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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Lutar, lutar, lutar e relembrar, sempre

Paulo Peixoto

Em meio àquela loucura que foi a reta final do Brasileirão-2021, quando os espíritos atleticanos estavam em total transe, foi lançado o documentário “Lutar, lutar, lutar – O Filme do Galo” – disponível atualmente em streaming.

Destaco naquele momento a pertinência do lançamento do filme, mas também comentários impertinentes que andei ouvindo, tentando estabelecer alguma relação entre as garfadas homéricas de 1980/81 com eventuais pênaltis mal marcados para o Galo em 2021.

Resumindo, ouvi em uma dessas mesas redondas do eixo, na internet, que era para os atleticanos pararem de reclamar da roubalheira gritante de 1980/81 diante dos supostos erros de 2021.

Não acho que vale a pena voltar a falar dos supostos erros e acertos do Brasileirão que acabou, a favor e contra o Galo, diga-se.

Primeiro porque vários atleticanos já fizeram isso, inclusive aqui neste Canto do Galo. E quero dizer que nunca tive problemas em reconhecer quando a arbitragem erra a nosso favor. Mas não vale a pena também porque o nível da nossa arbitragem é muito fraco mesmo. Juízes e até o VAR se mostram inseguros.

Quero falar aqui dos momentos de 1980/81 mostrados no filme. É simplesmente impossível tentar passar por cima daqueles fatos e muito menos esquecer e não se revoltar com o que aconteceu mais de 40 anos depois.

É fundamental dizer que em 1980/81 não se tratou de erro de arbitragem, não.

A sensação que me ocorre sempre que vejo aquelas imagens é de ver um clima de constrangimento entre os próprios jogadores do Flamengo. Vergonha é pouco.

As imagens trazidas pelo documentário mostram mais do que homéricas garfadas. Mostram o achincalhe da roubalheira. Elas fazem voltar a sensação de impunidade que sempre houve no imaginário do futebol brasileiro e reforçaram em mim a certeza de que aqueles fatos jamais devem ser deixados de lado pelos atleticanos. Jamais!

E quando digo jamais quero dizer que devemos relembrar isso todo ano, chamar a atenção para esse fato ano a ano, instituir aqueles dois fatídicos dias como o Dia da Vergonha. Será talvez o mais célebre aniversário da vergonha no futebol brasileiro.

História não se apaga, seja ela alegre ou triste. Vai Galo, vai fazer história e relembrar sempre a sua construída com muita luta.

4 thoughts to “Lutar, lutar, lutar e relembrar, sempre”

  1. Acho desnecessário ficar REPETINDO essa história de 80/81, não tem como corrigir aqueles erros, ponto final, digo isso pois nas conquistas recentes 80/81 NÃO FOI O COMBUSTÍVEL ( Idem Levir em 2014), foi a MASSA, criamos o fantástico EU ACREDITO, vivenciamos grandes viradas, assim sendo vamos parar de falar de roubalheira, já deu no saco essa história.
    Querem melhorar nossa arbitragem?
    Comecem a cobrar do CAM para ele EXIGIR A PROFISSIONALIZAÇÃO DA ARBITRAGEM, isso sim iria qualificar e melhorar nosso futebol, mas como aqui não tem nenhum bobo, nós sabemos que será muito difícil o CAM abrir mão de um pouco $$$ da CBF para ela investir na arbitragem.

    1. Creio ser necessário sim, porque até outro dia a própria Globo glorificava uma gestão de excelência no Flamengo, no ano exato em que o clube conseguiu a proeza de deixar jovens pegarem fogo em instalações péssimas.

      Metade dos títulos desses times, pelo menos, vieram de garfadas e eles se gabam e gabaram, por décadas, disso. E agora vem falar de erro de VAR. Foi uma delícia contrapor a torcedores do fluminense e flamengo ano passado com esse pequeno argumento: garfada x erro de VAR, sem comentários… 18 pontos do flu em 2012 com erros de arbitragem, apenas.

      Surgiu o VAR e o jogo mudou. Foi à toa? E concordo com você. Entidades sombrias como Wright, nunca mais! É preciso profissionalizar sempre. Tecnologia já tem há muito.

  2. Bom dia, Massa, Paulo e Guru.
    Que fomos prejudicados no passado, isto é notório e incontestável, porém houve momentos que também fomos incompetentes.
    Mas ainda bem que os tempos são outros e hoje mesmo sendo ainda prejudicados, temos força, temos capacidade e temos jogadores que carregam em seu DNA espírito de vencedores.

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