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Água mole, desta vez, não furou a pedra dura

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Lógico que saí de casa seguro de uma boa vitória e até sonhando com alguma folga no placar para a partida de volta. Entretanto, embora nada disso tenha acontecido, não voltei do Horto – como em outras ocasiões – execrando time, treinador e diretoria. O Galo, infelizmente, não teve competência para furar uma das retrancas mais bem armadas que já pude assistir ao longo dos tempos.

Nem assim, apesar de admitir que faltou qualidade e autoridade para colocar a bola na rede adversária, reconheço que a atuação foi digna das cores e da tradição do nosso time. Os jogadores lutaram muito. A Torcida apoiou do primeiro ao último minuto sem poupar a garganta. Era uma partida diferente, seguramente isso influenciou na dificuldade em furar o bloqueio da Chapecoense.

Como buscávamos vitória e gols, com o passar dos minutos, o enredo tomou rumo da dificuldade. Ainda assim, Torcedores e jogadores continuaram em sintonia. Pela Copa do Brasil, no sistema mata-mata, onde existe saldo de gols, não se disputava três pontos. Daí veio o sufoco e a dramaticidade. Teve quem saísse do estádio reclamando dessa situação, mas senti que a maioria – como eu – gostou de ver uma equipe diferente de tempos recentes.

Thiago Larghi conseguiu remendar o estrago deixado pelo Oswaldo de Oliveira. O time tem variação de jogadas, mas – ainda assim – esbarrou num esquema que tinha nove jogadores do meio de campo para trás e apenas um atacante esperando alguma bola no campo de ataque. Martelamos desde o início e fomos assim até o final do jogo. Nada de sair o gol. Se entrasse uma, seguramente, a porteira se abriria. Mas nada!

Apesar de sair para o Horto confiante, como disse, não me sinto em desconforto. Tenho segurança de que na partida de volta, na casa deste adversário, tudo será diferente. Não posso acreditar que irá outra vez montar um sistema nojento e encardido de retranca como ontem. Até consegui dormir, levantei cedo para cumprir o ritual de postar no blog, diferente – por exemplo – do ano passado, quando entregamos a vaga da Libertadores para a mesma Chape aqui no Horto.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Lá, diferente de ontem, eles também irão buscar o resultado. Ou pensam que vão esperar novo empate para decidir a sorte nas penalidades? Aí, sim, com o time mostrando evolução como estamos percebendo, seguramente temos boas chances de vencer fora de Belo Horizonte. Confiança nunca nos faltou, não seria agora que deixaria de acontecer. Até o jogo de volta pela Copa do Brasil, ainda vamos ter duas partidas fora de casa pelo Brasileiro e a volta com o San Lorenzo pela Sul-Americana. Tempo suficiente para consolidar este crescimento da equipe e buscar o resultado e a próxima fase da competição.

Estou otimista, apesar de ainda perceber algumas situações de incômodo e desconforto. Por exemplo, aquela de rodar a bola e voltar ao campo de defesa ontem, por pouco, criou uma situação de perigo. Luan, que se diga tem errado muitos lançamentos, perdeu a bola e teve de fazer falta. Outra, o que está acontecendo com o preparo físico do Blanco? Toda partida vem sendo substituído, apesar de boas atuações. Patric, o nome da semana, insistiu em inoperantes cruzamentos sobre a área para um seguro goleiro que nada deixava escapar.

Novamente, o Atleticano levou seu apoio, quase vinte mil pagantes outra vez. Foi um grande jogo, apitado por um fraquíssimo juiz do Paraná. Nada a reclamar de sua arbitragem, diferente de algumas que deixam dúvida sobre a intenção desses profissionais. Paulo Roberto Alves Júnior é apenas fraco. Metido a disciplinador, não observava local da infração e ainda permitia a barreira andar por quase um metro. Isso debaixo de seu olhar muito próximo. Talvez inexperiente.

