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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Grande Otero é candidato a ídolo

Pode parecer precipitada uma colocação desta natureza, uma vez que, pouco conhecido, o venezuelano Rómulo Otero acabou sendo contratado um tanto pela emergência com a contusão do Cazares. Entretanto, o jogador tem demonstrado nos treinamentos uma qualidade que o Brasil – notadamente o Galo – já pode mostrar e esnobar para todo o mundo. Refiro-me à questão da bola parada. Em outras palavras, o batedor de falta.Ronaldinho - arquivo UAI-EM

Essa jogada, quando transformada em gol, via de regra, é mortal às pretensões dos adversários. Vi, revi e não me cansei de assistir lances protagonizados pelo novo contratado. Não sou adepto do DVD, ao contrário, para quem já teve Walker no passado, qualquer sinalização de contratação por esse meio deve e merece ser abominada. Mas, como no caso Cazares, tive de me apoiar nessa opção e confiar na diretoria Atleticana.

Pois bem, já na Cidade do Galo, Otero deixou aos privilegiados em acompanhar o treinamento uma sequência de cobranças à média e longa distância com o endereço que a “galera gosta”. Ao receber as imagens dos lances, por meio das redes sociais, não me cansei de assistir e mostrar aos amigos a maestria do jogador venezuelano.

Eder - arquivo UAI-EM
Fotos: UAI/EM

Num rápido esforço de memória, fiquei no meu canto lembrando lances mágicos neste fundamento protagonizado pelos maiores batedores de faltas no mundo que já pude assistir. Os argentinos Messi e Maradona, o inglês Beckham e o português Cristiano Ronaldo. E brasileiros como Roberto Carlos, Marcos Assunção, Rogério Ceni, Juninho Pernambucano e Zico, que têm lugar destacado nesta prateleira. Ceni já fez horrores no Mineirão, nunca contra o Galo, naturalmente.

E nossos ídolos batedores de falta? Tive o privilégio, pela minha condição e idade, de ver Nelinho e Éder. Primeiro, o ponta esquerda, depois, o lateral, que, menosprezado pelo seu time anterior e dado como inutilizado, encontrou no Galo o estímulo para seguir em frente. Se até sua chegada, a cada falta, o “bomba santa” tinha seu nome ovacionado pelo Atleticano, a partir de sua contratação a massa em coro cantava: “Qualquer um”. A partir de 2012 até meados de 2014, o Atleticano pedia “eh oh, eh oh, Ronaldinho é um terror”, a cada falta próxima da área adversária.

Pelo que vi no treinamento de Rómulo Otero, o Torcedor terá motivo para comemorar a cada marcação de falta até mesmo distante da área. O chute é certeiro e mortal, desde que sua senhoria apite o lance com a isenção necessária à moralidade do futebol brasileiro. Grande Otero, a casa é sua, faça sua parte que a massa saberá reconhecer e colocá-lo num lugar de destaque.

8 thoughts to “Grande Otero é candidato a ídolo”

  1. Eduardo, você – um pouquinho só mais novo que eu – se esqueceu do Oldair.
    O capita de 71 também tinha um canhão que assustava os goleiros adversários.

    1. Bem lembrado. Agora um pouquinho mais novo ….. Estou próximo de completar 40 e 19. À propósito, a partir daí, vou alterar a contagem. Farei 41AC! Antes dos Cem!

  2. Sou adepto da fita k7 , do bolachão – vinil para muitos – e da câmera V8 .Este negócio de modernidade -ainda mais qdo o cara é desconhecido – às vezes engana ! Dito isto ,assim como você prezado, não confio em ninguém com mais de trinta anos,não confio em ninguém com mais de trinta minutos – editados – num DVD . O do Pietro era assim óh )))((( de lances bonitos,porém a realidade dentro de CAMpo e ao vivo, era bem diferente . Vestiu a CAMisa , torço para ele ser muito superior ao que apresenta no tal de DVD – confesso que não vi – e que no GALO faça o que se espera de todo jogador que aqui já está ,ou seja,dê raça e jogue bola Vamos ver – caso jogue ,ainda tem isso tbm ! – do que é capaz o Rômulo Otero . Tenho na lembrança grandes cobranças de falta,daquelas ‘porradas’ no ângulo ,aquelas que beijavam suavemente as redes véu de noiva – putssss ….!! até com elas acabaram. – , as que abriam barreiras ,tamanha a potência que tinham,,tempo ‘bão’ que não voltam mais, saudades de outros tempos iguais. Sorte para ele e mais ainda para o CAM … SAN

  3. Saudações Alvinegras. Também estou muito confiante com Grande Otero. Um bom batedor de falta decidi jogos e ganha títulos. Vestiu o manto alvinegro já tem nosso total apoio. Que seja muito feliz e nos faça feliz. Parabéns mais uma vez pelo Blog . Sempre é bom ter essas leituras ao longo do dia. Boca Bicudo.

  4. – Pelo triangular decisivo do Título de 1971, Oldair (falecido em 2014) explodiu o Mineirão no dia 12/12/1971 ao cobrar falta na entrada da área aos 30 minutos do segundo tempo, e marcar o gol da vitória contra o São Paulo. Em seguida, o Galo foi ao Maracanã derrotar o Botafogo por 1 x 0 e se sagrar campeão. Nesse torneio, a média de público dos jogos do Galo foi de 26.836 pagantes. Hoje, decorridos 45 anos, graças ao Horto, e políticas inadequadas, ficamos bem abaixo disso: média em BH de 24 mil pela Libertadores, e 19 mil pelo Brasileiro, sendo 36 mil no Mineirão e 15 mil no Horto. Retroagimos. Triste. Mais triste ainda para as finanças do CAM. Nepomuceno, resolve isso aí!
    – Rómulo Otero não acerta suas cobranças por acaso, nem é um fenômeno como batedor. Seus acertos se devem ao intenso treinamento que efetua, muitas vezes depois do expediente. Serve, inclusive, de exemplo a seus colegas de Clube, que não veem que os treinamentos são a única forma de se aperfeiçoar. Otero deverá entrar pra não sair.

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