Fora as especulações, tanto de dispensas quanto de contratações, dois assuntos dominam nas conversas entre os Atleticanos. A decisão de levar time alternativo à Florida Cup e o presidente Daniel Nepomuceno dividir seu tempo entre o Galo e a Prefeitura de Belo Horizonte. Na primeira, percebo que a maioria dos Torcedores aprova a medida, mas na outra a preocupação é evidente nas rodas de discussões das quais participo.
Quanto a reforços e dispensas, até que haja uma palavra oficial e definitiva, muito vamos ouvir e ler. Não conhecendo os termos dos contratos em vigência, tampouco quantos e quais jogadores voltam dos empréstimos na virada do ano, o Torcedor comenta e emite suas preferências. Isso é absolutamente natural. Afinal somos 8 milhões de dirigentes e treinadores. Só não somos o mesmo número de jogadores, pois reconhecemos nossa limitação para entrar em campo. Mas, para definir a administração e escalar o time, somos inigualáveis.
Eu, por exemplo, olhando ainda que superficialmente e sem entrar no mérito, não imagino nenhum emprestado sendo útil para 2017. Alguém teve notícia de qualquer jogador Atleticano sendo destaque onde esteve atuando recentemente? Pois, então, não teriam lugar no projeto de conquistas com que sonhamos.
Já no atual elenco, necessitando de uma melhor avaliação desta nova contusão do Victor, ficaria com ele e os outros três. Giovanni, Uilson e Cleiton. Se ele, Victor, tiver tratamento longo, aí seria necessária uma contratação pontual. Nas laterais manteria Marcos Rocha e Fábio Santos. Daria nova oportunidade a Leonan, mas os demais que tenham melhor sorte noutra praça. Entre os seis zagueiros, apenas dois ficariam: Leonardo Silva e Gabriel.
Já para o meio-campo, onde atualmente temos dez jogadores, seguiriam Rafael Carioca, Leandro Donizete, Maicosuel e Otero. Cazares só se resolvesse a se dedicar, com responsabilidade, ao que mais sabe: jogar futebol. Yago ainda necessita de melhores oportunidades e pode ter futuro. Lucas Cândido e Júnior Urso carecem de melhor avaliação. Podem render muito mais, mas em 2016 ficaram longe do esperado. Os demais, boa sorte!
Já entre os sete atacantes, tem quem pode ser dispensado e até jogador que deve render os recursos necessários para a temporada. Pratto, ao que parece, dificilmente continuará no Galo e poderá render o dinheiro para bancar o ano de 2017. Manteria Luan, Robinho e Fred. Já Carlos e Clayton merecem ganhar oportunidade e experiência. Um empréstimo, para que, caso superem o fraco desempenho recente, seus retornos sejam de grande valia. Dito isso, vamos esperar o que os dirigentes pensam e programam para recuperar nossa autoconfiança.
Com relação aos dois assuntos ditos na abertura, ainda que extraoficialmente, o Galo teria optado por levar um time alternativo à Florida Cup por razões diferentes a que o blogueiro concluiu. Seria pela transferência, de 3 para 7 de janeiro, da reapresentação dos jogadores, em função do adiamento da partida com o Grêmio. Embora até aceite a justificativa, reafirmo que o objetivo numa temporada são títulos e não excursão ao exterior. Respeitando e acatando as queixas – com muita propriedade – dos Atleticanos nos Estados Unidos, quero crer que uma pré-temporada no centro de treinamento seja o ideal com vistas a preparar o time para um ano muito diferente do que estamos encerrando.
Por fim, quando à situação do presidente Daniel Nepomuceno acumular a direção do Galo e uma secretaria municipal, continuo entendendo que será prejudicial ao exercício dos dois cargos. Ser presidente do Galo, como bem definiu Alexandre Kalil, é ocupar o segundo cargo mais importante de Minas Gerais, o que exige, portanto, muita dedicação. Ele mesmo, Kalil, ficava parte do dia na sua empresa “Erkal” e a outra metade no Galo. Na empresa, há uma diretoria remunerada para tocar seus projetos. Aqui, neste blog, defendi várias vezes o presidente Nepomuceno que sequer disputou sua reeleição a vereador para priorizar o Galo. Agora, com essa opção de jornada dupla, não me sinto em condições de dar apoio à sua decisão.
Presidente do Galo não pode depender de emprego e remuneração fora do exercício do mandato para pagar suas contas. Tem de ser quem esteja desimpedido de qualquer outro vínculo para se dedicar 24 horas por dia aos assuntos Atleticanos. É o que penso!
Conforme havia sinalizado, agora é o momento de o blogueiro também dar um tempo e…
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Acho que mais importante do que quem vem, é quem sai...
Prezado Eduardo, concordo. É totalmente incompatível o exercício de qualquer outra função com a presidência do Galo. Precisamos de dedicação exclusiva. Se tem que pagar as contas, então peça para sair. É melhor do que ficar enrolando mais um ano. Uma Secretaria Municipal exige tempo, preparo e estudo. Então, quem comandará o Galo? É preocupante e o mais intrigante, ninguém do Conselho deliberativo até agora se opôs a isso. Lamentável, muito lamentável.