Por fim, acho que o treinador tem feito alterações equivocadas. Não só no jogo de ontem, mas em compromissos recentes também as mudanças colocam em risco o resultado das partidas. Ontem, tirou os dois volantes e entrou com Cazares e Elias, que nada guarda o setor defensivo. Depois, teve de corrigir, colocando seu atual favorito, Galdezani, para jogar. Enfim, não estou deprimido com o resultado. Acredito na vaga e sua conquista em Santa Catarina.

Blogueiro

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  • Espero que Otero entenda que nem tudo pode ser como um chute a gol, que o Atlético arranje dois laterais que prestem, um pra substituir o Patric e outro que possa ser o reserva, deixem o Patric defender o São Paulo. Que o time consiga realizar "o último passe" e realmente podemos sonhar com título ainda nesse ano.

  • GOSTEI, ACHO QUE O TIME ESTÁ EVOLUINDO, ACHO QUE EVOLUI DE FORMA A JOGAR COMO NÓS, ATLETICANOS, GOSTAMOS.
    ESTE TIME VAI NOS DAR MUITA ALEGRIA!!!
    EU ACREDITO DE CORAÇÃO.
    BAIXOU O ESPIRITO DO GALÃO DA MASSA NESTE TIME AGORA, NINGUÉM SEGURA O GALO...
    VAMU QUE VAMU....
    AQUI É GALÔÔÔÔÔÔÔ!!!!!!!!!

  • Boa tarde Eduardo,
    O galo dominou o jogo de ontem, mas faltou mais objetividade no ataque. Quando chegamos na linha de fundo com os laterais, Otero e Roger Guedes os cruzamentos foram ruins. O Gustavo Blanco tem jogado muito bem, mas precisa melhorar nas finalizações. Ontem ele teve duas chances, mas finalizou mal. Esta qualidade Elias é melhor do que ele. O segundo tempo do Otero não foi bom, pouco produtivo. Acho que ele deve variar as batidas de escanteio. Bater alguns mais aberto para aproveitar o cabeceio de L.Silva. Temos todas condições de vencer lá. Estou confiante.

  • boa tarde Eduardo e massa,na minha opinião um péssimo resultado,jogamos bem mais não vencemos,nao conseguimos sair da retranca da chape,alias a equipe do galo tem abrir o olho com este time da chape,la vai ser mais difícil,e o thiago mais uma vez mexeu mau,nao dar chance aos meninos da base e entra com elias e o jagador que veio do Curitiba,reage galo,vai galoooooooooooooooo.

  • Quando entrei no blog já tinha 99 comentários, li os primeiros e não sei se vou repetir alguma coisa aqui, tenha a liberdade de excluir se fui repetitivo.
    Como o blogueiro, sou Atleticano desde sempre, na prática comecei a torcer aos 11 anos, no início de 1970, ano que impedimos o outro lado de ser hexa, comemorei o Brasileiro de 71 insanamente, etc.
    Mas estou chateado é com o andamento do futebol em geral. Até quando veremos times covardes como a Chape de ontem (e talvez domingo contra os porcos)? Por que o futebol não evolui para combater o que pra mim é anti-futebol, um time passar 90 minutos sem se preocupar em atacar (claro que com exceções, ontem o pior em campo foi o Victor, que só pegou uma vez na bola - Patric não esteve em campo e o técnico não viu que naquele lado tinha que ter alguém com mais qualidades, era o mapa da mina).

    Para piorar, a CBFlu, ou CBFla, ou CBFiel, sei lá, ainda tira o gol qualificado, que pelo menos fazia muitos times brigarem mais pelo resultado jogando fora de casa. Aí é que estas M não vão atacar mesmo.

    Sem contar que defendo a alteração do regulamento de todos os campeonatos no Brasil, que colocam o número de vitórias como primeiro critério de desempate, quando a maioria dos países colocam antes delas o saldo e o número de gols. Vejam que se fosse assim no ano passado, Nosso Galo teria ficado na frente desta mesma Chape e iria à sexta Libertadores seguidas, ambos fizeram 54 pontos, o Galo teve 3 gols positivos de saldo , enquanto eles tiveram 2 negativos, mas passaram porque tiveram 15 vitórias e nós só 14. Claro que vitória é importante, mas Abel, Tite, Muricy, Roth e outros aproveitaram esta brecha para entrar em campo para golear por 1x0, podem ver os campeonatos de 2010, 2011 e 2012, por exemplo, é ridículo como um time é campeão com tamanha covardia.

