O futebol é dinâmico e tudo pode acontecer. Desde sempre ouvi e vale a pena repetir que, no futebol, não tem verdade que dure 24 horas. Essa frase é tão surrada que já não se sabe quem é o autor. Muitos a atribuem ao celebre e folclórico filósofo do futebol Neném Prancha, o maior frasista do esporte bretão tupiniquim. Mas, eu não apostaria nisso. E tem coisa que nem Neném Prancha saberia responder e, muito menos, prever ou garantir.
Irmãs siamesas, as verdades e as mentiras se misturam e se confundem no mundo do futebol. No Atlético, então… Aliás, a ilusão, companheira de cabeceira do atleticano, produz, por vezes, estragos insuperáveis na relação “bipolar” da Massa com o Galo.
Muitos atleticanos estão jurando de pés juntos que está surgindo um novo Galo Forte Vingador que irá encantar o mundo e conquistar todos os títulos sonhados.
Se é verdade, não sei e ninguém sabe. E, tampouco, esse Galo dos sonhos estará espelhado no time que iniciará o jogo treino contra o América, e muito menos naquela equipe que reestreará no campeonato mineiro, curiosamente contra o mesmo Coelho.
Esse Galo só se tornará realidade de fato se, e somente se, for um produto de construção e de muita responsabilidade. Verdade ou ilusão, só o futuro dirá.
Para alguns atleticanos, entretanto, o grande desafio de Sampaoli é começar e terminar 2021, o que apenas Cuca conseguiu nos últimos 30 anos. Isso mostra que a parcela da Massa que pensa assim, entende que no futebol, para dar certo, deve o Clube certificar-se sobre quem contrata para comandar o seu time e dar a ele, além de reforços pontuais e necessários, tempo para trabalhar e colher os frutos desse trabalho.
Em recente entrevista o diretor Alexandre Mattos buscou baixar a expectativa da torcida, exagerada e passional como sempre, ao dizer que hoje existem 5 a 7 times no Brasil com trabalhos a frente do Atlético. E isso não deixa de ser verdade. Mattos confirma a minha impressão de que o projeto acalentado, e já posto em execução pelo clube e seus parceiros, é fazer o clube buscar uma classificação final no Brasileiro dessa temporada dentro do G4, o que garantiria uma vaga direta na fase de grupos da Libertados de 2021.
Para o ano que vem as aspirações certamente serão muito maiores. Mas, saltos mais ousados só serão possíveis se, e somente se, vierem acompanhados de um novo modelo de Governança e Gestão do futebol. Não existe mágica no futebol. Existe trabalho e competência.
Muito se discute se o futuro dos clubes brasileiros e do Atlético em particular é transformarem-se em clubes empresas.
Não tenho dúvida nenhuma de que o pulo do gato dos clubes brasileiros e do Glorioso das Gerais em especial, não está propriamente na transformação em clubes empresa.
Na Europa existem vários clubes empresa que, de fato, são cases de sucesso. Mas, existem outros que são exemplos emblemáticos de fracasso. Da mesma forma, existem clubes em modelos de associações que são exemplos de sucesso e outros decadentes e em cries profunda. Pouco importa o modelo societário, o sucesso de um Clube depende exclusivamente de uma boa gestão.
Com isso quero dizer que ao Atlético, para ser um case de sucesso no futebol brasileiro, impõe-se arrumar a casa, se provendo de uma gestão moderna, proficiente, profissional e transparente. Esse é o grande desfio do Galo. E dele depende o sucesso de Sampaoli e desse elenco que está sendo montado.
Isso também responde outra questão: vender ou não o restante do Shopping para pagar as dívidas. Entendo que a venda de um ativo simplesmente para pagar dívidas e, principalmente, sem antes arrumar a casa, fatalmente será um formidável tiro no pé. Desfazer-se de um patrimônio deve ser uma ação estratégica para qualquer instituição. E, no caso do Atlético, não seria diferente.
Não basta contratar. É preciso mais, muito mais.
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Pelo menos na teoria, no papel, temos muitas condições de levantar o caneco do Brasileirão ainda esse ano. Então, porque essa conversa de ano que vem? Chega de ano que vem. Esse papo deixa jogadores e diretoria acomodados e nós sabemos disso a 50 anos.
