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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Repercussões da resenha com Wright

Evidentemente que não esperava unanimidade na postagem da manhã de hoje, mas os comentários – compreendendo ou questionando – comprovaram que foi interessante levantar o assunto. Aquela arbitragem do José Roberto Wright em 1981 foi seguramente o maior e mais traumático episódio da vida Atleticana, amplificando nossa desconfiança com a CBF e tudo que envolve a entidade. Se antes, já tínhamos um pé atrás, pelo ocorrido em 1977 e 1980 (STJD e Aragão), Wright deixou escancarado que clubes do Rio de Janeiro e São Paulo recebem melhor tratamento da CBF.

Pois bem, ao ter a oportunidade de debater com o maior algoz de nossa centenária história, a intenção foi de manifestar a ele que o Atleticano – do passado e de sempre – jamais deixará de registrar que ao nosso time foram confiscados uma Libertadores e grande possibilidade de um mundial, por aquela infeliz noite. Concomitantemente, como convém (sou profissional do direito e de jornalismo), foi dado o direito ao contraditório. Ou seja, ouvir as partes. Ele deu sua versão, sempre contestada pelo blogueiro. Não seria correto sair no tapa. Era uma entrevista, sequer um debate, quanto mais MMA.

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Fotos: do blogueiro

A maioria dos leitores soube fazer a leitura e alguns poucos questionam por este blogueiro não ter chegado às vias de fato. É como o presidente e o treinador. Contratam e escalam mal, segundo nossa visão de torcedor, mas alguém tem de assumir essa função e missão. A intenção foi e, sempre que acontecer uma oportunidade como essa, será a de debater com o Atleticano sobre nosso time do coração.

Simon, ao contrário de Wright (não por ele, Simon, ter me chamado de velho gagá) não se explicou. Até porque, se no dia seguinte deu entrevista reconhecendo e pedindo desculpas, tem duas versões para o fato. Na mencionada entrevista disse que não teve convicção da penalidade. À “boca miúda”, tempos depois, afirmou que deu vantagem no lance. Ora, nenhuma das justificativas me convence. Ele, na verdade, amarelou, tendo em vista que o Botafogo é do eixo.

Sobre a resenha com o Wright, quero dividir com o leitor duas mensagens recebidas de amigos que me conhecem. Na primeira delas, Carlos Ribas – produtor e diretor de audiovisuais –, registrou: “Bela matéria, grande história, enorme coragem e autocontrole, Fidel. Depois desse seu gesto, sobretudo da foto com o livrinho, acredito que estamos chegando ao final desse ciclo. O definitivo será o documentário sobre o Rei. Desejamos a ele a mais profunda indiferença. Ele já está condenado à prisão perpétua da injúria. Pior que os fatos que lhes impuseram o ódio de milhares vêm se sucedendo. Wright está pior que Jason. Vaso ruim igual ao Maluf. Que fique em paz e nós também. Quero ficar livre desse episódio”.

Já o economista Dirceu Alves Pedrosa, amigo de décadas, enviou outra simpática mensagem. “Du, quem te conhece imagina o sangue frio que teve no encontro. Sei que preferia apanhar do robusto homem, sem deixar de registrar sua indignação. A maneira sutil e delicada que retratou em seu texto a condição do ex-árbitro, só pode ser compreendida mesmo por quem sabe ler e interpretar texto. Te conheço tem quase 40 anos, desde os tempos do combativo e incansável vereador na nossa Araxá até os dias de hoje em que a idade não interfere na sua busca pela justiça e apuração dos fatos. Obrigado pelo texto e por este blog que é a sua cara e porta voz de nossa vida Atleticana”.

Em tempo. Ainda gostaria de fazer o mesmo com Aragão e Simon. Só depende deles.

12 thoughts to “Repercussões da resenha com Wright”

  1. Eduardo, registrar a história é obrigação de todos que lidam com a informação. Propagá-la e não deixar que ela morra, é obrigação de todos. Fazer das injustiças cometidas contra o galo uma marco, para que elas jamais voltem a ocorrer. Não se trata de ser um atleticano maior ou menor, não se trata de exorcizar demônios, nem de “mudar de fase”. O atleticano jovem de hoje, vitorioso, mas sem memória, é muito mais feliz que nós das antigas, que tivemos que engolir sapos e mais sapos através da história. Porém, o espírito guerreiro destes jovens atleticanos não existiria se não fosse pela persistência e amor pelo Galo, que foram forjados combatendo a mais absoluta ilegalidade, a canalhice da dona das comunicações do país, e a bandidagem do STJD, da CBF e da cartolagem que levou o futebol brasileiro ao patamar que ele se encontra há 25 anos. Que a lembrança dos assaltos cometidos através dos tempos contra o Atlético jamais sejam esquecidos, para que não tenhamos outro período obscuro como aquele. A vida imita a arte. Comprove pelo que vem acontecendo no (des) governo do país e no poder judiciário. Há uma clara e manifesta repressão aos direitos de trabalhadores e demais cidadãos. Lembremo-nos do passado e nos indignemos para que nunca mais aconteça toda a desgraça pela qual passou o país por mais de 20 anos.

