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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

ESTAMOS VIVENDO O MELHOR GALO DE TODOS OS TEMPOS?

Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012

Se você fizer essa pergunta para o meu amigo e co-fundador do Movimento Renova Galo Beto Caldeira certamente a resposta será um belo e sonoro sim. E ele, emendaria com uma sugestão que beira mais para um conselho: “Vamos aproveitar!” Afinal, o Galo já conquistou dois títulos nessa temporada e estamos apenas no começo de abril. “Este 2022 promete. ObriGALO, meu Deus”, não é mesmo Beto?

Dizem que se conselho fosse bom deveria ser vendido. Mas, vou explorar essa dica desse visceral atleticano para falar sobre a relação do torcedor alvinegro com esse momento mágico do Glorioso. E para isso começo fazendo minhas, as palavras de outo galista apaixonado, o também amigo Marcos Boaventura.

“O Galo ganhou do Tolima porque jogou pelo resultado e não para dar show. Isso é Libertadores. Não tem VAR na 1a. fase, mas tem latinha de tônica jogada no adversário. Tem cusparada, empurrão, cotovelada, copo de urina e falta de critérios. É LIBERTADORES, meus caros! Experiência não se compra na feira.

Aguentar tudo isso e superar em nome da Glória Eterna é o significado de “ser cascudo”. O objetivo era segurar o ímpeto inicial do Tolima, marcar bem, ganhar o meio para eles não criarem, deixar o tempo passar e sair só na boa com base na melhor individualidade. Galo soube se fechar para não correr riscos desnecessários. Arrumar correria ali seria mau negócio.

O Galo é cascudo porque sabe sofrer quando tem que sofrer. Passamos apertos sim. Estávamos mal escalados? Talvez. Mas não sofremos na bola aérea. Notaram isso? Jogo para Godin e não Nathan Silva porque a bola não pode queimar nos pés dos zagueiros. Eles, os adversários, são rápidos.

Após o clássico e uma viagem complicada, foi um resultado bom. Não era preciso ser brilhante. O importante era ganhar. Tolima, como sempre perde muitas oportunidades, mas isso é problema deles. Não é porque foi contra o Galo. Eles são assim: pecam por não serem efetivos.  Everson saiu 2 vezes nos pés de Plata, abafando a bola. Fez uma ponte linda num chute venenoso do Hernandez.

E Alonso foi empurrado pelas costas dentro da área e o juiz não marcou nada. Aquele Michael Rangel do Tolima parece ser um bom jogador. Os melhores do jogo foram em minha opinião Everson e Nacho Fernandes.

É por essas e outras que outros times irão sofrer sem obter êxito. Mas só experiência não ganha jogo. Barcelona de Guayaquil, por exemplo, quase todo ano está na Libertadores, mas não passa da 1a. fase.

A fórmula do sucesso é uma só: Experiência + Qualidade + Planejamento”

Sábias palavras. E ainda que você discorde do Boaventura aqui ou ali, não pode deixar de considerar que este momento histórico do Atlético está a exigir do atleticano muita reflexão.

Se de um lado o Atlético tem hoje um time cascudo e que sabe jogar pelo resultado sem se preocupar em dar show, a Massa, por seu turno, tem que aprender a conviver e a torcer por essa equipe que de Galo Doido hoje tem apenas o símbolo sagrado que o inspira, mas não mais o ensandece a ponto de por tudo a perder.

Tão logo acabou o jogo do Atlético na Colômbia contra o Tolima, deparei-me em minhas redes sociais com um post que ratifica tudo isso:

“Paciência, repertório, frieza! Adoro essas coisas! O Galo nunca teve este estilo… e, consequentemente, pagamos caro. ‘Tamos’ conhecendo devagar como é por o êmulo na roda.”

Sanguíneo como qualquer atleticano de raiz, o também amigo e companheiro de tantas lidas e brigas pelo Atlético, Luiz Felipe, o Prof. Tolentino, enquanto conversávamos sobre a estreia do Galo na Libertadores, fez-me um alerta que refletia o discernimento de alguém que já é bafejado pela experiência e pelo bom senso.

O atleticano, disse-me ele, precisa ser paciente e entender que o Atlético jogou conforme o adversário e o jogo exigiram dele. Afinal, depois de uma decisão que exigiu muito do time e de uma viagem longa e complicada até Ibagué, na Colômbia, o time atleticano mais uma vez mostrou aquela capacidade absurda de superação e de resiliência, temperada pela imorredoura vontade de vencer e de ser campeão que este Galo dos tempos atuais vem mostrando de montão e venceu um jogo de Libertadores, com toda a sua tipicidade bastante manjada por quem acompanha desde sempre esta que é a maior e mais intensa competição do continente sul-americano.

