figura de Yustrich e criticava a maneira truculenta com que o treinador lidava com os jogadores, reconheceu, num texto publicado no número 7 da revista Mineirão, os méritos do treinador. “E, por fim, além da alma que Yustrich pôs no Atlético, podemos ver seus 11 comandados jogando como 11 irmãos. Esse Atlético que temos aí mostra que o sr. Dorival Knipel é um senhor técnico, um dos poucos grandes técnicos do Brasil. E, isso sim, é o que conta”.
Troque o nome de Yustrich pelo de Jorge Sampaoli. Acrescente, além dessa capacidade de lapidar um jogador e defender suas escolhas, o perfeccionismo que fez de Telê um mestre do futebol. E o resultado só pode ser um: a certeza de que o caminho seguido até aqui tem tudo para dar certo. Um time que tenha “vontade de vencer, autoconfiança e disciplina”. Esses ingredientes são encontrados nas equipes vencedoras e convenhamos, são a base para qualquer time campeão.
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Oi Eduardo, Galuppo e Amigos, boa tarde!
Muito bacana o texto. Uma viagem ao túnel do tempo.
Quanta saudade desse Galo, o primeiro "Campeão Federal".
Era esse o chavão que eu usava para soar os rivais.
Quanto ao momento atual, há muito tempo que não via uma Diretoria e Patrocinadores fazendo de tudo para que o Galo volte a ocupar o topo do futebol nacional e quiçá mundial.
Como para o Galo tudo é difícil, sempre ficamos com um pé atrás. Talvez seja esse o trauma que carregamos na alma.
Torcer para o Galo sempre é uma paixão. E toda paixão é movida de amor e ódio.
Saudações Alvinegras,
Marcos, meu ponto de vista. O Treinador, por não apoio do Inter, saiu e estão, agora, com o Brasileiro Abelão.
Quem preparou, o time, durante a semana, para enfrentar o Flamengo, foi o "Maluco Beleza". Espero não sermos o próximo time, que está brigando pela ponto do campeonato, a perder um Técnico.
Que textão. Nada a acrescentar.
Parabéns!
Caros,
AQUI É GALO?
NOSSO GALO tá mais do q pronto para levantar o caneco desse presente Br! A oportunidade bateu de novo na nossa porta, bateu FORTE, barulhenta, pedindo passagem...
Obs.: depois do Gugafla, o próximo a ser chamado na responta é o tal Allan...Para de ser totozeiro, rapá, se apruma!
Q SOEM AS barulhenta e altaneira todas CORNETAS alvinegras!!! Segura a pressão q eu quero ver! Acordem, os VELHACOS e os embusteiros da cidade!
Cruz Credo! Q Mané Time em Formação, essa conversa mole tem sido ouvida do lado de lá, papo de amariado TOTAL! #fechadocomAnoQVem #fechadocomtimeemformação, #fechadocomRENOVA...
TIME EM FORMAÇÃO e AnoQVem = refrão de quem tá disputando série inferior! Refrão MARIA! Os cambaus!
Me explica, Buá buá buá!!! Ô mãiêêê, buá buá: Ô mum, futebol é vitória empate e derrota? Ô mãe, tô nas ultimas, lá embaixo, quero nascer de novo...buá áááá áw...
PRÁ CIMA, GALO! Contra o curica só a vitória interessa! Nada mais! ...Eu quero ver o osso do JABÁ!
OBS.: KALIL, O MAIOR PRESIDENTE DE TODOS OS TEMPOS! Grande boca de Prefeito!
AQUI É GALO!
GALO SEMPRE!
SOU ATLETICANO HÁ MAIS DE 50 ANOS , TENHO A MINHA OPINIÃO , E ACHEI O TEXTO DE GALLUPO MUITO BOM , EXCETO , A MANJADA FRASE ""TIME EM FORMAÇÃO "" . , ANO QUE VEM , ESSAS DUAS FRASES NÃO DÁ MAIS , CANSOU , CHEGA.
QUANDO ESSE TIME ESTARÁ PRONTO ??
QUANDO VAI FATURAR O BRASILEIRÃO ???
ANO QUE VEM , DE NOVO????
PERFEITA E MAIS DO QUE MERECIDA A HOMENAGEM E OS COMENTÁRIOS SOBRE O NOSSO "DARIO" PEITO DE AÇO , UM DOS MAIORES ARTILHEIROS DO GALO E DO BRASIL. UM GÊNIO PARA FAZER GOLS.
VIVA , DARIO , PEITO DE AÇO , UM DOS MAIORES JOGADORES E ÍDOLOS DO GALO , A CARA DO TIME.
Fiquei muito feliz com a vitória sobre o Flamengo, que já nos roubou tantos títulos. Contudo, observem: foi só o Sampaoli sair da beira do gramado. O cara, caros atleticanos verdadeiros, é um enganador. Ficou lá de longe, SABENDO QUE ESTAVA SENDO FILMADO, dando seus chiliques, mesmo estando sozinho, só pro Premier filmá-lo, mostrando que seria ele era o comandante... Não me iludo com esse cara: é enganador mesmo! E vejam só: o próprio Flamengo, já trocou um gringo por um brasileiro, em início de carreira como técnico... E que que vai se dar bem, porque tem elenco. Agora que o nosso galo tem um elenco bom, poderia estar melhor na tabela, não fosse esse doidão enganador na beira do gramado...