Prezado Galo Roberto o Campeonato nao acaba esse ano. Então o título sera o ano que vem mesmo.kkkkk
Você está certíssimo, caro Domingos Sávio, mas o campeonato pode até acabar ano que vem, porém o título será contado pra esse ano, né não? kkkkkk
Boa Tarde,
Concordo em parte com o que foi escrito, o trabalho que está sendo feito realmente nos leva a crer que estamos na direção certa, porém, ainda não colhemos nenhum resultado que comprove isto, daí, nosso diretor também está muito certo quando tenta conter a euforia atual, para que ela não se transforme em decepção e assim começar a pressionar treinador e elenco além do necessário.
A imprensa já coloca esta pressão desnecessária e se a massa cair nessa poderá ficar impaciente e atrapalhar o trabalho.
Temos que ter o pé no chão, o simples fato dos reforços estarem chegando em conta gotas pede está paciência.
Quanto a venda do Shopping, assunto já debatido a exaustão neste espaço, e que sempre virá a tona, vejo simplesmente assim:
- Se o bem não gera receitas suficientes para pagar o juros que temos que pagar anualmente, então, não existe lógica em ter este bem, só para dizer que possui, é simplesmente querer viver de aparência.
- Se a venda do bem deixar suas finanças saneadas e sua saúde financeira em bom estado, também está valendo, é melhor do que se arrastar, só para rotar caviar.
- Se um shopping vendido produz um estádio pago e um clube saneado, ele cumpriu mais do que seu papel na instituição.
- Não existe lógica no contraditório. Ficar fodido só para falar que tem shopping.
Muito boa a live do Nicola com o nosso vice presidente, sua saída será a maior perda do Galo em 2020.
Boa terça feira a todos!
Ao fim e ao cabo tudo o que se precisa é de
bons olheiros e "garimpeiros" de jogadores
que estão aos montes por aí , nas várzeas
da vida , esta a minha opinião .
Só se fala em "estádio", em shopping" , em
"gestão", em "auditoria , meu Deus !
O time já tem DONOS , o dinheiro é deles ,
eles que façam o que quiserem
A mim o que importa é time em campo .
Se os caras não têm a capacidade de um
Procópio de buscar um Luizinho logo ali
em Nova Lima e preferem ir até o Japão
pra trazer um zagueiro de 24 anos , isso
é problema deles .
A mim ninguém convence que lá fora
esteja a solução , até porque quem está
por lá SAIU DAQUI
Claro, claro , há exceções, mas é um ou
outro .
E não aceito essa balela que o FUTEBOL
DE HOJE é outra coisa , porque não é .
Criaram um novo enfoque que tirou de
DENTRO DE CAMPO a essência e a arte
do esporte , e sumiram com elas .
Portanto , que a bola role .
E que os garotos que subiram para o
"time de cima" possam mostrar o seu
talento , aos 16/17/18 anos .
Pois foi assim desde sempre .
O resto é de uma chatice sem fim .
Esta é a MINHA OPINIÃO .
Não basta contratar. É preciso pagar os salários (complemento meu). E aí, sim, mora grande parte do perigo, mas ao que parece, essa preocupação não existe. Ou, pelo menos, não está explícita. E essas bombas, fatalmente, explodirão daqui alguns anos.
Bom dia, amiGalos,
Na minha opinião, esse foi um dos textos mais sensatos e que melhor expressa a minha opinião quanto à atual situação em que se encontra o time. Obviamente que o cenário que vem se desenhando com todo esse investimento e contratações do nosso Galo é extremamente animador e positivo, porém, futebol não é uma ciência exata e nem sempre o melhor elenco ganha e o pior elenco perde, exemplos disso temos aos montes na história desse esporte. Não vejo com maus olhos a euforia do torcedor Atleticano mas eu, particularmente, prefiro frear um pouco as expectativas quanto ao time no curto prazo pois, ainda que estejamos construindo um time forte e investindo, ao meu ver, nos lugares certos (time, estádio e administração), na prática ainda não vimos os resultados e o potencial de onde isso de fato pode nos levar, tudo isso que vem acontecendo ainda não foi visto na prática, dentro das 4 linhas e nem sempre investimentos milionários se traduzem em títulos, ao menos no curto prazo.
