Sophia, Deborah e o tripé da vida

Quem encontra um amigo, encontra um tesouro. Estas daí acertaram na Mega Sena acumulada. Que façam bom uso do prêmio

Amigas para sempre

Sophia e Deborah são amigas. Na verdade, muito mais que amigas. São espectadoras das vidas de uma e de outra. Estão juntas desde um ano e meio de idade. Sophia hoje está com onze, Deborah com doze. Separadas às vezes, inseparáveis sempre.

Deborah e Sophia são diferentes. Na altura, no peso… na cor! Ambas são geniosas. Uma mais, outra menos. Ainda assim, geniosas. Talvez fruto da personalidade do pai (de uma) e da mãe (da outra). Os que as conhecem — e conhecem os pais — saberão identificar os recíprocos culpados, hehehe.

Este sábado passado foi um dia especial para Deborah e sua família: Há uma data muito importante no judaísmo em que as meninas, ao completarem doze anos, celebram o chamado Bat Mitzvah. Trata-se de uma espécie de passagem da infância para a adolescência, ocasião em que, antigamente, muito antigamente, os pais apresentavam as filhas para a sociedade. Além disso, a data marca a maturidade religiosa da menina.

Como toda celebração de gente do bem, a alegria e o carinho pairavam no ar. Num dia tão especial, dentre tantas homenagens, Sophia escreveu uma cartinha de próprio punho — e com as próprias ideias — e resolveu ler em público para a amiga. Emoção à parte, o que mais me chamou a atenção foi a certeza de que minha filha já aprendeu uma das mais importantes lições da vida: o valor da amizade.

Um indivíduo nasce, cresce e morre “cercado” de (obviamente, além de si mesmo) dos amigos e da família. Juntos, formam uma espécie de tripé onde cada haste precisa da outra. Na falta de alguma, as outras colapsam. Um indivíduo não vive sem amigos, não vive sem família. Uma família não se forma sem indivíduos, assim como a amizade. Ao ampararem-se, tornam-se firmes. Sustentáculos mútuos.

Tenho cinquenta anos e uma penca de amigos. Amigos leais, carinhosos e verdadeiros. Gente que se mistura à minha própria existência. Amigos de quarenta, trinta, vinte, dez, cinco anos de amizade. Companheiros que me completam como indivíduo, e que me tornam melhor em tudo: como pai, filho, irmão, tio…

Mas Sophia e Deborah possuem mais que isso. Certamente, ao chegarem à minha idade, poderão dizer que são amigas — sim, como eu sou de vários dos meus queridos — só que ambas serão amigas de… uma vida! Uma vida inteira; de verdade. Isso é sensacional, quase único. Contarão aos filhos que se conhecem desde sempre e mostrarão fotos quando tinham um ano de idade. Imagem isso!!

Que ambas cresçam felizes, saudáveis e prósperas. Que vivam juntas e plenas a vida! Que dividam as risadas e sequem as lágrimas uma da outra. E que tragam mais amigas para perto de si. E assim, num dos ciclos mais belos da nossa passagem por aqui, formem aquilo que, graças a Deus, me sobra neste mundo: um círculo maravilhoso de amizades verdadeiras.

Parabéns, Deborah, Alexandre e Miriam. Te amo, Tuquinha! E obrigado aos meus queridos amigos.

Vocês todos são demais!

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2 thoughts to “Sophia, Deborah e o tripé da vida”

  1. Ricardo!
    O Brasil está carente, para não dizer falido em amizades verdadeiras.
    Em 1º de janeiro de 2003 o PT lançou a semente do ódio sobre as terras tupiniquins.
    Talvez nunca sejam presos, mas de da justiça de DEUS não escapam.

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