    Isto pode ter começado depois que as belas seleções da Holanda em 1974 e da Brasil em 1982 não conquistaram a taça e depois veio aquela seleção bisonha de 1994, com Zinho enceradeira e tudo, jogando feio, a ganhou. Como podem ver, minha mágoa é com o futebol feio, cheio de volantes de hoje em dia. sou saudosista sim, mas o futebol poderia ser melhor com regras que ajudassem.

  • Olá amigos da bola!

    O problema para a volta contra a Chape, é o sistema de jogo que o Larghi deve implantar...... Fora de casa, provavelmente, deva ser aquele mesmo esquema utilizado contra o todo poderoso Vasco da Gama e contra todos os outros que enfrentamos em terras "inimigas": recuado, com medo, na base do chutão, tomando sufoco tempo todo!.... Aí....... Ninguém aguenta!..... Se atuar dessa maneira, e acredito que tem tudo para ser, podemos dar adeus a classificação.....

    Agora, é como eu sempre digo, se jogar pra frente, vence fácil, principalmente porque lá, os caras vão sair para o jogo e os espaços vão aparecer.

    Outra coisa............ Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar!.....
    O Carlão não está de todo errado!.... Na verdade, o galo ainda não mostrou futebol convincente, reparem que as vitórias são duras, suadas, difíceis....... Nosso ataque não ajuda, tem que aprender a lidar com esse tipo de situação....... A retranca!

    Nossos jogadores, precisam trabalhar a bola com mais velocidade, executar tabelas rápidas na entrada da área, jogar pelas pontas, utilizar os laterais, que eles possam subir, apoiar, ir até a linha de fundo e executar cruzamentos que peguem nossos atacantes de frente pra bola.

    O galo ontem, dificilmente faria gol, tava mais fácil levar! Nossos laterais praticamente não sobem, e quando o fazem, cruzam da intermediária, dessa forma, facilita demais para o goleiro e zagueiros. Por isso o zero a zero............Devido a incompetência, a pouca diversidade de jogadas, a falta de criatividade de de nosso time.

    Pra finalizar,

    Luan continua atuando numa posição que não é a ideal, bom! Pelo menos pra mim! Não que ele esteja mal, no entanto, no ataque ele rende infinitamente mais.

  • No início do ano estabeleci (pra mim mesmo) os objetivos do meu Galão para o ano de 2018: 1- Ganhar o Rural para desestabilizar o adversário nas outras competições (perdemos); 2 - Priorizar a Sulamericana (só times fracos num torneio que dá uma boa grana e uma vaga na Libertadores/19, mas acho difícil fazermos 3 gols na volta); 3 - Ficar em 16º no Brasileirão (faltam 42 pontos em 105 possíveis, ou seja, 40%). Como não tinha (e continuo não tendo) nenhuma esperança nessa Copa do Brasil, não estou decepcionado. Oxalá consigamos logo esses 48 pontos no Brasileirão. Abraços!

  • Estou que nem o Galo diante da Chape. Os técnicos do blog resolveram fazer retranca com meus comentários. Nem mandando aos poucos estou conseguindo. Jogo duro esse.

  • Amigalos, boa tarde
    Penso que jogamos relativamente bem ontem. Existe uma visível evolução do time. Penso que jogos parecidos com o de ontem são resolvidos com pelo menos um jogador diferenciado no time, o que, nem o Galo nem a maioria dos times brasileiros tem.
    Observação para a qual gostaria de receber a opinião dos amigos aqui do blog:
    - A alteração do regulamento da Copa do Brasil, no item referente ao gol qualificado como critério de desempate, aumentou a vantagem de quem joga a segunda partida em casa e faz com que esse time adote um esquema como o da Chapecoense ontem.
    O time visitante perdeu o interesse pelo gol na primeira partida?

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