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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Jogo de tradição na Libertadores

Enfrentar o São Paulo nos trás recordações. Alguma negativa, mas outras excepcionalmente estimulantes. Se em 1977, embora o título de campeão brasileiro tenha sido decidido em 5 de março de 1978, perdemos nas penalidades, depois disso fizemos muita festa sobre o tricolor paulista. Notadamente na Copa Libertadores das Américas.

Aquela fatídica decisão de 77, quando o Galo ao longo da competição ficou com 15 pontos acima do São Paulo, foi marcada por fatores extracampo, que já envergonhavam a Confederação Brasileira de Futebol – essa CBF madrasta com os mineiros e especialmente com o Galo – com manobras e atitudes que colocam a ética da entidade e seus serviçais sobre questionamento.

Reinaldo, artilheiro daquele ano com 28 gols, não jogou a decisão. Expulso numa partida em Manaus – injustamente, diga-se, sendo que o próprio árbitro depois confessou o erro –, acabou sendo, propositalmente, excluído daquela partida.

Como se não bastasse, durante o jogo, o jogador Ângelo foi agredido por Chicão e Neca, sob o olhar “distraído” do juiz Arnaldo César Coelho, que não aplicou “a regra é clara”, como ele próprio gosta de “vomitar” em programa de televisão. Ângelo quase ficou inutilizado para seguir a carreira.

Naquela oportunidade, dois ex-atleticanos atuavam pelos paulistas e foram nossos carrascos na decisão por penalidades. Getúlio errou, mas Antenor marcou. Este último, dizem, quando chegou em casa apanhou da sua mãe, Atleticana.

galo ceni

Depois disso, especialmente pela Copa Libertadores das Américas de 2013, fizemos a festa sobre os paulistas. Na fase de grupos, aqui em Belo Horizonte, vencemos por dois a um. Por pouco, ao final da partida, Marcos Rocha e o juiz Marcelo de Lima Henrique não permitiram o empate. Foi aquele jogo da água, onde Ronaldinho fez o esperto Rogério Ceni de bobo da corte.

Ainda na primeira fase, no jogo de volta, o Galo perdeu e os paulistas se animaram. R10 avisou, jogo é jogo e treino é treino. Daí, por obra do destino, no primeiro mata-mata pegamos o São Paulo pela frente. Graças ao saudoso Lúcio, vencemos a primeira partida lá no Morumbi e aqui foi só festa. Se lá foi dois a um, aqui foi quatro a um. Ah! Registre-se também que o Galo exigiu juízes que não fossem os viciados árbitros brasileiros. Foi decisivo!

galo tardelli
Fotos: Uai/Superesportes

Com a Catedral do Horto lotada, como será amanhã, os paulistas sucumbiram com direito a jogada genial de Ronaldinho Gaúcho, que olhando para a sua esquerda, deixou Jô do seu lado direito na cara do gol para marcar um dos gols. Depois foi a vez de Tardelli se antecipar ao Ceni numa bola mal atrasada e “num tapinha” na pelota dar continuidade à comemoração.

É assim que a massa espera o Galo nesta partida decisiva. Estamos a caminho da segunda conquista da Libertadores.

 

7 thoughts to “Jogo de tradição na Libertadores”

  1. Dudu ! amigo meu – GaloDoido de nascença – que reside em sampa,disse-me agora à pouco que um determinado dirigente dos bambis afirmou categoricamente em alto e bom tom, que o espaço para a taça de campeão da LA 16 , já está preparado para recebê-la . Está pipocando na rede vários vídeos com falácias dos caras , o do momento é o de michel bastos,que tbm afirma o mesmo,nem treinar cobranças de penais os caras se preocuparam em fazer .Estão dando um monte de munição para nós ,que se bem usada irá motivar ainda mais nosso time . Lembro que em 2013 foi da mesma forma e no final quem riu por último fomos nós . Que assim seja …
    77/78 era guri pequeno e pouco me lembro do jogo em si .Ia ao CAMpo com meu velho, tios e vô e ficava vislumbrado com a força da MASSA , bandeirões,papel higiênico descendo como cachoeira pelo anel superior , fogos etc… e ver o Ricardinho das embaixadas, que tbm era um espetáculo à parte, dando voltas pelo gramado controlando a bola .Tempos bacanas que não me saem da memória … VAMUUUUUUUUU GALOOOOOOOOOOOÔ …

  2. Esse Arnaldo foi mais um ex-árbitro comentarista que nos prejudicou. Isso sem sombra de dúvidas é muita “coincidência” não?! Basta nos lesar que eles conseguem uma boquinha na tv. A lista vai de Marcio Rezende de Freitas, passando por Simon e o maior de todos eles: José Roberto, vulgo RATO.
    Abraços Eduardo e vida longa a este espaço de muito bom nível.

  3. Vamos com tudo amanhã. Nossos jogadores tem de estar bem ligados mas na medida certa, sem apavorar e não cometer faltas em demasia, desnecessário bater demais, temos que jogar um bom futebol.
    Lá em sampa a turma está falando demais, falaram que o Horto não é mais o mesmo. Um atleta deles chegou a proferir as mesmas palavras do Ricardo Goulart: “Quarta Feira tem mais”. Então vamos lá, com muita luta, muita entrega e muita fé.
    A Massa tenho certeza que mais uma vez será o diferencial nessa partida, com o apoio de sempre nos 105 minutos mais os acréscimos.

  4. Caro Eduardo, sobre a decisão de 77, disputada em 78, vale lembrar que no início do segundo tempo, o ponta direita Serginho sofreu um penalti clarissimo que Arnaldo não marcou porque não quis. O lance foi na sua frente e ele se acovardou. Ninguém fala sobre este lance porque não haviam muitos recursos na época. Mas basta entrar no youtube e assistir o jogo na integra. O comentarista da Globo afirmou: “Se fosse fora da área ele marcaria. Foi penalti claro para o Galo”.

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