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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Clássico em revista

Paulo Peixoto

Vencer o clássico contra o maior rival estadual é sempre muito bom, não só pela rivalidade em si, mas por tudo o que ela representa após a disputa, como a tranquilidade que treinador e elenco do time vencedor terão para seguir na temporada.

Apesar da vitória, o time não foi o Galo que quase sempre domina e se impõe. Vencemos bem porque temos elenco muito superior ao do rival. Isso ficou bem perceptível. Os smurfs foram bem tecnicamente em dois terços do primeiro tempo, até o primeiro gol do Galo. Depois disso eles sentiram. É difícil encarar Hulk, Nacho e cia.

Mas o Galo não se impôs, como eu imaginava. Por isso acho importante revisitar o jogo de sábado para tentar entender o que ocorreu.

O Galo teve menos posse de bola desde o primeiro tempo. Foi intencional? Acho que sim, porque o Galo sempre facilitou a saída de bola deles, impediu que contra-atacassem e permitiu os avanços porque sabia que errariam e sobraria espaço. Isso de fato aconteceu, desde o começo. Não nos esqueçamos que Hulk teve a primeira chance aos 3min de jogo. Mas ainda assim acho que o Galo não esperava tanto do rival.

O sinal disso, no meu entendimento, foi dado por Arana no intervalo da partida, quando ele disse em entrevista que o time de Antonio Mohamed estava “nervoso e pouco concentrado”. Isso me leva a concluir que o time foi surpreendido com o futebol smurf.

Imagino a carga emocional para os jogadores diante das inúmeras pressões que eles sofreram para não perder de jeito nenhum a partida. Não é fácil suportar, ainda mais quando se trata do Galo multicampeão que, na teoria, deve vencer sempre os adversários inferiorizados tecnicamente, especialmente os da série B.

Apesar de entender esse desgaste emocional, achei que poderíamos e deveríamos ter tido melhor desempenho no jogo, mesmo sabendo (ou devendo saber) que o rival tem um time competitivo, bem organizado e que daria trabalho.

Sabíamos que os Smurfs poderiam deixar muitos espaços, e deixaram. Ainda assim o Galo teve dificuldades de sair para o jogo de forma organizada. A primeira jogada bem trabalhada foi justamente a do primeiro gol, quando Nacho e Zaracho triangularam com Hulk a jogada pelo lado direito.

Faltou, e muito, esse tipo de trabalho ao longo de toda a partida. Isso, pra mim, explica não termos tido maior posse de bola. Isso também foi intencional ou não? Não sei dizer. Mas a carga emocional no clássico deve, sim, ser considerada.

Ao fim da partida, o mesmo Arana deu outra explicação sobre a partida: “Temos um time cascudo que sabe o momento de sofrer, de atacar e de ganhar o jogo”.

Será que é isso mesmo? Pode ser que sim. Nesse caso, a primeira explicação perde um pouco a força, embora não o sentido real. Se o time é cascudo, ele, então, está preparado para tudo. Logo, não haveria motivos para o Galo ficar nervoso.

Amanhã o Galo estreia na Libertadores-2022 e, no domingo, vai começar o enduro do Brasileirão. Vamos cada vez mais enfrentar adversários que sabem como o Galo joga. Vão dificultar ao máximo.

O sarrafo vai subir mais e vamos precisar de muitas alternativas de jogo para vencer esses adversários mais bem qualificados.

Por outro lado, a reflexão me leva a considerar também que nem sempre é possível jogar bem –vide a final com o Coelho no ano passado. E é nessa hora que entra em campo a qualidade do elenco, capaz de fazer a diferença a qualquer instante. No sábado foi assim. Hulk, Nacho e Ademir fizeram a diferença nos lances capitais.

Até por isso cabe outra observação: por que o Galo tirou o pé do acelerador após o terceiro gol? Eu fiquei invocado, porque achava que caberia mais gols. Mas ainda durante a partida entendi que Mohamed vai preservar o time diante da maratona que teremos pela frente até novembro, com jogos a cada três ou quatro dias.

O time já está na estrada para jogar amanhã contra o Tolima, na Colombia, pela Libertadores, e no domingo vai encarar o Internacional pelo Brasileirão, em casa.

É sempre bom lembrar as partidas do Galo de Cuca no ano passado, quando o time administrava o máximo possível os seus jogos por causa do desgaste. E como a turma da fisiologia de Mohamed é a mesma que atuou com Cuca, penso que essa toada será mantida nesta temporada.

Resumindo, então: mesmo não dominando o clássico, o Galo superou o rival com certa facilidade pelo seu elenco muito bom. E caberia mais gols. Penso que seguimos no bom caminho, mas achando que esse time deve melhorar muito mais.

Parabéns, Galo tricampeão!

12 thoughts to “Clássico em revista”

  1. GANHAMOS O QUE PRECISA FAZER PARA CONQUISTAR TODOS, UMA GOLEADA, SINCERAMENTE O GALO JOGOU PARA GANHAR SEM HUMILHAR, TEMPOS DIFERENTES, VALEI QUE O TITULO ERA NOSSO, GANHAMOS.

  2. Como foi bom voltar a um clássico meio a meio! A Massa foi maior de novo e a torcida simpatizante ficou calada o jogo todo, resolvendo cantar só no finalzinho…bem, partindo deles é um baita avanço, já que historicamente a torcida deles é bem fraca no coro.
    Lendo o blog de hoje e os comentários fico me perguntando se nós como seres humanos não somos exigentes demais e ingratos, nunca estamos satisfeitos com nada. O Galo foi campeão de quase tudo ano passado, estamos prestes a ter um estádio nosso. Esse ano já ganhamos dois títulos, um no Flamengo e outro no Cruzeiro, esse com duas vitórias. O Cruzeiro está na série B há três anos e nossa diferença pra eles é abismal no momento.
    Se nos contassem esse cenário alguns anos atrás, iríamos achar o relator utópico e sonhador.
    Temos um timaço, nem me lembro a última vez que perdemos no Mineirão.
    Claro que eu quero mais, a Libertadores principalmente esse ano. Mas vamos festejar e comemorar essa fase, é histórica e raramente acontece pra qualquer clube!