Se não foi brilhante e nem poderia ter sido em razão dos vários fatores que intervieram no jogo, como cansaço, desfalques, problemas de fisiologia, escalação inédita, etc., o Atlético enfrentou um adversário de qualidade, rápido e intenso, que brigou muito e valorizou mais ainda a vitória alvinegra. Maldição de Ibagué superada e tabus caídos, o Atlético volta ao Brasil sabendo que a caminhada na Libertadores apenas começou. E se 2022 vai ser aquele ano dos sonhos do Beto Caldeira quem viver verá. Mas, ouso dizer que a amostra foi bastante auspiciosa e interessante. 

Vale destacar ainda que a irregularidade é inevitável à práxis humana em qualquer atividade. Ninguém é regular e, tampouco, intenso o tempo todo. Para que os períodos de alta performance de qualquer jogador, incluindo aqui os craques diferenciados, sejam mais prolongados e mais frequentes é preciso que clube, atletas e todos aqueles que fazem parte da vida e do entorno profissional do jogador cuidem de sua carreira harmonicamente dentro e fora de campo. E muitas vezes alguém ou todos falham feio nessa missão.

Assim, cobrar, por exemplo, de Nacho intensidade plena o tempo todo é insano e injusto. A comparação de Nacho com qualquer outro jogador também é indevida vez que ninguém é igual a ninguém e cada qual possui características técnicas, táticas, físicas e de personalidade próprias. Isso vale para qualquer outro jogador.

Ah! E se este é o melhor Galo de todos os tempos ainda consigo afirmar. Mas, que tem tudo para ser, eu não tenho duvida nenhuma. Depende, porém…

Por fim, um alerta: daqui em diante Antonio Mohamed vai continuar rodando o elenco jogo após jogo e, por isso, vai surpreender a todos nós muitas outras vezes. Eu sei que ele não tem nenhuma obrigação de me agradar escalando esse ou deixando de fora aquele. Eu sei, também, que ele tem, conforme o jogo, o momento e a fisiologia, que escalar o melhor Atlético que ele puder. E você? O que você sabe?

12 thoughts to “ESTAMOS VIVENDO O MELHOR GALO DE TODOS OS TEMPOS?”

  1. Caro Ernest,

    Apenas especulações. Nada oficial. Rabello por Tchê Tchê? Pode ser uma boa. Independentemente de qualquer outra coisa o Atlético até o final da temporada deverá contratar zagueiros.

    Alonso será devolvido. Rever e Godin flertando com o final de carreira. E que sobra? É muito pouco. Rabello tem momentos que entra e joga bem. Tem outros que a lentidão e o peso corpóreo complicam.

    Saudações atleticanas.

  2. perfeito!!! a torcida não pode cair nesse conto como tantas outras, o time não vai jogar sempre maravilhosamente, e principalmente NÃO vai ganhar campeonatos todos os anos, precisamos aproveitar esse momento, e quando o time precisar “e vai precisar” ter total apoio, e quando um jogar as vezes jogar abaixo do nivel que sabemos que ele joga dar força, essa cobrança em cima da Nacho é brincadeira… o cara foi campeão de tudo no River, veio para o galo e foi campeão de tudo, e tem gente reclamando que o cara ta sem intensidade, me ajuda ai… jogadores são seres humanos…. pergunta a torcida do river se querem ele de volta… Vamos torcida do galo confiar no time, ja demonstram mais de uma vez que merecem a nossa confiança! e como disse o final do texto… e vc?? o que vc sabe??

  3. Bom dia, todos! Ótimo texto e o segredo do Galo para a temporada será essa citada por vc., “rodar o elenco”. Imagino que contra o Inter teremos três alterações em relação ao jogo contra o Tolima. Isso não quer dizer que quem sair não será mais aproveitado, pelo contrário. Se esse rodízio der certo chegaremos ao final do ano bem fisicamente. Outro detalhe, exigem do Nacho que ele seja um craque de bola de nível europeu. Ele nunca foi isso, mas sempre teve papel de destaque na maioria dos jogos, como nos últimos dois. Por fim, Ótima a ideia do Turco em colocar o Rubens no final da última partida com a vitória assegurada. O garoto vai ganhando confiança e parece que vai vingar.