Acredito eu que, sim, podemos alcançar voos muito altos com o atual elenco e técnico, porém, acho pouco provável conseguirmos resultados imediatos (leia-se título do Brasileirão desse ano), uma vez que, novamente, no papel temos um timaço mas que ainda não vimos na prática e creio que demorará certo tempo para o time engrenar. De toda forma acredito que finalmente estamos trilhando o caminho certo para grandes conquistas e o cenário futuro é extremamente animador, principalmente por tudo aquilo que vimos nesses últimos anos, as chances desperdiçadas, o dinheiro jogado fora com contratações absurdas e imbecis e o clube caminhando para a separação de quem mais importa, que é a torcida, e agora, ao que parece, estão acertando a mão na maneira de gerenciar essa instituição. Para finalizar, na questão da venda do shopping, prefiro deixar para os especialistas e confiar que o Atlético está tomando o melhor caminho nesse sentido pois eu não entendo de shopping, muito menos de gestão financeira de time de futebol, porém, minha opinião de leigo é: não se desfaz de patrimônio, mas se conquistam novos.
Enfim, obrigado Eduardo por nos trazer esse texto tão coerente e que traduz tão bem o sentimento que acredito que muitos Atleticanos estão sentindo nesse momento: satisfação em ver o cenário que está sendo construído mas pés no chão e muito realismo quanto ao que podemos conseguir esse ano.
Um abraço e saudações alvinegras.
Lucas,
Só tenho a dizer muito obrigado.
Um grande abraço e saudações atleticanas.
Max Pereira
Bom, no Brasil não há sequer um único clube com o perfil administrativo que o escriba preconiza como necessário para se obter sucesso. E todos os anos têm-se campeões. Logo, não creio que seja condição sine qua non. É preciso time forte, sinergia time-torcida, arbitragens isentas. Estou convencido de que o Galo só foi campeão da Libertadores porque o Kalil exigiu, e fez valer sua exigência, ter árbitro estrangeiro no mata-mata contra o Sao Paulo. Fosse o juiz brasileiro e ficaríamos ali mesmo, creio eu. Quanto a vender o Shopping e pagar dívida, por que seria "tiro no pé"? A questão aqui é bem, mas bem mesmo, simples: se não fizerem isso, vão perder o Shopping e outros patrimônios, que serão fatalmente penhorados para fazer frente aos compromissos financeiros. Já ouviu falar em Modelo de Gordon? Em síntese: se a soma da renda auferida pelo Shopping + a valorização patrimonial do mesmo for inferior ao que se paga de juros, venda. Nao precisa fazer nada, dever de casa nenhum, antes de tomar essa decisão. É só fazer CONTA. Mais simples que andar pra frente. Vende esse trem logo.
Caro Mauricio,
Títulos vêm e vão. E, quando chegam, se devem a várias variáveis. O Atlético venceu a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014 e não teve competência para se manter no andar de cima. E para se manter na prateleira de cima do futebol é preciso arrumar a casa.
Quanto à venda do Shopping faço minhas as palavras do Galoneto.
Muito obrigado e saudações atleticanas.
Bom dia Max, Eduardo, Lucy, atleticanos e atleticanas,
vi ontem e recomendo a live do Nicola com o Dr Lásaro Cândido (parece que esse jornalista percebeu o que dá audiência, segunda live com maior público do canal, a primeira foi com o Menin), dentre os vários assuntos abordados ele falou sobre o clube-empresa e sobre a venda do restante do shopping, na opinião dele, com a qual concordo, o que um time e uma empresa precisam pra dar certo é profissionalismo e competência, só virar clube empresa não adianta e se tiver isso não precisa virar clube empresa. Quanto ao shopping ele é favor desde que o estatuo seja mudado, talvez coma criação de um conselho de administração, para evitar que, em caso de uma gestão irresponsável e incompetente, surjam novas dívidas, ai ficaríamos sem patrimônio e com o mesmo nível de endividamento....
