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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Vitórias nos gramados e luto na Atleticanidade

Dias atrás, numa postagem sobre amigos que conquistamos por meio de nossa paixão pelo Galo, mencionei que esse relacionamento tem viés de familiar. Morando em Belo Horizonte desde 1974, coleciono uma legião de amiGalos em mais de quatro décadas. A semana nos tirou dois ilustres Atleticanos. Não era amigo pessoal de Marcelo Reis e tampouco de Vander Lee, embora os conhecesse pela nossa convergência Atleticana.

O cineasta mineiro Marcelo Reis, que partiu prematuramente, aos 33 anos, deixa como legado obras como “No vermelho”, “Aterro”, “Esculacho” e – para nosso deleite – “O imortal do gelo”, dando a dimensão do que aquele momento da história Atleticana representa para a nossa Torcida e para os brasileiros, uma vez que no documentário fica registrada a façanha alvinegra, em que, pela primeira vez, um time brasileiro excursionou na Europa.

Mal recuperávamos do passamento do Marcelo e comemorando a grande vitória sobre o São Paulo, acordamos ontem com a notícia da morte do Vander Lee, aos 50 anos. Outro Atleticano da gema, letrista, cantor e poeta, que em várias de suas composições exaltou o Clube Atlético Mineiro. Destaco, entre essas músicas, “Galo e Cruzeiro”. Tive o privilégio de ouvir esse samba, pela primeira vez, há quase 20 anos, num de seus inúmeros shows no Palácio das Artes.

Merece ser ouvida a gravação abaixo, feita no Bar do Salomão (pelo próprio proprietário) numa de suas passagens por aquela casa genuinamente dominada por Galistas.

A perda de Marcelo Reis e Vander Lee me leva a viajar no tempo. Quantos Atleticanos, com os quais tive o privilégio de conviver, já mudaram de plano. Começo por Vilibaldo Alves, aquele que, como o Mário Henrique anuncia o gol com “caixa”, gritava “adivinhe” e a massa comemorava e Kafunga, com o seu “não tem coré-coré”. |Ambos ensinaram a este blogueiro, ainda adolescente, o que é ser Atleticano.

Além de Vilibaldo e Kafunga, outro que se tornou meu amigo inseparável por muitos anos, foi Roberto Drumond. Assistimos a um número sem fim de jogos juntos. Era meu caroneiro frequente para o Mineirão. Marcava a hora da saída e ainda definia rádio e CD a ser ouvido no carro. Quando perdi minha mãe, em maio de 2002, lá estava Roberto na missa de sétimo dia dela. Dias depois, 21 de junho, era ele quem partia para a eternidade.

Concomitantemente com a lembrança perda de cada um deles, fica aqui a gratidão por ter conhecido e convivido – ainda que brevemente – com Marcelo Reis e Vander Lee em torno dessa nossa paixão, que será sempre eterna. Um dos memes que circulam pelas redes sociais, diz que “Eu não sou Atleticano de coração, porque o coração um dia vai parar de bater. Sou Atleticano de alma, porque esse sentimento vai além da vida”.

Assim foram vocês e assim somos todos nós Atleticanos de verdade.

9 thoughts to “Vitórias nos gramados e luto na Atleticanidade”

  1. “Só faz isso porque meu irmão eu sou Galo e ela é Cruzeiro”…… Grande Vander Lee vai em paz e intercede pelo Galo lá em cima………

  2. De lado paixões do futebol…. meu respeito enorme a Vander Lee e Família, e a todos os atleticanos que sentirão a falta desse genio musical. Ainda bem que a “preta” dele, é Cruzeiro… no mínimo na música…. abraços… e luto não só dos atleticanos, mas nosso, mineiros,amantes da poesia e beleza, num mundo dominado pela mediocridade e feiura!!

  3. Companheiro Magno, não tenho parentes no DM do Galo.
    Não entendi sua colocação ‘como sofremos este ano’… Sofremos sim, com contusões. Isto não é problema do DM. Podemos envolver a Preparação Física, não o DM. O DM cuida. Luanzinho, Vítor, agora Marcos Rocha. Todos voltando antes do prazo. Datolo entra, sai, volta. Não é problema do DM. O que tem de errado com um Departamento que estava há pouco tempo abarrotado e todos foram liberados?… Tenho respeito por sua opinião. Se não pensa como eu, tudo bem… Mas deve repensar seu pensamento a respeito de quem elogia ou critica. Eu não tenho a menor vontade de pensar que você tem algum inimigo no DM do Galo apenas porque acha que ele não funciona…
    Um abraço
    Saudações Atleticanas

  4. Meus sentimentos a todas as famílias dos queridos Atleticanos que se foram e a toda a massa Atleticana enlutada.
    Com todo respeito ao Rubens Bispo não concordo. Vc deve ser parente de alguém do DM do Atlético. É brincadeira o que acontece lá, como sofremos este ano. Tem alguma coisa errada lá.
    AQUI É GALOOO

  5. Quero deixar neste espaço dois registros louvatórios… Um que é já chover no molhado e talvez um pouco deslocado, mas como não tenho (ou não sei ter) acesso a comentários diretos nas crônicas dele, Fred Melo Paiva, nosso grande representante das tardes de sábado… Fred Melo Paiva não é um cronista Atleticano: ele é um escritor genial. Só isso. Genial, genial, genial. Um abraço fraterno, Fred. Você é o cara!
    Vamo, Galo, ser Campeão!
    O outro louvor, mais que devido, vai para o Departamento Médico do Atlético.
    Trabalha bem demais em tempo recorde… Palmas, palmas e palmas.
    A volta (antecipada) do Marcos Rocha é mais um capítulo deste magnífico Departamento.
    Parabéns ao DM, parabéns à Diretoria… Novos tempos. Os tempos são outros.
    Saudações Atleticanas

  6. Meus sentimentos ás famílias,aos fãs dos grandes Marcelo Reis e Vander Lee . E um abraço para toda atoricda atleticana da qual faziam parte com muito entusiasmo Eu soube das notícias tristes .
    É realmente terrível a perda de pessoas tão, queridas, ainda mais quando tão jovens .Não há muito o que dizer ,até porque não há como entender coisas como essas . Resta-nos apoiar quem ficou e refletrimos de alguma maneira sobre o que aconteceu e as nossas vidas .

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