  4. Bom dia!
    O time que me encantou para sempre foi o de Cerezo, Reinaldo e Cia. Porém a melhor seleção montada pelo Galo é a atual.
    Estou começando a gostar do jeito surpreendente de El Turco. Gostei muito quando ele ousou colocar em campo o garoto Rubens num jogo de estreia da Libertadores e fora de casa.
    O time não precisa ser brilhante sempre, mas sendo frio e cirúrgico como tem sido, está de bom tamanho.

  5. Bom dia! Mesmo com a vitoria, tem comentarista de outros estados dizendo que nao gostaram da atuacao do Galo, ninguem comentou a dificuldade e o cansaco para chegar em Ibague!Grande vitoria e que seje sempre assim, se nao mostrar grande futebol, mas que vença e o que queremos!

  6. Bom dia Masa e Guru

    Olha a soberba gente! Sim, um grito de alerta para aqueles que ainda acharam defeitos na nossa vitória na liberta. Houve falhas? Algum jogador comprometeu? Talvez sim, mas no todo o que valeu foi o resultado.
    A imprensa do eixo, está babando pelo Palmeiras pela vitória diante do poderosíssimo time da Venezuela, e só não estão babando tb o flameda, por que o cabaré lá está pegando fogo. Não tenham dúvidas, enfrentamos o adversário mais perigoso da rodada e ainda tem nego criticando.
    Aliás, aproveitando a oportunidade, para aqueles que estão achando ruim termos Nacho Fernandes no time, desafio a me apontarem outro jogador que não o Bruxo, que tenha sido melhor do que ele.
    E Só para lembrar, vou listar alguns jogadores que já passaram pela posição e não deixaram saudades: Cardenas, Renan Ribeiro, Rodrigo Fabri, Tcho, Lúcio Flávio Tucho.
    Alguém ai está com saudades?

  7. Prezado Eduardo, ótimo dia

    Em relação ao último parágrafo sobre rodar o elenco, eu particularmente sou favorável, isso fortalece o time e tira da zona de conforto alguns que se consideram “imexível” fazendo que a concorrência pela vaga no time titular tenha uma disputa saudável. E temos ainda que pensar que até o final do ano será uma maratona de jogos.

  8. Bom dia!!!

    Prezado Max, está sabendo sobre a possível saída de Igor Rabello?

    Igor Rabello teria proposta de contratação pelo São Paulo, segundo noticiário da imprensa que também deu conta de interesse mútuo na renovação de contrato do atleta e do CAM. O empresário do jogador estaria mais inclinado à proposta do Tricolor Paulista.

    O zagueiro, de 26 anos, chegou ao Galo em 2019 em investimentos de 13 milhões de Reais por 70% dos direitos econômicos junto ao Botafogo, agora SAF. O contrato de Rabello termina em dezembro.

    O Galo conta com cinco zagueiros principais: Réver, Godín, Alonso, Natan e Rabello.

    Júnior Alonso está emprestado até o final do ano quando será devolvido. Réver (37) e Godín (36) estão com idade alta e mais cedo ou mais tarde terão que sair. Natan (24) pode sair na próxima janela.

    Olhando o quadro defensivo atleticano, a linha de zagueiros está no limite, a despeito de o elenco contar com mais dois jovens zagueiros, Micael (21) e Vítor Mendes (23), que ainda não estariam prontos ou não foram devidamente testados.

    Há uma informação que Tchê Tchê, que é jogador do São Paulo, pode estar envolvido na negociação de Igor Rabello.

    Tchê Tchê tem contrato de empréstimo no Galo até 31 de maio e segundo a boca miúda o Atlético não irá exercer os direitos econômicos do atleta que, portanto, estaria de saída.

    Uma troca simples de Rabello com Tchê Tchê, pelo contexto geral, não seria uma boa para o Atlético, assim como não seria a venda isolada do zagueiro para o São Paulo pelo desfalque no elenco, ainda mais na presente temporada que está fisicamente muito puxada.

    Rabello pode fazer muita falta no restante da temporada. Ano passado, quando foi chamado a atuar nos jogos finais do BR21 e CB21, atuou muito bem e foi muito importante nessas conquistas.

    Fosse eu Diretor de Futebol do Atlético tentaria convencer a Direção do CAM na não liberação do zagueiro.

    E sobre a compra de Tchê Tchê pelo Atlético?

    Tecnicamente, Tchê Tchê é bom jogador e está encaixado no Atlético, a despeito da birra de grande parte da Torcida com o jogador.

    É preciso analisar esse negócio diante da capacidade financeira do Atlético.

    Além disso, é preciso sopesar a idade do atleta, de 29 anos de idade.

    Compensa como negócio?

    Olhando o restante puxado da temporada, em termos de elenco, melhor seria que Alonso e Tchê Tchê ficassem.

    Mas…

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