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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Bom 2021 sonhando com o time ideal

Coube ao amiGalo Max Pereira, por ser sua sexta-feira, a missão de saudar aos Atleticanos no primeiro dia do ano. E o fez de maneira brilhante, qual entre nós não gostaria de escalar seu time de todos os tempos atuando juntos. As escalações, naturalmente, seriam diferentes, mas a paixão Atleticana de cada um entre nós seria a mesma que carregamos por toda a vida.

Eu, a cada momento que sou chamado a escalar minha seleção entre todos aqueles que vi jogar, passo dificuldade. Até porque, acho injusto não escalar alguns que não vi atuando, mas que a história me sugere que não podem ficar de fora, como Zé do Monte, Guará, Kafunga (tive o privilégio de boas prosas com o mestre), Mexicano e tantos outros.

Começaria sofrendo pela escolha do goleiro. Renato, João Leite, Taffarel e Victor. Vi cada proeza destes que menciono, que a escolha de um apenas me deixa constrangido. Na lateral direita, escalaria Nelinho, apesar de muitos bons outros que vi por aqui, como Getúlio e Humberto Ramos. Do lado esquerdo da defesa, além de Cincunegui, tivemos Oldair – na mesma ocasião –e ainda Dedé e Paulo Roberto Prestes.

No miolo da zaga, setor que nos últimos tempos e inclusive agora, estamos muito vulneráveis, existiram grandes jogadores. Oliveira, Luizinho, Otamendi, Rever e Leo Silva – nos idos de 2012 a 2014 -, Osmar Guarnelli, Batista, Vantuir estão na minha primeira lembrança.

Volantes como Vanderlei, Cerezo – apesar de tudo – Pierre, Donizete, Elzo e Danival encantaram o olhar deste Atleticano em diversos jogos pelo Galo. Na ponta direita, pelo que vi, Buião, Vaguinho e Ronaldo – quase que simultaneamente – foram os destaques daquele lado do campo. Pois bem, como se percebe, nessas oito posições que destaquei, tivemos muitos excelentes jogadores.

Fica, portanto, muito difícil escolher esse ou aquele para uma eventual seleção de todos os tempos. Ainda existem muitos outros como Dario, Lola, Spencer, Marcelo, Paulo Isidoro, Edvaldo, Grapete, Tardelli que ainda está por aqui e muito mais. Tivesse qualquer que fossem as escolhas atuando ao mesmo tempo, seria um sonho.

Ah! Escalei oito posições e ficaram faltando três, todas na linha de frente. Essa eu, mesmo reconhecendo que muitos outros nomes mereciam ser lembrados, não tenho receio de apontar. Ronaldinho, Reinaldo e Eder. Tive o privilégio de ver todos atuando em grande estilo.

R10 chegou e mudou o astral depressivo do Atleticano por anos seguidos de injustiças e títulos perdidos, desde a “mão grande” até a vacilos inaceitáveis do nosso próprio time. Devolveu-nos a autoestima e conquistamos títulos importantes como a Libertadores, Recopa e Copa do Brasil.

Já Reinaldo, a meu juízo, o maior entre todos aqueles que vi jogar foi covardemente caçado dentro e fora de campo. Por zagueiros impiedosos, alguns contando com a complacência de sopradores de apito, que abreviaram a carreira do jogador Atleticano. Fora de campo, desde ações políticas do regime da ocasião até – como consequência disso – punições da CBF ao atleta e ao Galo. Uma covardia.

Já Eder Aleixo, que antes de chegar ao Galo – numa troca por Paulo Isidoro – havia passado pelo América e Grêmio, até hoje é lembrado pela sua qualidade em campo e seu potente chute às redes adversárias. Uma das grandes lembranças que trago na memória era o grito de “qualquer um”, quando tinha uma falta a favor do Galo e além dele contávamos com Nelinho.

Em tempo: Minha confessa preferência, ainda que subliminarmente, onde existem muitos estão confessadas nos primeiros nomes mencionados. Cada um tem seus escolhidos e merecem nosso respeito. Com isso, brindemos o ano de 2021, na esperança que o Galo volte a mostrar o mesmo futebol que já encantou ao Brasil e ao mundo, como quase sugeriu no início da atual competição ainda em andamento.

16 thoughts to “Bom 2021 sonhando com o time ideal”

  1. Vacilou a direcao do Galo por duas vezes em relacao ao rival: primeiro ao promover um foguetorio no dia em que se completou 1 ano de queda do mesmo – o que lhes passou um enorme recibo. Sem desculpa e municao para os adversarios encherem o saco. A outra foi hoje com esta mensagem pare eles parabenizando pelo centenario. Quer dizer … desnecessario … tiro no pe’. Devem se lembrar que futebol nao e’ inimizade, nem odio, mas e’ rivalidade. Estas duas atitudes foram, para mim, infelizes.

