Famílias; histórias que podem ser diferentes

Família, família. Papai, mamãe, titia. Almoça junto todo dia. Nunca perde essa mania. Família, família. Vovô, vovó, sobrinha (Família, Titãs)

Ainda não inventaram coisa melhor

A melhor parte do dia é acordar minha filha para levá-la à escola. Das 6:00hs às 6:20hs, o quarto dela se transforma no que há de mais próximo do céu. Beijinhos, abraços, cafuné. Se Adão e Eva achavam aquele bosque o Paraíso é porque não tinham uma bonequinha destas para “dengar” tão logo acordassem.

Esta semana almocei na casa de uma família que me é muito querida. Avô, avó, filhos, genros, noras, netos…  bisnetos! Pouca coisa, ou quase nada, me é tão cara na vida quanto a instituição Família. Com todas as imperfeições, conflitos, particularidades, dramas, sou um fã incondicional desta invenção humana.

Toda sexta-feira recebo uma mensagem de Shabat do Rabino Nissim Katri, de Belo Horizonte. São todas sempre muito belas e oportunas,  mas algumas me chamam especial atenção. A de hoje, em um trecho, fala sobre uma pessoa que embarcara em um navio, que seguia a um destino errado, a um porto oposto ao desejado.

Pois bem. Ao perceber que subira a bordo de uma outra embarcação, o viajante não se desespera. Ainda que seu destino fosse outro, imagina que virando a face, rumo contrário, encontrará aquilo que busca. Tolo, não percebe que quanto mais o tempo passa, mais distante acaba ficando do seu porto, ainda que o enxergue de longe.

Não adianta imaginarmos que podemos conviver com o que não é correto, sem deixarmos nos contaminar. Não se brinca na lama sem se sujar a roupa. E aí que o despertar da minha filha, aquele almoço na casa dos amigos, o meu apreço por família e a mensagem do Rabino acabam por fim se encontrando.

Por favor, crianças, prestem atenção:

Às vezes, certas companhias (amigos ou namorados), por um motivo ou por outro — ainda que não proposital ou má fé — acabam os afastando da própria família. Mesmo que pensem ser natural, ser normal da idade, e é! , cada dia que se distanciam dos seus pais e irmãos é um dia que os leva para longe do seu porto de origem.

Tal qual na história do navio, de nada adianta olhar (a família) de longe, pensando assim estar tudo bem. Não imaginem que um simples “oi”, uma mensagem de WhatsApp ou 5 impacientes minutos de conversa sejam o rumo certo da sua embarcação, pois não é. Assim como o buraco é mais em baixo, também o porto é bem mais distante.

Quanto mais tempo se mantiverem afastados, mais longe vocês ficarão de casa. Quanto mais longe de casa, mais frágil a linha que nos mantêm unidos, como família. E, se hoje, tudo isso ainda não lhes faz muito sentido, acreditem, quando um dia forem acordar seus próprios filhos, fará. O problema é que, provavelmente, já será muito tarde para se arrependerem.

Família, garotos! Família.

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5 thoughts to “Famílias; histórias que podem ser diferentes”

  1. Ricardo, muito válida sua mensagem sobre a família, penso o mesmo, e procuro curtir sempre.

    O motivo da minha mensagem (como não tenho seu e-mail direto) é enviar um link para um discurso muito interessante, um dos melhores que já vi. Trata-se da jornalista guatemalteca Gloria Alvarez, detonando com esse pseudo-socialismo-latino-americano (Fidel, Maduro, Lula e cia). O discurso foi feito no 1st Annual Summit in the European Parlament about “Economic Freedom”. Tem uns 10 minutos e acho que vale a pena.

    Versão legendada:

    Versão hd sem legendas:

  2. Acho que como reporter deveria ser mais discreto e não tentar infuenciar as pessoas co suas preferencias partidarias.Tem somente que reoortar os fatos e não fazer campanha eleitoral

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