  2. Eduardo, a gente não faz somente o que gostamos de fazer! Mas eu gostaria de estar no seu lugar nesse dia, pra fazer o que todo atleticano tem vontade. Quebrar a cara desse crápula com um soco bem no meio da boca dele! Nem que saísse algemado de dentro da sede da CBFla/flu

  3. Eduardo,

    Segue uma sugestão de um cântico para toda essa corja:
    Ei cbf VTC, ei rede globo VTC, ei bandeirantes VTC, sportv VTC, espn VTC, imprensa parcial VTC…
    Se esqueci de alguém é só completar.

    Abraço!

  4. Para pensar, para refletir com bastante calma , limpem a mente de tudo e acompanhem com atenção :
    Jogos do américa no Independência : Empatou com GRÊMIO e CRUZEIRO.
    Venceu : SANTOS, INTERNACIONAL, BOTAFOGO, ATLETICO PARANAENSE . E, agora há pouco, SÃO PAULO.
    TODOS TIMES GRANDES, EXCESSÃO DE ATLETICO PR E BOTA QUE SAO DA PRATELEIRA INTERMEDIÁRIA.
    Prá quem entende de futebol, sabe o valor de jogar em casa, mesmo sendo contra este timeco do américa, que está aí só prá aprontar .Jogando no Horto, tinha uma pequena chance, mas tinha uma chance real de tirar pontos do palmeiras, a partir da venda do mando, NENHUMA.
    Prejudicou GALO, SANTOS E FLA; sendo que êste último, ficou caladinho, não abriu se bico de urubu momento algum, pois pretende levar o jogo para Juiz de Fora, onde terá apoio dos cariocas do brejo.
    O palmeiras, que eu nutria uma simpatia, hoje eu o coloco no nível de um cbflu da vida ; e a pergunta até hoje sem resposta : por que pagaram uma pequena fortuna para levar o jogo para Londrina , onde sabidamente tem uma torcida enorme , sendo que a distância prá BH é quase igual ?
    Levaram o jogo prá lá numa afronta ao torcedor , numa negação `a todo espírito desportivo, burlando a lei, a sensatez, tudo por medo (justificado) de perder 3 pontos. A outra pergunta, onde está o código do servidor, o ministério público;, a tabela do campeonato foi violadae fica por isto mesmo?
    VERGONHA. VERGONHA. VERGONHA.

  5. Esse senhor tem o ódio de uma multidão. Ele é o exemplo de como não se deve agir na vida. Quando ele comentava arbitragem na Globo colocava o audio mudo. O atleticano o despreza como uma doença ruim. Que Deus tenha pena dele.

  6. Lembro bem da capa da Placar da segunda feira seguinte àquela tragédia do Serra Dourada, com uma foto da cara do nosso inimigo público número 1 com os olhos virados para cima e o título “Que vergonha, Wright!”. Alguém também estava furioso com a atuação do crápula além de todos os atleticanos

  7. Vc se esqueceu do Romualdo Arppi Filho?Foi ele quem apitou a primeira partida no Mineirão,amarrou o jogo e anulou um gol legítimo do Reinaldo.

  8. O maior escândalo de arbitragem da história. Viajou com a delegação do FLA e ficou no mesmo hotel. Não poderia jamais ter apitado aquele jogo. Um dia, quem sabe, saberemos de tudo sobre os bastidores.

  9. Só para acrescentar a essa do Wright, um amigo meu era filho de um ex-conselheiro do flamengo. Esse foi no mesmo avião que a delegação do time carioca para Goiânia para aquela partida de 81. No vôo ele disse que viu o todos fazendo o maior sambão e que estava no meio junto com eles fazendo a maior festa? Esse camarada que se dizia juiz de futebol. Tudo armado.

  10. Escrevi um comentário sobre o que eu, durante muitos anos, imaginei de fazer com este juiz. Ainda bem que voce não publicou. O negócio era meio pesado. e tambem não era só o cabo da vassoura. melhor deixar pra lá. mas parabéns mais uma vez. de maneira alguma estamos perdoando este infeliz. Estamos é exorcizando nossos demônios.

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