  3. Boa tarde amigos do Galo. Foram dois jogos contra o CSA e tomamos dois gols de cabeça, no jogo do título, o jogador adversário estava praticamente sozinho no meio da pequena área. Como temos uma zaga de boa estatura e que teve a escalação alterada entre um jogo e outro, acredito que a falha seja de posicionamento. Aliás, no jogo do título, ficou evidente que o futebol apresentado pelo Galo do El Turco, está longe de ser o futebol que o torcedor espera e que este elenco pode e deve apresentar. Não sei porque, mas acho que o Galo de hoje está mais dependente do futebol do Hulk.

  4. boa tarde Eduardo e massa e Paulo Peixoto. ótimo texto. o galo de EL turco não tem nada a ver com o galo que era comandado por cuca. a saída da bola ficou num deus nos acuda o meio do campo não marca com nacho de titular fica lento a marcação. sorte nossa que temos o incrível Hulk se não a casa ias cair contra as cabulosas. olha a intensidade que o time das caloteiras tem parece que jogavam a 500 por hora enquanto o galo a 20 por hora já teve tempo para o EL Turco arrumar isto.agora a onça vai beber água jogos difícil e pedreiras pela frente o primeiro é amanhã contra o Tolima.otima semana a todos amigalos. vai galoooooooooo.

  5. Primeira análise sensata que vejo desde sábado. Pela disparidade dos times, queríamos um Galo que sufocasse o rival do início ao fim. Que não desse a bola de forma alguma pro adversário, que marcasse em cima o tempo todo. E nao foi o que vimos. O Cinzeiro teve maior posse de bola, conseguia sair de trás várias vezes (errou outras tantas), mas o Galo não conseguiu sair jogando (mtos chutões e lançamentos do goleiro). Isso precisa ser revisto. Lógico q prefiro que o time vença (msm jogando mal) mas pelo material humano q temos não deveria ter ocorrido assim. Deveria ter amassado, feito 4, 5…6 gols, ou pelo menos não ter deixado o rival jogar. Sei tbm que é clássico, as coisas se equivalem (qnts vezes tivemos times piores e ganhamos deles?!), mas precisamos melhorar.

  6. Bom dia!!!

    Caro Peixoto, a minha sensação foi a mesma em relação ao seu comentário: O Galo rendeu menos que poderia no jogo contra o CSA-MG, agora SAF de fato, ainda não de direito.

    Sobre o gol do CSA, em mais um gol tomado pelo alto pelo Atlético, mais a vez o time falhou feio.

    O que se viu, novamente, foram os atacantes adversários (3) subirem livres e de frente para a meta defendida por Everson, numa marcação de novo equivocada.

    Num gol de escanteio tomado a culpa não é somente da defesa, mas sim do sistema defensivo do qual participam todos os jogadores.

    O Turco precisa afinar isso, como também dar um jeito de eliminar o buraco ainda existente no meio-campo que tem permitido a construção ofensiva dos adversários, mesmo que de times tecnicamente inferiores.

    Agora, um detalhe: um jogo final não é jogado, mas vencido. E foi o que o Galo do Turco fez.

    Então, parabéns Mohamed por escalar bem e substituir melhor ainda na partida.

    E o Galo ganhou e isso é o que importa numa final.

    Vamo que vamo!!!

  7. “Numa equipe não existe “eu”; mas na vitória, existe”. Esta frase, atribuída a Michael Jordan (acho que não preciso explicar quem é), separa o grande grupo do grande grupo campeão. Não existe um coletivo forte e vencedor sem individualidades que decidem na hora que se precisa delas. Atualmente, e felizmente, temos os dois!

  8. Bom dia Massa, Paulo e Guru

    Antigamente nosso time era muita transpiração e pouca inspiração e hoje graças ao nosso elenco cascudo e ciente de sua capacidade, sabemos administrar qualquer partida.
    Foi nítido que nossos jogadores se pouparam depois da fatura fechada e prova disso foi o gol que sofremos por pura falta de concentração.
    Afinal de contas, como dizia o filosofo contemporâneo R10, quando tá valendo, tá valendo e nosso objetivo maior se iniciará amanhã.
    Quanto ao jogo contra o ex rival, só tenho uma frase : não adianta acender vela pra defunto que não presta.

  9. Os jogadores que entraram no segundo tempo como Otávio e Sasha, entraram muito mal e erraram muitos passes. Ao meu ver, o elenco é forte, só que é desequilibrado. Temos 50 pontas e só 1 centroavante. Temos 40 volantes.e apenas 1 lateral direito de qualidade. Não tivemos posse de bola, pq o Allan lançou para o Hulk fazer Pivô, o jogo inteiro, mas ele não é centroavante, então a bola bateu e voltou.

  10. Bom dia.
    O GALO GANHOU. Ponto.
    Amanhã teremos novo confronto. Começa nova caminhada, que a meu entender, é o objetivo do galo esse ano. Tomara. Mas temos que Tb desejar as demais competições, pq representa títulos e valores de premiação, que é muito.importante ao galo.
    Teremos um trabalho hérculo pelo frente, mas se não temos hércules, temos HLK,HULK,HULK .
    Vai galooooo.
    Antes que eu me esqueça
    CHUPA MARIA.

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