AAE Stress Resilience

10 dicas para reduzir o estresse

Foto: BrainFacts
Daniela Piroli Cabral
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O estresse pode ser definido como uma resposta fisiológica do organismo diante de situações de perigo em que a demanda e o estímulo do ambiente são superiores à capacidade de resposta do organismo. Basicamente, ele gera uma descarga de adrenalina e ativação do sistema nervoso autônomo que produz reações no organismo e desencadeia comportamentos de luta ou fuga, tais como taquicardia, sudorese.

Todos os animais estão sujeitos às reações de estresse, só que, na espécie humana, ele pode ser desencadeado tanto por questões de ordem objetiva quanto de ordem subjetiva.

Assim, todos nós estamos sujeitos à influência direta dos gatilhos do cotidiano tais como trânsito, problemas financeiros, violência, doença, luto, conflitos nos relacionamentos, demandas de trabalho e até mesmo o calor.

A verdade é que também estamos sofremos do estresse de ordem subjetiva. A psicologia usa o termo distresse para definir o estado emocional negativo não gerado por eventos de fato ameaçadores, mas pela antecipação de um futuro ou pela revivescência mental de uma situação antiga, que trazem consequências somáticas prejudiciais ao organismo.

Pode-se dizer que, nos seres humanos, a conexão entre percepção e reação fisiológica é tão forte que podemos desencadear o estresse no organismo apenas imaginando uma situação ameaçadora.

Dessa forma, podemos exaurir o organismo sem jamais entrar em contato com uma ameaça real, sem nem mesmo sair de casa. Nesta perspectiva, situações estressantes para um indivíduo, podem não significar nada para o outro.

Será que estou estressado?

O estresse pode ser classificado como agudo ou crônico (quando há acúmulo de adrenalina no corpo), sendo que os efeitos cumulativos de longo prazo no organismo estão relacionados à redução da imunidade, ao aumento da gordura abdominal, redução do tamanho do hipocampo, ocorrência de infartos, AVCs, quadros de diabetes, úlceras e fibromialgia.

A reação de estresse é uma defesa poderosa e sofisticada na qual os principais sistemas do corpo trabalham em conjunto que nos ajuda a reagir diante de uma emergência e lidar com mudanças.

Para tanto, ela reúne cérebro, glândulas, hormônios, sistema imunológico, coração, sangue e pulmões. Daí, a quantidade de doenças que podem surgir quando ficamos em estresse total. Quando o estresse é cronicamente ativado pode causar danos e acelerar doenças.

Por isso é responsabilidade de cada um cuidar de si, ficando atento ao aparecimento de sintomas tais como irritabilidade, insônia, redução da memória e da capacidade de aprendizado, tensões e dores musculares.

Atualmente, a melhor maneira de lidar com estresse é a preservação de nossa saúde física e mental, o que implica olhar para nosso estilo de vida. Isso envolve o estabelecimento gradual e permanente de novos hábitos baseados na compreensão de como o cérebro e o corpo funcionam.

Comer em excesso, ser sedentário, exagerar no álcool e na cafeína, pular refeições, dormir pouco, não ter momentos de descanso. Tudo isso contribui para o aparecimento do estresse ou interferem na capacidade de enfrenta-lo.

Algumas dicas para enfrentar o estresse no dia a dia são:

  1. pratica regular de atividade física (reduz o acúmulo de adrenalina no organismo);
  2. pratica de meditação e respiração correta para controle do pensamento;
  3. ter momentos de prazer e de relaxamento;
  4. ter uma rotina de sono (dormir não é perda de tempo!);
  5. praticas religiosas e espirituais;
  6. aprender a dizer não e delegar,
  7. buscar alguém pra conversar e desabafar;
  8. evita fazer muitas mudanças de uma só vez;
  9. planejar o trabalho e suas tarefas cotidianas;
  10. se você sentir que o estresse está dominando sua vida, busque auxílio profissional.

Referências:

 

– Gonzalez Rey, Fernando. Personalidade, saúde e modo de vida. São Paulo: Pioneira, 2004.

– McEwen, Bruce; Lasley, Elisabeth Norton. O fim do estresse como nós o conhecemos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

– STRAUB, Richard O. Psicologia da Saúde. Uma abordagem Biopsicossocial. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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