Para aqueles que dizem que o Roger não tem experiencia e títulos como treinador , O Galo nos últimos anos trouxe os vitoriosos Vandeley Luxemburgo, Emerson Leão,Paulo Autuori, Marcelo Oliveira e não deu em nada. O Roger é um técnico estudioso e promissor e se vamos apostar que apostemos na melhor aposta.
Concordo plenamente contigo. Se não fosse o Roger, seria quem? Não há neste caso uma receita onde o resultado é só sucesso. Eu apoio, e muito, a decisão de trazer Roger. Abel Braga? (putz)... Estou com muitas expectativas para a próxima temporada. Galooooooooooo
Gosto dos comentários desse Sr. Paulo Silva. Parece ser experiente em assuntos do Clube Atlético Mineiro. É meio antiquado para lembrar de jogo de sessenta anos atrás. Mas conferi e é verdade. Concordo com a sua opinião sobre o Roger. Não tem experiência e não mostrou nada novo no Grêmio, único time grande que dirigiu. Talvez o seu mérito tenha sido fazer o time jogar com entusiasmo, a mesma bola que sempre jogou, estilo uruguaio e paraguaio. É bom dar uma chance pra ele porque o que faltou no Galo este ano foi vontade e comando forte.
Continuo minha campanha: FORA NEPOMUCENO!!!!!!! AQUI É 9ALO, P....!!!! Não é lugar de brincadeira. TCHAU QUERIDA!!!!
Minha campanha iniciou foi após saber que desde o fatídico jogo contra o florC, ele estava descontente com o trabalho do MO. E quando o caldo entornou, leia Coxa, ele veio a público dizer que a brincadeira acabou. Mas não, deixou continuar, do contrário mandava o MO embora. Brincou de novo e tomamos de 3 do Grêmio. Ou seja, foi fraco e não teve personalidade para mandar o MO embora. VÁ COM DEUS!!!! FORA NEPOMUCENO!!!!!
Bom dia, Eduardo. Como sempre, você foi cirúrgico. E há coisas mais a considerar. Realmente preocupa a situação do presidente ao assumir uma Secretaria de Governo, ainda que municipal. BH é a terceira maior capital do país e não pode ser tocada à meia vela. Vai ocupar muito tempo do secretário e, por conseguinte vai sobrar menos tempo para o Galo. Ainda mais que o Kalil já disse: "Se não trabalhar cai". Ora, como ele precisa ocupar o cargo "porque tem contas para pagar", presume-se que ele terá muita dedicação à Secretaria de Desenvolvimento e o Galo vai ficar em segundo plano, dirigido, talvez por um outro diretor, com pitacos do presidente. Ora, quem é que consegue fazer algo direito com outro dando palpites? Resultado: O Galo vai dançar, de novo. Quanto ao assunto Copa da Flórida, eu já expus aqui mesmo minha opinião. Time misto, sem os que sejam considerados titulares. Entre os jogadores que passaram o ano no chinelinho, os que estão voltando de empréstimo e aqueles que até agora não disseram a que vieram, dá para formar um time, que se bem dirigido e exigido, não vai fazer feio em lugar nenhum. O que faltou no Galo neste ano foi comando. O time ficou largado na mão de técnicos e jogadores, sem cobrança, sem um dirigente supervisionando e exigindo correção dascoisas erradas, principalmente a apatia generalizada do plantel. A pseudo cobrança só apareceu depois do jogo em Curitiba e para nossa surpresa descobrimos que até então, tudo era brincadeira. Brincadeira de milhões de Reais. O presidente é muito novo realmente, mas, não precisava brincar tanto. Brincar com dinheiro alheio, brincar com o sentimento de milhões de pessoas que até então nele confiavam. Será que na prefeitura ele vai trabalhar sério? Voltando ao mais importante que é o time do Galo. Essa equipe mista que for para a Flórida, na volta poderá ser preparada para o Campeonato Mineiro e a Primeira Liga. Já disse aqui que um time misto do Atlético, pelo menos considerando a folha de pagamento é melhor do que qualquer time do mineiro e melhor que os da maioria da Primeira Liga. Eu não acredito no Roger. Nunca vi e nem ouvi nada de importante que ele tenha feito no futebol. Dizer que ele armou esse time do Grêmio é demonstrar ignorância quanto à história dos gaúchos. O Grêmio, desde a primeira partida que ele jogou contra o Galo há mais de sessenta anos e ganhou de 4x0, nunca jogou diferente disso que joga hoje. É, talvez, o time mais previsível que eu já vi em toda a minha vida. Não varia nunca, nunca, nunca. Pois, bem, se o Roger prestar para alguma coisa, talvez ele consiga fazer esse time misto entrar em campo e jogar. Jogar com vontade, com determinação, demonstrando respeito pelo clube e torcida e interesse pelo resultado. Se ele conseguir isso, já será um herói. Os aclamados como titulares, que nesse "melhor elenco do Brasil" não passam de 14, devem ficar exclusivamente para a Libertadores, com alguns reservas para completar o banco. AQUI É GALO. Acordado e lúcido.