Mais um show de texto, prezado Gallupo. Me deu vontade de reler seu livro sobre o GALO. O farei em breve. Concordo integralmente com suas palavras. Conseguiu contextualizar e relacionar situações atuais com outras que fazem parte de nossa história. O jogo contra o varmengo foi pra lavar a alma. Grande atuação do time todo. O treinador mais um vez mostrou sua competência ao montar o time no 3-4-3, com Guga e Arana jogando como meio campistas. Anulou as principais jogados da mulambada. Savarino jogou demais. Everson (meu preferido é o Rafael), pegou até pensamento! Penso que com a chegada do Vargas, que é bom jogador, nosso elenco fica mais qualificado. O título é difícil, mas possível, temos o melhor treinador do país, disparado, um bom time/elenco, e estamos bem posicionados na tabela. Mantendo o sangue nos olhos e a tranquilidade, dá pra levantar o caneco. O time ainda vai oscilar, obviamente, pois chegaram 20 novos jogadores em 2020, o elenco foi praticamente remontado (inclusive com a chegada de novo treinador), portanto, normal que haja oscilação. Eu não jogo a toalha e não morro na véspera. Sigo confiando no treinador, no time e no GALO. Sigamos! SAN PS: o GALINHO sub 20 está fazendo ótima campanha na brasileiro da categoria. Temos bons jogadores, e potenciais promessas. Destaco o Guilherme Santos, centroavante canhoto e artilheiro da competição. Muito bom de bola!
Bom dia,
Apesar do tamanho do texto, foi muito agradável e fiquei até com vontade de continuar a ler.
Meus parabéns!
Me remeteu a minha primeira experiência no Mineirão, Atlético x Cruzeiro (1971), fiquei atrás do gol defendido por Renato, que baita goleiro, apesar das conquistas do Victor, a imagem do Renato no gol nunca esqueci.
Como esquecer também as corridas do Dario e as cabeçadas, também sua entrevistas após o jogo era um show a parte.
Todas as considerações feitas com relação aos jogadores, goleiro e atacante foram bem colocadas.
Quanto ao treinador, julgo o melhor em atividade no Brasil, apesar da postura firme quanto a forma de jogar, espero que tenha a partir de agora mais uma ou outras formas de jogar.
Diferentemente do futebol praticado na Europa, por aqui existe equipes que abrem mão do futebol para apenas se defender, a equipe do Sampaoli virou alvo até de equipes de porte médio para grande que apenas se permite defender e contra atacar.
Em outras ocasiões, principalmente fora de casa, este comportamento utilizado contra o Flamengo nos traria maior número de pontos do que conseguimos.
Fui criticado a dias atrás por mencionar nomes como Neto, Hyoran e Gabriel, afinal meus corneteiros esses jogadores fazem parte do elenco, e passaram pela peneira do Sampaoli que foi muito severa e em alguns casos até criticada.
Neto é da base, mas, é uma revelação que dará muito retorno ao Galo.
Boa terça feira a todos!
Que belo texto do Ricardo Galuppo! Mais um! Só não vou dizer que foi o melhor, porque daqui a pouco ele se supera!
Eu confesso que admiro muito o trabalho do Sampaoli. É esse Galo de briga, corajoso, sem medo que eu quero torcer. Quem fica escondidinho num cantinho, todo tímido é o coelhinho. Quem fica a espreita de uma oportunidade, mas, com pouca fé, foge na primeira dificuldade é a raposinha. Galo, por sua natureza, tem de ser de briga! Tem que partir para cima! Não existe isso de Galo tímido, de Galo oportunista que só vai na boa! É só o Galo que é capaz de cantar alto até quando sofre, até quando cai.
O texto do Galuppo me fez descobrir o porquê de uma admiração adicional que tenho pelo Sampaoli. Nem eu mesmo tinha compreendido isso, mas ficou claro agora. A minha admiração pelo treinador contempla também a sua resistência à corneta destrutiva. Tal qual um Yustrich ou um Telê que não se deixaram intimidar pela agressividade desses "entendidos de meia pataca". Quantas jovens promessas ficaram pelo caminho por conta da corneta destrutiva? Quantos produziram menos do que o seu potencial por conta de gente de mal com a vida que enxergam no futebol a chance de botar para fora os seus fracassos, as suas amarguras, atribuindo aos outros aquilo que os corrói por dentro! Viva Yustrich! Viva Telê! Viva Sampaoli! O que se pode dar de melhor ao corneta destrutivo é tudo que ele merece: a mais profunda indiferença. Ou como diz o ditado: os cães ladram, a caravana passa.
Viva o Galo, Forte e Vingador por natureza do seu DNA! Viva a sua sina de lutar, lutar, lutar! Viva o seu destino de vencer, vencer, vencer!!!!!
"Eu me preocupei tanto em fazer gols, que não tive tempo de aprender a jogar futebol."
Esta frase do "peito de aço" não faz parte da cartilha q os "fessores" distribuem p a molecada nas escolinhas q ñ fazem outra coisa a ñ ser engessa--los e retrirar-lhes o q têm de melhor: o prazer de furar o gol e comer o coleguinha no olé_ quem rachou pelada no meio da rua sabe o q isso significa_ . Com isso, os *fessores* matam o craque e tbm o caneludo, ainda na origem. Dadá foi a solucionática q propõe esquecer de aprender jogar futebol,e passar a se preocupar em fazer o mais importante,aqlo q ganha jogo,o gol!
Parabéns Ricardo! Quem não tem dinheiro,conta história e a do CAM é recheada de nuances.
Saudações Atleticanas #GALOSempre