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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Com os olhos no futuro

Já refeito da precoce e inesperada saída da Copa Libertadores, o Atleticano volta os olhos para as competições nacionais do ano de 2016. A Copa do Brasil só mesmo a partir das oitavas, uma vez que os seis melhores times brasileiros entram a partir dessa fase. Já 80 clubes menores, numa ferrenha disputa, se enfrentam buscando vaga nessa elite onde o Galo já se qualificou, o que vem acontecendo ano após ano. Enquanto isso, segue o Campeonato Brasileiro.

Na estreia, ainda com o antigo treinador e aquela coisa maluca de rodízio, os reservas conseguiram uma boa vitória sobre o Santos, campeão paulista. Agora, motivado com a mudança na comissão técnica, Torcedores e jogadores vivem a expectativa de outro bom resultado, para consolidar o time nas primeiras colocações do maior e mais disputado campeonato de todo o mundo.

A simples estreia de Marcelo Oliveira já é motivação para a massa. Evidentemente, o novo treinador conhece o elenco Atleticano – embora seja seu primeiro contato pessoal – e deverá colocar em campo o que tem de melhor e disponível. São cinco ausências nessa partida, causadas por contusão até suspensão. A nítida superioridade de seu elenco, embora com desfalques, torna o Galo favorito para o jogo em Curitiba. O adversário venceu recentemente o Campeonato Paranaense, com goleada na final da competição, mas temos muito mais time.

Douglas Santos

 

A partir de agora, com o apoio da diretoria, Marcelo Oliveira, como fez em outros clubes, deverá indicar reforços pontuais. Foi assim que, em 2013, quando assumiu a direção do time que acabou sendo campeão, ele remontou aquela equipe. No caso do Galo, acredito, que três a cinco reforços serão suficientes para o encaminhamento de conquistas em 2016. Jogadores que viriam para compor o grupo e disputar posição.

Temos setores com certa carência de reposição. Por exemplo: zaga, lateral esquerda e comandante de ataque. Quando os titulares, por alguma razão, estão impossibilitados de atuar, Torcedor e treinador ficam aflitos. Foi o caso da decisão do Campeonato Mineiro, quando um zagueiro atabalhoado foi um dos grandes responsáveis pela queda do time e consequente perda do título.

Além disso, Douglas Santos deverá servir à Seleção Brasileira, desfalcando o Galo por cerca de dez rodadas. Se o jogador pudesse, a exemplo do que ocorreu no passado, optar pelo clube ou CBF, certamente o lateral não desfalcaria o Galo. Diga-se, foi exatamente no Galo que, pela primeira vez, um jogador se recusou a servir à Seleção Brasileira. Mário de Castro, convocado, disse que a camisa do Galo era a única que defendia e sequer se apresentou.

Mário de Castro
Fotos: Arquivo UAI-Superesportes

Nosso manto é preto e branco. O verde-amarelo daquela entidade que a vida toda prejudicou o Galo, jamais!

E vida que segue. Esta semana – precisamente na quinta-feira –, caminhando ao final do trabalho em direção ao carro pra voltar pra casa, fui surpreendido por um torcedor adversário. Ele insistiu que o meu semblante era de desolação pelo resultado do dia anterior. Rindo disse que absolutamente não, pois Atleticano já pensava no que vinha pela frente.

Inconformado, quase que exigindo que me confessasse triste, seguiu seu caminho nervoso e reclamando da minha afirmação. Desconhecem o sentimento Atleticano, imaginam que sejam como eles, torcedores só da boa hora. Aqui é Galo, p****!

10 thoughts to “Com os olhos no futuro”

  1. De Ávila , você falou em necessidade de contratar 3 jogadores para composição de elenco . E , em uma posição que você citou, que é a de centrovante , eu sugiro o nome do Alecsandro. Ele, além de boa presença de área , é um jogador que cresce em momentos decisivos e tem vários títu,los Inclusive a Libertadores pelo Galo.
    O cara é pouco aproveitado no Palmeiras mas, quando entra , mopstra que ainda está em boa forma .

  2. Amigo Dudu,
    O Galo tem time para ganhar o Brasileirão, somente precisa de colocar cada macaco no seu galho. Sem invenções e experiências mirabolantes. É claro que necessitamos de alguns ajustes, Victor precisa não errar tanto, o Pratto tem que começar a jogar o que nós sabemos que ele tem capacidade de jogar, o Robinho, pode voltar pra China, e que leve o Yuri com ele. Bem, fico por aqui, pois vai rolar a bola e estou tentando achar um link on line.
    Abraços, e Bica Eles Bicudo, VOLTA KALIL. Aqui é Galo Porra.