    1. Com todo respeito, mas ouso discordar. A primeira, foguetório, foi deplorável. Registrei sobre isso no ultimo dia 24 em texto aqui no blog.
      Quanto a mensagem do Centenário, ao que vi, foi sincera e exaltou a data do rival. São farinhas de sacos diferentes, a meu juízo, sinais da niva gestão no Galo.
      Em nada se parecem as duas situações, ao contrário, a de hoje demonstra urbanidade e civilidade.
      É como penso, respeitando sempre o contraditório.

  2. Oi Eduardo e Amigos, boa tarde!

    Bons e velhos tempos que não voltam mais.

    Não sei o que aconteceu, mas a safra de jogadores craques e diferenciados não existe mais.

    Em tempo: O Galo está treinando???

    Saudações Alvinegras,

  3. As outras modalidades esportivas possuem planejamento de longo prazo. Geralmente, o mesmo técnico treina os atletas por anos seguidos. Se não houver nada grave, treinam até a próxima olimpíada. O futebol nacional seguiu outro caminho. Uma analogia: o futebol brasileiro se tornou a mesma coisa que os produtos eletroeletrônicos americanos. Tudo o que foi feito até os anos 70 foi feito para durar. Muitos funcionam até hoje (eletrônicos). A partir dos anos 80, começaram a ser feitos para não durar. Para que o consumidor pudesse trocar de tempos em tempos. O critério deixou de ser a excelência do produto e se tornou o fluxo de ingresso financeiro para a marca. A marca deixa de adquirir excelência pela excelência dos produtos e passa a adquiri-la pelo marketing (ilusoriamente). O ex-beatle George Harrison até o fim da vida tinha um amplificador de áudio (não de guitarra) em sua sala que é dos anos 60. Agora é do filho e continua funcionando. Não dá manutenção. Uma conhecida marca de computadores e smartphones fez seu nome pela qualidade de seus produtos, que tinham durabilidade indeterminada e não davam erros. Até que resolveu fazer atualizações para “estragar” os modelos antigos, tornando-os lentos. Saiu na imprensa. A filosofia de trabalho hoje é o troca-troca. Porque é melhor mudar? Nem sempre. Não é preciso desfazer do antigo para ter as novas tecnologias. O upgrade está aí para isso. Não só de software. O de hardware também existe. Qual a finalidade do troca-troca? Simples. A mesma de sempre: dinheiro. E a justificativa? A mesma de sempre. A enganadora frase: “todos sairão ganhando”. E ganham mesmo. Assim é no esporte e na política. “Vamos tirar o partido X do poder. Por quê? Porque todos sairão ganhando”. Tudo sempre esteve aí. Um palmo à frente do nariz. Meus votos de 2021 para o Galo são: a persistência (na saúde financeira, com bons administradores) e a consistência (no bom futebol).

  4. Bom dia,

    Para quem quizer amenizar a abstinência de Galo até o dia 11 poderá assistir amanhã as 20h as oitavas de finais do Brasileiro sub20, Atlético-MG x Palmeiras segundo jogo, já que o primeiro em SP ficou de 0 x 0.
    Janeiro será um mês decisivo para nossas pretensões, espero ver nosso galo descansado e bem armado para enfrentar seus oponentes, nessa rodada que não jogamos, veremos a força do Red Bull contra o SP.
    Se bem conheço o SP já está em meia crise, faltando apenas uma derrota no próximo jogo para virar crise total, o treinador que por sinal não toma cartões amarelos durante as partidas do Brasileiro, deverá se a CBF tiver um pingo de honestidade, ser suspenso uns 10 jogos por xingamento e tentativa de agressão ao arbitro na partida contra o Grêmio.
    Terceira desclassificação em mata mata, é só o Galo mirar bem que mata aquele bambi.
    Ontem li a entrevista inteira do nosso vice presidente e não vi nada demais quanto as declarações, apenas que ficou meio bolado por não poder ficar dando pitacos no vestiário e treinos, porém julgo que ele também não goste de ninguém fazer o mesmo no jurídico onde atuava, ficou também chateado quanto ao surto de Covid-19, nisto tem total razão, e demonstra que pensa que este fato pode ser determinante no campeonato contra nós.
    Sempre foi merecedor do respeito do Atleticano e desejamos um breve descanso para quem sabe num futuro retornar numa posição mais merecedora, talves uma presidência.
    Quanto ao presidente novo, desejo que saiba tocar o barco direitinho já que me parece estar neste momento no rumo certo, e não começar a inventar moda só para tentar marcar sua presença.
    Em 2020 a torcida marcou sua força no tocante a erros de contratações e neste momento a mesma deveria também demonstrar sua vontade diante das trocas que estão sendo ventiladas.
    Bom Sábado a todos.