Eu acredito nesse projeto de modernização do Galo até porque, gente de muita capacidade está apoiando... Penso que a "casa está sendo arrumada"....
Uma ótima terça a todos... AMANHÃ TEM GALO!!!!!!
Muito bom o texto. Parabéns!
Com relação à venda do restante do Shopping meu pensamento é o mesmo. Primeiro precisamos melhorar a transparencia e governança da administração do clube. Seria um risco enorme vender um ativo que gera renda e se valoriza e entregar a grana a uma administração sem transparência, sem controle e até incompetente. Em poucos anos o dinheiro acaba, novas dividas são feitas e o time não tem mais aquele patrimônio.
Se não me engano o Kalil tentou fazer isso. Uma negociação nebulosa que felizmente o conselho barrou.
Temos que ficar vigilantes! Administrações passam... o time e as dívidas ficam!!
Concordo, mas só lembrando que a maioria dos técnicos que foram demitidos do GALO foi devido a grande pressão da torcida, basta 2, 3 derrotas que a Torcida ja começa a pegar no pé do treinador, o mesmo acontece com a prata da casa 2,3 partidas mais ou menos e a torcida ja esta vaiando o Garoto. A torcida tem sua parcela de culpa em muitas coisas que acontecem no GALO. Quanto a venda do Shopping sou a favor, time de futebol não precisa de Shopping e pode dar uma grande alivio financeiro. Mas vendam só depois que o Estádio estiver pronto, ai vai trocar uma fonte de renda de 10 mi por ano por uma de 100 mi...FATO
Caro Davi,
Vc me deu uma oportunidade de complementar a ideia que defendo.
O Atlético, ao contrário de outros clubes, inclusive o rival, tem um patrimônio maior que o passivo e, portanto, capacidade de alavancagem e rolagem da dívida. Nessas condições, vender ativos simplesmente para pagar dívidas não é aconselhável. Aliás, tende a ser uma prática temerária.
Arrumar a casa é imprescindível e a venda de ativos devessem uma medida estratégica, de oportunidade, planejada e sem comprometer o clube.
Vender agora, sem que a casa esteja arrumada, é adiar o nosso problema para amanhã que retornará muito mais agravado, porque, sem patrimônio, estaríamos a um passo de “cruzeira”.
Muito obrigado e um grande abraço,
Max Pereira
Bom dia AmiGalos,
Se me permitem uma cornetada, como Administrador de Empresas, por formação, a questão levantada sobre a venda restante do Shopping, eu colocaria da seguinte forma:
Estamos construído a Arena MRV, leia-se: Casa do Galo, logo, é uma ótima oportunidade de fazê-la multiuso, aproveitando o local privilegiado em que se encontra, ou seja, além que acolher os jogos, absorver também o próprio Shopping, tendo sua funcionalidade de segunda a domingo, onde a geração de receitas, emprego e renda seriam viáveis e certas.
Não tenho dúvidas que esta opção de lazer seria muito bem acatada, não só pelos Atleticanos, mas também, por outras pessoas de bom gosto...
Quanto a forma societária, eu concordo com a transformação em Clube-Empresa, visto que acabaria com o inchaço da cúpula dirigentes e os cabides de emprego, onde a tão famosa GESTÃO, passaria a ser competente e eficaz.
Fica a sugestão...
Quanto ao time:
Estão alimentando a Atleticanidade e a nossa paixão, com essas contratações, onde o mantra "Eu Acredito", tem criado força...Agora é colocar em prática o projeto e buscar o que nos pertence e nos foram tirados pela CBF, em tempos outrora...
Aqui é Galo....
"Somente sendo um pra saber"
Caro, Antônio de Pádua,
Agradeço a oportunidade que vc me dá para agregar mais conteúdo à ideia que defendo.
A simples conversão em clube empresa não é garantia de nada. Fartos são os exemplos de clubes no mundo quer-se tronaram empresas, abrindo, inclusive, o capital na bolsa, que faliram ou estão em estado pré-falimentar. Tudo é uma questão de gestão.
Muito obrigado e um grande abraço.