  3. Olá Eduardo! É aproveitando o título de sua segunda coluna desse sabadão véspera de jogo do Galo, que gostaria de propor uma ampla discussão. Na minha opinião, essa insistência com o estádio do Horto já não se sustenta como vantagem técnica para o Galo. Se isso fosse verdade estaríamos agora aguardando o jogo contra o nosso xará de Medellín. É óbvio que quem ganha jogo é o time, a torcida motiva e ajuda a manter o espírito de luta. Além disso, é um ingrediente a mais que é espetáculo do futebol. É espetáculo era o que a torcida do Galo sabia fazer no Mineirão, marcando sua enorme presença, mesmo nos anos em que o time não se dava muito bem com a bola. No Mineirão, mesmo se o time não marcava presença na cabeça da tabela, a massa era protagonista sempre lotando o Mineirão, garantindo muitas vezes as melhores médias de público, feito do qual a massa sempre se orgulhou. Atualmente, fomos alijados dessa disputa, pela insistência das duas últimas gestões. Será que não percebem que foram competentes na montagem dos times? Ou deixam a razão de lado para se apegarem a crenças inúteis? A massa teve papel importante em cobrar a verdade sobre o Cazares e sua presença essencial em campo, além de se desfazer do erro que foi a desastrosa era Aguirre. Chegou a hora de mostrar que o Mineirão nunca deveria ter deixado de ser a casa do Galo. O Mineirão ficou com a fama de ser o nosso salão de festas. É a mais pura verdade. Mas porque impedir a massa de usar o seu salão, sempre que a camisa do Galo estiver sendo defendida dentro de campo? Quem concorda, que que cante bem alto que o puleiro do Galo é o Mineirão! Um abraço à massa!

    1. Caro Tércio, não posso ficar calado ao ler suas colocações, ou seja, concordo com tudo que foi dito. O Mineirão faz falta demais ao time, diria mesmo que faz mais falta aos jogadores que à própria torcida. A amplitude de visão que o jogador tem é totalmente diferente, ambientação idem. Muitos já manifestaram o desejo de jogar lá. O último foi Marcos Rocha. A renda do último jogo teria sido no mínimo de uns 3-4 milhões, valor do qual poderia ser sacado o suficiente para adquirir um bom defensor. Kalil celebrou um contrato com a BWA que trava as coisas, mas tem que ser revisto. O Horto apequena a torcida que é imensa, por isso chamada de Massa Atleticana. O número de sócios torcedores que pagam mensalidade já ultrapassa 60 mil, o triplo da capacidade do estádio. Caberia inclusive um processo na justiça por perdas e danos. Já foi proposto aqui um impeachment ao Horto, ou mesmo um abaixo assinado vai acabar saindo, porque a voz da Massa é a voz de Deus.

      1. Oi Roger, a ideia é essa mesmo, fazer a voz da massa valer! É possível que exista quem apoie a permanência no Horto. Acho até que jogos do Mineiro sejam realizados no Independência. Mas é só. Fora disso, pensar no Horto é pensar pequeno, como você brilhantemente em suas colocações.

  4. Pra ganhar o Brasileiro, creio que o Galo não tem um elenco tão redondinho como andam falando. Cumpre a Nepomuceno detectar as deficiências. Pratto foi vendido ou não pra China? Esse negócio de segurar atleta até abertura da janela é prejudicial. Sei não, mas pra mim ele já não rende a contento faz algum tempo. Dois jogadores do Racing deixaram boa impressão e se encaixariam bem: Lisandro López e Óscar Romero. Carlos e Clayton é pouco, enquanto que Robinho tornou-se uma incógnita. Mas muito preocupante mesmo é do meio pra trás. Nosso setor defensivo não inspira confiança. Donizete, primeiro volante, tem 34 anos, chega atrasado e toma cartão; goleiro é fraco pelo alto e não sai jogando pelo chão; sem recuperação nas disputas de velocidade, Leonardo Silva tem 37 anos; Douglas convocado; Erazo convocado; MRocha deixa espaço; Thiago é reserva e Gabriel juvenil é promessa. Nepomuceno precisa contratar imediatamente pelo menos dois reforços, pois MOliveira não entrará em campo nem fará milagres. A responsabilidade precisa ser dividida desde o início.

  5. Caro Edu, gostaria que você corrigisse pequeno engano em seu belo texto. Nosso adversário no domingo é o Atlético Paranaense, campeão em 2016 com duas vitórias nas finais sobre o Coritiba. A primeira por 3 x 0 e a segunda por 2 x 0. Espero jogo difícil, mas Marcelo já estará no comando. Precisamos pontuar fora.

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