  5. BOM DIA EDUARDO E MASSA ATLETICANA.
    CARO EDUARDO NA LATERAL DIREITA É HUMBERTO MONTEIRO E NÃO HUMBERTO RAMOS .
    H.RAMOS FOI AQUELE EXCELENTE MEIA QUE FEZ UM CRUZAMENTO SOB MEDIDA PARA DARIO , PEITO DE AÇO , PARASSE NO AR
    E DESSE AQUELA CABEÇADA FATAL CONTRA O BOTAFOGO NO GOL DO TÍTULO DE CAMPEÃO BRASILEIRO 1971.

  6. Meu Galo de todos os tempos: Victor, Nelinho, Léo Silva, Luisinho e Paulo Roberto; Zé do Monte, Cerezo e Ronaldinho; Tardelli, Reinaldo e Éder. Técnico: Telê. Acho que cada um tem suas preferências, e a escalação do Galo ideal, em cada caso, tem fatores pessoais, que superam muitas vezes os fatores técnicos. Do time escalado por mim, o único que não vi jogar foi Zé do Monte. Mas as histórias que escutei sobre ele, entrando em campo com um galo nas mãos, de rolé pela cidade em sua Harley, e não aceitando jogar em outro time que não o Galo, sempre povoaram meu imaginário, desde priscas eras, qdo eu era só um garoto. Velloso foi o melhor goleiro que vi com a camisa do Galo, mas Victor o maior. João Leite era mole, um grande frangueiro. A passagem de Taffarel pelo Galo tbm foi repleta de falhas, muitas em momentos decisivos, apesar de ser grande goleiro. Luisinho o melhor zagueiro, Léo Silva, o maior, o mais relevante. E por aí vai. Como dizia um grande sábio: “não tem certo nem errado, todo mundo tem razão, o ponto de vista é que é o ponto da questão!” Bom sábado para todos! SAN

    1. João leite foi um dos maiores pegadores de pênaltis. Se não fosse a incompetência do grande Cerezo e outros, o Galo teria sido campeão em cima do São Paulo. Além disso João Leite foi goleiro de um dos maiores times formados pelo Galo.

  7. Bom dia!!!
    Danival! Como esse nome me trás ótimas lembranças!!!
    O Galo já teve grandes formações no meio campo. Espero que esse jogadores “verdes” e promissores da atualidade no Galo amadureçam logo para nos dar muitas alegrias, não o “ano que vem”.

  8. Edson, Patrick, Felipe Santana, Kanapis, Hernandes, Gutemberg, Bilu, Didira, Neto Berola, Di Santo e Marquinhos. Tecnico: Dudamel. Presidente: Paulo Curi. Esses são os piores jogadores, técnico e presidente que , na minha opinião, vestiram a camisa do Galo.

  9. Bom dia, Eduardo e Canto do Galo!!!

    Minha SeleGalo de todos os tempos:

    Tafarel.

    Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Cincunegui.

    Cerezo, Paulo Isidoro e Ronaldinho Gaúcho.

    Reinaldo, Dário e Éder.

    Técnico: Telê Santana.

    Presidente: Kalil (Pai e Filho).

    1. Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
      A minha seleção do galo dos jogadores que vi jogar é
      TAFAREL, NELINHO, LEONARDO SILVA, DJALMA DIAS E FELIPE. ZE DO MONTE , TONINHO CEREZO E RONALDINHO GAUCHO, BUIAO, REINALDO E EDER.
      HOJE E SEMPRE GALO!

  10. Considerando os que eu vi jogar (após 1976), relaciono como melhores: Taffarel, Getúlio, Luizinho, Otamendi e Arana, Cerezo, Pierre e Danival, Ronaldinho, Reinaldo (o melhor de todos) e Éder.

  11. Bom dia Eduardo, atleticanas e atleticanos que como eu estão contando os dias para que o Galo volte a jogar.

    Faltam 9 dias e o que me preocupa é que o Galo está treinando.

    Quem tem um passado como o que o Max Pereira ontem, e o Guru blogueiro hoje, nos lembram, tem mais é que sentir muito orgulho. Quantos times excelentes e craques capazes de jogar em qualquer time do mundo. Isso que é história.

    Um sábado agradável para todos nós atleticanos.

    E VIVA O GALO, POIS, SEM ELE NÃO HÁ VIDA

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